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William Shakespeare no Teatro Elisabetano

São Paulo, 12 setembro de 2008.

Introdução

O propósito deste trabalho é abordar o grande fenômeno que foi o dramaturgo e escritor inglês William Shakespeare,
que viveu na época mais próspera e de maior desenvolvimento cultural, especialmente na arte dramática, na
Inglaterra. Foi no governo da Rainha Elizabeth I, compreendido na Segunda metade do século XVI e no início do
século XVII (1 558 – 1 603), que a ilha prosperou como jamais visto antes em nenhum momento da história inglesa.
Esta era ficou conhecida como "era elisabetana" e o teatro surgido nesta época é o "teatro elisabetano", em que
nasceu o inesquecível e sempre atual dramaturgo William Shakespeare, de quem trataremos a partir de então.

William Shakespeare

Foi o maior e mais reconhecido dramaturgo da história do teatro inglês em todo o mundo. Embora Shakespeare tenha
vivido no século XVI, não é considerado "ultrapassado" ou "antiquado". Muito pelo contrário: é tão atual quanto um
dramaturgo moderno dos nossos dias atuais.

William Shakespeare nasceu em Stratford-on-Avon em abril (23?)de 1 564. Seu pai, John, era agrícula, tendo
também negócios em couro, e anexos (açougueiro). Nos tempos de maior bem-estar, ocupou cargos públicos. A mãe,
Mary Arden, era também de familia remediada. William foi o 3° (terceiro) de 8 (oito) filhos.

Sabe-se pouco dos primeiros anos da vida de Shakespeare. Talvez tenha interrompido os estudos para ajudar o pai.
Em 82 (oitenta e dois) casou-se com Ana Hathaway, tendo 3 (três) filhos (Susana, Hanmet e Judith – gêmeos).

Abandonou Stratford indo para Londres, onde trabalhou como ator e dramaturgo. Há estudiosos que contestam que
Shakespeare tenha sido ator. O dramaturgo ficou em Londres por mais de 20 (vinte) anos, produzindo suas
numerosas peças e crescendo em fama e riquezas.

Em 97 pode comprar o New Place, em Stratford.

Em 99 é acionista no "Globe Theatre", e em 1 610 também no Blackfriars.

Finalmente, em 1 611 pode retirar-se a Stratford, donde ainda ia de tempo em tempo a Londres.

Morreu em sua terra natal a 23 de abril de 1 616 com 52 anos de idade.

As obras

As primeiras obras de Shakespeare, os poemas "Venus e Adonis" e "The Rapé of Lucrece"escritos segundo os padrões
humanistas e clássicos, não são dramáticos. O dramaturgo começa a escrever suas peças baseando-se na história
inglesa. Vale lembrar que elas valem muito mais do que a história da Inglaterra. Vai além, chegando até a estudar
cautelosamente a psicologia humana.

Primeiramente, William Shakespeare escreveu comédias como "The comedy of errors", "The taming of the shrew",
"Lares labour’s lost" entre outras. Retratam a alegria de viver em histórias que sempre têm um final feliz.

Com a falta de interesse do público para assistir as suas comédias, Shakespeare cria outra realidade para tocar
profundamente o coração do seu público. Deixa de escrever acontecimentos alegres para encenar nas peças teatrais
mortes e acontecimentos sombrios. Surge então as tragédias shakespearianas. As primeiras grandes tragédias
escritas nesta época, na virada do século XVI, foram "Hamlet", "Othello", "Macbeth", "King Lear", "Julius Cesar" e
"Timon of Athens".

À partir de 1.608, Shakespeare muda o estilo de escrever. Não mais escreve grandes tragédias, mas textos em que o
humor é mais filosófico. Nas últimas peças escritas pelo dramaturgo os temas da resignação e do perdão são
marcantes.

William Shakespeare foi e continua sendo nas mentes humanas uma personalidade. Morreu, mas deixou uma vasta
obra de primeiríssima qualidade. Além das peças, escreveu 154 sonetos que trás os elementos poéticos elisabetanos,
que falam de amor, melancolia, desilusão amorosa. Enfim o fim com sua morte contando com 52 (cinqüenta e dois )
anos e com ele finalisou a era elisabetana.
Características de Shakespeare

Entre as tantas características da obra shakespeariana, vejamos algumas das mais gerais:

1 – UNIVERSALIDADE: ele foi mestre em diversos gêneros literários, tratou de assuntos variados e todos com
interesse e penetração.

2 – CARACTERES

3 – PLENO DOMÍNIO DA LÍNGUA INGLESA

4 – EQUILÍBRIO ENTRE A MATÉRIA E A FORMA: isto é, entre a profundidade do pensamento e a perfeição técnica em
que o reveste.

5 – HUMOR: nem sempre jovial, mas sempre notável.

A obra de Shakespeare apresenta certos defeitos como a pressa que o escritor teve em escrever as suas peças que
resultou em certos deslizes. Além disso, há defeitos que provêm de excessos como a demasiada fluência de palavras
e imagens, a demasiada subtileza, que o leva, que o leva por vezes a um verdadeioro labirinto. Subtileza que ele põe
na boca de qualquer personagem, trágico ou cômico. Vale ressaltar que demasiada exuberância é um mal da época.

Com relação à filosofia de Shakespeare, em suas peças nos deparamos com tantas reflexões profundas sobre a vida,
que se tem a impressão de estar lendo um texto filosófico. Mas a realidade é que, se ajuntarmos estes fragmentos
esparsos não conseguiremos formar um corpo de doutrina uno e coerente. Shakespeare não teve a intenção de trazer
ao mundo uma mensagem sua: aliás teria feito nas obras não – dramáticas, especialmente nos sonetos, mas nada
disto fez. Em Shakespeare, são os diversos personagens que expõem suas idéias, muitas vezes bem disparatadas.
Cada um deles tem a sua filosofia, cada um encara a vida a seu modo. Mas seria inútil tentarmos chegar, através
deles, ao pensamento do autor.

Talvez o dramaturgo visava antes de tudo interpretar os sentimentos do seu ambiente, da sua época. A época de
Ricardo II foi um tempo de revoluções, a de Isabel de conspirações, daí aparecerem tantas conspirações nos dramas
de Shakespeare. O mesmo autor responsabiliza o gosto da época pelos muitos loucos que aparecem nas peças de
Shakespeare . Parece que a época elisabetana procurava a verdade nos extremos. Exemplo disso é a peça Hamlet, a
qual será feita uma análise sumária.

Hamlet – o príncipe da Dinamarca

Sem dúvida, Hamlet é uma das mais belas e trágicas peças de Shakespeare. O rei da Dinamarca foi assassinado por
seu irmão Cláudio, que assumiu o trono e ainda casou-se com a Rainha Gertudes, esposa do falecido. Tal situação
indignou o príncipe Hamlet, que após ter visto o espectro do pai pedindo vingança, procurou durante todo o
desenrolar da peça cumprir a vontade do falecido. Para isso, fingiu ser louco. Será que hamlet realmente estava
louco?

Primeiramente, trataremos da loucura do príncipe dinamarquês. Até que ponto hamlet era louco e por que demorou
tanto a agir? Em primeiro lugar, a maioria dos problemas são psicológicos. Na peça, não há limite entre os problemas
reais e os psicológicos. Em segundo lugar, os problemas são essenciais para o significado da peça. Hamlet tem um
fantasma dentro dele. O que ele tenta fazer o tempo todo é fazer os outros conhecerem os fantasmas que o
persegue. Estes são notados através dos seus questionamentos. Questiona a todo o momento o que fazemos neste
mundo: "Ser ou não ser, eis a questão". Por isso é considerado louco. Mas será verdadeira esta loucura? Hamlet
criou-a afim de tirar as responsabilidades da sua pessoa. Ele tenta minimizar sua responsabilidade, dizendo que a
culpa era da loucura e não dele. Na verdade Hamlet estava mais lúcido do que todos. Ele apenas criou uma
personagem, a loucura. O final da peça mostra esta premissa. Antes de falecer, faz um pedido: que conte para o
mundo a sua estória. Por outro lado, a loucura não foi brincadeira na vida de Ofélia. Esta sim ficou completamente
desconcertada após a morte do pai. Perdeu a consciência e a mais tarde a vida, suicidando-se.

Segundo, uma outra leitura psicanálitica da peça pode ser feita. Observa-se que Hamlet sofreu o complexo de Édipo.
Na verdade, Hamlet não sentia um grande ódio por Cláudio, pois este fez o que ele deseja fazer : matar o pai para
ficar com a mãe. Ele desejava ocupar o lugar do rei e casar-se com Gertrudes. Exatamente o que aconteceu com
Édipo. Na realidade a grande angústia de Hamlet não era a perda do pai, mas sim o segundo casamento da mãe.

Terceiro, vale a pena fazer uma breve comparação entre a tragédia grega e a não-tragédia shakespeariana. Digo não
– tragédia shakespeariana porque não há a catarse, o que é "marca registrada" no teatro grego. Uma outra
diferenciação a ser feita é que na tragédia grega há um destino traçado, como na peça de Édipo. Em hamlet, por
exemplo, não existe predestinação. O que existe é ação humana. A vingança mostra isso, pois o pai de Hamlet dá o
poder ao filho de vingar a sua morte. Na tragédia grega, loucura e suicídio não existem. Há atitudes nobres. Édipo
não suicidou-se para fugir do sofrimento. Ele furou-lhe os olhos e condenou-se ao exílio .Hamlet, no final da peça,
torna-se um herói de dúvidas, um herói renacentista, pois o homem é dúvida (antropocentismo).

Finalizando, constatamos que Hamlet é uma peça psicológica que caracteriza o homem como ser dúbio que faz uso de
máscaras; atores reais fingem apresentar o homem fingido; personagens fictícias fingem ser o que não são. Além
disso, o homem ocupa uma posição central no mundo. Nada é firme e sólido para o ser humano. Característica do
Renascimento.

O teatro de Shakespeare

O palco de William Shakespeare, tipicamente medieval, conta com três planos. Por outro lado, as peças do
dramaturgo apresentam muitas características renascentistas destacadas a seguir:

1 – Os heróis vivem a sua vida aqui e agora num universo não mais explicado.

2 – Nota-se uma perspectiva angustiada dos heróis.

3 – As peças de Shakespeare trás questionamentos.

Outras características presentes nas peças é a mistura de classes sociais, estilos alto e baixo (característica
medieval). Os poderes divinos são indiferentes. O personagem pode matar que não pagará por Ter cometido tal ato.
Raramente é sugerida uma retribuição justa no além. As peças não sugerem a justificação de Deus nem a concepção
medieval que os males são apenas privação, falta de perfeição, ausência do bem.

Conclusão

Com base no que foi abordado neste trabalho, concluimos que William Shakespeare foi, sem dúvida alguma, um
grande e respeitável dramaturgo. Sabia fazer uso das palavras passando para o papel de maneira brilhante todas as
suas idéias, que eram de um homem inteligente. Enfim, um gênio literário.

Na sua obra, especialmente em Hamlet, podemos contatar que Shakespeare era um grande psicólogo. Sabia como
dá-se o funcionamento da mente humana. Parecia ser um grande conhecedor dos sentimentos e limitações humanas.
Provavelmente muitas vezes escrevia sobre si mesmo, sua própria conduta nesta vida. A partir daí concluímos que
seja esta a explicação de tanta perfeição na descrição dos sentimentos e do psicológico humano.

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