Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Processo: 2000.82.00.001848-8
Natureza: Ação penal pública
Autor: MPF
Réus: Maurício Timótheo de Souza e Marconi Timótheo de Souza
S E N T E N Ç A1
RELATÓRIO
retirada numa caminhonete durante à noite por Marconi, um dia antes da posse
da Junta Interventora. Joaquim Paiva Martins também declarou ter ouvido
comentários sobre o desaparecimento dos documentos e que Marconi teria
sido o responsável.
Oitiva das testemunhas Maria da Glória Uchoa dos Santos (f. 688-
92), Joaquim Paiva Martins (f. 693-4), José Augusto de Souza Peres (f. 697-
700), Hernan Pinto Rodriguez (f. 701-4) e Jáder Carlos Coelho da Franca (f.
728-9). A requerimento do MPF, foi dispensada a oitiva de Expedito Nóbrega
Diniz (f. 730).
Em diligências:
Em alegações finais:
É o breve relato.
DECIDO.
FUNDAMENTAÇÃO
2) Desvio dos cheques n. 6043, 6420, 6656 e 7325 (os quais, juntos,
somavam R$ 220.800,00), que eram destinados à conta da Escola Santa
Emília de Rodat, para a conta n. 8.700.674-1, titularizada pelo réu MARCONI e
sua esposa, NIEDJA, mediante endosso do primeiro;
Maurício sustenta que não participou em nada dos fatos que, com
referência ao acusado Marconi, traduziam seja o depósito de cheques
endossados em sua conta pessoal ou na conta do Instituto, sem a devida
prestação de contas posterior, seja a assinatura de recibos com valor superior
ao contratado por prestadores de serviço e posterior apropriação do saldo.
O primeiro ponto de mérito que entendo deva ficar bem claro é que o
liame subjetivo necessário à configuração do concurso de pessoas não foi
demonstrado pelo MPF no caso presente. Seria mesmo possível dizer que,
embora os acusados tenham sido denunciados como coautores dos fatos
narrados, a própria denúncia não apresenta esses fatos de forma clara como
produto da vontade conjunta de ambos os réus. O que sobressai dos autos, ao
final, é que os fatos demonstrados como praticados por cada um deles nada
tiveram de colaboração recíproca, o que afasta peremptoriamente a aplicação
do art. 29 do Código Penal ao caso em questão.
colaboração conjunta dos dois réus nesse caso – contudo, não foi devidamente
provado nos autos, de modo que não vejo elementos que fundamentem o liame
subjetivo necessário ao concurso de agentes.
respectivos certificados. Teriam sido mais de dez cursos com algo entre vinte e
cinco e trinta alunos por turma, chegando os cursos a 240 h/a (duzentas e
quarenta horas-aula), tudo documentado e com controle de presença e
avaliações. Sobre a pessoa de JOSÉ AUGUSTO, afirmou que foi escolhido por
já trabalhar com consultoria, prestando serviço idêntico à FACENE e, embora
não lhe conheça a graduação, sabe que se trata de profissional pós-graduado
com livros escritos. Por fim, afirma que todos os professores receberam em dia
seus salários com os recursos do convênio, bem como que esses recursos
serviam também para a confecção do material devidamente entregue aos
alunos.
FIXAÇÃO DA PENA
DISPOSITIVO