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1) O documento apresenta orientações sobre o 5° ciclo do Programa de Capacitação em Operações Policiais Militares de Ocupação Estratégica Temporária e Polícia de Proximidade (POEPP) sobre o tema "Uso Diferenciado da Força".
2) Os policiais militares deverão acessar o curso online, realizar a prova e anexá-la ao requerimento a ser enviado ao comando para participar do programa.
3) O curso tem como objetivo orientar e padronizar procedimentos de atuação dos polic
1) O documento apresenta orientações sobre o 5° ciclo do Programa de Capacitação em Operações Policiais Militares de Ocupação Estratégica Temporária e Polícia de Proximidade (POEPP) sobre o tema "Uso Diferenciado da Força".
2) Os policiais militares deverão acessar o curso online, realizar a prova e anexá-la ao requerimento a ser enviado ao comando para participar do programa.
3) O curso tem como objetivo orientar e padronizar procedimentos de atuação dos polic
1) O documento apresenta orientações sobre o 5° ciclo do Programa de Capacitação em Operações Policiais Militares de Ocupação Estratégica Temporária e Polícia de Proximidade (POEPP) sobre o tema "Uso Diferenciado da Força".
2) Os policiais militares deverão acessar o curso online, realizar a prova e anexá-la ao requerimento a ser enviado ao comando para participar do programa.
3) O curso tem como objetivo orientar e padronizar procedimentos de atuação dos polic
PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 1
POLICIA MILTAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ESTADO MAIOR GERAL ADMINISTRATIVO COORDENAO DO POEPP 5 CICLO DO PROGRAMA DE CAPACITAO EM OPERAES POLICIAIS MILITARES DE OCUPAO ESTRATGICA TEMPORRIA E POLCIA DE PROXIMIDADE POEPP PERODO: DE 01/12/11 30/05/12 TEMA DO CURSO: USO DIFERENCIADO DA FORA ORIENTAES AOS POLICIAIS MILITARES PARTICIPANTES DO PROGRAMA Neste ciclo vamos utilizar pela primeira vez a ferramenta do ensino distncia, visando facilitar o acesso dos policiais militares a instruo tema do 5 ciclo, a qualquer hora do dia e de qualquer lugar com acesso a internet. Esto habilitados a participar do POEPP todos os policiais militares que atendam ao estabelecido no Decreto n 42047 de 24/ 09/ 2009 publicado no boletim da PM n 057 de 25/ 09/ 2009. Agora navegueno curso, leia atentamente a matriae pratique seu estudo. Ao encerrar o estudo, imprima a prova, responda as questes caneta, assine a prova e anexe a mesma ao requerimento de incluso no 5 ciclo do POEPP que ser encaminhado a seu comandante de unidade para deferimento e incluso na relao de policiais militares habilitados que ser encaminhada a coordenao do POEPP. Para participar do ciclo a partir de dezembro, o requerimento com a prova anexa dever ser encaminhado ao comandante da unidade dentro do prazo estabelecido no boletim da PM n 014de20/ 10/ 2011. Durante a vigncia do 5 ciclo o policial militar que passar a condio de habilitado a incluso no POEPP, dever acessar o curso e seguir as orientaes acima at a entrega do requerimento com a prova anexa a seu comandante de unidade para deferimento e encaminhamento do nome do policial militar atravs de ofcio a coordenao do POEPP para incluso no programa. Em caso de duvida, faam contato com a coordenao do POEPP atravs dos telefones (21)2333-2524 e (21)8596-7732. Bom curso a todos, Coordenao do POEPP PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 2 Bem-vindo ao curso USO DIFERENCIADO DA FORA Crditos: Tenente-coronel PMDayzer Corpas Maciel Coordenador do POEPP e Tutor da rede de ensino distncia da Secretaria Nacional de Segurana Pblica (EAD/ SENASP) no curso de Uso Diferenciado da Fora. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 3 USO DIFERENCIADO DA FORA Objetivos do curso: 1) Orientar e padronizar os procedimentos da atuao dos policiais militares quando do uso da fora; 2) Reduzir os ndices de letalidade resultantes de aes envolvendo policiais militares; 3) Compreender os fundamentos legais, ticos e procedimentais do uso da fora; 4) Enumerar os princpios sobre o uso da fora; 5) Compreender a utilizao do termo usodiferenciado da fora. Conhecer a teoria no suficientepara se ter um controle efetivo diante de situaes adversas que implicam a atuao dos policiais militares; preciso saber agir. Este curso tem como objetivo principal apresentar posturas adequadas de como fazer o uso da fora em variadas situaes, aplicando-a de modo eficaz sem romper com os princpios ticos da Corporao, bem como com seus prprios direitos e deveres, no apenas como policiais militares a servio da sociedade, mas tambm como cidado. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 4 CONCEITOS TICA o conjunto de princpios morais ou valores que governam a conduta de um indivduo membros de uma mesma profisso. ARMAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Armas projetadas e/ ou empregadas, especificamente com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, preservando vidas e minimizando danos a sua integridade. EQUIPAMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Todos os artefatos, excluindo armas e munies, desenvolvidos e empregados com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, para preservar vidas e minimizar danos sua integridade. EQUIPAMENTOS DE PROTEO Todo dispositivo ou produto, de uso individual ou coletivo destinado reduo de riscos integridade fsica ou vida dos policiais militares. FORA Interveno coercitiva imposta pessoa ou grupo de pessoas por parte do policial militar com a finalidade de preservar a ordem pblica e a lei. INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Conjunto de armas, munies e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos integridade das pessoas. MUNIES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Munies projetadas e empregadas especificamente para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas preservando vidas e minimizando danos integridade das pessoas envolvidas. NVEL DE USO DA FORA Intensidade da fora escolhida pelo policial militar em resposta a uma ameaa real ou potencial. PRINCPIO DA CONVENINCIA A fora no poder ser empregada quando em funo do contexto possa ocasionar danos de maior relevncia do que os objetivos legais pretendidos. PRINCPIO DA LEGALIDADE Os policiais militares s podero utilizar a fora para a consecuo de um objetivo legal e nos estritos limites da lei. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 5 PRINCPIO DA MODERAO O emprego da fora pelos policiais militares deve sempre que possvel, alm de proporcional, ser moderado, visando sempre reduzir o emprego da fora. PRINCPIO DA NECESSIDADE Determinado nvel de fora s pode ser empregado quando nveis de menor intensidade no forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos. PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE O nvel da fora utilizado deve sempre ser compatvel com a gravidade da ameaa representada pela ao do opositor e com os objetivos pretendidos pelo policial militar. TCNICAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO Conjunto de procedimentos empregados em interveno que demandem o uso da fora, atravs do uso de instrumentos de menor potencial ofensivo com inteno de preservar vidas e minimizar danos integridade das pessoas. USO DIFERENCIADO DA FORA Seleo apropriada do nvel de uso da fora em resposta a uma ameaa real ou potencial visando limitar o recurso a meios que possam causar ferimentos ou mortes. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 6 Os rgos de segurana pblica, de modo geral, tm por misso garantir a paz e a segurana pblica de uma comunidade, bem como a segurana de cada cidado, impondo-lhe a fora, caso seja necessrio, para o respeito e para cumprimento das leis, portanto esses rgos de segurana pblica podem, em casos extremos, levar ao uso da fora e de armas de fogo para garantir o cumprimento da lei, ao reconhecimento e ao respeito dos direitos e das liberdades de todos e para satisfazer as justas exigncias da moral, da ordem pblica e do bem-estar de uma sociedade democrtica. (artigo 29 da Declarao Universal dos Direitos Humanos DUDH) importante ressaltar que o uso da fora e de armas de fogo deve ser limitado por leis e regulamentos, o exerccio do poder para este uso no uma questo individual, mas sim uma questo de funo. Qualquer uso que no esteja dentro do marco legtimo estar sujeito a uma crtica por excesso, desvio e abuso de autoridade ou poder. O policial militar tem o dever de aplicar a lei e de reprimir com energia a sua transgresso em defesa da sociedade. A tarefa do policial militar delicada na medida em que se reconhece como inteiramente legtimo o uso de fora, para resoluo de conflitos, desde que esgotadas todas as possibilidades de negociao, persuaso e mediao. (Faria- 1999) Os rgos de Segurana Pblica existem para servir sociedade e para proteger os direitos mais fundamentais. (Cerqueira 1994) A Polcia Militar, por intermdio dos policiais militares, atua para assegurar que os direitos fundamentais dos cidados, individual e coletivamente, sejam protegidos. O direito vida e a segurana pessoal devem ter a mais alta prioridade. Neste ponto do estudo podemos concluir que o policial militar um protetor do maior bem jurdico protegido: A VIDA. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 7 LEGISLAO SOBRE O USO DA FORA Cdigo de conduta para encarregados de aplicao da lei (CCEAL) Adotado por intermdio da Resoluo 34/ 169 da Assemblia Geral das Naes Unidas datado de 17/ 12/ 1979 um documento de orientao aos Estados Membros que busca criar padres para que as prticas de aplicao da lei estejam de acordo comas disposies bsicas dos direitos e das liberdades humanas. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988 No artigo 144, estabelece que a Segurana Pblica, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, exercida para a preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio por intermdio dos vrios rgos de Segurana Pblica. Cdigo Penal Contm justificativas ou causas de excluso da antijuridicidade relacionadas no artigo 23, ou seja, estado de necessidade, legtima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exerccio regular de direito. Excluso de ilicitude artigo 23. No h crime quando o agente pratica o fato: I em estado de necessidade; II em legtima defesa; III em estrito cumprimento do dever legal ou no exerccio regular de direito. Cdigo de Processo Penal Contm dois artigos que permitem o emprego de fora pelos agentes de segurana pblica no exerccio profissional, so eles: Art. 284 permite o emprego da fora em caso de resistncia priso Art. 285 permite o emprego da fora no caso de resistncia ao cumprimento do mandado de priso. Cdigo Penal Militar De modo idntico ao Cdigo Penal Brasileiro, prev a excludente de ilicitude: Excluso de crime Art. 42. No h crime quando o agente pratica o fato: I em estado de necessidade; II em legtima defesa; III em estrito cumprimento do dever legal; IV em exerccio regular de direito. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 8 Cdigo de Processo Penal Militar Art. 234. O emprego de fora s permitido quando indispensvel, no caso de desobedincia, resistncia ou tentativa de fuga. STF SMULA VINCULANTE N 11 Sesso plenria de 13/08/2008 emprego de algemas S lcito o uso de algemas em casos de resistncia e de fundado receio de fuga ou de perigo integridade fsica prpria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da priso ou do ato processual a que se refere, sem prejuzo da responsabilidade civil do Estado. PORTARIA INTERMINISTERIAL N 4.226 de 31 de dezembro de 2010 Estabelecediretrizes sobre o uso da fora pelos agentes de segurana pblica, onde destacamos: O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante os procedimentos de abordagem no dever ser uma prtica rotineira e indiscriminada. Os rgos de Segurana Pblica devero criar comisses internas de controle e acompanhamento da letalidade, com o objetivo de monitorar o uso efetivo da fora pelos agentes. Os agentes de Segurana Pblica devero preencher um relatrio individual todas as vezes quedispararem arma de fogo e/ ou fizerem uso de instrumento de menor potencial ofensivo ocasionando leses ou mortes. No relatrio dever constar: - circunstncias e justificativa que levaram ao uso da fora ou arma de fogo; - tipo de arma e munio e quantidade de disparos efetuados; - quantidade de agentes feridos ou mortos na ocorrncia; - quantidade de feridos ou mortos atingidos pelos disparos efetuados pelos agentes; PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 9 O POLICIAL MILITAR E O USO DA FORA Ao fazer uso da fora, o policial militar deve ter conhecimento da lei e estar preparado tecnicamente, por meio da formao e do treinamento, bem como ter princpios ticos solidificados que possam nortear sua ao. Ao ultrapassar qualquer desses limites no se esquea de quesuas aes estaro igualando-se s de criminosos. O uso da fora no se confunde com truculncia - Balestreri A aplicao da lei no uma profisso em que se possa utilizar solues padronizadas para problemas padronizados que ocorrem em intervalos regulares (ROVER 2000, p. 274) Seja profissional e decida adequadamente conforme a ocorrncia, partindo sempre de sua conduta legal. Um caso tpico quando um cidado infrator coloca em risco a vida de pessoas atirando em suas direes. Nessa situao, o policial militar deve fazer uso da fora para neutralizar a ao do infrator. Necessidade do uso da fora Quando voc perceber a necessidade de usar a fora para atender o objetivo legtimo da aplicao da lei e manuteno da ordempblica, lembre-se dos seguintes questionamentos: necessria a aplicao da fora? Para responder, o policial militar precisa identificar o objetivo a ser atingido. A resposta adequada atende aos limites considerados mnimos para que se torne justa e legal a ao. Caso contrrio o policial militar comete um abuso e poder ser responsabilizado. O nvel de fora utilizada proporcional ao nvel de resistncia oferecida? Existem outros meios menos danosos para se atingir o objetivo desejado. Neste momento, verifica-se a proporcionalidade do uso da fora e, caso no haja, estcaracterizado o abuso de poder. A foraa ser empregadaser por motivos sdicos ou malficos? Busca-se verificar a boa-f do policial militar e seus princpios ticos. A boa-f demonstra a inteno do policial militar, embora ele possa errar ao adotar uma opo equivocada decorrente de uma anlise tambm equivocada. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 10 Responsabilidades pelo uso da fora A responsabilidade cabe tanto aos policiais militares envolvidos em um incidente particular com o uso da fora e armas de fogo como a seus superiores. Os chefes tm o dever de zelo, o que no retira a responsabilidade individual dos encarregados por suasaes. (ROVER 2000 p.286) importante a compreenso de que o reconhecimento, pelo Estado, de sua responsabilidade apontando o erro de seu representante, no implica postura de desvalorizao do policial militar. Mas sim, assume a mais nobre das suas funes que proteo da pessoa, alm de cumprir importante papel exemplificador, fator de transformao e solidificao. O uso diferenciado da fora consiste na avaliao de trs situaes distintas: 1) Percepo do policial militar em relao ao individuo suspeito; 2) Alternativas de uso da fora; 3) Resposta do policial militar. O policial militar decide a respeito da utilizao da fora com base em sua percepo do individuo suspeito, dentro de circunstncias que so tensas, incertas e rapidamente envolventes. A escolha do nvel adequado de fora a ser usado depende muito de como o policial est equipado e como est treinado. A opo variada de uso de equipamentos como cassetetes (tonfa), gs pimenta ou lacrimogneo, armas com menor potencial ofensivo, coletes prova de balas, conhecimento de tcnicas de defesa pessoal, possibilita um aumento da confiana do policial militar. Nveis de resistncia da pessoa abordada A pessoa abordada durante a interveno do policial militar pode atender ou no s determinaes por ele dadas, ou seja, ela poder colaborar ou resistir abordagem. O seu comportamento classificado em nveis que devem ser entendidos de forma dinmica, uma vez que podem subir, gradual ou repentinamente do primeiro nvel at o ltimo, ou terem incio em qualquer nvel e subir ou descer. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 11 O abordado pode apresentar os seguintes nveis de resistncia: Cooperativo A pessoa abordada acata todas as determinaes legais do policial militar durantea interveno, sem apresentar resistncia. Resistncia passiva A pessoa abordada no acata, de imediato, s determinaes do policial militar, ou o abordado ope-se s ordens, reagindo com o objetivo de impedir a ao legal. Contudo no agride o policial militar nem lhe direciona ameaas. Resistncia ativa com agresso no letal O abordado ope-se ordem, agredindo o policial militar ou as pessoas envolvidas na interveno, contudo tais agresses, aparentemente, no representam risco de morte. Resistncia ativa com agresso letal O abordado utiliza-se de agresso que pe em perigo de morte o policial militar e as pessoasenvolvidas na interveno. Nveis de uso da fora por parte do policial militar na abordagem: Nvel primrio Presena do policial militar a demonstrao ostensiva de autoridade. O policial militar corretamente uniformizado, armado, equipado e em postura e atitude diligentes, geralmente inibe o cometimento de infrao ou delito naquele local. Verbalizao o uso da comunicao oral (falas e comandos) com a entonao apropriada e o emprego de termos adequados e que sejam facilmentecompreendidos pelo abordado. Obs.: A verbalizao deve ser empregada em todos os demais nveis de uso da fora. O policial militar deve procurar reduzir as possibilidades de confronto pela adequada utilizao da verbalizao antes, durante e aps o emprego da fora. Outros pontos importantes da verbalizao: PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 12 1) Ateno linguagem No utilize linguagem vulgar, chula e ameaadora na tentativa de desencorajar a resistncia do suspeito. Dilogos dessa natureza causam espanto e demonstram falta de profissionalismo. Uma ameaa verbal pode desencadear uma reao e propiciar o agravamento da situao. 2) Use sua autoridade Seja firme e controle a situao. Dirija comandos claros, curtos e audveis para cada atitude que o suspeito deva tomar. Apenas um policial militar deve falar: Parado! Polcia Militar! Coloque as mos na cabea! 3) Importncia do contato visual Procure sempre manter o contato visual com o abordado. Fique abrigado, mas sem perd-lo de vista. Diga frases usando verbos no modo imperativo, em tom alto de voz; demonstre convico e determinao no que esta fazendo. 4) Nvel da voz Lembre-se de flexionar o nvel de voz. Sempre que houver acatamento, abaixe o tom, conquiste a confiana da pessoa abordada. Mas fique sempre atento ao recurso de elevar bruscamente o tom de voz, caso perceba algo errado. 5) No entre em discusso Caso o suspeito no acate de imediato suas ordens, repita os comandos, insista nas suas ordens com firmeza e procure no ficar nervoso. Continue insistindo, mantenha seu profissionalismo e no se exponha a riscos. Procure o dilogo, evite discutir, no entre em bate-boca com osuspeito. Deixe que ele fale e aps mantenha-se calmo insistindo em seus comandos firmes e imperativos. Razes para reaes passivas do suspeito - O suspeito no escuta ou no compreende o policial militar por deficincia auditiva, efeito de lcool, drogas ou por se tratar de um estrangeiro; - O suspeito no acata o comando desafiando ou desmerecendo a ao da Polcia Militar, visando provocar o policial militar, conduzindo-o a uma situao vexatria ou de abuso de fora por vezes buscando angariar simpatia de transeuntes; - O suspeito tem algo a esconder e tenta ganhar tempo e distrair a ateno do policial militar por vezes com a presena de comparsa; - Osuspeito tenta ganhar tempo para empreender fuga ou reagir fisicamente contra o policial militar. PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 13 Quaisquer que sejam as possibilidades, priorize a sua segurana e evite cair na armadilha das provocaes. Conduza o desfecho com iseno e profissionalismo. O policial militar no deve levar esse tipo de situao para o campo pessoal sob o risco de perder o controle mediante a mnima ponderao do suspeito expondo desnecessariamente sua vida e as de seus companheiros, ou ainda, de cometer atos de violncia. Adote todas as medidas legais que couberem ao caso em particular, conduza sua atuao conforme preconizado no escalonamento do uso da fora. Seja firme, justo e corts. No ameace o suspeito Nem diga nada que no possa cumprir, como vou lhe dizer pela ltima vez. Se ele resolver testar seu blefe, voc perder sua credibilidade e se o suspeito obedecer, esteja preparado, no relaxe sua segurana. Esse pode ser o momento mais perigoso da abordagem Controle sobre as mos do suspeito Mantenha o controle sobre as mos do suspeito, elas so o local mais provvel onde pode surgir uma agresso, no permita que ele se mova sem sua autorizao, pois se ele se movimentar levemente a tendncia ser voc acostumar-se com a movimentao erelaxar, aumentando os riscos. Saiba em todo tempo a localizao exata do suspeito. Nvel secundrio tcnicas de menor potencial ofensivo Controles de contato - emprego de tcnicas de defesa pessoal aplicadas no abordado resistente passivo (no agride o policial militar), para fazer com que ele obedea s ordens dadas. Controle fsico emprego de tcnicas de defesa pessoal, com um maior potencial de submisso, para fazer com que o abordado resistente ativo (agressivo) seja controlado, sem emprego de instrumentos. Visa a sua imobilizao e conduo, evitando, sempre que possvel, que resulte leses pelo uso da fora. Controle com instrumentos de menor potencial ofensivo o emprego de basto tonfa, gs/ agentes qumicos, algemas, elastmeros (munies de impacto controlado), stingers (armas de impulso eltrico), entre outros, com PMERJ/EMG/POEPP USO DIFERENCIADO DA FORA - Pgina: 14 o objetivo de anular ou controlar o nvel de resistncia do abordado resistente ativo (agressivo). Uso dissuasivo de armas de fogo Opes de posicionamento que o policial militar poder adotar com sua arma, para criar um efeito queremova qualquer inteno indevida do abordado e, ao mesmo tempo, estar em condies de dar uma resposta rpida, caso necessrio, sem, contudo, dispar-la. A ostensividade da arma de fogo tem um reflexo sobre o abordado que pode ter sua ao cessada pelo impacto psicolgico que a arma provocar. Nvel tercirio Fora potencialmente letal Consiste na aplicao de tcnicas de defesa pessoal, com ou sem uso de equipamentos, direcionadas a regies vitais do corpo do agressor. Devero somente ser empregadas em situaes extremas que envolvam riscos iminentes de morte ou leses graves para o policial militar ou para terceiros, com o objetivo imediato de fazer cessar a ameaa. FINALIZANDO O policial militar necessita possuir alto grau de profissionalismo, pois, ao lidar com a proteo da vida humana pode deparar com situaes de risco ondedeve julgar se far uso da fora contra eventual agressor. A graduao da fora que usar depende de uma srie de fatores que, em frao de segundos, tero que ser analisados pelo policial militar, da podendoadvir conseqncias indesejveis. Cada interveno singular e exige flexibilidade, porm, necessrio ter parmetros bem definidos que ofeream sustentao as aes do policial militar. Diante dessa realidade, imprescindvel respeitar os princpios legais e ticos que conferem identidade e legitimidade atuao do policial militar aplicando tcnicas e procedimentos ora estudado. Qualificar o uso da fora como sendo diferenciado importa em uma nova filosofia, na qual existe a flexibilidade na utilizao desse recurso, a fora, com o objetivo maior de buscar sempre a preservao da vida e a integridade fsica de todas as pessoas. FIM