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Jane Doe:
Muitas pessoas não se intimidam na hora de falar mal do Cristianismo,
pelo contrário, criticar a Igreja é cult, mas na hora de detonar essa
religião reacionária, misógina e suja que é o Islã a maioria posa de
politicamente correto, com medo de parecer preconceituoso.
Se rebaixar a mulher é um dogma do Alcorão não vejo como uma
feminista ou um humanista pode dizer que não tem nada contra essa
religião.
vou deixar pra responder esse tópico com mais calma amanhã...mas, a
princípio...eu diria que não há muita diferença entre o peso das
opressões do ocidente e oriente....
bjo!
Denise:
eu sinceramente não acho que o direito de usar uma saia mais curta
que uma mulher em outro país signifique necessariamente menos
machismo. Se vc for pensar em toda a exposição sexual da mulher no
Ocidente, o que tem de tão melhor que mulheres cobertas? Também acho
que cada um tem que criticar e apontar os problemas com os quais
convive, e que entende. Sim, as mulheres nos países islâmicos sofrem.
OK, você pode integrar uma organização internacional, fazer algo por
elas, é legal. Mas, mais fácil que isso é pensar na situação das
mulheres no teu próprio país.
Denise :
Jane Doe:
Aqui a mulher anda pelada porque quer, ninguém a obriga, temos pelo
menos o direito de escolha, mas a islâmica é fuzilada se sair sem o
véu na rua.
Aqui a mulher que trai o marido vira puta, lá o mínimo que ela ganha
são 80 chibatatas.
Aqui a mulher é livre pra escolher quando e com quem quer casar, lá
ela é vendida pelos pais ao melhor pretendente.
Jane Doe:
Lain:
Jane Doe:
Lain
O Oriente Médio não é Estado Laico. Quando você nasce lá, não tem
essa de escolher ser muçulmano, você TEM QUE SER muçulmano. Em
alguns lugares eles punem o Cristianismo com morte.
Os homens lá também não podem escolher, mas pelo menos estão em
vantagem em relação às mulheres.
Denise:
Mas Jane, aí vc não está criticando
necessariamente o Islamismo, mas os países islâmicos, e sua forma de
organização política. Eu também acho todo Estado deveria ser laico.
Mas veja bem, nem o Brasil é realmente laico, embora, sim, esteja bem
à frente de muitos países islâmicos nesse ponto.
Acho também que essas religiões são um atraso. Mas, ainda sou
contra "crucificar" o islamismo como se fosse pior que o
cristianismo. Há várias pessoas que são islâmicas em países
ocidentais e levam uma vida normal, dentro do padrão de normalidade
da sociedade. Até onde eu sei, o Alcorão não é mais machista que a
Bíblia.
Jane Doe:
Lain :
Jane
Eu sei ué, tanto que disse que o PROBLEMA todo era a falta total de
escolha...Se houvesse escolha,a religião podia ser como for que não
seria da conta de ninguem.... Mas a ausencia de escolha faz a coisa
se tornar um problema,uma violencia real. =-\
J ane Doe:
.smelly cat :
Jane Doe:
Merly:
Eu realmente fico até com medo do poder dado a nós por causa de dois
seios, uma vagina e um útero... OS HOMENS IDEALIZAM DEMAIS O
PODER FEMININO! Vcs já perceberam como eles entram em comunidades
como estas ainda hoje ( e mesmo aqui) para dizer coisas absurdas?
E nem acho q seja tudo isso por causa do Alcorão... acho q é uma
forma de manter o poder de uns poucos (de lá) sobre muitos (de lá).
Mas a violência é tao crua e cruel, q só saber-se existindo num mundo
como este já é um insulto a todas as mulheres... é também uma
violência contra nós o q o Estado de lá faz com a desculpa da
religião por trás dele
Veggie Grrrl:
gente...
isso em psicologia se chama projeção...é qdo vc não quer admitir os
seus próprios erros e projeta no outro o que vc é na verdade, e assim
o julga, condena, eis a genealogia dos bodes expiatórios...
realmente, eu tenho uma amiga que morou na Síria, ela disse que foi o
pior ano de sua vida e saiu quase fugida, disse que a opressão era
enorme e estava já afetando suas relações familiares...
assim como lá tem-de se usar véu...aqui há uma coerção enorme pra que
a mulher seja um objeto.
Veggie Grrrl:
Jane Doe&:
Eu não sei em que parte eu disse que o Ocidente não tem problemas,
tanto que eu mesma abri o tópico falando de como o estupro tem
punição branda até nos países mais libertários, abri um tópico pra
questionar porque as americanas dão tanto valor ao sobrenome do
marido, etc.
assim como lá tem-de se usar véu...aqui há uma coerção enorme pra que
a mulher seja um objeto.
Se você disse que o pior ano da vida da sua amiga foi num país
islâmico, realmente não dá pra dizer que o sofrimento é o mesmo.
Digo e repito: O Ocidente não é um paraíso, temos N problemas que eu
nunca neguei, mas na hora de MENSURAR e COMPARAR com o Oriente,
nós somos privilegiados.
Denise :
Sobre poligamia
Um pouco fora do assunto, mas os mórmons nos EUA já incentivaram a
poligamia, e são até hoje duramente criticados por isso. Foi em
situaçao parecida, após a guerra nos EUA, muitas mulheres víúvas e
solteiras, poucos homens em idade de casar, a mulher sozinha naquela
época não tinha nenhum valor na sociedade, não tinha nenhum direito,
foi um jeito de "proteger" e dar um lar a essas mulheres, e também um
jeito de aumentar a fertilidade do povo, já que todas as esposas de
um homem podem lhe dar filhos.
Eu não acho o fim do mundo não, ainda mais da forma que o casamento
era, quase um contrato entre partes, a mulher arruma um marido para
lhe sustentar e proteger, o marido arruma uma mulher para lhe dar
herdeirOs e cuidar dos filhos e do lar. Dá pra fazer isso direitinho
com mais que uma esposa. Também no fundo talvez fosse uma forma de
conter o feminismo. As mulheres iam ter que se virar de alguma forma.
Já pensou na revolução que causaria, um monte de mulheres
independentes?
CONDENADA :
bom, algumas de vo6 já viram um vídeo,
feito por um cineasta, que mostrava uma mulher com varios sinais de
espancamento pelo corpo, e no prórpio corpo dela alguns trechos do
alcorão escritos? e sabiam tb que este cineasta foi brutalmente
assasinado, depois de ter feito o filme?
além do mais, vo6 já leram tb, um livro (esqueci o nome dele agora)
mas que foi feito por uma jornalista dinamarquesa que passou 1 ano
vivendo com uma familia muçulmana?e as mulheres daquela família, não
achavam estranho viverem assim, submissas o tempo todo.
Vou ir mais um pouco longe agora: voces lembram da novela ``O Clone``?
Eu lembro que na época que a novela estava passando,algumas mulheres
da arábia saudita vieram dar entrevistas e dissertaram á respeito dos
hábitos ocidentais e orientais....e ela disseram:``como voces
conseguem viver sem um homem para cuidar de voces?``francamente...
elas não conhecem outro mundo..o mundo para elas lá fora é
perigoso..e caso voces tb não saibam ainda há uma lei no brasil que
diz que se o homem descobrir que a mulher não era mais virgem ele
pode anular o casamento? o outro papa, também condenou as feministas
em alguma vez...........que mundo paradoxal!!!!!!!!
Jane Doe:
Denise:
Mas sim, em países do Oriente Médio é pior. Ok. Mas o que nos adianta
ficar criticando esses países? O que isso vai mudar na nossa
situação? Acho que é essa a questão. O ponto não é não criticar o
islã, mas criticá-lo de uma forma realista e não paranóica como os
EUA fazem, e outra coisa, não usar o problema de outros países para
amenizar os próprios problemas.
Jane Doe:
Valeria :
Voltei só para pontuar algumas coisas, porque parece que
virou crime apontar que, sim, o Islã é misógino ao extremo:
Valeria :
Valeria :
Notas: [3]Entenda a primazia do homem, na sociedade mais
propiciada pela força física e pelos encargos de que é investido
[Por Deus?], do que pelo grau de honra.
[4]Bater suavemente, cuidando de não atingir-lhes a face nem
as partes sensíveis.
Valeria:
Jane Doe:
smelly cat :
.smelly cat :
Yume no Hayashi:
Veggie Grrrl&:
é
tb li o tópico e concordo q eh isso mesmo
Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra, Soghra e Fatemeh são sete mulheres
iranianas condenadas à morte por lapidação. A República Islâmica do Irão
considera o adultério um delito punível através da pena de morte por lapidação,
violando assim o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, o qual garante
o direito à vida e proibe a tortura. Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra,
Soghra e Fatemeh foram condenadas injustamente à pena mais cruel, desumana
e degradante, a pena de morte. Mas ainda vamos a tempo de impedir a sua
execução. Não fiques em silêncio. Vai a Amnistia Internacional e colabora,
juntando o teu nome a uma já extensa petição a favor destas setes mulheres.
http://tangomaster.blogspot.com/2006/10/petio-por-iranianas-condenadas-
lapidao.html
Henri Tincq
enviado especial a Barcelona, Espanha
O que se viu neste congresso foi uma dolorosa romaria de militantes vindas do
Senegal, do Paquistão, da Indonésia, do Irã para expressar o desespero das
mulheres, cuja condição está codificada na "charia" (lei islâmica) e nos códigos
locais da família: mal-tratos, casamento forçado, poligamia, discriminação em
relação ao acesso ao divórcio e à herança, etc.
Uma delas, Codou Bop, explica que 12% apenas das mulheres do seu país, o
Senegal (onde 95% da população são muçulmanos), praticam a contracepção:
"Essas mulheres passam por imorais, enquanto todas as outras estão
convencidas de que o Islã é contra o controle dos nascimentos. Os próprios
membros do corpo médico pedem a opinião do homem antes de prescreverem a
pílula".
A religião, que não tolera relações sexuais fora do casamento, acrescenta a sua
parte na culpabilidade que elas podem vir a sentir. Todas as batalhas em favor
do direito ao aborto esbarram na resistência dos oulemas (sacerdotes) locais e
dos chefes de família. Com isso, os abortos clandestinos matam todo ano na
África 200.000 mulheres.
Lily Munir, que é indonésia, denuncia a poligamia que impera em grande escala
no seu país. Para ela, trata-se de um crime contra o espírito do Alcorão. No
contexto tribal da época do Profeta, a limitação a quatro do número das esposas
representava um progresso. Hoje, a poligamia não passa de uma regressão:
"Nenhum homem é capaz de tratar quatro esposas com a justiça igual, tal como
recomenda o Alcorão".
Por sua vez, a iraniana Nayereh Tohidi toma a palavra para deplorar os impasses
nos quais se encontram as lutas feministas em seu país. No caso, as suas
tentativas são reprimidas pelo clã clerical e pelo governo islâmico que está no
poder, cuja "retórica militar e anti-ocidental" tem por efeito de confinar as
mulheres na sua marginalidade.
"O Alcorão não constitui um bloco. Existem tantas leituras quanto leitores",
argumenta Ndeye Andujar. Foi agendado um outro congresso que deverá ser
realizado em Nova York, sobre o tema da "liderança espiritual" das mulheres.
Este próximo encontro deverá promover a atribuição de bolsas, as quais
permitirão que algumas delas se formem para tornar-se "muftis" (magistradas
eclesiásticas) e "poder emitir fatwas [leis religiosas]".
Essas feministas sabem que o caminho será longo. Elas são vítimas de dois
discursos opostos e incompatíveis - o Islã tradicional e o islamismo - que, contra
os direitos das mulheres, se revelam objetivamente aliados. Eles precisam
contar também com os riscos de recuperação política da sua luta e se
defenderem contra o "paternalismo" das feministas ocidentais. Mas as
principais resistências virão do interior do Islã: dos homens, é claro, mas
também das mulheres conformadas, depois de tantos séculos, com a dominação
machista e a submissão.
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