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Esta instrução normativa do TCU estabelece normas para a organização e apresentação de relatórios de gestão e peças complementares que compõem processos de contas da administração pública federal. Define critérios para a apresentação anual de relatórios de gestão por unidades jurisdicionadas ao TCU e quais terão processos de contas ordinárias constituídos para julgamento.
Esta instrução normativa do TCU estabelece normas para a organização e apresentação de relatórios de gestão e peças complementares que compõem processos de contas da administração pública federal. Define critérios para a apresentação anual de relatórios de gestão por unidades jurisdicionadas ao TCU e quais terão processos de contas ordinárias constituídos para julgamento.
Esta instrução normativa do TCU estabelece normas para a organização e apresentação de relatórios de gestão e peças complementares que compõem processos de contas da administração pública federal. Define critérios para a apresentação anual de relatórios de gestão por unidades jurisdicionadas ao TCU e quais terão processos de contas ordinárias constituídos para julgamento.
INSTRUO NORMATIVA - TCU N 63, DE 1 DE SETEMBRO DE 2010
Estabelece normas de organizao e de apresentao
dos relatrios de gesto e das peas complementares que constituiro os processos de contas da administrao pblica federal, para julgamento do Tribunal de Contas da Unio, nos termos do art. 7 da Lei n 8.443, de 1992. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO, no uso de suas atribuies constitucionais, legais e regimentais, e Considerando que dispe do poder regulamentar, conferido pelo art. 3 da Lei n 8.443, de 16 de julho de 1992, para expedir instrues e atos normativos sobre matria de suas atribuies e sobre a organizao dos processos que lhe devam ser submetidos, obrigando ao seu cumprimento, sob pena de responsabilidade; Considerando que compete ao Tribunal julgar as contas dos administradores e dos demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos, nos termos da Constituio Federal, art. 71; da Lei n 8.443, de 1992, arts. 1, 6, 7, 8 e 9; e do Regimento Interno do TCU, arts. 1, 188, 189 e 197; Considerando que a prestao de contas dos gestores pblicos deve conter elementos e demonstrativos que evidenciem a regular aplicao dos recursos pblicos, nos termos do caput do art. 194 do Regimento Interno do TCU; Considerando a necessidade de integrar, no exame e julgamento das contas dos gestores, o controle da conformidade e do desempenho da gesto, a fim de contribuir para o aperfeioamento da administrao pblica; e Considerando os princpios da racionalizao e da simplificao e a necessidade de estabelecer critrios de seletividade para a formalizao e instruo dos processos de contas ordinrias, nos termos do pargrafo nico do art. 194 e do art. 195 do Regimento Interno deste Tribunal, resolve: TTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 1 Os relatrios de gesto e as peas complementares elaboradas para constituio de processos de contas dos administradores e dos demais responsveis abrangidos pelos incisos I, III, IV, V e VI do art. 5 da Lei n 8.443, de 1992, devem ser organizados e apresentados ao Tribunal de Contas da Unio de acordo com as disposies desta instruo normativa. Pargrafo nico. Para o disposto nesta instruo normativa, considera-se: I. processo de contas: processo de trabalho do controle externo, destinado a avaliar e julgar o desempenho e a conformidade da gesto das pessoas abrangidas pelos incisos I, III, IV, V e VI do art. 5 da Lei n 8.443/92, com base em documentos, informaes e demonstrativos de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional ou patrimonial, obtidos direta ou indiretamente; II. relatrio de gesto: documentos, informaes e demonstrativos de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional ou patrimonial, organizado para permitir a viso sistmica do
desempenho e da conformidade da gesto dos responsveis por uma ou mais unidades jurisdicionadas durante um exerccio financeiro; III. processo de contas ordinrias: processo de contas referente a exerccio financeiro determinado, constitudo pelo Tribunal segundo critrios de risco, materialidade e relevncia; IV. processo de contas extraordinrias: processo de contas constitudo por ocasio da extino, liquidao, dissoluo, transformao, fuso, incorporao ou desestatizao de unidades jurisdicionadas, cujos responsveis estejam alcanados pela obrigao prevista no art. 70, pargrafo nico, da Constituio Federal, para apreciao do Tribunal nos termos do art. 15 da Lei n 8.443, de 1992; V. risco: possibilidade de algo acontecer e ter impacto nos objetivos, sendo medido em termos de consequncias e probabilidades; VI. materialidade: volume de recursos envolvidos; VII. relevncia: aspecto ou fato considerado importante, em geral no contexto do objetivo delineado, ainda que no seja material ou economicamente significativo; VIII. exame da conformidade: anlise da legalidade, legitimidade e economicidade da gesto, em relao a padres normativos e operacionais, expressos nas normas e regulamentos aplicveis, e da capacidade dos controles internos de identificar e corrigir falhas e irregularidades; IX. exame do desempenho: anlise da eficcia, eficincia, efetividade e economicidade da gesto em relao a padres administrativos e gerenciais expressos em metas e resultados negociados com a administrao superior ou definidos nas leis oramentrias, e da capacidade dos controles internos de minimizar riscos e evitar falhas e irregularidades; X. controles internos: conjunto de atividades, planos, mtodos, indicadores e procedimentos interligados, utilizado com vistas a assegurar a conformidade dos atos de gesto e a concorrer para que os objetivos e metas estabelecidos para as unidades jurisdicionadas sejam alcanados; XI. rgos de controle interno: unidades administrativas, integrantes dos sistemas de controle interno da administrao pblica federal, incumbidas, entre outras funes, da verificao da consistncia e qualidade dos controles internos, bem como do apoio s atividades de controle externo exercidas pelo Tribunal. XII. processo modificador: conjunto de procedimentos adotados pela unidade jurisdicionada ou por outra instncia definida no ato que determinar a extino, liquidao, dissoluo, transformao, fuso, incorporao ou desestatizao para a completa liquidao dos direitos e deveres da unidade encerrada. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) Art. 2 Para efeito desta Instruo Normativa, esto sujeitos apresentao de relatrio de gesto e constituio de processo de contas os responsveis pelas seguintes unidades jurisdicionadas ao Tribunal: I. rgos e entidades da administrao pblica federal direta e indireta, includas as fundaes e empresas estatais, bem como suas unidades internas; II. fundos cujo controle se enquadre como competncia do Tribunal; III. servios sociais autnomos; IV. contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do respectivo tratado constitutivo; V. empresas encampadas, sob interveno federal, ou que, de qualquer modo, venham a integrar, provisria ou permanentemente, o patrimnio da Unio ou de entidade pblica federal; VI. entidades cujos gestores, em razo de previso legal, devam prestar contas ao Tribunal;
VII. programas de governo constantes do Plano Plurianual previsto no inciso I do art. 165 da Constituio Federal. VIII. consrcios pblicos em que a Unio figure como consorciada. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) IX. entidades de fiscalizao do exerccio profissional.(AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 1 (Revogado) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 2 Os estados, o Distrito Federal, os municpios e as pessoas fsicas ou entidades privadas, quando beneficirios de transferncia voluntria de recursos federais, sob qualquer forma, respondero perante o rgo ou entidade repassador pela boa e regular aplicao desses recursos, devendo apresentar os documentos, informaes e demonstrativos necessrios composio dos relatrios de gesto e dos processos de contas das unidades jurisdicionadas repassadoras dos recursos. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) TTULO II APRESENTAO DOS RELATRIOS DE GESTO E DAS PEAS COMPLEMENTARES ELABORADAS PARA CONSTITUIO DE PROCESSOS DE CONTAS CAPTULO I CRITRIOS DE APRESENTAO Art. 3 Os relatrios de gesto devem ser apresentados anualmente ao Tribunal pelos responsveis pelas unidades jurisdicionadas, relacionadas em deciso normativa, que lhes fixar a forma, contedo e prazo. 1 Os relatrios de gesto anuais devem abranger a totalidade da gesto da unidade jurisdicionada. 2 A critrio do respectivo rgo superior, os relatrios de gesto das unidades jurisdicionadas podem ser encaminhados ao Tribunal pelo rgo de controle interno a que se vincularem. 3 Os relatrios de gesto devem ser apresentados ao Tribunal em meio informatizado, conforme orientaes contidas em deciso normativa. 4 Os relatrios de gesto ficaro disponveis para livre consulta no Portal do Tribunal na Internet em at quarenta e cinco dias da data limite para apresentao, consideradas as possveis alteraes de prazo decorrentes do disposto no art. 7. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 5 A apresentao tempestiva do relatrio de gesto, com o contedo e forma fixados em deciso normativa, configura o cumprimento da obrigao de prestar contas, nos termos do art. 70 da Constituio Federal. 6 (Revogado) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) Art. 4 O Tribunal definir anualmente, em deciso normativa, as unidades jurisdicionadas cujos responsveis tero processos de contas ordinrias constitudos para julgamento, assim como os contedos e a forma das peas que os comporo e os prazos de apresentao. 1 Os responsveis pelas unidades jurisdicionadas no relacionadas na deciso normativa de que trata o caput no tero as contas do respectivo exerccio julgadas pelo Tribunal nos termos do art. 6 da Lei n 8.443, de 1992, sem prejuzo de o Tribunal determinar a constituio de processo de contas em deciso especfica e da manuteno das demais formas de fiscalizao exercidas pelos controles interno e externo. 2 Os processos de contas ordinrias devem abranger a totalidade da gesto das unidades relacionadas em deciso normativa.
3 O relatrio de gesto de unidade jurisdicionada relacionada na deciso normativa referida no caput deve ser submetido auditoria de gesto e s demais providncias a cargo do respectivo rgo de controle interno. 4 (Revogado) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 5 Os rgos de controle interno devem colocar disposio do Tribunal em meio eletrnico, na forma definida em deciso normativa, as peas relacionadas nos incisos IV, V e VI do art. 13 desta instruo normativa. 6 Os rgos de controle interno podem, a seu critrio, realizar auditorias de gesto sobre as unidades jurisdicionadas no relacionadas na deciso normativa de que trata o caput. 7 Na situao prevista no pargrafo anterior, caso verificadas as ocorrncias a que se refere o inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992, o rgo de controle interno deve: a) se a ocorrncia for classificada na alnea b do inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992, representar ao Tribunal, nos termos do art. 237, inciso II, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio; b) se a ocorrncia for classificada nas alneas c ou d inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992, recomendar a instaurao de processo de tomada de contas especial, nos termos do art. 8 da Lei n 8.443, de1992. Art. 5 Os relatrios de gesto e os processos de contas constitudos pelo Tribunal sero organizados de acordo com a seguinte classificao: I. Individual, quando envolverem uma nica unidade jurisdicionada; II. Consolidado, quando envolverem mais de uma unidade jurisdicionada e for conveniente ao Tribunal avaliar a gesto em conjunto; III. Agregado, quando envolverem mais de uma unidade jurisdicionada e for conveniente ao Tribunal avaliar a gesto por meio do confronto das peas de cada unidade do conjunto. Pargrafo nico. As decises normativas de que tratam os arts. 3 e 4 indicaro elementos suficientes para o enquadramento das unidades jurisdicionadas na classificao estabelecida pelo caput para a elaborao de relatrio de gesto e constituio de processo de contas. (NR) (Instruo Normativa- TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) Art. 6 As unidades jurisdicionadas expressamente relacionadas na deciso normativa de que trata o art. 3 como individual, consolidadora, agregada ou agregadora que forem submetidas a processos de extino, liquidao, dissoluo, transformao, fuso, incorporao ou desestatizao durante o exerccio devem ter o processo de contas extraordinrias submetido ao julgamento do Tribunal. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 1 A constituio de processo de contas extraordinrias dispensada nos seguintes casos: (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) I. unidade jurisdicionada que, sem alterao de sua natureza jurdica e mantidas as atribuies anteriores, passar a integrar a estrutura de outro ministrio ou rgo; (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) II. unidade jurisdicionada que sofrer alterao de nome ou de estrutura, se preservada a continuidade administrativa e mantidas atribuies similares s anteriores; (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) III. empresa no relacionada na deciso normativa de que trata o art. 3, conforme especifica o caput deste artigo, em que unidade da administrao indireta tenha participao no capital, no momento da venda da participao; (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) IV. unidade no relacionada expressamente na deciso normativa de que trata o art. 3 ou
referida como consolidada no referido normativo; (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 2 Os responsveis por unidade jurisdicionada que se enquadrar nas situaes do caput devem comunicar o fato ao Tribunal e ao rgo de controle interno respectivo em at trinta dias, a contar da data do ato de autorizao do processo modificador. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 3 Os responsveis por unidade jurisdicionada, quando da concluso do processo modificador e independentemente da data que ele tenha sido iniciado, devem adotar as seguintes providncias: (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) I. comunicar ao respectivo rgo de controle interno e a este Tribunal, em at quinze dias, o encerramento do processo modificador; (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) II. encaminhar ao rgo de controle interno respectivo, em at sessenta dias contados da comunicao prevista no inciso I deste pargrafo, as peas relacionadas nos incisos I, II e III do art. 13. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 4 O rgo de controle interno respectivo deve encaminhar ao Tribunal, em at cento e vinte dias do seu recebimento, as peas referidas no inciso II do 3 deste artigo, juntamente com as previstas nos incisos IV, V e VI do art. 13 relativas unidade que tenha sido objeto do processo modificador. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 5 O pronunciamento do ministro previsto no inciso VII do art. 13 relativo unidade encerrada dever ser enviado ao Tribunal na mesma data prevista no 4, podendo a entrega ser feita pelo rgo de controle interno respectivo em conjunto com as demais peas de que trata esse pargrafo. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 6 As peas de que trata este artigo devem abranger todo o perodo compreendido pelo processo modificador, de forma a contemplar todas as aes tomadas pelos gestores para o encerramento das atividades da unidade, inclusive as providncias relativas transferncia patrimonial e aos processos administrativos no encerrados. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013)
CAPTULO II PRAZOS Art. 7 Os prazos estabelecidos nas decises normativas de que tratam os arts. 3 e 4, assim como no art. 6 desta instruo normativa, podem ser prorrogados pelo Plenrio do Tribunal, em carter excepcional, mediante o envio de solicitao fundamentada, formulada, conforme o caso, pelas seguintes autoridades: I. Presidente da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal, dos demais Tribunais Superiores, dos Tribunais Federais nos Estados e no Distrito Federal e do Tribunal de Contas da Unio; II. Ministro de Estado ou autoridade de nvel hierrquico equivalente; III. Procurador-Geral da Repblica; IV. Presidente de conselho federal de fiscalizao profissional. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) Pargrafo nico. Nos casos em que os trabalhos referidos no 3 do art. 4 e no 1 do art. 6 desta instruo normativa no puderem ser concludos a tempo de atender aos prazos fixados pelo Tribunal, o dirigente mximo do respectivo rgo de controle interno poder solicitar, mediante pedido fundamentado, a prorrogao de prazo para apresentao das peas que lhe so pertinentes.
Art. 8 O descumprimento dos prazos fixados pelas decises normativas de que tratam os arts. 3 e 4 ou estabelecidos pelo art. 6, consideradas as prorrogaes decorrentes do disposto no do art. 7, poder acarretar as seguintes situaes para os responsveis: I. em relao aos prazos relacionados apresentao dos relatrios de gesto, omisso no dever de prestar contas, para efeito do disposto na alnea "a" do inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) II. em relao aos prazos das demais peas para constituio de processos de contas relacionadas no art. 13 desta instruo normativa, grave infrao norma regulamentar, para efeito do disposto no inciso II do art. 58 da Lei n 8.443, de 1992. 1 Verificada a omisso de que trata o inciso I, o Tribunal determinar, em deciso especfica, a constituio de processo de tomada de contas para citao do dirigente mximo da unidade jurisdicionada. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 2 Citado o responsvel, nos termos do pargrafo anterior, a apresentao posterior do relatrio de gesto, sem justificativa para a falta, no elidir a irregularidade das contas, podendo o dbito ser afastado caso a documentao esteja de acordo com as normas legais e regulamentares e demonstre a boa e regular aplicao dos recursos, sem prejuzo da sano prevista no inciso I do art. 58 da Lei n 8.443/1992. (AC) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) Art. 9 Os processos de contas somente sero constitudos pelo Tribunal se contiverem todas as peas relacionadas no art. 13 desta instruo normativa, formalizadas de acordo com o estabelecido nas decises normativas de que tratam os arts. 3 e 4. 1 Nos casos de inadimplemento das condies previstas no caput, a instncia responsvel pela elaborao da pea ser notificada do fato pela unidade tcnica do Tribunal, para que, no prazo fixado, adote as aes de sua alada ou comunique a situao aos responsveis para a adoo das providncias cabveis. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 2 Quando o descumprimento ocorrer em relao s condies estabelecidas pela deciso normativa prevista no caput do art. 3, a unidade tcnica do Tribunal fixar, de acordo com a extenso das correes, novo prazo para reapresentao da pea, permanecendo os responsveis pela unidade em situao de inadimplncia no dever de prestar contas at o saneamento completo das impropriedades. CAPTULO III ROL DE RESPONSVEIS Art. 10 Sero considerados responsveis pela gesto os titulares e seus substitutos que desempenharem, durante o perodo a que se referirem as contas, as seguintes naturezas de responsabilidade, se houver: I. dirigente mximo da unidade jurisdicionada; II. membro de diretoria ou ocupante de cargo de direo no nvel de hierarquia imediatamente inferior e sucessivo ao do dirigente de que trata o inciso anterior, com base na estrutura de cargos aprovada para a unidade jurisdicionada; III. membro de rgo colegiado que, por definio legal, regimental ou estatutria, seja responsvel por ato de gesto que possa causar impacto na economicidade, eficincia e eficcia da gesto da unidade. Pargrafo nico. O Tribunal poder definir outras naturezas de responsabilidade na deciso normativa de que trata o art. 4. Art. 11. O rol de responsveis deve conter as seguintes informaes: I. nome e nmero do Cadastro de Pessoa Fsica do Ministrio da Fazenda (CPF/MF) do
responsvel arrolado; II. identificao da natureza de responsabilidade, conforme descrito no artigo anterior ou na deciso normativa de que trata o art. 4 desta instruo normativa, e dos cargos ou funes exercidos; III. indicao dos perodos de gesto, por cargo ou funo; IV. identificao dos atos formais de nomeao, designao ou exonerao, incluindo a data de publicao no Dirio Oficial da Unio ou em documento de divulgao pertinente; V. endereo residencial completo; e VI. endereo de correio eletrnico. 1 A unidade jurisdicionada deve manter cadastro informatizado de todos os responsveis a ela vinculados, em cada exerccio, com todas as informaes indicadas no caput deste artigo, ainda que os responsveis no tenham exercido as responsabilidades fixadas no caput do art. 10. 2 O rol destinado constituio de processo de contas sob a forma consolidada deve abranger somente os responsveis da unidade jurisdicionada consolidadora, sem prejuzo do disposto no pargrafo nico do art. 10. 3 O rol destinado constituio de processo de contas sob a forma agregada deve relacionar os responsveis da unidade jurisdicionada agregadora e das unidades jurisdicionadas agregadas. 4 Os rgos de controle interno podem propor a incluso de responsveis no relacionados no rol, se verificada a ocorrncia de ato previsto nas alneas b, c ou d do inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992, que enseje a responsabilizao em conjunto com agente integrante do rol conforme o art. 10. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 5 Se constatado ato classificvel nas alneas c e d do inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992, praticado por responsvel no relacionado no rol e no sendo possvel propor a responsabilizao em conjunto nos termos do 4 deste artigo, o rgo de controle interno, sob pena de responsabilidade solidria, dever recomendar a instaurao de processo de tomada de contas especial, nos termos do art. 8 da Lei n 8.443, de 1992. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013) 6 Se constatado ato classificvel na alnea b do inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992, praticado por responsvel no relacionado no rol e no sendo possvel propor a responsabilizao em conjunto nos termos do 4 deste artigo, o rgo de controle interno dever representar ao Tribunal nos termos do art. 237, inciso II, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio. (NR) (Instruo Normativa-TCU n 72, de 15/05/2013, DOU de 20/05/2013)
TTULO III ORGANIZAO DOS RELATRIOS DE GESTO E DOS PROCESSOS DE CONTAS CAPTULO I PEAS E CONTEDOS Art. 12. Os relatrios de gesto referidos no caput do art. 3 devem contemplar todos os recursos oramentrios e extra-oramentrios utilizados, arrecadados, guardados ou geridos pelas unidades jurisdicionadas, ou pelos quais elas respondam, includos os oriundos de fundos de natureza contbil recebidos de entes da administrao pblica federal ou descentralizados para execuo indireta. Art. 13. Os autos iniciais dos processos de contas sero constitudos das peas a seguir relacionadas:
I. rol de responsveis, observado o disposto no captulo III do ttulo II desta instruo normativa e na deciso normativa de que trata o art. 4; II. relatrio de gesto dos responsveis, conforme contedos e formatos estabelecidos pelo Tribunal na deciso normativa de que trata o art. 3; III. relatrios e pareceres de rgos, entidades ou instncias que devam se pronunciar sobre as contas ou sobre a gesto dos responsveis pela unidade jurisdicionada, consoante previso em lei ou em seus atos constitutivos, observados os formatos e os contedos definidos na deciso normativa de que trata o art. 4 deste normativo; IV. relatrio de auditoria de gesto, emitido pelo rgo de controle interno, conforme formato e contedo definidos na deciso normativa de que trata o art. 4 deste normativo; V. certificado de auditoria, emitido pelo rgo de controle interno competente; VI. parecer conclusivo do dirigente do rgo de controle interno competente; e VII. pronunciamento expresso do ministro de estado supervisor da unidade jurisdicionada, ou da autoridade de nvel hierrquico equivalente, atestando haver tomado conhecimento das concluses contidas no parecer do dirigente do rgo de controle interno competente sobre o desempenho e a conformidade da gesto da unidade supervisionada. 1 O pronunciamento ministerial ou de autoridade de nvel hierrquico equivalente sobre o parecer do dirigente do rgo de controle interno competente no poder ser objeto de delegao, conforme dispe o art. 52 da Lei n 8.443, de 1992. 2 Os exames do rgo de controle interno competente sobre a gesto dos responsveis devem abranger todos os recursos, oramentrios e extra-oramentrios, utilizados, arrecadados, guardados ou geridos pelas unidades jurisdicionadas ou pelos quais elas respondam, includos os oriundos de fundos de natureza contbil recebidos de entes da administrao pblica federal ou descentralizados para execuo indireta. 3 Os relatrios de auditoria de gesto emitidos pelos rgos de controle interno devem ser compostos dos achados devidamente caracterizados pela indicao da situao encontrada e do critrio adotado e suportados por papis de trabalho, mantidos em arquivos disposio do Tribunal. 4. Os documentos a que se referem os incisos V, VI e VII deste artigo, se opinarem pela regularidade com ressalvas e irregularidade das contas dos responsveis, devem indicar os fatores motivadores para cada responsvel. TTULO IV DISPOSIES FINAIS Art. 14. As unidades jurisdicionadas e os rgos de controle interno devem manter a guarda dos documentos comprobatrios de cada exerccio, includos os de natureza sigilosa, de acordo com os seguintes prazos: I. dez anos, contados a partir da apresentao do relatrio de gesto ao Tribunal, para as unidades jurisdicionadas no relacionadas para constituio de processo de contas no exerccio; II. cinco anos, contados a partir da data do julgamento das contas dos responsveis pelo Tribunal, para as unidades jurisdicionadas relacionadas para constituio de processo de contas no exerccio. Pargrafo nico. O descumprimento do disposto no caput deste artigo poder sujeitar o responsvel sano prevista no inciso II do art. 58 da Lei n 8.443, de 1992, sem prejuzo da instaurao de tomada de contas especial para apurao dos fatos, identificao dos responsveis e quantificao do dano ao Errio, se for o caso. Art. 15. Em razo da complexidade do negcio, da necessidade de acompanhamento
tempestivo ou do monitoramento dos atos de gesto das unidades jurisdicionadas envolvidas, o Tribunal poder determinar a apresentao de informaes sobre a gesto em periodicidade inferior a um ano, sem prejuzo das obrigaes estabelecidas pela deciso normativa prevista no art. 3. Art. 16. Esta instruo normativa entra em vigor na data de sua publicao e aplica-se aos processos de contas referentes ao exerccio de 2010 e seguintes. Art. 17. Fica revogada a Instruo Normativa TCU n 57, de 27 de agosto de 2008. VALMIR CAMPELO na Presidncia
Redao anterior:
Art. 2 (...) 1 Os responsveis pelas entidades de fiscalizao do exerccio profissional esto dispensados de apresentar relatrio de gesto e de terem processo de contas ordinrias constitudos pelo Tribunal, sem prejuzo da manuteno das demais formas de fiscalizao exercidas pelos controles interno e externo. 2 Os estados, o Distrito Federal, os municpios e as pessoas fsicas ou entidades privadas, quando beneficirios de transferncia voluntria de recursos federais, sob qualquer forma, respondero perante o rgo ou entidade repassador pela boa e regular aplicao desses recursos, apresentando todos os documentos, informaes e demonstrativos necessrios composio dos relatrios de gesto e dos processos de contas dos responsveis por essas unidades jurisdicionadas.
Art. 3 (...) 4 Os relatrios de gesto ficaro disponveis para livre consulta no Portal do Tribunal na Internet, em at quinze dias da data limite para apresentao. 6 Os responsveis por unidade jurisdicionada que entrar em processo de extino, liquidao, dissoluo, transformao, fuso, incorporao ou desestatizao devem comunicar o fato ao TCU e ao rgo de controle interno em at trinta dias do ato que tenha autorizado o processo modificador e permanecem obrigados apresentao dos relatrios de gesto anuais at a concluso do evento.
Art. 4 (...) 4 O relatrio de gesto de unidade jurisdicionada sujeita ao processo modificador referido no 6 do art. 3 pode, a critrio do rgo de controle interno, a partir da comunicao da unidade, ser submetido auditoria de gesto e s demais providncias a cargo desse rgo, para constituio de processo de contas extraordinrias.
Art. 5 (...) Pargrafo nico. A deciso normativa de que trata o art. 3 indicar elementos suficientes para o enquadramento das unidades jurisdicionadas na classificao estabelecida pelo caput.
Art. 6 Para a constituio de processo de contas extraordinrias junto ao Tribunal, os responsveis pelos processos de extino, liquidao, dissoluo, transformao, fuso, incorporao ou desestatizao de unidade jurisdicionada devem: I. comunicar, em at quinze dias, o encerramento dos processos modificadores ao rgo de controle interno e ao Tribunal de Contas da Unio. II. encaminhar, em at sessenta dias da comunicao prevista no inciso I anterior, ao rgo de controle interno e ao TCU as peas relacionadas nos incisos I, II e III do art. 13 desta instruo normativa. 1 O rgo de controle interno deve encaminhar, em at cento e vinte dias, contados a partir do recebimento das peas referidas no inciso II acima, as peas previstas nos incisos IV, V e VI do art. 13, relativas unidade objeto do processo modificador. 2 A auditoria de gesto realizada pelo rgo de controle interno e as peas relacionadas nos incisos I, III, IV, V, VI, e VII do art. 13, que comporo os processos de que trata o caput, devem abranger os atos praticados no perodo compreendido pelo processo modificador. 3 Os contedos das peas que comporo os processos de contas extraordinrias sero definidos nas decises normativas de que tratam os arts. 3 e 4.
Art. 8 (...) I. em relao aos prazos relacionados apresentao dos relatrios de gesto, omisso no dever de prestar contas, para efeito do disposto na alnea a do inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992, sem prejuzo da sano prevista no inciso II do art. 58 dessa mesma Lei.
Art. 9 (...) 1 Nos casos de inadimplemento das condies previstas no caput, o rgo de controle interno ser informado do fato pela unidade tcnica do Tribunal, para que, em at quinze dias da notificao, adote as aes de sua alada ou comunique a situao aos responsveis para a adoo das providncias cabveis.
Art. 11 (...) 4 Os rgos de controle interno podem propor a incluso de responsveis no relacionados no rol se verificada a ocorrncia de ato previsto nas alneas b, c ou d do inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992 em conluio com responsvel arrolado no rol. 5 No ocorrendo o conluio referido no 4 acima, mas verificada a prtica de ato por responsvel no relacionado no rol que tenha causado dano ao Errio, o rgo de controle interno, sob pena de responsabilidade solidria, dever recomendar a instaurao de processo de tomada de contas especial, nos termos do art. 8 da Lei n 8.443, de 1992. 6 No ocorrendo o conluio referido 4 deste artigo, mas apurada a prtica de ato por responsvel no relacionado no rol classificvel na alnea b do inciso III do art. 16 da Lei n 8.443, de 1992, o rgo de controle interno deve representar ao Tribunal nos termos do art. 237, inciso II, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio.