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Em vésperas de importantes decisões do Tribunal Constitucional sobre cortes em salários e pensões, o constitucionalista Jorge Reis Novais, em entrevista ao Jornal de Negócios, pronuncia-se sobre as reduções remuneratórias e a contribuição de sustentabilidade, não deixando de dissecar algumas das críticas mais corriqueiras a juízes e decisões do TC, nomeadamente a falta de previsibilidade e mesmo incoerência, o alegado "ativismo político" e a intolerância a medidas de austeridade. Alega ainda que Governo e Presidente da República mantiveram uma cumplicidade para deixar normas de duvidosa constitucionalidade entrarem em vigor (sendo o TC confrontado, em fiscalização sucessiva, com o facto consumado), considerando que os juízes têm mais sentido de Estado que Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho. Por último, rejeita qualquer impacto da inclusão da "regra de ouro" do Tratado Orçamental na Lei Fundamental e lamenta o lastro de jurisprudência constitucional que não trata os direitos sociais como direitos fundamentais.
Titlu original
Jorge Reis Novais em entrevista ao Jornal de Negócios (11.08.2014)
Em vésperas de importantes decisões do Tribunal Constitucional sobre cortes em salários e pensões, o constitucionalista Jorge Reis Novais, em entrevista ao Jornal de Negócios, pronuncia-se sobre as reduções remuneratórias e a contribuição de sustentabilidade, não deixando de dissecar algumas das críticas mais corriqueiras a juízes e decisões do TC, nomeadamente a falta de previsibilidade e mesmo incoerência, o alegado "ativismo político" e a intolerância a medidas de austeridade. Alega ainda que Governo e Presidente da República mantiveram uma cumplicidade para deixar normas de duvidosa constitucionalidade entrarem em vigor (sendo o TC confrontado, em fiscalização sucessiva, com o facto consumado), considerando que os juízes têm mais sentido de Estado que Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho. Por último, rejeita qualquer impacto da inclusão da "regra de ouro" do Tratado Orçamental na Lei Fundamental e lamenta o lastro de jurisprudência constitucional que não trata os direitos sociais como direitos fundamentais.
Em vésperas de importantes decisões do Tribunal Constitucional sobre cortes em salários e pensões, o constitucionalista Jorge Reis Novais, em entrevista ao Jornal de Negócios, pronuncia-se sobre as reduções remuneratórias e a contribuição de sustentabilidade, não deixando de dissecar algumas das críticas mais corriqueiras a juízes e decisões do TC, nomeadamente a falta de previsibilidade e mesmo incoerência, o alegado "ativismo político" e a intolerância a medidas de austeridade. Alega ainda que Governo e Presidente da República mantiveram uma cumplicidade para deixar normas de duvidosa constitucionalidade entrarem em vigor (sendo o TC confrontado, em fiscalização sucessiva, com o facto consumado), considerando que os juízes têm mais sentido de Estado que Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho. Por último, rejeita qualquer impacto da inclusão da "regra de ouro" do Tratado Orçamental na Lei Fundamental e lamenta o lastro de jurisprudência constitucional que não trata os direitos sociais como direitos fundamentais.