Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
O registo de dados estatísticos é, segundo creio, prática diária das nossas bibliotecas,
desde o número de visitantes diários até ao número de empréstimos, utilização de equipa-
mentos, consultas, formação de utilizadores, registos de sugestões efectuadas pelos alunos e
docentes, número de aquisições, etc., e daí não será difícil extrair informações, bem como
realizar uma apreciação final sobre os referidos dados. Já uma análise dos impactos é mais
difícil de pôr em prática, não só porque esta prática é algo nova em grande parte das situa-
ções, mas também porque a recolha de evidências, de trabalhos produzidos pelos alunos não
são simples de implementar, nem a melhoria nas aprendizagens a este nível são de fácil
apreensão e claramente mensuráveis.
A análise de colecção, que está subjacente a todos estes subdomínios, terá de ser rea-
lizada de uma forma eficiente e objectiva, algo que é também de difícil execução, e para o
que terão de ser elaborados instrumentos que forneçam resultados concretos que ultrapas-
sem uma visão meramente perceptiva.
Para terminarmos esta apreciação, gostaríamos de, uma vez mais, manifestar alguns
receios face à imensidão de recolha de evidências que este modelo pressupõe, e também em
relação à diversidade de instrumentos de que necessita para ser posto em prática. Colocar a
tónica do trabalho das equipas de BE sobretudo na sua auto-avaliação, segundo estes pres-
supostos, poderá, na nossa opinião, criar situações em que se trabalhe sobretudo para os
instrumentos de recolha de evidências em vez de concretizar projectos, realizar actividades,
produzir recursos, gerir o fundo documental, incentivar a leitura, ajudar os alunos, o que, por
si só, é já uma tarefa enorme, extremamente desgastante e de grande exigência.