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A ÉTICA DA SOLIDARIEDADE E A PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

Luísa Lopes

O voluntariado nasce do encontro entre a solidariedade e a cidadania. Não


substitui o Estado nem o trabalho remunerado. É a capacidade que a sociedade
tem de assumir responsabilidades e de agir por si mesma. É um dever de quem
vive em democracia.

É preciso transformar as necessidades sociais em oportunidades de acção para todos os


que querem cumprir um dever social e participar activamente na sociedade em que estão
inseridos. O primeiro passo deverá ser sempre o de ter a iniciativa de agir e de construir
algo. O exercício do direito de cidadania não pode ser limitado ao direito de votar e
mesmo esse muitos não o aproveitam. O cidadão deve participar activamente na
construção do seu mundo, na melhoria da qualidade de vida, no seu bairro, na sua
escola, na biblioteca, no museu, na junta de freguesia, na sua paróquia, onde houver um
trabalho de interesse público. Todo o cidadão deve fazer parte de múltiplas iniciativas
nas áreas da educação, saúde, cultura, defesa de direitos, meio ambiente, desporto ou
outras, criando para si próprio oportunidades de acção. O trabalho voluntário é assim e
cada vez mais uma possibilidade de abertura a novas experiências, uma oportunidade de
aprendizagem, um meio de criar novos vínculos sociais, novas partilhas, um modo de
ser um dos construtores da nova teia social que afirmará um novo sentido comunitário.
Adquirido esse sentido comunitário chegaremos finalmente à situação em que não
precisamos que todos sejam bombeiros pois haverá também quem limpe as matas e faça
a prevenção necessária para evitar tantas catástrofes. A nova consciência comunitária
levar-nos-á ao respeito pela natureza, pelo outro, pelo nosso património comum. Não
haverá apenas grupos de voluntários a reconstruir e a limpar monumentos , haverá uma
consciência comum de que a destruição não é o caminho. Não haverá grupos a
promover a inclusão social, haverá a consciência plena de que somos de facto diferentes
e essa é a nossa maior riqueza e não um meio de exclusão.
Muitas das lutas que os grupos de voluntários desenvolvem só existem porque houve
cidadãos que se demitiram da sua função social. Se cada um cumprisse o seu dever o
Estado teria mais capacidade de promover a equidade social.
Deixámos de agir, agora é preciso retroceder e redescobrir oportunidades de acção. Mas
um dos caminhos pode ser o de fortalecer o voluntariado apoiando as instituições que
desenvolvem já trabalho nesta área. Os meios de comunicação social têm um papel
importante a desempenhar. Divulgar um bom projecto na área do voluntariado também
é notícia. Mostrar quem age e divulgar os seus projectos também é notícia.

Um caminho faz-se passo a passo e cada passo tem a medida de quem o dá e dos
obstáculos que encontra pelo caminho.

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