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A Justiça Eleitoral determinou a suspensão imediata do programa eleitoral na TV do candidato Lúdio Cabral (PT). Conforme decisão do juiz Alberto Pampano Neto, desta terça-feira (16.09), o candidato do PT usou na TV imagens de trechos do debate realizado na rádio Mix de forma descontextualizada. Para o juiz, o petista adota “atitude desnecessária e inescrupulosa”.
“Assim, trata-se de uma técnica audiovisual pueril, bem como, atitude desnecessária e inescrupulosa, haja vista que o horário reservado ao programa eleitoral, pode ser melhor utilizado, ainda que para formulação de críticas e comparações aos candidatos, eis que admitida em nosso ordenamento jurídico a propaganda eleitoral negativa, porém, sem veicular inverdades”, escreveu o juiz.
Na decisão, o juiz explica que o candidato do PT, utilizou no programa eleitoral algumas das respostas dadas no debate da rádio, porém “de modo descontextualizado, com objetivo único de ridicularizar o candidato, atribuindo-lhe a impressão de total omissão e desconhecimento a respeito dos seus suplentes no Senado”.
Usando método de montagem, recortando trechos da entrevista, Lúdio tentou passar a imagem de que Pedro Taques não sabe quem é o seu primeiro suplente do Senado. No entanto, durante o debate, Pedro Taques deixou bem claro que o primeiro suplente é o policial rodoviário de Rondonópolis José Medeiros (PPS) e o segundo é o empresário de Sinop, Paulo Fiúza.
Pedro Taques ainda explicou que há uma disputa na justiça entre os dois suplentes, já que Paulo Fiúza reivindica o a primeira suplência devido a erro no protocolo no sistema do TRE, No entanto, deixou bem claro que hoje o primeiro suplente é o policial federal.
Para a justiça eleitoral, “tal forma escusa de se realizar propaganda eleitoral, deve ser extirpada pela Justiça Eleitoral, em face do dever e a função de zelar pela manutenção da higidez das eleições, do processo de escolha livre e consciente do eleitor”.
Titlu original
Justiça Eleitoral diz que Lúdio adota “técnica inescrupulosa” na TV e retira programa do ar
A Justiça Eleitoral determinou a suspensão imediata do programa eleitoral na TV do candidato Lúdio Cabral (PT). Conforme decisão do juiz Alberto Pampano Neto, desta terça-feira (16.09), o candidato do PT usou na TV imagens de trechos do debate realizado na rádio Mix de forma descontextualizada. Para o juiz, o petista adota “atitude desnecessária e inescrupulosa”.
“Assim, trata-se de uma técnica audiovisual pueril, bem como, atitude desnecessária e inescrupulosa, haja vista que o horário reservado ao programa eleitoral, pode ser melhor utilizado, ainda que para formulação de críticas e comparações aos candidatos, eis que admitida em nosso ordenamento jurídico a propaganda eleitoral negativa, porém, sem veicular inverdades”, escreveu o juiz.
Na decisão, o juiz explica que o candidato do PT, utilizou no programa eleitoral algumas das respostas dadas no debate da rádio, porém “de modo descontextualizado, com objetivo único de ridicularizar o candidato, atribuindo-lhe a impressão de total omissão e desconhecimento a respeito dos seus suplentes no Senado”.
Usando método de montagem, recortando trechos da entrevista, Lúdio tentou passar a imagem de que Pedro Taques não sabe quem é o seu primeiro suplente do Senado. No entanto, durante o debate, Pedro Taques deixou bem claro que o primeiro suplente é o policial rodoviário de Rondonópolis José Medeiros (PPS) e o segundo é o empresário de Sinop, Paulo Fiúza.
Pedro Taques ainda explicou que há uma disputa na justiça entre os dois suplentes, já que Paulo Fiúza reivindica o a primeira suplência devido a erro no protocolo no sistema do TRE, No entanto, deixou bem claro que hoje o primeiro suplente é o policial federal.
Para a justiça eleitoral, “tal forma escusa de se realizar propaganda eleitoral, deve ser extirpada pela Justiça Eleitoral, em face do dever e a função de zelar pela manutenção da higidez das eleições, do processo de escolha livre e consciente do eleitor”.
A Justiça Eleitoral determinou a suspensão imediata do programa eleitoral na TV do candidato Lúdio Cabral (PT). Conforme decisão do juiz Alberto Pampano Neto, desta terça-feira (16.09), o candidato do PT usou na TV imagens de trechos do debate realizado na rádio Mix de forma descontextualizada. Para o juiz, o petista adota “atitude desnecessária e inescrupulosa”.
“Assim, trata-se de uma técnica audiovisual pueril, bem como, atitude desnecessária e inescrupulosa, haja vista que o horário reservado ao programa eleitoral, pode ser melhor utilizado, ainda que para formulação de críticas e comparações aos candidatos, eis que admitida em nosso ordenamento jurídico a propaganda eleitoral negativa, porém, sem veicular inverdades”, escreveu o juiz.
Na decisão, o juiz explica que o candidato do PT, utilizou no programa eleitoral algumas das respostas dadas no debate da rádio, porém “de modo descontextualizado, com objetivo único de ridicularizar o candidato, atribuindo-lhe a impressão de total omissão e desconhecimento a respeito dos seus suplentes no Senado”.
Usando método de montagem, recortando trechos da entrevista, Lúdio tentou passar a imagem de que Pedro Taques não sabe quem é o seu primeiro suplente do Senado. No entanto, durante o debate, Pedro Taques deixou bem claro que o primeiro suplente é o policial rodoviário de Rondonópolis José Medeiros (PPS) e o segundo é o empresário de Sinop, Paulo Fiúza.
Pedro Taques ainda explicou que há uma disputa na justiça entre os dois suplentes, já que Paulo Fiúza reivindica o a primeira suplência devido a erro no protocolo no sistema do TRE, No entanto, deixou bem claro que hoje o primeiro suplente é o policial federal.
Para a justiça eleitoral, “tal forma escusa de se realizar propaganda eleitoral, deve ser extirpada pela Justiça Eleitoral, em face do dever e a função de zelar pela manutenção da higidez das eleições, do processo de escolha livre e consciente do eleitor”.
REPRESENTANTE: COLIGAO "CORAGEM E ATITUDE PRA MUDAR" ADVOGADO(S): JORGE AURLIO ZAMAR TAQUES - OAB: 4.700 | PEDRO JORGE ZAMAR TAQUES - OAB: 17.467 | PAULO CESAR ZAMAR TAQUES - OAB: 4.659 | JOO BOSCO RIBEIRO BARROS JNIOR - OAB: 9.607 | JOO VICTOR TOSHIO ONO CARDOSO - OAB: 14.051 | MARIA ANTONIETA SILVEIRA CASTOR - OAB: 6.366 | GUSTAVO ADOLFO ALMEIDA ANTONELLI - OAB: 10042 | ANDREA ROSAN DIAS FIGUEREDO ZAMAR TAQUES - OAB: 8.233 | DIEGO GOMES DA SILVA LESSI - OAB: 15.159 | AUGUSTO CEZAR DE AQUINO TAQUES - OAB: 12026 | GILMAR GONALVES ROSA - OAB: 18.662 REPRESENTANTE: JOS PEDRO GONALVES TAQUES ADVOGADO(S): PAULO CSAR ZAMAR TAQUES - OAB: 4.659 | GUSTAVO ADOLFO ALMEIDA ANTONELLI - OAB: 10.042 | JOO VICTOR TOSHIO ONO CARDOSO - OAB: 14.051 | GILMAR GONALVES ROSA - OAB: 18.662 | JOO BOSCO RIBEIRO BARROS JNIOR - OAB: 9607 REPRESENTADO: COLIGAO "AMOR A NOSSA GENTE" ADVOGADO(S): MAIRLON DE QUEIROZ ROSA - OAB: 13.956 | JACKSON FRANCISCO COLETA COUTINHO - OAB: 9172-B | JOS PATROCNIO DE BRITO JUNIOR - OAB: 4.636 | LUCIEN FABIO FIEL PAVONI - OAB: 6.525 | JOS RENATO DE OLIVEIRA SILVA - OAB: 6557 | ERIS ALVES POND - OAB: 13.830 RELATOR: ALBERTO PAMPADO NETO
DECISO INTERLOCUTRIA
VISTOS.
Cuida-se de Representao Eleitoral com pedido de Liminar ajuizada pela COLIGAO "CORAGEM E ATITUDE PRA MUDAR" e candidato JOS PEDRO GONALVES TAQUES, em desfavor da COLIGAO "AMOR NOSSA GENTE", em razo de suposta veiculao de propaganda eleitoral em desconformidade com a legislao eleitoral.
De acordo com a inicial, em suma, a Representada teria veiculado no dia 15.09.2014, durante o horrio noturno, na modalidade de bloco, propaganda eleitoral com recurso de montagem, com o objetivo de ridicularizar a figura do candidato, ora Segundo Representante.
Aduz, que as seguintes afirmaes foram lanadas a respeito do Segundo Representante: a) "Pedro Taques o candidato que "sempre falta aos debates" ; b) "Sobre o seu suplente no Senado, a resposta foi: "O que eu Senador, tem a ver com isso? Absolutamente nada" ; c) "Ningum. Nem Pedro Taques sabe quem o suplente dele no Senado"
Argumenta, assim, que foi utilizado o recurso de montagem/trucagem com as respostas dadas pelo Segundo Representante na ocasio de um debate eleitoral realizado, causando mcula na imagem deste perante o eleitorado.
Os Representantes trazem os documentos acostados s fls. 10/21, requerendo medida liminar para impedir a reapresentao da veiculao irregular ora tratada. No mrito, requer a procedncia da representao para que sejam condenados perda do tempo equivalente ao dobro do utilizado para a divulgao da propaganda ilegal, bem como, aplicao de multa, em grau mximo.
Identificada a existncia de pedido liminar, deixou a Secretaria Judiciria de proceder notificao imediata, fazendo os autos conclusos com espeque no art. 8, 4, da Resoluo n 23.398, do Tribunal Superior Eleitoral. Relatados. Decido.
Os requisitos bsicos para a concesso da medida liminar so o fumus boni iuris e o periculum in mora. O primeiro se refere demonstrao preliminar e superficial da existncia do direito material, enquanto o segundo repousa na verificao de que o autor se encontra em situao de urgncia, necessitando de pronta interveno jurisdicional, sob pena de o bem ou direito que se afirma titular venha a perecer.
No caso em apreo, o fumus boni iuris, em cognio sumria, apresenta-se desde logo suficientemente evidenciado.
Com efeito, aparentemente, extrai-se do material trazido para anlise, que foi utilizado no programa eleitoral da Representada, recurso de montagem, em desconformidade com o art. 45, II, da Resoluo TSE 23.404, que assim dispe:
Art. 45. Na propaganda eleitoral gratuita, aplicam-se ao partido poltico, coligao ou candidato as seguintes vedaes (Lei n 9.504/97, art. 55, caput, c/c o art. 45, I e II): I - (...) II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de udio ou vdeo que, de alguma forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido poltico ou coligao, ou produzir ou veicular programa com esse efeito.
Pargrafo nico. A inobservncia do disposto neste artigo sujeita o partido poltico ou a coligao perda de tempo equivalente ao dobro do usado na prtica do ilcito, no perodo do horrio gratuito subsequente, dobrada a cada reincidncia, devendo, no mesmo perodo, exibir-se a informao de que a no veiculao do programa resulta de infrao Lei n 9.504/97 (Lei n 9.504/97, art. 55, pargrafo nico).
Sem maiores dificuldades, denota-se que foram utilizadas no programa eleitoral, algumas das respostas dadas pelo Segundo Representante, na ocasio de debate poltico realizado na data de 15.09.2014, porm de modo descontextualizado, com objetivo nico de ridicularizar o candidato, atribuindo-lhe a impresso de total omisso e desconhecimento a respeito dos seus suplentes no Senado.
Chama a ateno o seguinte trecho degravado da propaganda vergastada: "Sobre o seu suplente no Senado, a resposta foi: O que eu, Senador, tem a ver com isso? Absolutamente nada" . A resposta sobre tal questo foi totalmente diversa, conforme o programa de rdio veiculado no dia 15.09.2014, com contedo de amplo conhecimento.
Assi m, trata-se de uma tcni ca audi ovi sual pueri l , bem como, ati tude desnecessria e inescrupulosa, haja vista que o horrio reservado ao programa eleitoral, pode ser melhor utilizado, ainda que para formulao de crticas e comparaes aos candidatos, eis que admitida em nosso ordenamento jurdico a propaganda eleitoral negativa, porm, sem veicular inverdades. Tal forma escusa de se realizar propaganda eleitoral, deve ser extirpada pela Justia Eleitoral, em face do dever e a funo de zelar pela manuteno da higidez das eleies, do processo de escolha livre e consciente do eleitor. Ademais, nesse sentido:
RECURSO ELEITORAL. HORRIO ELEITORAL GRATUITO. TELEVISO. UTILIZAO. MONTAGEM. CONFIGURAO. OFENSA. DEGRADAO. RIDICULARIZAO. CANDIDATO. CONHECIMENTO. IMPROVIMENTO. A combinao estudada de trechos de filmes de contedo e extenso diversas do programa eleitoral do adversrio, atravs de montagem, fora do contexto e no intuito de denegri-lo e ridiculariz-lo perante o eleitorado atrai inevitavelmente a sano prevista no art. 55 e seu pargrafo nico da Lei 9.504/97. (TRE-PA - RO: 3941 PA , Relator: JOO JOS DA SILVA MAROJA, Data de Julgamento: 02/10/2008, Data de Publicao: PSESS - Publicado em Sesso, Volume 18h05, Data 02/10/2008)
Com efeito, o periculum in mora, por seu turno, tambm se afigura presente, tendo em vista que o dano emergente da exposio da referida propaganda eleitoral diretamente proporcional ao tempo em que permanece disponvel no veculo em questo, jamais se olvidando do dever das coligaes, partidos polticos e candidatos, de zelarem pela adequao das suas propagandas polticas legislao pertinente.
Por derradeiro, obtempera-se que, o instituto jurdico da suspenso encontra amparo no princpio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional, no devendo o Poder Judicirio ficar adstrito a reparar leso a direito consumadamente violado, podendo agir a qualquer tempo diante de uma ameaa ao direito, como espcie de tutela jurisdicional conhecida como inibitria ou preventiva.
Assim sendo, com esteio no art. 797 e art. 798, do Cdigo de Processo Civil, bem como, art. 55 da Lei 9.504/97 e art. 45, II, da Resoluo TSE 23.404, DEFIRO o pedido de liminar formulado pelos Representantes, DETERMINANDO a SUSPENSO IMEDIATA da veiculao da propaganda eleitoral da Representada, no horrio gratuito na televiso, modalidade de bloco, que contenha as irregularidades tratadas nestes autos, at que a coligao representada apresente nova mdia, suprindo-as.
Outrossim, com o fito de dar efetividade presente deciso, ADVIRTO a Representada, sob pena de crime de desobedincia, que se abstenham de divulgar a presente mdia com o contedo, em tese, injurioso.
Para a hiptese de descumprimento a tempo e modo ora determinado, fixo multa diria no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em desfavor da Representada.
NOTIFIQUE-SE a TV Centro Amrica, emissora geradora do sinal, para que se abstenha de veicular a mesma mdia ora questionada, devendo constar, em substituio, a legenda: "HORRIO DESTINADO COLIGAO "AMOR NOSSA GENTE" - CORTE EFETUADO PELA JUSTIA ELEITORAL" , assim como dever ser advertida de que o no cumprimento poder incidir na aplicao de multa, crime de desobedincia e at, consoante os termos do artigo 56, da Lei n. 9504/97, a SUSPENSO DA PROGRAMAO NORMAL da emissora, por vinte e quatro horas. NOTIFIQUE-SE a Representada, para os fins do art. 96, 5, da Lei n. 9.504/97.
Aps, colha-se parecer do Ministrio Pblico Eleitoral. Publique-se. Registre-se. Notifique-se. Cumpra-se, COM URGNCIA.
CUIAB/MT, 16 de Setembro de 2014
(original assinado) Doutor ALBERTO PAMPADO NETO Relator
Certifico que a presente deciso foi publicada em Mural Eletrnico, sob n 259/2014, no dia 16 de Setembro de 2014 s 17:23h, com fundamento na Resoluo TRE-MT n 1468/2014. Hash gerado: 06b9115d5672361f66359a74d5cd3ab1