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Resumo do Filme
De uma maneira geral o documentário retrata sobre questões ligadas a segregações que
na opinião dos entrevistados constitui um problema estrutural que leva serem vedados a
frequentar em alguns espaços de sociabilidade, criando um clima de pobreza e
desemprego.
Os protagonistas referem que a sua fonte de inspiração está muito ligado a negros norte
americanos intelectuais e grupos musicais que de uma forma directa ou indirecta
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Rap cantado por Brancos, mas que não retratam questões ligadas a desigualdades sociais, mas sim
tratam de falar de festas, roupas de marca, mulheres.
discutiram questões ligadas a discriminação racial, tais como Martin Luther King,
Malcolm X, Huey Newton (líder dos Black Panther) Vanilla Ice, Public Enemy.
Perante ao choque das lógicas os protagonistas do filme referem que quando o Estado
os violenta eles também respondem também violentando e é por isso que numa das
passagens do filme um dos protagonistas refere que “ quando o sistema5 nos fode, nus
ta manda fode sistema”.
Os rappers advogam que tanto os negros, brancos, mulatos, são todos iguais e que a
discriminação criado pelo Estado que se operacionaliza através de instituições como a
Policia e os Serviços de migração, não faz sentido, pois isto acaba reproduzindo
desigualdades sociais.
Finalmente, um dos Protagonistas perante ao choque de lógicas sente que a sua cultura
está sendo roubada, por isso é que eles resistem usando o crioulo nas suas conversas e
cantam o Rap como forma de resgatar os seus valores.
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Uso dos ditos palavrões na linguagem corrente, tais como puta, merda, é fudido.
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Letras da música Rap escritas em Crioulo. Para eles o Rap em crioulo acciona a identidade negra e os
faz pensar que tem uma raiz que os sustenta que é a África no geral e Cabo-Verde em particular.
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Rua não no sentido literal do termo, mas sim como um espaço de sociabilidade onde há troca de
valores, símbolos entre indivíduos, e possui códigos interpretativos de como olhar o mundo e que no
presente documentário diferencia-se com o plasmado pelo Estado.
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Sistema neste contexto é compreendido como o Estado com os seus instrumentos de repressão como
a Policia.
Análise Critica ao documentário.
Neste capitulo pretendemos demonstrar o que com o texto pudemos captar entanto que
pessoas e dai com um olhar de estudante de antropologia fazer uma analise a luz de
teorias que discutem sobre identidades.
O próprio Hip-Hop produzido pelos rappers cabo-verdianos não é puro como tanto
referem se pegarmos a história da origem nos EUA, pois eles apropriaram e
reproduziram para satisfazer a suas necessidades, a título de exemplo é a incorporação
do crioulo nas letras destes rappers.
Sobre o accionamento de varias identidades o que torna a identidade algo fugidio, temos
os casos recorrentes no próprio documentário em que a dado momento referiam que
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PANOFF, Michel (1973). Dicionário de etnologia. Lisboa: Edições 70.
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PINA CABRAL, João (2003). Identidades inseridas: algumas divagações sobre identidade, emoção e
ética. Lisboa: ICS
eram cidadãos Português e tinham os mesmos direito que os brancos, e que eram cabo-
verdianos quando advogavam que tinham raízes africanas.
Na minha opinião o documentário apresenta uma limitação que provavelmente pode não
alargar o horizonte analítico sobre a situação dos imigrantes em Portugal, que é a
questão da maneira como os imigrantes são identificados pelos nativos de Portugal e se
o autor fez não vem apresentado claramente no documentário.
Quanto a reforma do sistema educativo não estou de acordo pelo facto de no contexto
Português ser um estado nação composto por um conjunto de normas e também por
possuir uma diversidade cultural que cujo privilegio de uns grupos poderia criar um
clima de tensão e a própria reforma poderia fazer a mesma perder a sua essência e
passando a se chamar de outro termo e não de escola.
Quanto ao roubo ou não roubo da cultura não sou apologista pelo facto de nos processos
de contactos ou empréstimos culturais haver a perda de valores, mas sim há um
processo de transformações socais pela dinâmica social que constitui um processo
inerente a própria cultura.
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BAUMAN, Zygmunt. (2001). Modernidade Liquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.