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Cada vez que visita os núcleos de reciclagem, Duarte se surpreende com a quantidade
de coisas que podem ser reutilizadas. As caixas de computadores de mesa estão entre as
peças que podem se tornar, quando transformadas novamente em plástico injetado,
componentes que integram o painel de instrumentos ou apoios de braço do veículo.
Não é apenas isso. O arsenal da sucata plástica inclui as próprias tampinhas das garrafas
PET e também cadeiras de praia, copinhos para café e água, recipientes para alimentos,
baldes e até brinquedos.
Além dos reciclados, os fabricantes de automóveis aprimoram a cada dia que passa o
desenvolvimento do uso de fibras naturais. Desde 2003, a Volkswagen começou a
utilizar a fibra do curauá, uma planta nativa da floresta amazônica que pertence à
família do abacaxi.
Essa fibra é usada no revestimento dos tetos do Gol, Fox e Polo. A planta é cultivada
por uma cooperativa de pessoas carentes que habitam pequenas comunidades nas
imediações de Santarém, no Pará. “Esse projeto também tem um cunho social”, afirma
o gerente de planejamento e desenvolvimento de produto da Volks, Antonio Carnielli
Filho. O projeto social é uma parceria da Volks com o seu fornecedor.
A Ford explica que as peças plásticas são confeccionadas com 50% de polipropileno
reciclado, 30% de fibra de sisal e 20% de polipropileno virgem. Segundo o supervisor
de engenharia da Ford, Celso Duarte, uma das preocupações que motivou o projeto foi
de reduzir a dependência de materiais que causam impacto no meio ambiente e também
reduzir o impacto da volatilidade do preços do barril de petróleo, de onde é extraído o
polipropileno virgem.
De acordo com o executivo, a empresa também busca esse tipo de alternativa como
forma de começar a construir o automóvel 100% reciclável. “Temos normas a seguir
para alcançar os padrões necessários”, destaca Duarte. A partir de 2010 os mercados da
Europa e Estados Unidos exigirão que seus veículos tenham 70% de partes recicláveis.
Além disso, explica Duarte, as peças ficam mais resistentes e leves. Isso diminui o peso
do veículo em pelo menos 10%, trazendo benefícios para o consumo de combustível.
Segundo ele, a montadora tem parcerias com universidades brasileiras, como a de São
Carlos, no interior de São Paulo, para o desenvolvimento de novos materiais.
O apelo ambiental é um ponto forte. Mas no caso da indústria automotiva, um setor que
trabalha em sistema “just-in-time”, pesa mais disponibilidade e preço de qualquer
matéria-prima. Se não usasse a garrafa reciclada, o fabricante de carpete do carro teria
que importar a fibra virgem.
“No Brasil simplesmente não existe a opção de não usar a PET”, diz a engenheira Rosi
Scorcioni, da Ober, fornecedora da indústria automobilística dos chamados não-tecidos
feitos a partir da fibra reciclada. “Primeiro, porque o polímero virgem precisa ser
importado; segundo, porque existe muita matéria-prima [garrafas] aqui; e, terceiro,
porque a fibra reciclada não perde nenhuma característica em relação ao polímero
virgem”, enumera.
Rosi, da Ober, lembra a surpresa das montadoras francesas quando chegaram ao Brasil.
“Eles vieram para cá querendo o mesmo brilho do tapete produzido pelas demais
fábricas; teríamos que reproduzir exatamente o padrão europeu”, conta. “Expliquei que
o brilho seria diferente por conta da nossa matéria-prima. Foi aí que souberam que
fazemos carpetes de garrafas recicladas”.
Luís Bittencourt, gerente comercial da M&G Fibras Brasil, do grupo Mossi & Ghisolfi,
explica que a “solidez da cor e a resistência fizeram com que a indústria automotiva
olhasse com outros olhos para o poliéster reciclado”. A M&G é uma das três empresas
que coloca atualmente no mercado a fibra reciclada, ao lado da Ecofabril e da
Unnafibras Têxtil.
Essas empresas compram as garrafas das cooperativas e vendem a fibra para empresas
como a Ober, que, por sua vez, vende as placas de carpete para outro fornecedor, que as
montam no formato do carro. Esse último é quem fornece às montadoras.
Mas a indústria do PET está prestes a romper essa barreira. “Estamos concluindo um
trabalho de desenvolvimento que está muito próximo de uma implementação”, diz o
supervisor de engenharia da Ford, Celso Duarte, sem revelar nenhum detalhe sobre qual
parte do carro vai receber a fibra da garrafa reciclada.
Rosi, da Ober, cita outras partes que devem logo entrar para a lista de itens de PET
reciclada dos veículos brasileiros: o revestimento antiruído do motor (o feltro passaria a
ser de PET), capas de bateria e também a fita que amarra o chicote elétrico.
As garrafas recicladas vão equipar também carros fabricados na Argentina. Empresas
como a Ford - que começou a usar o produto paulatinamente e hoje já o utiliza em toda
a linha - usa essa fibra nas fábricas do país vizinho. No caso, a linha de montagem
argentina é abastecida diretamente por fornecedor brasileiro. De acordo com Duarte, a
Ford também já começou a trabalhar no desenvolvimento do uso da fibra da PET em
caminhões.
Automóvel reciclável
Posted on 09/04/2009 by Danilo
Um automóvel de cinco lugares com uma carroçaria de fibra de basalto, 100% reciclável, com
quatro motores eléctricos, alimentado por baterias de iões de lítio, com uma autonomia para
150m km. Esta é a proposta apresentada pela EDAG no Salão Automóvel de Genebra. O
Lightcar, possui um sistema de iluminação por LED, integrado nos painéis de vidro da
carroçaria, que pode ser manipulado pelo condutor. A parte traseira funciona como um monitor,
pelo que pode ser usada para algumas informações aos condutores que seguem atrás deste
veículo.
Desde que nasceu, a própria morte já é assunto pensado. Diria mais: planejado. Seus
fluidos serão extraídos. Depois, vai doar aos semelhantes 85% do seu peso total. É o
que passou a exigir, em 1º de janeiro, a ELV (End of Life Vehicles - lei de reciclagem
de veículos), em vigor na União Européia. Para 2015, a ELV exige a reciclagem ou
recuperação de 95% do carro. Teremos, então, 1 bilhão de automóveis pelo mundo.
"Antes, falávamos em design-to-assembly, projetar o carro tendo em vista a montagem.
Agora, fala-se em design-to-dismantle, projetar para desmontar", diz Francisco
Satkunas, engenheiro da SAE. Em tese, o Fusca é reciclável: tem aço, vidro e plásticos.
Mas é como um tesouro num navio naufragado. Tem moedas de ouro, mas nem sempre
compensa buscar. O carro reciclável tem aço, vidro e plásticos, mas é mais fácil retirá-
los. "Por que você não vê latinhas na rua? Porque reciclar custa 40% menos que tirar
alumínio da natureza", afirma Satkunas.
Mas não basta fazer um carro reciclável se ninguém estiver pronto a reciclar. Com
exceção do aço - que, segundo a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), é 70%
reciclado -, o Brasil respeita a máxima que diz: "O que o homem uniu, só Deus separa".
"O Japão tem 5000 empresas desmontadoras e 140 trituradoras de carros. Na Itália, são
4500 desmontadoras e 16 trituradoras", diz Satkunas. "No Brasil? Não sei de nenhuma."
"Para incluir material reciclado na linha de montagem, eu preciso de fornecimento em
grande escala, na mesma qualidade, por bastante tempo. Não dá para mudar o material
das peças de um dia para o outro", afirma Lúcia.
Sem tóxico
Material tóxico deve ser trocado ou limitado. Não é fácil. "Banimos o cromo
hexavalente, anticorrosivo de parafusos", diz Lúcia. "O atrito mudou e o aperto dos
parafusos, também. A resistência de cada peça foi retestada, e isso pode levar anos."
Marcação
Peças de plástico acima de 100 g e borrachas acima de 200 g devem ter a receita
gravada na superfície. "No EcoSport, há cerca de 300 peças marcadas", afirma Lúcia. E
há o IMDS, banco de dados de materiais com mais de 10 milhões de arquivos
(www.mdsystem.com).
Preliminar
Antes de triturar, é preciso: esgotar fluidos, explodir airbags, tirar vidros não-recicláveis
(laminados), pneus, catalisador e bateria. Num carro antigo isso pode levar até quatro
horas; no EcoSport, leva 1h18min. Quanto menos tempo, mais viável é a reciclagem.
Contras
Não vale
Às vezes, não reciclar é melhor. Reciclagem gasta energia, cuja produção tem um
impacto ambiental. "Para decidir, temos uma planilha com os custos ambientais de cada
processo", diz Lúcia. Caso das placas impressas, que são trituradas e vão para o aterro.
Desmanche
Em vez de rebite e parafuso, encaixes. O carro precisa ser desmontado sem ferramentas
específicas e por pessoal pouco qualificado, para baixar o tempo e o custo do desmonte.
"Num Ford, você consegue tirar, em 30 minutos, 40 quilos de plástico com bom valor
de mercado", diz Lúcia Rama. Na Europa, onde a mão-de-obra é cara, o carro entra no
triturador e os materiais são separados por derretimento, aspiração, atração magnética e
centrifugação. Leva cinco minutos.
Pão, pão...
Quais são os meios utilizados pela Renault para economizar energia e proteger o meio
ambiente?
Isso quer dizer que, além de se preocupar com a criação de veículos cada vez menos
agressivos, a Renault do Brasil adota uma rígida política ambiental nas suas próprias
instalações, protegendo local e globalmente a natureza e a qualidade de vida dos
brasileiros.
As iniciativas ambientais da Renault englobam todos os processos de criação de um
veículo. Dos estudos iniciais para se empregar um determinado material à reciclagem
dos resíduos, tudo é pensado para que o meio ambiente seja preservado. O objetivo da
Renault é minimizar os impactos ambientais do veículo durante todas as etapas de sua
vida: concepção, fabricação, utilização e fim de vida. Por isso, a marca adota uma
diversa e extensa lista de iniciativas que envolvem as áreas de engenharia,
desenvolvimento de materiais, design e fabricação, dentre muitas outras.
NBR ISO 14001 - Essa certificação apenas reforça o reconhecimento internacional dos
esforços da Renault do Brasil em se criar um ambiente de produção totalmente
integrado ao meio ambiente.
Faz parte desta preservação ambiental um estudo realizado em parceria com a UFPR, o
Levantamento de Aves e Mamíferos das áreas de Floresta do Complexo Ayrton Senna e
que foi concluído com excelente resultado, totalizando 112 espécies de aves e 28 de
mamíferos. Esta iniciativa da Renault foi reconhecida e premiada na 2ª edição do
Prêmio AEA (Associação de Engenharia Automotiva) de Meio Ambiente.
- pintura a base d’água – nível de emissões mais baixo, contribuindo para a não
destruição da camada de ozônio;
- ZERO efluente líquido na fábrica de motores;
- eliminação dos metais pesados do processo produtivo;
- bacias de contenção de água pluvial;
- formações ambientais para os colaboradores;
- Sistema de Gestão Ambiental certificado ISO14001.
Para mais informações, entre em contato com nosso departamento Ambiental através do
e-mail meioambientecas@renault.com
O que acham de um carro de três rodas elétrico e reciclável? Construído pela empresa
suiça Cree, o carro possui estrutura 90% reciclável e uma velocidade máxima de
85km/h e comporta até duas pessoas. O carro movido por motor elétrico de 15 kW pode
ser abastecido em seis horas e segundo informações com uma única carga é possível
conduzir por mais de 300 km, uma autonomia perfeita para as necessidades do meio
urbano.
Rodrigo Barba
Automóvel futurista
07/10/2009 09:57:51 Por colaborador (Especial para a PC Magazine)
Se por um lado isso é ótimo para o desenvolvimento do setor, por outro, dificulta minha
ambição de traçar um rascunho do veículo do futuro. Contudo, como um bom
engenheiro, fico entusiasmado a cada inovação e isso me leva a imaginar o que vai
equipar nossos carros daqui a alguns anos.
Hoje, com a preocupação ambiental em alta, um dos maiores cuidados dos fabricantes é
com relação à emissão de poluentes. Para isso, há uma série de motorizações que
apresentam alternativas para minimizar, ou até mesmo zerar, o impacto do carro no
meio ambiente. Em meio a tantas novidades e discussões, o carro do futuro será uma
composição de tudo isso?
Particularmente, creio que o veículo do futuro será a solução para todas as questões em
debate hoje. Então, do que precisamos? Além de conforto, temos necessidade de carros
leves e menores, mas com performance adequada.
Primeiro por conta da mobilidade urbana, depois porque automóveis mais leves
consomem menos combustível e, consequentemente, emitem menos poluentes. Para
reduzir o peso, atualmente, a indústria estuda a aplicação – em alguns casos até já aplica
- de novos materiais ao veículo, como o plástico, alumínio e polímeros.
Isso sem falar que esses materiais também trabalham a questão ambiental. O Brasil
começa a perceber nos modelos fabricados aqui muita peça em plástico, como para-
choque, que é mais leve e facilita a integração no desenho do veículo.
Redução da poluição
Atualmente, fala-se muito em reduzir as emissões, contudo, isso não está ligado
somente à queima do combustível, mas está relacionado a todo o processo de fabricação
do combustível, o chamado “well to whell”.
Neste ponto, a tecnologia brasileira do sistema flex leva vantagem em relação aos outros
combustíveis, pois se pode usar o etanol como combustível e a plantação da cana-de-
açúcar para a fabricação deste etanol, que neutraliza as emissões do CO2, gás causador
do efeito estufa. Aqui no Brasil, pelo menos nos próximos 10 anos, essa tecnologia
continuará dominando o mercado, pois o nosso etanol é barato e atua para o equilíbrio
do meio ambiente.
Também podemos perceber que cada vez mais tecnologias de segurança são
incorporadas ao veículo. No Brasil, demos um importante passo neste aspecto com a
obrigatoriedade do airbag e dos freios ABS, que devem sair de fábrica em todos os
carros a partir de 2014. Com a imposição da lei, a indústria ganha em volume e, com
isso, reduz o custo da fabricação do produto.
Outra tecnologia é o Lane Keeping Assistance, que pode fazer pequenas conexões de
direção quando há iminência de saída da pista. São desenvolvimentos que um dia
veremos nos automóveis fabricados no Brasil, o que significa mais segurança e menos
acidentes.
A evolução também é forte na área da eletrônica, como no motor, que avança para
otimizar o consumo de energia e combustível. Os veículos do futuro deverão ter grande
número de tecnologias embarcadas, que aumentam a interação do carro e passageiros
com sistemas de informações virtuais, indicando rotas e caminhos alternativos para os
congestionamentos e gerando maior interatividade com o motorista e demais veículos.
Um dado alarmante é a quantidade de lixo produzido por dia no Brasil: Cerca de 130 mil
toneladas por dia. E só não produz mais por causa da recessão. E desse total, a metrópole de
São Paulo é responsável por cerca de 20 mil toneladas/dia.
O Brasil, por sua extensão territorial, pode se dar ao luxo de dispor de aterros sanitários, como
fazem Estados Unidos e Rússia. O mesmo não acontece com os países da Europa, em que a
alternativa é uma só: reciclar. Por causa disso, os centros de pesquisa pensam noite e dia
formas de reutilização de materiais. É o que vamos tratar a seguir com experiências em
reciclagem.
O ciclo global de produção de materiais tem como ponto de partida o planeta Terra, e tão
somente. Tudo começa com o homem realizando prospecção e mineração, iniciando o
processo. Nessa etapa são retiradas as matérias-primas brutas tais como: carvão, madeira,
minérios, petróleo, argilas etc. A extração, refino e processamento dão origem as matérias-
primas básicas como: metais, papel, fibras, cimento, produtos químicos, que por sua vez
sofrem transformação e processamento para surgir a matéria-prima industrial: ligas, tecidos,
cerâmicas, plásticos etc. Com essas novas matéria-primas se fabricam ou montam os bens de
consumo: carros,TVs, prédios, pontes etc., que são utilizados de acordo com suas funções e
desempenho. Cessada suas funções, o bem de consumo vira sucata ou resíduo e pode então
tomar dois caminhos: o primeiro é a reciclagem, em que o material retorna a etapa da matéria-
prima básica. O segundo caminho é ser descartado e, mediante processos de degradação,
retornar a Terra. E assim se completa o ciclo global.
A Volvo, empresa sueca fabricante de veículos, abraçou a reciclagem como uma forma de
reduzir o consumo de recursos naturais não renováveis. A aplicação de materiais reciclados na
empresa é facilitada por projeto inteligente na fase de desenvolvimento de produto, tanto para a
vida útil de um veículo quanto depois de sua utilização. Hoje, todos os modelos novos da Volvo
contêm componentes com materiais reciclados.
No programa de produção da Volvo, quase todos os materiais em um veículo novo podem ser
reciclados. Segundo o objetivo da empresa, cada veículo que chegar ao fim de sua vida útil,
todos os materiais e componentes podem ser reciclados ou devolvidos ao meio ambiente, sem
desperdício prejudicial e perda de energia. Atualmente, a taxa de recuperação (reciclagem de
materiais e recuperação de energia) de um Volvo novo é de 85% (imposição da União Européia
a partir de 2006), mas a empresa espera atingir 95% nos modelos 2015. Para alcançar esse
objetivo, incorporamos estratégias de reciclagem no design e no processo de produção para:
Garrafas PET
Bagaço de cana
Pode ser transformado em biodiesel. Cadeias de lanchonetes que utilizam frituras podem
estender seus ganhos.
Ferro-velho colorido
Processo pelo qual microorganismos extraem corantes de sucata. Foi descoberto por empresa
israelense e batizado de bio-oxidação. Restos de ferro são transformados em pigmentos de
diversas cores. O processo, além de ser econômico, não contamina o meio ambiente e é três
vezes mais rápido que os tratamentos químicos de oxidação. Os corantes produzidos são
utilizados em tintas, material de construção, plásticos, cosméticos e alimentos.
Adoçante de milho
O milho pode ser processado para extrair álcool. As fibras remanescentes são a nova matéria-
prima do adoçante dietético xilitol. Esse tipo de processamento é realizado nos Estados
Unidos. O xilitol tem três vezes menos calorias que o açúcar comum, gosto mentolado e
propriedades que evitam a formação de placas bacterianas nos dentes.
Esse coquetel pode ser utilizado na reciclagem para constituição de painéis e/ou sistema de
aquecimento e refrigeração de automóveis. O isolamento térmico e acústico, entre a carroceria
e o acabamento interno, é feito de jeans velhos e outros tecidos usados. A União Européia já
obriga as montadoras de automóveis a utilização de 85% da composição de um carro de
material reciclável a partir de 2006.
O toner é constituído de 85% de poliestireno e 15% de carbono preto. O toner usado pode ser
reutilizado como aditivo misturado ao asfalto para recapeamento. Essa experiência já foi
realizada na cidade Waco, no Texas, Estados Unidos. Trata-se da Valley Mills Drive, uma
avenida de seis pistas que foram recauchutadas adicionando restos de toner ao asfalto. A
grande vantagem do toner é que aumenta a resistência do asfalto ao calor. A prática da
reciclagem do toner ainda não vingou porque custa caro extrair as sobras de cartuchos usados.
A idéia está no próprio fabricante de toner, por intermédio de sua rede de distribuição, criar
mecanismos de recolhimento de toner usado. Mediante convênio com universidades, buscar
meios econômicos de extrair o produto usado para reciclagem.
Computadores e eletro-eletrônicos
Mas nesse caso, pela primeira vez no mercado nacional se houve falar de uma recicladora de
eletrônicos no sentido específico da palavra. Trata-se da A7 Gerenciamento de Resíduos
Tecnológicos. A empresa está instalando em seu pátio industrial trituradoras, moedores,
compactadores e granuladores. O objetivo é transformar os materiais contidos em eletrônicos
(plástico, metais e placas de circuito impresso) novamente em matéria prima para a indústria
em geral, como por exemplo, metalúrgicas, indústrias de sopro de plástico, fábricas de cabos
elétricos, cerâmicas entre outras, no Brasil e no exterior, pois parte de sua produção será
exportada.
Caroços de azeitona
A prensagem do caroço de azeitona vira azeite. Os espanhóis utilizam o bagaço (eles chamam
de urujillo) para alimentar usinas de energia elétrica. O processo já é capaz de produzir metade
da energia gerada por uma usina nuclear.
Lixo orgânico
Por definição, é todo resto de plantas e animais, folhas secas, restos de alimentos etc. A
transformação desse material em adubo, por intermédio da compostagem, é uma das formas
mais fáceis de reciclagem. Na compostagem a decomposição da matéria orgânica ocorre por
ação de agentes biológicos microbianos e precisa de condições físicas e químicas adequadas
para levar à formação de um produto de boa qualidade.
Já no método natural o lixo orgânico é levado para um pátio e disposto em pilhas de formato
variável. A aeração necessária para o desenvolvimento do processo de decomposição
biológica é obtida por revolvimento periódico. O tempo para que o processo se complete varia
de 3 a 4 meses.
Outra forma de reciclagem do lixo orgânico é sua utilização como fonte de energia e adubo,
através de biodigestores. Biodigestores são equipamentos que, além da decomposição
realizada na compostagem, realizam também o aproveitamento do metano, gás que é liberado
na bioestabilização do lixo orgânico.
Nas residências que existem quintais, deve-se evitar a queima de folhas secas, principalmente
se estiver perto de florestas. O correto é enterrá-las junto com lixo orgânico para que vire
adubo, o que propiciará o cultivo de hortas.
Um fato importante que merece providências enérgicas é o lixo hospitalar. É preciso estudos no
meio acadêmico para a reciclagem do lixo hospitalar que contamina aterros sanitários. O
material contaminado com agentes biológicos, que carregam doenças como Aids, hepatite e
tuberculose, são lançados diariamente nos lixões do País sem tratamento prévio. A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite essa situação de risco, pois dispensou
hospitais e outros estabelecimentos do setor da obrigação de incinerar os resíduos produzidos
pelos serviços de saúde. É um equívoco enquanto não se achar um processo seguro de
descarte.
Vidro
O vidro é um material não poroso que resiste a uma temperatura de 150ºC sem perder suas
propriedades físicas e químicas. Isso permite ser reutilizado por várias vezes, pois lhe confere
a possibilidade de ser lavado e esterilizado com alto grau de segurança. O vidro é 100%
reciclável. Para cada tonelada de cacos de vidros limpos reciclados, 1,2 toneladas de matéria
prima deixam de ser gasta, diminuindo a degradação do meio ambiente devido a redução de
matéria prima virgem necessária. A introdução dos cacos também reduz os custos de
produção. Para cada 10% de vidro reciclado, 2,5% de energia é economizada nos fornos
industriais. Os cacos de vidro podem ser utilizados também para a confecção de materiais
abrasivos, matéria prima para cerâmica, fabricação de lã de vidro, tijolos de vidro etc.
Até pouco tempo lâmpadas fluorescentes e a vapor de mercúrio eram consideradas não
recicláveis. Graças ao avanço das tecnologias, já é possível a recuperação desses materiais. A
Cemig, Companhia Energética de Minas Gerais, desenvolve programa de reciclagem.
Papel
O papel é uma fibra celulósica que provém da madeira. É um emaranhado de fibras vegetais,
que após utilização podem ser desfeitas e refeitas, mediante processos de reciclagem.
Recicláveis: Jornais, revistas, cadernos, envelopes, caixas, aparas de papel etc. Não
recicláveis: Papéis metalizados, papéis sanitários, papéis plastificados, etiquetas adesivas,
papeis sujos. Para cada 1 tonelada de pasta celulósica reciclada são poupadas 54 árvores de
pinus ou 34 árvores de eucalipto.
Metais
O processo de fabricação tem início na mineração, em que são extraídos os minérios utilizados
na obtenção do metal desejado. Alguns exemplos de minérios e metais obtidos:
O processo de reciclagem elimina as etapas de mineração e redução, que são etapas caras, e
agrega a etapa de coleta e separação do material. O processo pode então ser reduzido então à
coleta, fusão e conformação.
Aço
O aço é o mais antigo material reciclado que se tem notícias. Os soldados romanos já
recolhiam as espadas, facas e escudos abandonados nas trincheiras para a fabricação de
novas armas. Os materiais de aço não reciclados, deixados no tempo, enferrujam e se
decompõem, voltando ao seu estado natural (óxido de ferro). Esse processo é extremamente
lento nos aços inoxidáveis, podendo ser considerado inexistente em alguns casos. A
reciclagem consiste basicamente da coleta, separação de impurezas, compactação, fundição e
conformação. O aço funde a aproximadamente 1.350ºC e pode ser reciclado infinitas vezes.
Cerca de 80% da produção nacional é de reciclados, graças aos catadores de lixo. O objeto de
alumínio mais utilizado para reciclagem é a latinha (62 latinhas = 1Kg), sendo que seu preço
gira em torno de US$ 500 a US$ 700 a tonelada e é o material reciclável mais valioso
atualmente. O alumínio funde a 660ºC e pode ser reciclado infinitas vezes. Cada tonelada de
alumínio reciclado poupa a degradação do ambiente com a retirada de 5 toneladas de bauxita.
Além disso, economiza até 40% da energia utilizada na produção primária do metal.
Automóveis
Sábado, 10/10/2009
Fotos: Divulgação/Plascar
O protótipo pesa 625 quilos. Um Fiat Mille tem 830 quilos
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Basta entrar na cabine de um carro – ao menos em modelos populares e médios – para constatar que o plástico domina boa parte do acabamento interno. O produto também é
usado em larga escala em componentes do motor, como bomba de combustível e recipientes de fluidos. Mas a Plascar, uma das principais fabricantes de componentes em
polímeros (sim, este é o nome oficial do plástico), quer ampliar ainda mais o uso deste produto nos veículos.
A empresa, com sede em Jundiaí (SP), criou o primeiro automóvel brasileiro “sustentável”, com carroceria inteiramente em plástico. Na realidade, não apenas a carroceria.
Também a estrutura dos bancos, o cárter do motor e até as rodas – além, é claro, do acabamento interno. Apenas motor, câmbio, suspensão, freios e pára-brisa são os mesmos
usados pelos veículos convencionais. E o uso de polímeros traz vários benefícios: deixa o automóvel mais econômico, menos poluente e mais fácil de ser reciclado.
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Peças plásticas com arranhões podem ser reparadas numa oficina de funilaria
- A reciclagem do plástico é muito mais fácil que a do aço ou alumínio, segundo a Plascar. Por isso, a idéia da empresa é tornar o preço de uma peça automotiva em plástico tão
competitivo que o dono do carro, em vez de tentar arrumar um pára-lama e porta danificados, vá a uma concessionária e troque todo o componente.
O gerente de engenharia avançada da Plascar, Márcio Tiraboschi, conta que uma das vantagens do uso do plástico no veículo é a redução de peso – entre 20% e 30% em
comparação a um carro da mesma categoria feito em aço. O conceito criado pela empresa pesa 625 quilos enquanto um Fiat Mille, por exemplo, tem 830 quilos. O engenheiro
explica que essa redução da massa melhora o desempenho do motor, reduz o consumo de combustível e diminui a emissão de poluentes.
Outra vantagem do uso de polímeros no carro é a maior liberdade na criação do design externo da carroceria. “Enquanto a chapa de aço tem restrições de estampagem, o
material plástico possui uma grande elasticidade”, justifica o gerente de engenharia avançada da Plascar.
Com relação à segurança em caso de colisão, Tiraboschi garante que os polímeros têm uma grande resistência a impactos. “Além disso, esse material tem um alto índice de
absorção de energia. Ou seja, o plástico não amassa, absorve energia de forma elástica sem ter uma deformação permanente”, salienta.
Tiraboschi diz que a Plascar não realizou testes de rodagem nem um estudo para saber quanto um carro de plástico custaria.
Os carros que serão vendidos no País daqui a três ou quatro anos poderão ser
desmontados num prazo inferior a uma hora, e as peças serão encaminhadas
para reciclagem
Modelos brasileiros já têm, em média, 85% de material reciclável, mas o País não
dispõe de centros especializados no desmonte e seleção das peças que serão
reaproveitadas. Na Europa, empresas de diferentes segmentos criaram redes para
recolher os carros velhos, separar as peças por categoria de material e providenciar a
reciclagem ou reaproveitamento.
Manuais
Parcerias
O processo das redes já está estruturado no Brasil apenas no caso do material PET. A
Ford adquire matéria-prima dessa fonte para a fabricação dos carpetes de metade dos
modelos da sua linha atual. Em testes realizados inicialmente na Alemanha, por falta
de laboratórios específicos no Brasil, a Ford conseguiu desmanchar um EcoSport no
prazo de 1 hora e 18 minutos, processo que inclui a remoção de fluidos - que toma a
maior parte do tempo, 42 minutos -, dos pneus, vidros, catalisadores e demais
componentes. "Continuamos trabalhando para agilizar esse tempo", diz Lúcia.
Resíduos
Este mês, a Ford começa a produzir o manual do proprietário dos modelos EcoSport e
Fiesta em papel reciclado, mais uma iniciativa inédita do grupo. Oswaldo Jardim,
responsável pelo projeto, calcula que serão economizadas 16 toneladas de papel por
ano. Até o começo de 2006 a empresa espera estender a estratégia para todos os
modelos. Programas de reciclagem estão mais adiantados no processo produtivo das
fábricas. Dos resíduos gerados pela GM em São Caetano do Sul, 80% são reciclados,
informa Vivian Cury, da área de Engenharia Ambiental.
A Fiat reduziu em 47,5% a geração de resíduos por veículo na fábrica de Betim (MG).
Segundo a empresa, 90% dos resíduos vão para reciclagem, são reaproveitados ou
vendidos para outras aplicações ambientalmente seguras. A Volkswagen desenvolveu
um projeto de reciclagem de borra de tinta. Só a fábrica de São Bernardo do Campo
recicla cerca de 600 toneladas por ano da tinta que sobra da pintura dos carros.
Últimas notícias
14/5/2009 13:01:00
Mais
• Fotos
Thiago Vinholes
A fabricante inglesa Bentley divulgou nesta quinta-feira (14) que a série Continental foi
certificada como ecologicamente correto pela Autoridade de Transporte Motorizado da
Alemanha (KDA). O título foi concedido à linha por ela utilizar 85% de materiais
recicláveis em sua construção e pelo baixo nível de emissões de poluentes de seus
motores.
“Nossa política de sustentabilidade não diz respeito somente ao produto em si. Levamos
também em conta todos os processos de produção, desde o estágio de criação do design
ao impacto dos componentes no meio ambiente ao longo da vida de um veículo. Nesse
quesito a Bentley também vai bem, uma vez que 70% de todos os carros que já saíram
de sua linha de montagem continuam operantes”, explicou Ekhard Zinke, presidente da
KDA.
Esta é a primeira vez que uma fabricante de carros de alto luxo recebe tal certificação. A
Bentley ainda pretende afirmar mais sua posição sustentável com o lançamento de
motores flex em sua linha de automóveis até 2012. Além disso, a marca tem planos de
aprimorar seus propulsores a ponto de ficaram até 40% mais econômicos.
Imagens divulgação
As propostas verdes
Joel Leite
ausa para um status do nosso projeto. Desde que a primeira idéia colaborativa foi
publicada aqui no Fiat Mio, nossa comunidade já reuniu 2 519 usuários
cadastrados que geraram nada menos que 2 014 sugestões. Nada mau. Mas queremos
mais.
Agora me diga aí: estamos filtrando corretamente o que você está nos dizendo? Tem
coisa sobrando? Tem coisa faltando? Em suma: é isso mesmo que você quer para o seu
carro? A hora de mostrar suas idéias e opiniões é agora. No próximo dia 18 de
setembro, vamos encerrar a fase de brainstorming e vamos fechar o briefing, as
especificações iniciais para o desenvolvimento do Fiat Mio e do FCCIII.
Depois disso, o projeto vai dar um passo à frente e nossa missão será discutir cada vez
mais a fundo os detalhes e as possibilidades específicas desse protótipo. Isto é: vamos
fechar o foco da discussão em cima dos tópicos do briefing. Então, diga daí. Somos
todos ouvidos. Vale sempre lembrar: esse projeto é feito por vocês… e para
vocês. Bora participar, sô!
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A Lotus vai apresentar no Salão do Automóvel de Londres, que começa no próximo dia
23, o Lotus Eco Elise, uma versão "ecologicamente correta" do carro esportivo. O
veículo é 32 kg mais leve que a versão Lotus S, tem elementos feitos de material
reciclável no tapete, painel e assentos.
Lotus Eco Elise tem painéis solares no teto para produzir energia (Foto: Divulgação)
Interior é equipado com paineis feitos com materiais recicláveis e tapetes de sisal (Foto:
Divulgação)
15.09.2009 às 11h43
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