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O princípio da dignidade da pessoa humana é um valor supremo que atrai o

conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem1, é um valor que orienta as


demais normas constitucionais e o ordenamento jurídico como um todo, sendo a
condição de pessoa o único requisito para a titularidade desses direitos.
Apesar dos estudiosos afirmarem o quão difícil é delimitar e conceituar o
princípio da dignidade da pessoa humana, o texto emana da Constituição Federal de
forma clara. Logo no artigo 1° da Constituição, no Título I – Dos Princípios
Fundamentais, inciso III, encontra-se a “dignidade da pessoa humana” como um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil.
Para Ingo Wolfgang Sarlet, a dignidade da pessoa humana ampliou a sua
potencialidade de validade como norma definidora de direitos e garantias, e também de
deveres fundamentais, “possuindo força de fundamento de posições jurídico-subjetivas,
isto é norma(s) definidora(s) de direitos e garantias, mas também de deveres
fundamentais”2, e assim adquiriu um maior valor de eficácia e validade. Nesse sentido,
leciona o autor que

[...] o reconhecimento da condição normativa da dignidade,


assumindo feição de princípio (e até mesmo como regra)
constitucional fundamental, não afasta o seu papel como valor
fundamental geral para toda a ordem jurídica (e não apenas para
esta), mas, pelo contrário, outorga a este valor uma maior
pretensão de eficácia e efetividade. 3

Segundo Ingo Wolfgang Sarlet tal previsão na forma de princípio foi


intencional por parte do constituinte brasileiro de 1988, que deixou transparecer de
forma clara e inequívoca a sua intenção de outorgar aos princípios fundamentais a
qualidade de normas embasadoras e informativas de toda a ordem constitucional,
inclusive e especialmente das normas definidoras de direitos e garantias fundamentais,
que igualmente integram (juntamente com os princípios fundamentais) aquilo que pode
– e neste ponto parece haver consenso - denominar de núcleo essencial da nossa
1
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional Positivo. 13. ed. São Paulo:
Malheiros, 1997, p. 106.
2
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2001,p. 68.
3
Id.
constituição formal e material. [...], além de ter tomado uma decisão fundamental a
respeito do sentido, da finalidade e da justificação do exercício do poder estatal e do
próprio Estado, reconheceu categoricamente que é o Estado que existe em função da
pessoa humana, e não ao contrário, já que o ser humano constitui finalidade precípua, e
não meio de atividade estatal.4
O que nos permite afirmar que a construção de toda normativa após a
Constituição de 1988, deve-se pautar pela dignidade da pessoa humana, impondo um
limite aos poderes do Estado, para este não interferir sobre as liberdades individuais.
O princípio da dignidade da pessoa humana, por todas as características já
mencionadas, é o princípio de maior valor axiológico e, portanto, superior
hierarquicamente a qualquer outro princípio.5
Martins-Costa apud Ingo Wolfgang Sarlet, ressalta que o princípio de
dignidade da pessoa humana representa um autêntico valor fonte que anima e justifica a
própria existência de um ordenamento jurídico, razão pela qual para muitos se justifica
plenamente sua caracterização como princípio constitucional de maior hierarquia
axiológica-valorativa.6
Razão pela qual se pode afirmar que a dignidade da pessoa humana é um
direito absoluto. Pois, como salienta Paulo Bonavides a sua densidade jurídica no
sistema constitucional há de ser, portanto, máxima, ou seja, se houver reconhecidamente
um princípio supremo no trono da hierarquia das normas, esse princípio não deve ser
outro senão aquele em que todos os ângulos éticos da sociedade se acham
consubstanciados.7

4
SARLET, Ingo Wolfgang. Op. cit., p. 62-65.
5
Id.
6
Apud SARLET, Ingo Wolfgang. p. 70.
7
BONAVIDES, Paulo. Teoria Constitucional da Democracia Participativa. São Paulo:
Malheiros, 2005, p. 233.
REFERÊNCIAS

BONAVIDES, Paulo. Teoria Constitucional da Democracia Participativa. São


Paulo: Malheiros, 2005.

______. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 1997.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal,


Subsecretarias de Edições Técnicas, 2002.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

______. Direitos Humanos Fundamentais. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais.


Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001.

______. Eficácia dos Diretos Fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado,


2004.

SARMENTO, Daniel. A ponderação de interesses na Constituição Federal. Rio de


Janeiro: Lumen Juris, 2003.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 13. ed. São Paulo:
Malheiros, 1997.

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