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12 DE DEZEMBRO

56. NOSSA SENHORA DE GUADALUPE


Festa

– A aparição da Virgem a Juan Diego.

– Nossa Senhora precede todo o apostolado e prepara as almas.

– A nova evangelização. O Senhor conta connosco. Aproveitar todas as ocasiões.

No dia 9 de Dezembro de 1531, a Virgem Maria apareceu a um índio chamado Juan Diego,
no monte Tepeyac, perto da cidade do México, manifestando-lhe o seu desejo de que se
erigisse ali um templo. Depois de o tio de Juan Diego ter sido curado milagrosamente no dia 12
de Dezembro, quando Juan levava ao bispo umas flores que a Virgem lhe dera, ao deixá-las
cair do seu poncho apareceu gravada nessa peça do vestuário a imagem da Senhora que até
hoje é venerada no Santuário da Basílica de Guadalupe, no México. Era o sinal que o bispo
Juan de Zumárraga tinha pedido. Em 1553, o prelado construiu uma Basílica, como Nossa
Senhora lhe tinha pedido.

Existem diversos documentos que testemunham esse episódio. O mais antigo é o Nican
Mopohua, relato das aparições em língua azteca, baseado nas declarações de testemunhas
oculares que presenciaram as entrevistas entre Zumárraga e Juan Diego. Conserva-se na
Biblioteca Nacional do México.

I. A DEVOÇÃO a Nossa Senhora de Guadalupe no México tem a sua origem


nos começos da evangelização desse país, quando os fiéis eram ainda muito
poucos. Nossa Senhora apareceu a um camponês índio, de nome Juan Diego,
e enviou-o ao bispo da cidade do México para manifestar-lhe o desejo de que
lhe fosse dedicado um templo numa colina próxima, chamada Tepeyac. A
Virgem disse ao índio na primeira aparição: “Quero muito, desejo muito que
aqui me seja erigido um templo, em que me mostrarei e me darei às pessoas
em todo o meu amor, no meu olhar compassivo, no meu auxílio, na minha
salvação: porque em verdade Eu sou a vossa Mãe compassiva, tua e de todos
os homens [...]. Nesse templo escutarei os seus prantos e a sua tristeza, para
remediá-los, para lhes curar todas as suas diversas penas, as suas misérias e
as suas dores”1.

O bispo do lugar, antes de aceder ao pedido, quis um sinal. E Juan Diego,


por indicação da Senhora dos Céus, cortou umas braçadas de rosas que ela
fizera brotar sobre a árida colina, a mais de dois mil metros de altura, em pleno
mês de Dezembro. Depois, foi ter com o bispo e estendeu-lhe o seu branco
ayate, o manto, onde colocara as flores. E quando as rosas caíram ao chão,
“surgiu de repente a Amada imagem da Perfeita Virgem Santa Maria, Mãe de
Deus, na forma e figura em que hoje se encontra” 2. Essa imagem de Nossa
Senhora de Guadalupe ficou impressa no rústico poncho do índio, tecido com
fibras vegetais. Representa a Virgem como uma jovem mulher de rosto
moreno, rodeada por uma luz radiante.
Maria disse a Juan Diego, e repete a todos os cristãos: “Não estou Eu aqui,
Eu que sou a tua Mãe? Não estás debaixo da minha sombra? Não estás
porventura no meu regaço?” Por que devemos temer, se Ela é a Mãe de Jesus
e Mãe dos homens?

Com a aparição de Maria no monte Tepeyac, começou em todo o antigo


território azteca um movimento excepcional de conversões, que se estendeu
pela América Centro-Meridional e chegou até o longínquo arquipélago das
Filipinas. “A Virgem de Guadalupe continua a ser ainda hoje o grande sinal da
proximidade de Cristo, ao convidar todos os homens a entrar em comunhão
com Ele para terem acesso ao Pai. Ao mesmo tempo, Maria é a voz que
convida os homens à comunhão entre si...”3

A Virgem sempre precedeu os homens na evangelização dos povos. Não se


entende o apostolado sem Maria. Por isso, agora que o Papa, Vigário de Cristo
na terra, pede aos fiéis que se empenhem em recristianizar o mundo,
recorremos a Ela para que “indique à Igreja os melhores caminhos que é
preciso percorrer para empreender uma nova evangelização. Imploramos-lhe a
graça de servir essa causa sublime com renovado espírito missionário”4.
Suplicamos-lhe que nos mostre o modo de aproximarmos os nossos amigos de
Deus e que Ela os prepare para receber a graça.

II. “VIRGEM DE GUADALUPE, Mãe das Américas..., vê como é grande a


messe, e intercede junto do Senhor para que infunda fome de santidade em
todo o Povo de Deus...”5, para que os fiéis “caminhem pelas vias de uma
intensa vida cristã, de amor e de humilde serviço a Deus e às almas”6.

Só assim – com uma intensa vida cristã, com amor e desejos de servir – é
que poderemos levar a cabo essa nova evangelização em todo o mundo, a
começar pelos que estão mais perto. Quanta messe carecida de braços que a
recolham! Quanta gente com fome de verdade que não tem quem lha ensine!
Quantas pessoas de todo o tipo e condição que desejariam aproximar-se de
Deus e não encontram o caminho! Cada um de nós deve ser um indicador
claro que aponte, com o exemplo e a palavra, o caminho certo que, por meio
de Maria, termina em Cristo.

Partiu da Europa a primeira labareda que ateou a fé no continente


americano. Quantos homens e mulheres, de raças tão diversas, encontraram a
porta do Céu pela fé heróica e sacrificada daqueles primeiros evangelizadores!
A Virgem abriu-lhes o caminho, e eles, apesar das dificuldades – com energia,
paciência e sentido sobrenatural –, ensinaram por toda a parte os mistérios
mais profundos da fé. “Encontramo-nos agora numa Europa onde se torna
cada vez mais forte a tentação do ateísmo e do cepticismo; onde lança raízes
uma penosa incerteza moral, com a desagregação da família e a degeneração
dos costumes; onde domina um perigoso conflito de ideias e movimentos”7.
Desses países que foram profundamente cristãos, alguns dão a impressão de
estarem a caminho de voltar ao paganismo, do qual haviam sido tirados muitas
vezes com o sangue do martírio e sempre com a ajuda eficaz da Virgem. Toda
uma civilização alicerçada sobre ideias cristãs parece encontrar-se sem
recursos para reagir. E dessas nações, de onde em outros tempos surgiu a luz
da fé para propagar-se pelo mundo, infelizmente “envia-se ao mundo inteiro a
cizânia de um novo paganismo”8.

Nós, os cristãos, continuamos a ser fermento no meio do mundo. A levedura


não perdeu o seu vigor nestes vinte séculos, porque é sobrenatural e sempre
jovem, nova e eficaz. Por isso não ficaremos parados, como se nada
pudéssemos fazer ou como se as dimensões do mal pudessem afogar a
pequena semente que somos cada um dos que queremos seguir a Cristo. Se
os primeiros que levaram a fé a tantos lugares tivessem ficado paralisados ante
a ingente tarefa que se lhes apresentava, se somente tivessem confiado nas
suas forças humanas, nada teriam levado a cabo. O Senhor anima-nos
continuamente a não ficar para trás neste trabalho que se apresenta como algo
“sobrenatural e humanamente fascinante”9.

Pensemos hoje, diante de Nossa Senhora de Guadalupe, uma vez mais, o


que estamos fazendo ao nosso redor: se aproveitamos todas as ocasiões, sem
deixar nenhuma, para falar com valentia aos nossos amigos da fé que
trazemos no coração; se tomamos a sério a nossa formação, pois dela
depende a formação dos outros; se dedicamos tempo à catequese ou a outras
obras boas; se contribuímos economicamente para a manutenção de alguma
tarefa que tenha como fim o aperfeiçoamento sobrenatural e humano das
pessoas. Não devemos deter-nos ante o pensamento que é pouco o que
podemos fazer, no meio de um trabalho profissional absorvente. Deus
multiplica esse pouco; e, além disso, muitos poucos mudam um país inteiro.

III. IDE POR TODO O MUNDO e pregai o Evangelho a toda a criatura10.


Estas palavras do Senhor são actuais em todas as épocas e em todos os
tempos, e não excluem nenhum povo ou civilização, nenhuma pessoa. Os
Apóstolos receberam esse mandato de Jesus Cristo, e agora somos nós que o
recebemos. Num mundo que frequentemente se mostra pagão nos seus
costumes e modos de pensar, “impõe-se a todos os cristãos o dever luminoso
de colaborar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e
acolhida por todos os homens em toda a parte”11. Contamos com a assistência
sempre eficaz do Senhor: Eis que eu estou convosco todos os dias, até à
consumação dos séculos12.

Deus actua directamente na alma de cada pessoa por meio da graça, mas é
vontade do Senhor, afirmada em muitas passagens do Evangelho, que os
homens sejam instrumentos ou veículos de salvação para os outros homens.
Ide, pois, às encruzilhadas das ruas, e a quantos encontrardes, convidai-os
para as núpcias13. E comenta São João Crisóstomo: “São também caminhos
todos os conhecimentos humanos, como os da filosofia, os da milícia, e outros
do género. Disse, pois: ide à saída de todos os caminhos, para chamar todos
os homens à fé, qualquer que seja a sua condição”14.

Os contactos profissionais, as reuniões sociais, uma viagem, são ocasiões


que Deus põe ao nosso alcance para darmos a conhecer Jesus Cristo15. “São
inúmeras as ocasiões que se abrem aos leigos para exercerem o apostolado
da evangelização e santificação”16. Nós, cada um de nós, teríamos que dizer
com Santa Teresinha: “Não poderei descansar até o fim do mundo enquanto
houver almas que salvar”17. E como podemos descansar se, além disso, essas
almas estão no nosso lar, no nosso trabalho, na nossa Faculdade ou na
vizinhança?

Temos que pedir à Virgem o desejo vivo e eficaz de sermos almas valentes,
audazes, atrevidas à hora de semear o bem, procurando, sem respeitos
humanos, que não haja nenhum recanto da sociedade onde não se conheça a
Cristo18. É necessário desterrar o pessimismo de pensar que não se pode fazer
nada, como se houvesse uma predeterminação para o mal. Com a graça do
Senhor, seremos como a pedra caída no lago, que produz uma onda, e esta
outra maior19, e não cessa de as produzir até o fim dos tempos. O Senhor dá às
nossas palavras e obras uma eficácia sobrenatural que a maior parte das
vezes desconhecemos.

Hoje pedimos a Nossa Senhora de Guadalupe que se mostre Mãe


compassiva, que nos faça arautos do Evangelho, que saibamos compreender a
todos, participando das suas alegrias e esperanças, de tudo aquilo que os
inquieta para que, sendo muito humanos, possamos elevar os nossos amigos
ao plano sobrenatural da fé. “Rainha dos Apóstolos! Aceita a prontidão com
que queremos servir sem reservas a causa do teu Filho, a causa do Evangelho
e a causa da paz, fundados na justiça e no amor entre os homens e entre as
nações”20.

(1) Nican Mopohua, Relato das aparições, 28-32; (2) ib., 181-183; (3) João Paulo II, Angelus,
13-XII-1987; (4) ib.; (5) cfr. idem, Oração à Virgem de Guadalupe, México, 27-I-1979; (6) ib.; (7)
idem, Discurso, 6-XI-1981; (8) Servo de Deus Álvaro del Portillo, Carta pastoral, 25-XII-1985;
(9) ib.; (10) Mc 16, 1; (11) Conc. Vat. II, Decr. Apostolicam actuositatem, 3; (12) Mt 28, 18; (13)
Mt 22, 9; (14) São João Crisóstomo, em Catena Aurea, vol. III, pág. 63; (15) cfr. Conc. Vat. II,
op. cit., 14; (16) ib., 6; (17) Santa Teresa de Lisieux, Novisima Verba; (18) cfr. S. Josemaría
Escrivá, Forja, n. 716; (19) cfr. S. Josemaría Escrivá, Caminho, n. 831; (20) João Paulo II,
Homilia em Guadalupe, 27-I-1979.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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