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Instituto de Psiquiatria e Psicoterapia da Criança e da


Adolescência

Módulo Técnicas

Observação de Bebês

Relatório de Observação de Bebês

Regiane de Quadros Glashan

São Paulo
2009
Regiane de Quadros Glashan – Coren 31970
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Relatório de Observação de Bebês

Relatório final de observação de um bebê


em seu primeiro ano de vida, sob supervisão
de Dra. Beatriz M M Picolli, apresentado
como requisito de avaliação do Curso de
Formação do Instituto de Psiquiatria e
Psicoterapia da Infância e da Adolescência
- IPPIA

São Paulo
2009

Sumário
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Introdução 3

Contexto e Dados da Família e Bebê Observado 4

Relatório das Observações 7

Considerações Finais 18

Referências Bibliográficas 20

Introdução
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A observação de bebês faz parte do conteúdo programático do Curso de


Psiquiatria e Psicoterapia da Criança e Adolescente, compreendendo um módulo de
“Técnicas”. Nesta disciplina, o observador (de bebê) acompanhará a relação mãe-bebê-
família com a finalidade de obter uma maior compreensão do desenvolvimento
emocional do primeiro ano de vida da criança.

É conhecido que a constituição do ser humano congrega aspectos relacionados a


sua genética (herança) e também a influência do ambiente maturacional. Neste ambiente
maturacional, a comunicação humana desempenha papel fundamental no
desenvolvimento do aparato mental do indivíduo (Winnicott, 1990; Spitz, 1962).

Muitos autores se dedicaram a estudar o psiquismo fetal e observaram por


estudos com ultrasom que o bebê sofre a influência do meio interno da mãe (ruídos da
circulação sanguínea, das batidas do coração, do movimento respiratório, entre outros),
dos hormônios que ela libera durante situações de estresse emocional (aumentando os
batimentos cardíacos do bebê, aumentando ou reduzindo a atividade fetal) e de seu
próprio meio interno, ou seja, das experiências vividas dentro do útero (sonhos), sua
atividade física (movimentos acrobáticos, o sugar da falange, o lamber do cordão
umbelical), seus períodos de repouso e atividade e etc.(Wilheim, 1992; Verny, 1989).
Se o bebê já tem um “mundo” a explorar no ventre da mãe, o que poderá ser dito e
vivido com relação ao nascimento?

O parágrafo anterior demonstra que já estamos falando de um ser humano. No


momento do nascimento temos um indivíduo capaz de ter experiências, de acumular
memórias corporais e até mesmo organizar defesas contra possíveis traumas (como a
interrupção da continuidade do ser pela reação contra as intrusões do ambiente, na
medida em que este falha em sua missão de se adaptar). Não podemos esquecer que
estamos partindo do pré-suposto de uma gestação saudável e de um parto sem grandes
traumas e intervenções obstétricas (Winnicott, 1990).

Mesmo sem grandes intercorrências durante o parto, o bebê precisa de um tempo


para se recuperar. Recuperar o equilíbrio, ou seja, recuperar a sensação de continuidade
do ser, em vez da reação à intrusão, a fim de que possa começar a ter impulsos
novamente, tais como, buscar alimento e aconchego. É muito precioso para a puérpera
ver seu filho e senti-lo em sua pele. Winnicott demonstrou que por meio das primeiras
relações vinculares o bebê começa a sentir que existe, a ter experiências vitais, a
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construir um ego pessoal, a controlar os instintos e a defrontar-se com todas as


dificuldades inerentes a vida (Winnicott, 1990).

No entanto, para que a futura mãe possa ajudar seu bebê a desenvolver-se, ela
precisa entrar em um estado especial considerado como uma doença saudável, que é
segundo Winnicott a preocupação materna primária. Este estado é um estado
organizado e pode ser comparado a um retraimento, ou uma fuga, onde a mãe se
identifica com seu bebê; com suas necessidades, com suas emoções e desqualifica
outros acontecimentos a sua volta, colocando o bebê acima de todas as coisas ou
acontecimentos. É um estado transitório, que normalmente acompanha as primeiras
semanas de vida do bebê (Winnicott, 2006).

É a partir deste período, ou seja, logo no puerpério mediato até o primeiro ano de
vida do bebê que iniciaremos a observação, pois conhecemos de ante-mão que as
primeiras experiências de vida servirão de substrato para as relações posteriores com o
mundo.

Metodologia da Observação

A metodologia seguida foi baseada nos estudos de Ester Bick (1964).

✔ O par mãe-bebê foi escolhido aleatóriamente.


✔ As observações foram realizadas após um contrato pré-estabelecido entre a
observadora e os pais do bebê.
✔ Todas as observações foram efetuadas no domicílio do casal e sempre na
presença de um dos pais, preferencialmente da mãe.
✔ As visitas eram realizadas semanalmente (sempre às segundas-feiras) e em
horário pré-estabelecido e fixado pela família e pela observadora.
✔ Para preservar o sigilo de identidade da família foram utilizados os seguintes
códigos: M (mãe), P (pai), Bb (bebê), A (avó).
Contexto e Dados da Família Observada

O Bb observado era do sexo masculino, nasceu em 26/06/2008, sendo o primeiro


filho do casal. No início da observação, M tinha18 anos e P 26 anos. A família era de
classe média-baixa. M havia concluído o segundo grau e não exercia nenhuma atividade
remunerada. P era policial militar e tinha o segundo grau completo.
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A primeira observação ocorreu quando o Bb estava com 17 dias de vida. Neste


primeiro encontro M relatou que sua gravidez foi calma, não planejada e que a notícia
de primeiro momento foi recebida com muita surpresa, mas depois foi comemorada e
brindada. Embora o casal fosse recém-casados, demonstravam maturidade e bom
relacionamento afetivo. M contou que desde que soube da gravidez, sua intenção era a
de cuidar do filho e contar com o apoio de sua assistência médica, principalmente da
figura do obstetra.

Winnicott (1990) afirmava que a mãe quando adequada e por este termo
podemos entender madura e mentalmente saudável, não deve delegar ao medico ou a
enfermeira os cuidados relativos a sua saúde. Para tanto, a futura mãe deve conhecer a
equipe de saúde que cuidará dela, desenvolver uma atitude de confiança, pois se algo
ocorrer durante o processo, a mãe não assuma o controle da situação e não atribua a
equipe qualquer advento errado em sua assistência.

M relatou que o Bb nasceu de parto cesareano e sem intercorrências, embora seu


desejo fosse o parto normal. M ficou muito insegura quando o médico optou pelo parto
cirúrgico e afirmou para ela que se não fosse desta maneira ele não poderia acompanhar
o nascimento do Bb, afinal na data provável do parto ele teria um congresso. M achou
esta atitude normal e não questionou.

Segundo a Agencia Nacional de Saúde Suplementar (2008), os estudos


epidemiológicos mostram que a maioria dos partos realizados em nosso pais, no serviço
privado, é por via abdominal, correspondendo a uma faixa que varia de 65 a 95%,
estando na dependência da região do Brasil. São Paulo e Rio de Janeiro são os
campeões em cesareana. Estas porcentagens são reduzidas no serviço público (35%).
Estes mesmos estudos evidenciam os riscos do parto cirúrgico, destacando a maior
chance de hemorragia materna, infecção puerperal e maior uso de medicamentos.
Quanto ao bebê, aumenta o risco de prematuridade, baixo peso, doenças respiratórias,
infecções, mortalidade e outros (Villar, 2007).

Pesquisadores demonstraram que o médico tem a capacidade de influenciar sob


a decisão da gestante em relação ao tipo de parto que ela será submetida e a grande
maioria deles induzem a mulher a optar pelo parto cirúrgico em virtude de suas
conveniências particulares (congressos, agendas diárias, férias) e pelo fato do parto
normal ser impreciso quanto a sua duração ou sua data e da necessidade da parturiente
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estar ativa e questionadora durante todo o trabalho de parto (Annibale e col. 1995;
Villar, 2007).

M contou com pesar que durante sua permanência no hospital ninguém lhe
forneceu orientações básicas de como cuidar do umbigo do Bb e nem como estimular a
amamentação. Disse de seu sofrimento ao chegar com as mamas túrgidas em casa e da
dificuldade do Bb em abocanhar o conjunto mamilo/aréola mamária.

Miller (1992) afirma que ser amparado e compreendido esta no topo da lista das
necessidades do Bb. Ele deve ser pego, carregado e colocado junto ao seio já nas
primeiras horas pós-parto de maneira a estimular o vinculo mãe-bebê e a própria
segurança da mãe em nutrir seu filho. A experiência de estar sendo segurado e ao
mesmo tempo, ter algo para focalizar é a primeira experiência significativa na vida do
BB. Instintivamente, os Bebês tendem a se dirigir para o bico do seio, os quais agem
como ponto de focalização para todo o seu ser.

Relatório das Observações

Nas primeiras observações o Bb passava a maior parte do tempo dormindo e eu


permanecia na sala de estar com M.
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De acordo com Hogg (2002) os bebês dormem cerca de 20 horas por dia e
pequenos períodos de atividade desperta. À medida que os bebes crescem, os períodos
de alerta aumentam e por volta dos 3 anos de idade da criança o ciclo sono/atenção
torna-se semelhante ao ciclo do adulto. Kreslei e col. (1981) ressaltam que durante os
três primeiros meses, o ciclo sono-vigília está relacionado as necessidades nutricionais
da criança. Os mesmos autores ressaltam que o estado de sonolência exibido pelo bebê
em suas primeiras semanas de vida, representa um estado de quietude e é a tradução do
narcisismo primitivo. Este período exprime serenidade, o retorno do tono muscular de
repouso e só é interrompido pela fome, dor, frio, manipulações físicas inadequadas. A
tensão gerada pelo desprazer pode ser apaziguada pela saciedade da fome, pela sucção
do mamilo, pelo embalo e pela sonoridade doce e ritmada da voz da mãe.

Na segunda visita de observação da díade, constatei que M estava com a


fisionomia cansada e preocupada. O Bb estava dormindo tranquilamente e utilizando
aleitamento artificial. M estava apreensiva em relação a P, pois o mesmo havia sido
ferido em uma perseguição policial e além de ferido ele estava muito nervoso. M relatou
que não conseguia se concentrar nas necessidades do Bb, pois P sempre a solicitava
para alguma coisa e às vezes de maneira rude. M referiu com muita decepção que não
podia contar com o auxílio de sua mãe, tendo em vista que ela era fria e autoritária.

O fato do Bb dormir por horas seguidas neste início de vida, mostra que o
mesmo encontra-se em um período de autismo primário (ou fase narcísica de Freud)
que, segundo Soifer (1992) é um estado quase permanente de apatia e desinteresse, onde
o lactente não presta atenção aos estímulos provenientes do exterior, exceto,
parcialmente, os relacionados com sua alimentação e desconforto. As mamadas e o sono
são os termômetros que indicam que o bebê está tendo um bom desenvolvimento, pois o
bebê que dorme muito está se defendendo do mundo externo. É como se a criança
estivesse regredida à vida fetal, buscando o prazer imediato e absoluto, defendendo-se
do mundo externo, que pode estar sendo muito persecutório.

Em nossa sociedade globalizada e pouco disponível, os pais acreditam não ter


importância no cuidado com o bebê durante seus primeiros anos de vida. Coppolillo
(1990), considera a presença do pai de grande importância para a harmonia do sistema
familiar. Um pai conflituoso ou ausente transfere para a mãe toda a responsabilidade
sobre a vida emocional do filho.
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Outro aspecto importante reforçado por Marcelli e Cohen (2009) é que ter
pessoas positivas ao redor da mãe e do bebê é importante para auxiliar a conter os
sentimentos de ansiedades de ambos e alem do mais ajuda a preservar o vínculo sadio
familiar.

Para Winnicott (1982) existem muitas maneiras de um pai ser valioso. Uma
delas é ajudando a mãe a sentir-se uma boa mãe, ajudando-a a sentir-se bem com seu
corpo e seu espírito. E se tudo estiver bem entre o casal, o bebê será o primeiro a
apresentar os efeitos disto, mostrando-se mais alegre e saudável.

Winnicott (1990) também ressalta a importância do meio ambiente no


desenvolvimento emocional do bebê. Como a separação entre o eu e o não-eu se dá de
forma gradativa, o aspecto ambiental é de suma importância, partindo do prisma que
este fornece o suprimento de apoio emocional para que a mãe se dedique de corpo e
alma ao seu bebê, principalmente durante as primeiras semanas de vida do neonato.

As situações difíceis do dia a dia parecem estar sendo contornadas. Em minha


terceira visita M estava mais confiante e preparando uma pequena festinha para celebrar
o primeiro mês do Bb. Ao mesmo tempo o Bb parecia estar incomodado com algo e
muito choroso. M tomou o Bb do carrinho, o aconchegou em seus braços e disse que na
maior parte das vezes que isso acontecia, ela encostava o Bb em seu corpo, o abraçava e
cantava para ele e dessa maneira o nenê se acalmava e não raro até adormecia. Relatou-
me, com certa ansiedade, que tinha um pouco de receio em fazer o Bb dormir no colo e
que sua mãe havia dito que isso viciaria a criança e que ela nunca mais dormiria
sozinha.

O holding físico do lactente é uma forma de amar e conter as angustias


primitivas do bebê e possivelmente a única forma em que a mãe pode demonstrar seu
afeto ao seu filho, preconizava Winnicott (1990).

A questão de saber se é melhor para o bebê ser ninado no colo ou ser colocado
no berço para dormir foi discutido por Winnicott. O autor enfatizou que o bebê precisa
de ambas as experiências. Quando o ato de segurar o bebê é perfeito, ou seja, as mães
realmente sabem como fazê-lo, o bebê pode adquirir confiança no relacionamento vivo
e autentico, e pode integrar-se enquanto é seguro e esta atitude da mãe é enriquecedora
para a criança. No entanto, quando o ato de segurar o bebê é irregular ou frágil, a mãe
sente que pode deixar o bebê cair ou o segura com muita força, o bebê não consegue
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relaxar e quando o relaxamento acontece, pode ser por pura exaustão. Assim, o berço ou
a cama oferecem uma alternativa muito bem vinda.

Um fato interessante e que não foi explicitado no início de minha observação é


que o bebê estava sendo alimentado por mamadeira e eu só pude perceber o fato,
quando a criança estava com 2 meses, pois até então a mãe não me contou por medo de
ser julgada e hostilizada por mim (minha graduação é em enfermagem). M comentou
que tentou amamentar o Bb mas que foi impossível e traumatizante.

Alguns bebês logo de início demonstram preferência pela mamadeira em relação


ao seio. Winnicott (1990) salienta que a forma como a mãe segura o bebê pode
influenciar na amamentação. Ressalta ainda que a ação de amamentar não é ensinada e
que a única ajuda que podemos oferecer é aquela que possibilita à mãe confiar na sua
atitude maternal. Por outro lado, refere que o bebê pode fazer a leitura de inconsciente
para inconsciente e perceber os conflitos da mãe em relação ao ato de amamentar e sua
dificuldade em fazê-lo.

Miller (1992) afirma que não existe alimento melhor para o bebê que o leite
materno e não discute sua importância e suas conseqüências positivas para o bebê em
termos afetivos e físicos. No entanto, afirma que quando a amamentação não pode ser
estabelecida (por vários motivos), o bebê também poderá ter um começo de vida bom,
desde que a mãe se envolva de corpo e alma durante o ato de nutrir seu bebê com a
mamadeira. Segurar com aconchego, olhar olhos nos olhos, manter o contato pele a pele
e manter sua atenção no bebê.

Por volta da metade do segundo mês do bebê, em uma de minhas visitas M disse
que P estava um pouco tenso, implicante e que parecia que ele estava com ciúmes do Bb
e que parecia até que o bebê pressentia o desafeto e todas as vezes que o casal procurava
pela intimidade o bebê chorava.

Este tipo de acontecimento não é raro entre os casais. Muitas vezes o pai pode
se sentir rejeitado e excluído da relação mãe-bebê e pode regredir, afundando-se no
trabalho, atuando com manias e certa hostilidade para com a esposa e levando a mulher
a sentir-se vazia. Klein (1952) reforçava que se o homem estava em harmonia com sua
esposa, ele sente-se satisfeito em ser pai e os sentimentos protetores do pai para com seu
filho nutrem a criança de elementos bons.
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Ainda dentro deste contexto, gostaria de demarcar o importante pensamento de


Vasconcelos (1987). A autora enfatiza que ao final do puerpério o desejo libidinoso-
afetivo-amoroso pelo companheiro vai se restabelecendo e o mesmo ocorre com o
esposo. Lentamente a mãe vai retirando parte de seu investimento libidinoso maciço do
bebê e dirige parte dele ao seu companheiro. Pode ser que de início esse investimento
seja hostil, na medida em que a criança absorve toda a afetividade da mãe, e o pai se
sente o terceiro excluído na relação mãe-bebê. Na medida em que recupera seu lugar
junto à esposa, o companheiro sente-se mais acolhido e participativo, diminuindo sua
rivalidade e competitividade com acriança. Assim a presença do pai já começa a se
impor e a interferir na sua relação com a mãe. Isso corresponderia a um primeiro esboço
da relação triangular edípica (Édipo precocíssimo).

Vasconcelos (1987) ainda reforça que como o bebê ainda não possui estrutura
egoica suficiente para lidar com as ansiedades de perda que esta situação provoca,
defende-se utilizando a identificação projetiva maciça e se projeta para dentro do corpo
da mãe identificando-se com ela na sua relação com o pai e com o mundo externo,
constituindo assim uma unidade simbiótica com ela (e ele). Este momento é
fundamental para o bebê, pois propicia a saída da retração autistica (negação do mundo
externo) para a relação simbiótica (busca do mundo externo pela mãe) que vai favorecer
gradualmente o estabelecimento com o meio externo e com a realidade.

O Bb já está com 100 dias e cada semana que passa é possível identificar seu
desenvolvimento global. Seu sorriso é voluntário, parece acompanhar com a cabecinha
o deslocamento das pessoas que falam com ele (coordenação viso-motora).

Spitz (1962) refere este período dos três meses como um marco no
desenvolvimento do bebê. É o início da saída do narcisismo primário, para a ação. A
criança aumenta mais e mais seus limites e seus ímpetos libidinosos e agressivos. Surge
então o “primeiro organizador”, que é assinalado pelo desenvolvimento da resposta
social, o sorriso. Os rudimentos de um EU e do principio da realidade começam a se
desenvolver. Agora os afetos de prazer e suas manifestações contrarias são evidentes e
são demonstráveis pelo fenômeno da resposta ao sorriso. Seu entretenimento mais
apreciado é o companheiro humano, tanto é que quando o parceiro humano se retira de
seu campo visual o bebê responde com choro ou expressão de desprazer. Entretanto, se
um brinquedinho que lhe tomava atenção é retirado de seu foco, ele não apresentará
sinal de descontentamento.
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Durante os meses que seguiram, o período que mais chamou a minha atenção foi
o período que compreendeu entre o sexto e o oitavo mês. M relatou que está difícil sair
com o Bb, pois sempre que alguém chama sua atenção fazendo gracinhas ou tentando
pegá-lo no colo, o Bb vira a carinha, faz bico, esboça um chorinho e quando a mãe
ameaça deixá-lo o Bb cai em prantos e agarra a mãe.

Entre o sexto e o nono mês ocorre uma transformação importante no psiquismo


do bebê que Spits denominou de discriminação diacrítica. O bebê não responde mais
com um sorriso, a qualquer um que lhe ofereça motivos para tanto. Ao contrário, ele
agora faz distinção entre amigo e estranho. Este tipo de atitude do bebê corresponde à
maneira como a criança estabeleceu suas relações objetais – elas recusam contato com
pessoas estranhas. É a angústia do oitavo mês – “segundo organizador”. Quando uma
pessoa estranha se aproxima da criança ela fica decepcionada no seu desejo de rever a
mãe. É importante ressaltar que aqui a criança não expressa uma experiência
desagradável que vivenciou com a pessoa que ela está estranhando, mas sim uma
percepção de não-identidade do estranho com a mãe – é uma resposta intrapsiquica. A
percepção do rosto de um desconhecido é confrontado com os traços de memória do
rosto materno. O bebê por este funcionamento de traços de memória nos indica que
formou uma relação objetal verdadeira e que a mãe se tornou seu objeto libidinal –
demonstra ao mesmo tempo, a aquisição de uma nova função do EU: função de
julgamento.

Spits (1962) refere que a o segundo organizador só pode se estabelecer devido


ao processo de mielinização cefalo-caudal, a coordenação neuromuscular (movimentos
musculares, ajustamento da postura), organização de traços de memória. Todas essas
ações em conjunto permitem ao bebê descarregar, de maneira intencional, as tensões
dos afetos, reduzindo o nível de tensão dentro do psiquismo, melhorando sua obtenção
de prazer.

É preciso lembrar que as constatações de Spitz também foram evidenciadas por


Freud e por Mahler (2002). Mahler chamou este período de reação e ansiedades a
estranhos e já seria uma tentativa do bebê em se separar da mãe.

O mais importante até este momento da observação de bebê é que M está


oferecendo um holding ao Bb o tempo em que permanecem juntos, entendendo suas
necessidades, não forçando-o a reagir conforme as normas sociais e respeitando o Bb
como um ser independente a ela.
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Ainda neste período, durante uma de minhas visitas percebo que o Bb tem
mordido intensionalmente os ombros de M e as vezes o faz com tanta força que M
reclama. É notório que o Bb está na fase oral sádica. Observo que sua gengiva está
edemaciada e branca e sua boquinha bem úmida. M refere que costuma lhe dar um
mordedor de silicone azul, mas o que ele gosta mesmo é de seu ombro.

A literatura mostra que no início da dentição, a criança sente que uma parte sua
está se desprendendo e, no decorrer do desenvolvimento, isso pode levar à ansiedade de
perda. Ao mesmo tempo, a criança sente que tem o poder de destruir, de triturar o
objeto. Esse momento representa o período do sadismo oral, em que o bebê sente prazer
em morder. O sadismo, derivado da atividade mastigatória, encontra-se muito
incrementada e são intensas também as angustias relacionadas a introjeção, originadas
no temor de destruir os objetos bons externos, durante a mastigação (Aberastuty, 1996).

M ressalta que o Bb neste período tem tido febre, o intestino mais solto que o
habitual e que ele adora chupar casca de pão. M parece muito adequada quando não
castiga ou fica agressiva quando o Bb a morde. O fato do Bb estar reagindo de acordo
com a fase com que ele se encontra, mostra que o Bb está reagindo positivamente ao
meio externo, o ambiente não se apresenta tão persecutório para ele. É evidente que a
postura da mãe e sua identificação empática colaboram para isso.

Soifer (1992) ressalta que os transtornos que acompanham a dentição como


perturbação do sono, diarréia, humor instável, etc. se devem as intensas angústias que a
masturbação desperta, pois as fortes angústias que surgem em decorrência do
nascimento dos dentes correspondem à fase genital prévia, que é também o ponto de
fixação das fobias.

Quando retorno para mais um período de observação, encontro o Bb muito


esperto, dinâmico, está engatinhando pela sala, apóia-se nos móveis para simular alguns
passinhos sozinho, balbucia com felicidade cada uma de suas conquistas. Realmente o
Bb a cada visita que faço está mais ativo e seu desenvolvimento neuropsicomotor é
evidente. O mais interessante é que M permite que o Bb tenha suas próprias
experiências – há brinquedos por toda sala e para M tudo está bem.

Uma vivencia muito admirável que eu tive foi ver o Bb engatinhando e em


determinados momentos ele se distanciava um pouco mais (como se estivesse
explorando um pouquinho mais) e logo retornava “correndo” para a mãe e lhe abria um
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sorriso. M não se agüentava de orgulho por seu Bb e o levava ao colo para lhe dar um
grande abraço e beijos.

Mahler (2002) demonstrou que este período que o Bb de minha observação está
atravessando é um período em que o bebê se afasta fisicamente da mãe (engatinhar,
trepar) em busca de novos interesses. A criança emprega elevado investimento no
exercício das funções autônomas, especialmente da motilidade e muitas vezes se afasta
da mãe. Entretanto, quando percebe que este afastamento lhe causa insegurança, retorna
à mãe para se reabastecer de afeto e de contato físico. Este período foi denominado por
Mahler como “reabastecimento emocional”.

A cada semana presencio novas mudanças no desenvolvimento do Bb. Ele adora


entrar dentro de uma caixa de papelão bem grande que P trouxe do supermercado.
Aprecia bater com colheres em objetos plásticos, panelas velhas e por e tirar objetos
dentro de recipientes. M olha para o Bb e comenta que ele é muito esperto, ativo e que o
pai o acha muito inteligente. Ainda nesta visita, percebo que o Bb está babando muito,
já tem 2 dentinhos superiores e a gengiva inferior está bem branquinha.

O período da dentição tem grande influência sobre o Bb em muitos sentidos.


Aberastury (1996 ) demonstrou que esta fase está relacionada com a fase genital prévia,
que se situa entre a passagem da fase oral canibalística à fase anal e se caracteriza pelo
aparecimento dos dentes, muita necessidade de morder, o desmame e a perda do seio
que nesta observação podemos inferir que a perda do seio estaria relacionada a
separação da mãe – Bb estaria rumo a individualização. Este período pode ser marcado
por algumas desordens de saúde como amigdalites, sono intranqüilo, certa irritabilidade
entre outras, gerando angústias próprias deste momento difícil para o bebê.

M aproveita minhas visitas para falar de seus sonhos, seus desejos e sua vontade
de recuperar a sua vida como ser produtivo. Comenta que gostaria de voltar a estudar ou
trabalhar, mas que sabe que não poderá contar com nenhum familiar para ajudá-la nos
cuidados com o Bb. Todavia, fica em dúvida em colocá-lo numa creche, pois sabe que
ele poderá adoecer e que P não lhe dará apoio em relação a esta atitude.

Percebo que M sente-se acolhida por minha presença, e sente que pode confiar
em mim. Após alguns meses de observação, M pode ir se soltando, abrindo seu coração
para suas angústias e percebeu que eu podia recebê-las e conte-las sem me abalar ou
julgar. No início de minhas visitas M não conseguia confiar a mim seu Bb e com o
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tempo a situação foi mudando e M foi permitindo que eu entrasse em seu lar não só
como uma observadora, mas como alguém que de alguma maneira poderia ajudá-la a
entender um pouco de seus anseios, compartilhar seus desejos, entender suas ansiedades
e afetos. Estava tão segura e confiante de minha presença que não restringia mais o meu
acesso ao Bb como o fazia nos primeiros meses da observação.

M comenta, ainda neste período, que embora conversasse com P sobre sua volta
ao trabalho ou a escola, sente que ele não oferece espaço para qualquer atitude dela
relativo a este contexto e afirma a ela que o que ele recebe de salário é suficiente para
sustentar a família e manter o Bb em casa, resguardado das intempéries até que ele
atinja 2 anos. Entendo que momentaneamente o pensamento de M está inundado de
desejos pessoais e próprios de alguém que está no final de sua adolescência. M de certa
forma pode estar revidando suas frustrações no Bb, por se sentir sozinha por longos
períodos em casa, por não poder contar com o auxílio de familiares no cuidado com o
Bb e por não poder fazer as coisas que fazia antes de ter o Bb.

Sabe-se que muitos pais não possuem a capacidade de se sacrificar em favor dos
filhos e manter a unidade familiar. Neste caso podemos notar que P dentro de sua
realidade masculina, tenta preservar o máximo sua família e M apesar de sua pouca
idade (18 anos) vivencia seus conflitos e suas frustrações, mas acaba acatando a decisão
de P em função da unidade e bem estar familiar.

Winnicott (2005) diz que as crianças devem ser capazes de se adaptar à


desintegração familiar, já que em muitos casos, as dificuldades de relacionamento dos
pais tornam impossível a cooperação de ambos no cuidado das crianças. Neste caso,
podemos observar que o oposto aconteceu. M cedeu a P por no fundo entender que
permanecer mais um tempo se dedicando ao Bb vai agregar saúde física e mental a
criança e bem estar familiar.

Numa de minhas últimas visitas que antecederam os onze meses do Bb, M


relatou que o Bb está cada dia mais impossível. Mexendo em tudo e que agora ele
parece entender quando ela fala não. Quando ela aplica uma negativa ao Bb ele para o
que está fazendo, olha fixo para M e parece entender o que ela deseja.

Neste aspecto, Spitz (1962) demonstrou que nesta fase o bebê estabeleceu o
segundo organizador e a negativa seria o primeiro símbolo incorporado pelo Bebê. É
nesta fase que a criança começa a compreender a interdição imposta pela mãe e ela está
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a caminho de abandonar o estado de narcisismo passivo, para iniciar o estado ativo de


relações objetais. Este momento ressalta a presença de traços de memória da proibição
no EU e agora será investido de cargas agressivas. Nesta idade do bebê, ele começará a
utilizar outros mecanismos de defesa mais elaborados e um deles é a identificação. Seria
um rudimento da ação de um super-ego.

Agora o Bb já está com 11 meses e engatinha, anda com apoio dos pais ou dos
“moveis”, ameaça dar alguns passinhos por conta própria e segundo M cada dia que
passa ele está mais arteiro e independente. Quer colocar o dedinho em todos os
buraquinhos (TV, batente da porta, aparelho de som, tomadas, cadeiras) e que M tem
que estar atenta o tempo todo para ele não se ferir e que no fundo ela acha isso muito
engraçado.

De acordo com Winnicott (2006), no início, o bebê ainda não estabeleceu uma
divisão clara entre Eu e não-EU, ou seja, o comportamento do meio ambiente faz parte
do bebê da mesma forma que o comportamento de seus impulsos hereditários para a
integração, para a autonomia e a relação com os objetos, e para uma integração
psicossomática satisfatória.

Neste contexto, podemos notar que M apresenta capacidades para ir de encontro


as necessidades do Bb, de tal maneira que ela está sendo continente sem ser invasiva,
permitindo que o Bb vivencie situações harmoniosas e não tão harmoniosas, facilitando
sua integração e mostrando que a frustração faz parte da vida dos humanos.

O que estou querendo dizer é que provavelmente o Bb sente de inconsciente para


inconsciente os desejos velados de sua mãe em recuperar sua autonomia (talvez pelas
mordidinhas em seu ombro). Spitz comenta que a frustração faz parte do
desenvolvimento, sem o desprazer, não é possível um desenvolvimento satisfatório do
ego e que tanto o prazer como o desprazer, provocado pela perda do objeto (luto),
precisam ser vivenciados pela criança.

Este momento tão mágico que o Bb está vivendo rumo a sua autonomia foi
identificado e nomeado por Mahler (2002) como a fase de “processo de separação e
individuação. Nesta fase o bebê adota com mais freqüência a posição ereta, seu plano de
visão muda, o teste de realidade está a dispor do bebê e ele se torna mais resistente a
queda e frustrações e a criança está tentando escapar da fusão com a mãe.
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Aproveito para sinalizar M que meu processo de observação está chegando ao


fim e que ao bebê completar 1 aninho de idade finalizaremos nossos encontros. M reage
com certa surpresa, mas aceita a possibilidade próxima da separação e diz que no
momento não quer pensar sobre isso.

Zimmerman (1999) salienta que cabe ao analista (no caso – a observadora) a


tarefa de suplementar e reconhecer as necessidades do analisando (díade M-Bb) por se
sentir acolhido, compreendido e de ter suas manifestações de carência reconhecidas e
adicionalmente sinalizar previamente o momento da separação, para que ela possa ser
vivida progressivamente e aceita.

O Bb já está quase completando um ano. Sinto que M está elaborando sua


separação em relação a mim. Em minhas últimas visitas, M tem se dedicado a mostrar
as fotos do Bb desde pequeninho até os dias atuais. M comentou e perguntou sobre
minha opinião sobre o motivo de decoração da festinha de 1 ano. Aproveitou o
momento e me deu o convitinho para a festinha do Bb.

O Bb completou um aninho e minha última visita foi uma semana após a data do
aniversário. M pede que eu fique parada na porta e pegue o Bb no colo. Em seguida M
caminha uns 5 passos e pede que eu coloque o Bb em pé e solte lentamente seus
bracinhos. Para minha surpresa, o Bb inicia sua caminhada em direção a mãe e quando
chega até ela, abre um imenso sorriso, gargalha e M o abraça e o beija intensamente no
rosto. M conta que o Bb começou a andar no dia anterior e que P e ela estão muito
orgulhosos do Bb e deles próprios, pois sentem que os cuidados com o Bb valeram a
pena e que ele está dando muitas alegrias a família. Conta também que o Bb quando vai
mexer em algo que não pode ter acesso e recebe uma negativa dos pais, ele fica bravo e
vira o rosto em sinal de protesto. M diz “até parece gente grande, pode?”

Mahler (2002) considera a locomoção do bebê como uma fase de grande


atividade. Há o aumento da vivacidade e receptividade sensorial do corpo da criança. A
criança descobre seu genital e seu caráter sensual. O bebê está a um grande passo rumo
a formação de sua identidade como pessoa. A autora afirma que o bebê expressa boa
saúde mental quando os primeiros passos se dão em direção a mãe, pois é nesse
momento que a criança expressa sua confiança na mãe. É como se a mãe estivesse
“diplomando” seu filho para entrar no mundo dos indivíduos independentes.
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Spitz (1962) também comenta sobre esta importante fase do bebê. O autor refere
que durante esta faze podemos distinguir 3 elementos na mãe que proíbe algo a criança:
gesto da mãe, seu pensamento e seu afeto. É muito provável que a criança não
compreenda o porque das razões que a mãe possa ter para lhe impor uma interdição.
Portanto não é o pensamento da mãe que o bebê incorpora. A criança nesta fase não
dispõe do pensamento racional, ela não sabe se a mãe lhe impõe uma interdição porque
teme que a criança se prejudique ou se ela está zangada porque a criança cometeu um
ato proibido. O que a criança compreende do afeto da mãe é: não estás ao meu lado,
portanto estas contra mim – é o inicio da comunicação com utilização de símbolo – a
aquisição do sinal de negação e da palavra passam a ser vistos como os formadores do
“terceiro organizador”.

Até o momento, o que pude compreender é que a família está unida, adaptada e
muito disposta a acertar no que diz respeito aos cuidados afetivos e amorosos para com
o bebê e para com o próprio casal.

Considerações Finais

Gostaria de expressar meu sentimento de gratidão por ter tido a oportunidade de


participar de um processo como este que é a “Observação de bebês”. Desde o início
sabia que não seria fácil a vivência das angústias, das necessidades de que ser imparcial
e de abster-me de julgamentos em relação a mãe e seu bebê no seio familiar.

No entanto, para mim este estudo foi de fundamental importância para poder
pensar e compreender, a importância da estrutura familiar para um bebê no que diz
respeito ao seu desenvolvimento físico e emocional. Pude observar que a maturidade do
bebê vai de encontro ao que muitos pesquisadores se dispuseram uma vida inteira a
estudar e que os bebês quando bem atendidos em suas demandas respondem com um
desenvolvimento afetivo positivo e a aquisição de novas etapas são atingidas com
menos angústias.

Em minha observação tive a oportunidade de ser agraciada por uma família


muito bem adaptada ao seu bebê e que se amoldou as suas necessidades,
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proporcionando ao seu filhinho um desenvolvimento sadio, mas não livre de


desprazeres ou de frustrações toleráveis, mostrando que para essa criança o mundo não
será tenebroso, e que o principio de realidade não lhe foi imposto com tanta tensão ou
desafetos.

A atitude de não interferir na relação dual me possibilitou o exercício da


continência e do acolhimento e me fez hipertrofiar minha capacidade de fazer a leitura
não verbal, dos sinais delicados não ditos, porém sentidos e sofridos pelos integrantes
que compuseram a “observação de bebês”.

Em minha profissão, sinto que muitas vezes é difícil me abster de opiniões ou


questionamentos. No entanto, pude perceber o quanto posso fazer a diferença,
principalmente porque minha decisão profissional me dirigiu para a prevenção que é o
acompanhamento psicoprofilático de gestantes e bebês de 0 a 3 anos.

Durante o período de observação, pude vivenciar alguns conflitos que emanou


da mãe em relação ao seu filho e em relação a si própria e o quanto a presença do pai foi
importante para fazer a intermediação entre o que é necessário no agora e o que poderá
ser feito com maior resguardo no amanhã (como a volta da esposa ao trabalho/estudo e
a manutenção dos cuidados ao bebê). Neste episódio, pude notar que os recursos
internos da mãe foram ativados e ela pode acatar com sabedoria e dedicação as
ponderações do esposo e pai.

A minha experiência, enquanto observadora, me fez refletir no papel que pude


desempenhar para esta família e em especial para M, pois foi notória a maturação desta
mãe ao longo de um ano e o quanto seu comportamento foi se modificando em relação a
minha pessoa. Acredito que de uma forma ou de outra, auxiliei esta mãe a dividir
comigo sua solidão e seus momentos difíceis em relação as suas escolhas.
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