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ARTIGO ARTICLE
Cuidando da saúde de crianças pequenas no contexto familiar:
um estudo etnográfico com famílias de camadas populares
Vania Bustamante 1
Leny A. Bomfim Trad 1
Abstract This study examines ways of caring for Resumo O presente estudo focaliza os modos de
the health of small children in families assisted by cuidar da saúde de crianças pequenas em famíli-
the Family Health Program in a low-income out- as atendidas pelo Programa de Saúde da Família
lying district of Salvador over a period of nine (PSF) na periferia de Salvador, acompanhadas
months. Based on participant observations supple- durante um período de nove meses. A abordagem
mented by semi-structured interviews, the ethno- etnográfica, através da observação participante
graphic approach offers a close-up view of how the complementada com entrevistas semi-estrutura-
respondents understand childcare and its links to das, permitiu-nos aproximar-nos da compreen-
the social and cultural context. Childcare require- são dos informantes sobre o cuidado das crianças
ments are arrayed along three main axes, structured e de sua estreita relação com o contexto sociocul-
on the basis of the child’s gender: preservation of tural. As necessidades de cuidado são pensadas em
integrity, ability to play and education. Practices três grandes eixos, marcadamente estruturados a
related to healthcare express evaluations and deci- partir do gênero das crianças: a preservação da
sions that take into consideration the constraints integridade, a capacidade de brincar e a educa-
imposed by reality and different standpoints, with ção. As práticas vinculadas aos cuidados de saúde
the medical view occupying an important – but not são expressão de avaliações e escolhas que levam
preponderant – position. Finally, the inter-subjec- em consideração as limitações da realidade e pon-
tive character of childcare is examined, in the sense deram diferentes discursos, dentre os quais o dis-
that adults obtain moral gratification through car- curso médico ocupa um lugar importante, mas não
ing for children, striving to meet their needs. preponderante. Finalmente, destacamos o caráter
Key words Family, Children, Health care intersubjetivo do cuidado, na medida em que, ao
cuidar, os adultos obtêm gratificações morais ao
mesmo tempo em que buscam satisfazer necessi-
dades da criança.
Palavras-chave Família, Crianças, Cuidados
de saúde
1
Instituto de Saúde
Coletiva, UFBA. R. Basílio
da Gama s/n, Canela.
40110-040. Salvador BA.
vaniabus@yahoo.com
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Bustamante, V. & Trad, L. A. B.
radores de palafitas, foram construídas em ma- mônico, o que se expressa nas referências que fa-
deirite pelo governo do estado e entregues há mais zem a indicações médicas como justificativa para
de vinte anos. Na área visitada, a maior parte das as práticas vinculadas com o cuidado da saúde,
casas está “em construção”, com os filhos jovens embora isto não implique uma completa adesão
construindo sobre a laje, ou planejando fazê-lo. às ditas indicações.
Os moradores de Prainha se consideram po- O contraste entre as gerações também se ex-
bres, embora alguns tenham reparos para usar essa pressa com clareza na crescente incorporação do
palavra - “pobre é o diabo, eu sou humilde”, expli- planejamento familiar. Na atualidade, tal como a
ca Carla (E3). É comum que as famílias tenham literatura refere18, a tendência é ter poucos filhos.
algum tipo de renda fixa - emprego, aposentado- Dois é considerado o mais adequado19, embora
ria ou programas do governo -, mas as quantias na prática tenham apenas um - como no caso dos
recebidas são sempre insuficientes. Das seis famí- dois casais da família E2 - ou tenham tido mais
lias acompanhadas, apenas uma dentre as exten- de dois - como no caso das famílias E3 e E4. A
sas tinha renda igual ou superior a dois salários partir de três é considerado excessivo, o que leva
mínimos. Refletindo o fato de terem baixa escola- ao uso de métodos de controle da natalidade, es-
ridade, os informantes desenvolvem atividades pecialmente por parte das mulheres, sendo mui-
consideradas pouco qualificadas, tais como servi- to comum a esterilização cirúrgica.
ços gerais e de segurança, entre os homens, e ser- Nas falas sobre mudanças em curso, também
viço doméstico e de vendas, entre as mulheres. aparece o tema do envolvimento do homem na
Embora se considerem “melhor de vida” que vida doméstica e no cuidado dos filhos, associa-
o “pessoal dos fundos”, os informantes reclamam do à maior inserção da mulher no mercado de
da baixa qualidade dos serviços oferecidos no trabalho, o que traria maior necessidade de par-
bairro: as instalações de água e luz costumam ser ticipação masculina.
clandestinas e precárias; as escolas e creches são
insuficientes e “não ensinam nada”. A falta de in- Necessidades de crianças
fra-estrutura - áreas com esgoto a céu aberto, for- e necessidades de cuidadores
mação de lama após chover, “rua esburacada”,
coleta de lixo insuficiente - é apontada como fonte O interesse no cuidado das crianças peque-
de doenças para as crianças, especialmente ver- nas pode ser pensado a partir de dois eixos. Por
minoses e problemas respiratórios. um lado, o sistema de crenças sobre o que é certo
Tal como referido em outros estudos14, a vio- para a criança, em que é importante a experiên-
lência em suas várias formas, incluindo a domés- cia prévia, assim como as mensagens transmiti-
tica, é fonte de intensa preocupação entre os das por parentes, profissionais de saúde, terapeu-
moradores, influenciando fortemente a organi- tas alternativos e instâncias religiosas. Neste eixo,
zação da vida cotidiana. É freqüente ouvir rela- a ênfase está colocada nas necessidades da crian-
tos sobre abusos - inclusive assassinatos - come- ça. Por outro lado, em forma menos explícita, o
tidos pelos policiais do posto do bairro contra cuidado das crianças é perpassado pelas gratifi-
moradores, especialmente os homens, sendo al- cações que os adultos obtêm.
guns deles pais de crianças pequenas. As diferenças de gênero e idade são fundamen-
Os informantes fazem alusão a mudanças na tais para pensar as necessidades das crianças. Os
vida familiar ligadas tanto a papéis e relações de informantes diferenciam entre criança “pequeni-
gênero quanto a formas de criar e cuidar da saú- ninha” e criança “já crescida”, embora não coinci-
de dos filhos. Em relação às práticas de saúde, a dam sobre a idade que marcaria a diferença entre
implementação do Programa de Saúde da Famí- um estado e outro. No entanto, indicam que uma
lia, acontecida um ano e meio antes do início do criança que não fala precisa de mais cuidados, pelo
trabalho de campo, é considerada uma mudan- fato de não poder comunicar suas necessidades e
ça, embora as repercussões positivas na saúde se- sentimentos. Adicionalmente, consideram que as
jam consideradas insuficientes. crianças nos primeiros anos, até quatro ou cinco,
É comum ouvir falas de mulheres idosas refe- são mais vulneráveis a doenças: “criança de três
rindo que muitas coisas têm mudado nos últi- anos é tudo molinho”, explica Ana (N2). Com re-
mos anos e que na cidade tudo é diferente da roça, lação ao gênero, os informantes consideram que a
onde elas moraram e criaram alguns de seus fi- menina precisa de mais cuidados corporais - na
lhos mais velhos. Em comparação com as mulhe- roupa, higiene, penteado, arrumação, e no “ficar
res idosas, os jovens - mulheres e homens - ten- de olho” -, enquanto o menino precisa de mais
dem a aderir mais ao pensamento médico hege- controle e diálogo, especialmente com o pai.
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O sentido dado à brincadeira varia. Pode ser capoeira que acontecem no bairro aos finais de
uma forma de passar o tempo ou um meio para semana.
conseguir outras coisas: uma forma de aprender: O contato com familiares fora de Prainha é
“A gente diz que não aprende, mas aprende mui- sentido como uma alternativa à monotonia do
to brincando. Eu mesmo, eu aprendi a arrumar bairro - “Aqui não tem nada para fazer, por isso
casa, fazer comida, essas coisas...” (Alicia, E4) - quem tem parentes se manda” (Paula, N1) -, além
ou uma oportunidade para fortalecer a saúde fí- de se considerar importante que as crianças man-
sica - “criança tem que brincar, pra pegar as bac- tenham contato com parentes. Por outro lado, as
térias, né? [...] para poder ver se a criança é forte” crianças têm lazer acompanhando os adultos em
(Ana, N2).. No plano emocional, a brincadeira visitas à igreja, que podem ser cotidianas ou en-
pode ser uma forma de lidar positivamente com volver saídas para grandes eventos fora do bairro.
os problemas: É bom também pra mente deles.
Porque às veiz ele só vê briga, violência, essas coisa. “Dando educação...
Aí já vai dando risada, brincando. Já não fica uma a gente cria a criança bem”
criança com a cara fechada, querendo bater em todo
mundo na rua, entendeu? (Alícia, E4). A valora- Os informantes consideram que é preciso “dar
ção do brincar como indicador de saúde das cri- amor” aos filhos, o que se expressa de diferentes
anças por parte dos informantes é concordante maneiras: fazendo carinho ou através de atitu-
com os aportes de vários psicanalistas, especial- des que mostrem às crianças que são queridas,
mente Winnicott20, que enfatizou que o brincar é porém sem deixar de considerar que as circuns-
um meio privilegiado para expressar e elaborar tâncias devem ser oportunas, dado que “tem
conflitos psíquicos, especialmente tratando-se de momento para tudo, para dar amor e também
crianças. para ter mão firme” (Pedro, E1).
Com relação ao lugar dos adultos na brinca- É fundamental dar uma boa educação desde
deira, quatro dos sete casais colocam-na como que o filho é pequeno. Em tal sentido, os infor-
espaço exclusivo das crianças: A criança se diver- mantes coincidem em apontar a obediência como
te da maneira dela, que ela acha que deve se diver- condição indispensável, não só na educação, mas
tir. Infelizmente, não é eu que vou caracterizar a no cuidado de forma geral. Assim, ao obedecer -
maneira como ela deve se divertir (Cristóvão, E2). ficando dentro de casa, retirando-se quando tem
Caberia aos adultos cuidar que as brincadeiras uma conversa de adultos, vestindo o chinelo, ali-
não atentem contra a integridade física e emocio- mentando-se, entre outras atividades cotidianas
nal - [...] não aconselho mãe nenhuma dar arma. - a criança facilita que os adultos possam cuidá-
Meus menino mesmo não têm revólver de brinque- la melhor.
do, porque eu não gosto. Porque isso aí já vai influ- Na medida em que acham fundamental criar
enciar já eles... ser uma má pessoa (Alícia, E4) - os filhos na obediência, evitando a ousadia e a
assim como controlar os programas que os filhos gaiatice, os informantes consideram que o casti-
assistem na tevê. Os outros três casais conside- go físico é necessário e útil, quando dado no mo-
ram importante participar e inclusive orientar a mento e na proporção adequados, embora o ide-
brincadeira dos filhos. Neste sentido, Luzia pas- al seja não precisar bater. Seis dos sete casais apli-
sa tempo com o filho Emerson (3 anos), o “faz cam cotidianamente algum tipo de castigo físico
brincar” - faz com que ele tire os brinquedos do - geralmente um “tapa” -, enquanto que o casal
armário e depois os guarde, faz quebra-cabeça, Paula e Ed usa apenas a ameaça de castigo físico
“lego”, entre outros, junto com ele - e assistir pro- para conseguir que os filhos obedeçam.
gramas na TV Educativa. O fato de dar bom exemplo aos filhos tam-
A brincadeira no dia-a-dia, dentro de casa e bém é considerado importante, especialmente
na rua, é considerada importante mas não sufici- para o futuro deles, para o momento em que os
ente para o bem-estar das crianças. Os informan- pais não possam mais impor sua vontade. Em tal
tes consideram que elas precisam sair do bairro: sentido, Cristóvão (E2) considera que, se ele não
“nós, como os pais, temos sempre que levar ela tiver dado bom exemplo para Anita (3 anos), ela
assim, um lazer, levar ela no Parque da Cidade” não fará nada do que ele disse e ainda ficará com
(Jussiara, E2). O ideal de lazer é que pai e mãe raiva dele. Por outro lado, se bem é fundamental
saiam com os filhos, com dinheiro suficiente. que a criança obedeça sem questionar, também
Dado que isto acontece raramente, na prática se considera importante explicar-lhe as coisas, na
aparecem alternativas tais como dar um passeio medida em que isso ajudará a que se sinta queri-
nas imediações da residência ou assistir rodas de da pelos pais e que desenvolva sua inteligência.
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butamol que ainda tinha, e agora que acabou no das crianças. O contraste entre Alícia (E4) e o
está dando remédio caseiro (xarope de cebola casal Paula e Ed (N1) exemplifica este ponto. Alí-
com açúcar)” (Extrato do diário de campo). cia está habituada a levar o filho Anderson (3
Por outro lado, os remédios caseiros podem anos) à emergência do hospital “Pan de Roma”,
ser considerados uma alternativa melhor que os para cuidar da “gripe de sempre”, que já virou
remédios médicos, especialmente por avós que princípio de pneumonia. No início da pesquisa,
têm mais presente a experiência de vida no meio ela não contava com apoio do pai biológico, de
rural. A fala de dona Sônia (E2) é expressiva des- quem estava separada. Tinha apenas o auxílio da
te ponto: Criei meus filhos na roça, nunca levei eles mãe para tomar conta dos dois filhos mais velhos
em médico nenhum, curava eles com plantas, fa- enquanto levava Anderson. A situação melhorou
zendo chá, assim também faço hoje com meus neto. quando conheceu Adilson - o atual parceiro -,
Em outras ocasiões os remédios caseiros são con- possibilitando o acesso a uma nova rede de apoio,
siderados complementares ao tratamento médi- já que agora Alícia também recebe ajuda da mãe
co: Sei cuidar de meu filho. Eu faço remédio casei- e irmãs do mesmo.
ro para ele, cuido dele direitinho. Com isso, mais o A situação de Paula e Ed é diferente. Eles for-
remédio que o médico passou, ficou logo bom. mam um casal que se complementa no cuidado
Encontramos diferenças na forma com que as dos filhos, com limitada participação de familia-
famílias, habitualmente as mulheres, se relacio- res. Assim, o casal passou por momentos muito
nam com os serviços de saúde. Enquanto Alícia difíceis quando a pequena Sandra, de quatro anos,
(E4) freqüenta o posto de saúde aceitando as re- precisou ser hospitalizada por quatro dias. Nesta
gras do mesmo, Paula (N1) prefere não usar os ocasião, eles tiveram que se revezar para ficar com
serviços do posto do bairro, freqüentando uma a menina e ao mesmo tempo cuidar de Jorge, de
emergência pediátrica, em que se sente melhor um ano e meio, e freqüentar o trabalho, no caso
atendida. Por outro lado, Ana (N2) expressa que específico de Ed. Contaram apenas com a ajuda
em geral não gosta de médico e que ela já sabe o de uma amiga, que passou uma das quatro noites
que fazer quando os filhos adoecem: “Sei o que com Sandra no hospital.
fazer em casa, não gosto que filho meu faça ne- Consideramos importante refletir sobre as
bulização no posto, porque a máscara é cheia de diferentes formas em que se estruturam as rela-
bactérias”. ções nas famílias de camadas populares, no sen-
As colocações precedentes trazem complexi- tido de que o contato freqüente com familiares e
dade ao nosso tema, ao mostrar que as avaliações amigos nem sempre se traduz em ajuda. É preci-
que cada informante faz não estão determinadas so mencionar que as seis famílias acompanhadas
pelas condições de vida. O que para uns é o mais têm parentes morando nas imediações e, no en-
adequado para outro pode ser apenas “o possí- tanto, as duas famílias nucleares parecem ter es-
vel”. Isto tem a ver com o fato de alguns infor- tabelecido padrões de relação diferentes: menor
mantes terem posições mais críticas diante das participação da família extensa no cotidiano e nas
carências dos serviços.. decisões, o que também implica menor envolvi-
mento em vínculos de reciprocidade e menos con-
As diferenças entre as famílias flitos entre mãe e avó - freqüentes nas famílias
extensas. Estes achados estão na linha das colo-
Ao comparar as famílias extensas com as nu- cações de Fonseca6 sobre a existência de dinâmi-
cleares, encontramos diferenças na inserção dos cas familiares heterogêneas nos setores popula-
adultos no cuidado das crianças. Nas famílias res, e nos permitem problematizar a afirmação
nucleares, encontramos maior exclusividade na de Oliveira & Bastos10 que, ao diferenciar entre
relação entre pais e filhos, maior envolvimento famílias de camada média e de setores populares,
do pai no cuidado destes últimos. O ponto de vista consideram que nas camadas populares existe
da mulher tende a predominar, sendo que o ma- maior acesso a redes de suporte.
rido se coloca e é colocado como um auxílio para
cuidar dos filhos, da forma em que ela considera
melhor, tal como ilustra a fala de Ana (N2): “tem Considerações finais
que dar as coordenada, dizendo o que tem que
fazer, porque homem nunca é como a gente, né?”. O presente estudo mostra a coexistência de valo-
Os membros da família extensa tendem a ofe- res tradicionais - a centralidade da família na or-
recer maior suporte em casos de emergência ganização do cotidiano3, o lugar das mulheres
quando participam mais ativamente do cotidia- como cuidadoras das crianças4,9,10, a distinção es-
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Colaboradores
Agradecimentos
Referências
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