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REGIMES PENITENCIÁRIOS.

São previstas três espécies de regimes penitenciários:

a) Fechado: cumpre a pena em estabelecimento penal de segurança máxima ou média.


b) Semi-aberto: cumpre a pena em colônia penal agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
c) Aberto: trabalha ou freqüenta cursos em liberdade, durante o dia, e recolhe-se em Casa do Albergado ou
estabelecimento similar à noite e nos dias de folga.

De acordo com o art. 110 da LEP, o Juiz deverá estabelecer na sentença o regime inicial de cumprimento da
pena, com observância do art. 33 do CP, que estabelece a distinção quanto a pena de reclusão e detenção.

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

São as seguintes:

a) Reclusão: cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto;


b) Detenção: cumprida em regime semi-aberto ou aberto, salvo a hipótese de transferência excepcional
para o regime fechado;
c) Prisão simples: prevista apenas para as contravenções penais e pode ser cumprida nos regimes semi-
aberto ou aberto.

REGIME PENITENCIÁRIO DA PENA DE RECLUSÃO.

a) Se a pena imposta for superior a 8 anos: inicia-se o cumprimento em regime fechado;


b) Se a pena imposta for superior a 4 anos, mas não exceder a 8 anos: inicia-se o cumprimento em regime
semi-aberto;
c) Se a pena imposta for igual ou inferior a 4 anos: inicia-se o cumprimento em regime aberto;
d) Se o condenado for reincidente: inicia sempre no regime fechado, não importando a quantidade da pena
imposta. O STF já decidiu que se a condenação anterior que gerou a reincidência aplicou apenas a pena
de multa e a atual condenação for inferior a 4 anos, é possível iniciar-se o cumprimento em regime
aberto.
e) Se as circunstâncias do art. 59 forem desfavoráveis ao condenado o regime inicial pode ser o fechado.
f) Em caso de condenação inferior a 8 anos, a aplicação do regime fechado reclama fundamentação
adequada, nos termos do art. 33, §2º, alíneas “b”, “c” e “d” e do §3º.

Regras do Regime Fechado (art. 34):

- No início do cumprimento de pena o condenado deve ser submetido a exame criminológico de


classificação e individualização;
- A pena é cumprida em penitenciária;
- O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e isolamento durante o repouso noturno
(§1º);
- Dentro do estabelecimento penal o trabalho será em comum, em conformidade com as
ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena (§2º);
- O trabalho externo é permitido em obras públicas, desde que tomadas cautelas para evitar a
fuga (§3º);
- O trabalho será sempre remunerado (art. 39);

REGIME PENITENCIÁRIO DA PENA DE DETENÇÃO.


a) Se a pena imposta for superior a 4 anos: inicia-se o cumprimento em regime semi-aberto;
b) Se a pena imposta for igual ou inferior a 4 anos: inicia-se o cumprimento em regime aberto;
c) Se o condenado for reincidente: inicia sempre no regime mais gravoso, ou seja, o semi-aberto, não
importando a quantidade da pena imposta.
d) Se as circunstâncias do art. 59 forem desfavoráveis ao condenado o regime inicial pode ser o semi-
aberto.
e) Não existe regime inicial fechado na pena de detenção, a qual começa obrigatoriamente nos regimes
semi-aberto ou aberto. O regime fechado é possível apenas em caso de regressão, conforme decisão do
STJ.

REGRAS DO REGIME SEMI-ABERTO (art. 35).

- No início do cumprimento de pena o condenado poderá ser submetido a exame criminológico


(art. 35, caput do CP e art. 8º da LEP);
- O condenado fica sujeito a trabalho remunerado e em comum no período diurno em colônia
penal agrícola, industrial ou similar (§1º);
- O trabalho externo, bem como a freqüência em cursos supletivos ou profissionalizantes, de
instrução de segundo grau ou superior é permitido (§2º);

A jurisprudência tem entendido que, na ausência de vagas no regime semi-aberto, o condenado deve aguardar a
vaga no regime fechado. O STJ, entretanto, já decidiu de forma contrária entendendo ser problema atribuível
ao Estado não podendo o condenado responder pela ineficiência do Poder Público.

O preso do regime semi-aberto tem direito, com autorização judicial, à saída temporária da colônia com
finalidade de visitar familiares, freqüentar cursos ou participar de outras atividades relevantes para sua
ressocialização por prazo não superior a 7 dias, renovável 4 vezes por ano (arts. 12, 123 e 124 da LEP).

REGRAS DO REGIME ABERTO (art. 36).

Baseia-se na autodisciplina e no senso de responsabilidade do condenado (art. 36), uma vez que permanecerá
fora do estabelecimento e sem vigilância para trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada e,
durante o período noturno e dias de folga, deverá recolher-se à prisão-albergue.

Nos termos do art. 117 da LEP, tratando-se de pessoa maior de 70 anos, pessoa com doença grave, com filho
menor ou doente mental ou condenada gestante, excepcionalmente o sentenciado pode cumprir o regime aberto
em prisão-albergue domiciliar, circunstância em que deverá recolher-se em sua casa durante o período noturno e
dias de folga.

A jurisprudência tem admitido prisão domiciliar fora dos casos do art. 117 quando não existe na comarca
albergue no qual o sentenciado possa recolher-se.

PRISÃO DOMICILIAR: O regime aberto deve ser cumprido em prisão albergue, prisão com estabelecimento
adequado e prisão domiciliar (arts. 33 §1º, “c”, CPB e art. 117 da LEP). Assim, é forçoso concluir que a prisão
domiciliar é uma espécie do gênero aberto e, como exceção, exige a presença de mais requisitos para sua
concessão.

REGIME INICIAL NA PENA DE PRISÃO SIMPLES.

Somente é admissível o regime semi-aberto ou aberto, devendo a pena ser cumprida em estabelecimento especial
ou de prisão comum, sem rigor penitenciário. Neste caso, nem mesmo a regressão pode levar o condenado ao
regime fechado.

2
PROGRESSÃO DE REGIME (art. 33, §2º).

As penas privativas de liberdade devem ser executadas de forma progressiva, de acordo com o mérito do
condenado. Assim, o condenado poderá gradativamente passar de um regime mais rigoroso para mais brandos,
desde que preenchidos os requisitos legais, a fim de estimular e possibilitar a ressocialização.

É vedada a progressão por saltos.

Para a progressão do regime fechado para o semi-aberto, o condenado deverá ter cumprido no mínimo 1/6 da
pena imposta na sentença ou do total de penas, em caso de várias execuções. Deve ter demonstrado bom
comportamento carcerário.

Além disso, é necessário o parecer da Comissão Técnica de Classificação e do exame criminológico.

Para a progressão do regime semi-aberto para o aberto, é necessário o cumprimento de 1/6 do restante da pena –
caso tenha advindo do regime fechado – ou do total da pena, quando tenha iniciado no semi-aberto. Além disso,
exige-se que o reeducando aceite as condições do programa da prisão-albergue, as condições impostas pelo Juiz,
que esteja trabalhando ou comprove a possibilidade de fazê-lo imediatamente e, por fim, que seus antecedentes e
os exames a que se tenha submetido indiquem que irá ajustar-se ao regime aberto observando a autodisciplina e
senso de responsabilidade.

A POSIÇÃO DO STF É QUE O 1/6 É SOBRE A PENA IMPOSTA.

Para a progressão de regime, a oitiva do Ministério Público é imprescindível, sob pena de nulidade.

A Lei n. 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos) estabelece que os crimes hediondos, o tráfico de entorpecentes, o
terrorismo e a tortura devem ser cumpridos integralmente em regime fechado vedando, portanto, a progressão.

No entanto, o art. 1º, §7º da Lei n. 9.455/97 permitiu a progressão de regime para o crime de tortura,
modificando, neste tópico, a Lei n. 8.072/90. Comentar sobre a discussão doutrinária e jurisprudencial.

Em caso de preso provisório, como não se trata de cumprimento de pena a progressão não é admissível a
progressão. O STF, entretanto, entende ser possível a progressão desde que a sentença condenatória tenha
transitado em julgado para a acusação e presentes os requisitos para a progressão.

REGRESSÃO DE REGIME.

É a transferência do condenado para qualquer dos regimes mais rigorosos, nas hipóteses previstas em lei.

Nos termos do art. 118 da LEP, a regressão é possível:

a) Quando o agente praticar fato definido como crime doloso: neste caso, para a regressão não é necessário
o transito em julgado da condenação pelo novo crime, mas apenas que o delito seja praticado.
b) Quando o agente praticar falta grave: fuga, participação em rebelião, posse de instrumento capaz de
lesionar pessoas, descumprimento das obrigações e outras descritas no art. 50.
c) Quando o agente sofre nova condenação, cuja soma com a pena anterior torna incabível o regime atual.

Além disso, em conformidade com o art. 36, §2º do CP, se o sentenciado estiver no regime aberto, dar-se-á a
regressão se ele frustrar os fins da execução (parar de trabalhar, não comparecer na prisão-albergue etc) ou,
podendo, não pagar a pena de multa cumulativamente imposta. COMENTAR ESTE TÓPICO. Inaplicável desde
o advento da Lei n. 9.268/96, que considerou a multa como dívida de valor para fins de cobrança não podendo
repercutir na liberdade do condenado.

3
REGIME ESPECIAL (art. 37).

As mulheres devem cumprir pena em estabelecimento próprio, observando-se o direito inerente à sua condição
pessoal.

REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA: O estabelecimento do regime inicial de cumprimento de


pena compete ao Juiz da condenação, pois deve integrar o ato decisório final. A fixação, entretanto, é provisória,
pois fica sujeita à progressão ou regressão.

DIREITOS DO PRESO (art. 38).

- Direito à vida;
- Direito à integridade física e moral;
- Direito à Igualdade;
- Direito de Propriedade;
- Direito à liberdade de pensamento e convicção religiosa;
- Direito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem;
- Direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou abuso de poder;
- Direito à Assistência Jurídica;
- Direito à educação e à cultura;
- Direito ao trabalho remunerado;
- Direito à indenização por erro judiciário;
- Direito à alimentação, vestuário e alojamento com instalações higiênicas;
- Direito de Assistência à saúde;
- Direito à assistência social;
- Direito à individualização de pena;
- Direito de receber visitas;
- Direitos políticos: a condenação transitada em julgado acarreta a suspensão dos direitos
políticos enquanto durarem seus efeitos (art. 15, III, da CF). Trata-se de efeito extrapenal
automático e genérico da condenação, que independe da execução ou suspensão condicional da
pena principal. A perda de mandado eletivo decorre de condenação praticada com abuso de
poder ou violação de dever para com a administração pública quando a pena for igual ou
superior a 1 ano ou, nos demais casos, quando a pena for superior a 4 anos (Lei n. 9.268/96).
Trata-se de efeito extrapenal específico que precisa ser motivadamente declarado na sentença.

TRABALHO DO PRESO (Art. 39): Nos termos do art. 39, do CPB, o trabalho do preso será sempre
remunerado, sendo-lhe garantido os direitos da previdência.

DA REMIÇÃO (art. 126 da LEP): o condenado que cumpre pena no regime fechado ou semi-aberto pode
descontar, para cada 3 dias trabalhados, 1 dia no restante da pena. A remição deve ser decretada pelo Juiz,
ouvido o Ministério Público. Se posteriormente for punido por falta grave, o condenado perde o direito ao tempo
remido (art. 127 da LEP). A remição aplica-se para efeito de progressão de regime e livramento condicional.
Somente são computados os dias em que o preso desempenha a jornada normal de trabalho. A autoridade
administrativa informa mensalmente, através de relatório ao Juiz da execução, os dias trabalhados.

SUPERVENIENCIA DE DOENÇA MENTAL DO CONDENADO (art. 41): sobrevindo doença mental depois
da condenação, o condenado deve ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico e a pena
poderá ser substituída por medida de segurança (art. 183 da LEP). Caracteriza constrangimento ilegal a
manutenção do condenado em cadeia pública quando for caso de medida de segurança. Nestes casos, deve ser
instaurado um procedimento incidente na execução para a conversão da pena para medida de segurança, caso
contrário, apesar de ficar no hospital de custódia, o condenado continuará cumprindo pena e, ao final desta,
deverá ser colocado em liberdade, mesmo que não tenha recobrado a higidez mental.

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DETRAÇÃO PENAL (art. 42): é o cômputo, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, do tempo
de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em hospital de
custódia e tratamento ou estabelecimento similar. Ou seja, se o indivíduo ficou preso durante o processo, o
tempo de permanência no cárcere será descontado do tempo da pena privativa de liberdade imposta na sentença
final.

Prisão provisória é o tempo em que o réu esteve preso em virtude de flagrante, por força de prisão preventiva ou
de prisão temporária, de sentença condenatória recorrível ou de pronúncia.

A detração aplica-se qualquer que tenha sido o regime de cumprimento fixado na sentença, ainda que seja
aplicada pena substitutiva.

Não se aplica à condenação de multa, pois a redação do art. 51 veda a conversão da multa em detenção.

Em relação ao sursis, também não se aplica a detração, pois a pena substitutiva não guarda proporção com a
pena privativa de liberdade aplicada na sentença.

O art. 42 permite a detração em caso de medida de segurança. Entretanto, na medida de segurança o prazo de
cumprimento é indeterminado, posto que o Juiz apenas fixa o prazo mínimo de seu cumprimento (de 1 a 3 anos)
e a sua continuidade perdura enquanto não for averiguada, por perícia médica, a cessação da periculosidade.
Caso não seja constatada a cura, o Juiz determina a continuidade da internação até a próxima perícia e assim
sucessivamente. Assim, a detração aplica-se ao prazo mínimo estabelecido pelo Juiz para fazer a primeira
perícia.

A competência exclusiva para conhecer da detração é do Juízo da Execução, não cabendo ao juiz da condenação
aplica-la, desde logo, para poder fixar um regime de pena mais favorável ao acusado, pois se estaria dando início
à execução, antes do conhecimento da pena definitiva.

Prisão provisória em outro processo: a questão é se pode descontar o tempo preso provisoriamente em que
resultou sentença absolutória em outro processo com resultado condenatório. Existem 3 posições:

1) Sim, desde que o crime pelo qual o réu foi condenado tenha sido praticado antes da prisão no
processo em que o réu foi absolvido, para evitar que o agente fique com um crédito para com a
sociedade;
2) Sim, desde que o crime pelo qual houve condenação tenha sido anterior à absolvição no outro
processo;
3) Sim, desde que haja conexão ou continência entre os crimes de processos distintos.

A posição mais defensável é a primeira, interpretando-se o art. 111 da LEP, que permite a detração em processos
distintos, ainda que os crimes não sejam conexo, combinado com a CF, art. 5º, LXXV, que obriga o Estado a
indenizar o condenado por erro judiciário ou quem permanecer preso por tempo superior ao fixado na sentença,
situação equivalente a quem foi submetido a prisão processual e posteriormente absolvido.

Detração e Prescrição: é possível.

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