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TAREFA 2 – Análise crítica do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares,

tendo em conta os seguintes pontos:

PONTO 1 – MODELO ENQUANTO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO E DE MELHORIA DE MELHORIA.


CONCEITOS IMPLICADOS.

O modelo de auto-avaliação funciona como um instrumento pedagógico na medida


em que serve de referência para avaliar o trabalho da BE (Biblioteca Escolar) e o impacto do
seu funcionamento na comunidade educativa e na construção do conhecimento dos alunos.
A auto-avaliação vale como processo pedagógico e regulador, de referência para
órgãos directivos e coordenadores. Possibilita a identificação de pontos fortes e fracos sobre
os quais deverá incidir a reflexão e donde sairá um contributo para a elaboração de um plano
de desenvolvimento, para a gestão e melhoria contínua da BE, orientado para um rumo
adaptado ao contexto da BE. A aplicação do modelo de autoavaliação deve adaptar-se às
práticas correntes da BE, de forma a garantir a sua exequibilidade, e pressupõe a mobilização
de toda a Escola. Apenas esta acção colectiva poderá contribuir para a melhoria das
possibilidades oferecidas pela BE.
A optimização do processo de aplicação do modelo de auto-avaliação passa pela
identificação dos pontos críticos e a capacidade de análise das situações (segundo Farmer,
2003, citado no texto da sessão).
Na sociedade contemporânea é cada vez maior o recurso à evidense informed ou
evidence-based policy como suporte para a validação das acções e tomada de decisão na
gestão da mudança. É este o suporte teórico do modelo utilizado.
A avaliação da BE deve ser observada como um processo e não como um fim, e a
aplicação do modelo encarada como um processo formativo. No ponto 2 do modelo de auto-
avaliação referem-se como objectivos essenciais “…desenvolver uma abordagem
essencialmente qualitativa, orientada para uma análise dos processos e dos resultados numa
perspectiva formativa, …”.

Trabalho realizado no âmbito da Oficina de Formação: Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das


Bibliotecas Escolares

Formanda: Joaquina F. F. R. B. Soeiro da Cruz


O valor dos resultados da auto-avaliação da BE têm repercussões para além da
comunidade educativa, como referido no texto da 3ª sessão “… terá assim um valor
estratégico para a escola e para o programa RBE…”

PONTO 2 – PERTINÊNCIA DA EXISTÊNCIA DE UM MODELO AVALIAÇÃO PARA AS BIBLIOTECAS


ESCOLARES

Este modelo, pelas suas características, possibilita a identificação de pontos fracos e


consequentemente serve de guia na definição do sentido de inflexão das práticas que os
permitem melhorar (definição das áreas a investir).
De acordo com o preconizado no “The Evidence-Based manifesto for school librarians”
(Todd, R. (2008)), a aplicação do modelo valoriza, preferencialmente, os outcomes (mais do
que o processo), por oposição a perspectivas mais tradicionais de avaliação preocupadas em
elencar recursos e meios (inputs). Os outcomes traduzem-se em mais-valias nos processos de
ensino. O que interessa são os resultados e o que eles acrescentam às competências dos
utentes. Esta avaliação dá informação, numa perspectiva qualitativa, sobre a mudança efectiva
e de que forma a mesma se faz sentir na Escola.
As BEs têm que se capacitar para evoluir na mudança. Esta transformação é suportada
pela recolha de evidências. A auto-avaliação possibilita uma reflexão crítica que permite tirar
ilações, definir novas estratégias (planeamento da BE) para investir em áreas menos fortes,
com vista à formação de todos os utilizadores. De novo se salienta o papel formativo da
autoavaliação. Mas todo o processo de planeamento da BE deverá estar em perfeita sintonia
com os objectivos, linhas de orientação e metas definidas para a Escola/Agrupamento, no seu
Projecto Educativo.
Assim, as mais-valias alcançadas pela BE contribuem para a concretização do Projecto
Educativo e o Projecto Educativo deverá ser pensado tendo em conta as condições de
funcionamento e a especificidade de cada BE.
A existência de um modelo de autoavaliação da BE enriquece o trabalho do professor
bibliotecário que, até ao momento, estava mais isolado na difusão do programa da BE. Ao

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entrar nesta nova lógica, preconizada pela aplicação do modelo, recebe o suporte de toda a
comunidade escolar.
A avaliação da BE responsabiliza mais a BE que deverá prestar contas sobre o impacto
dos seus serviços perante a Escola e perante todos aqueles que estão directamente ligados ao
seu funcionamento, ajudando-a a conquistar posição negocial no seio dos órgãos de gestão e
junto do Director. De facto um modelo baseado em evidências, se bem aplicado, produz
informação e conduz a conclusões irrefutáveis.
Estas ideias estão bem explicitas nos pressupostos do Modelo de Auto-Avaliação das
BEs
“… é importante que cada escola conheça o impacto que as actividades realizadas pela e com a
Biblioteca Escolar vão tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como no grau de
eficiência dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores da BE. …permite contribuir
para a afirmação e reconhecimento do papel da BE, permite determinar até que ponto a
missão e os objectivos estabelecidos para a BE estão ou não a ser alcançados, …” (Modelo de
Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, pag.1)

PONTO 3 – ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL E FUNCIONAL. ADEQUAÇÃO E CONSTRANGIMENTOS

O Modelo de Auto–Avaliação das BE a manifesta a necessidade de exequibilidade de


aplicação do modelo e a sua fácil integração nas práticas de gestão da equipa da Biblioteca.
O modelo proposto baseia-se no modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Inglesas (que a
literatura refere como bem sucedido na sua aplicação) e assenta em práticas de pesquisa-
acção com suporte nas evidências recolhidas.
A adequação funcional para aplicar este modelo impõe alterações das práticas: com
introdução das TIC a diferentes níveis, privilegiando-se os ambientes digitais para pesquisa e
disponibilização de informação para a construção do conhecimento. Estas práticas assentam
no desenvolvimento de novas literacias e pressupõem aprendizagem contínua para novos
utilizadores da BE. Do exposto resultam alguns constrangimentos traduzidos em limitações em
termos de recursos da BE para dar resposta imediata a este novo paradigma (digital) e falta de

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formação dos utilizadores (para professores, no que se refere às competências na utilização
das TIC e para alunos nas competências de pesquisa e selecção de informação).
A aplicação do modelo pressupõe a motivação individual dos membros da equipa e a
capacidade de liderança do Professor Coordenador para mobilizar a Escola/Agrupamento para
a necessidade de implementação deste processo (texto da 3º sessão). Relativamente a este
aspecto, à que assinalar um constrangimento e o pouco tempo disponível dos restantes
membros da equipa para se dedicarem ao trabalho da BE. O horário consignado ao trabalho na
biblioteca sai da componente não lectiva dos docentes (para trabalho de escola). Em situações
em que a equipa é constituída por professores mais jovens (que não beneficiam da redução do
estatuto da careira docente) o tempo é insuficiente para dar resposta a todas as solicitações
da BE (no caso concreto da minha BE é uma média de 3-4 tempos lectivos por docente).
O modelo de auto-avaliação está organizado em quatro domínios fundamentais para a
implementação de uma biblioteca de qualidade. Para cada domínio é apontado um conjunto
de indicadores de referência. Os indicadores apresentados, bem como as evidências,
anteriormente referidas, são sugestões que podem e devem ser adaptadas à realidade de cada
Escola. Os domínios apresentados são os que se identificam como cruciais em trabalhos de
investigação, a nível internacional. Em todos os estudos internacionais nesta área, a biblioteca
escolar é considerada um espaço privilegiado na construção do conhecimento, onde se devem
garantir as condições essenciais.
Segundo Eisenberg e al. (2002), o planeamento estratégico pode focar-se em:
abordagem de sistemas, que se traduz na organização em termos de inputs, processo e
outputs; análise e planeamento, analisam o que é real, desejável e planeiam como o alcançar;
implementação e documentação de outputs (as três principais áreas que devem ser
documentadas para saber o que um plano de acção está a conseguir: construção do
conhecimento, apoio à leitura e gestão da informação).
Os resultados devem ser partilhados com o Director, ser divulgados e discutidos nos
órgãos de gestão pedagógica. Esses resultados têm impacto no processo de planificação e na
gestão (texto da 3ª sessão). Pressupõe-se que os momentos fundamentais do processo
(referidos no texto da sessão): diagnóstico de áreas de intervenção, definição de metas e
coordenação de políticas que possibilitem definir rumos estratégicos, aproveitando
oportunidades e vencendo constrangimentos. O seu sucesso só será possível com a

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mobilização e o esforço de todos: equipa da BE e órgãos de gestão pedagógica. Em termos
concretos, no meu agrupamento este processo apresenta como grande entrave a falta de
assento do Professor Bibliotecário no Conselho Pedagógico. A BE é representada por um
Coordenador de Projectos que não conhece de igual forma a realidade da BE e não está em
condições de negociar todo este processo.

PONTO 4 – INTEGRAÇÃO/APLICAÇÂO À REALIDADE DA ESCOLA

A investigação na área das BEs revela a relação entre o trabalho das BEs no apoio ao
currículo e o impacto positivo resultante nas aprendizagens e sucesso educativo. Para que tal
seja possível é necessário inflectir as práticas e preparar a sua adaptação à realidade de cada
escola.
O Modelo de Auto-Avaliação surge como um óptimo instrumento de apoio para esta
mudança de práticas. É adaptável à realidade de cada escola/agrupamento e BE, abre portas à
transformação/mudança e adequação. Com a auto-avaliação identificamos pontos fortes e
fracos da nossa BE e elaboramos um plano de desenvolvimento.
A aplicação deste modelo é baseada no questionamento e inquirição contínua (Inquiry
Based Learning) que suportam o processo de planeamento e gestão da BE que por sua vez tem
que estar integrado e em sintonia com objectivos, linhas de acção e metas estabelecidas no
projecto educativo da escola/agrupamento. O projecto educativo deverá ter de forma explícita
ou subjacente a necessidade de apostar na leitura e nas diferentes literacias, bem como a
articulação entre a BE e restantes estruturas educativas da escola. Por sua vez a BE
disponibiliza o apoio à leitura e o acesso à informação em diferentes suportes, adequados à
realidade e necessidade de cada utilizador.
O documento de auto-avaliação da BE integra-se no documento de auto-avaliação da
escola/agrupamento como um anexo do mesmo a ser presente à inspecção.
Para o sucesso da implementação deste modelo de auto-avaliação é decisiva a escolha
do perfil do professor bibliotecário, que terá que assumir uma liderança forte como
coordenador, possuir capacidade de mobilizar a escola para a necessidade de implementação
do processo avaliativo e constituir-se com um elemento integrador do processo.

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Em suma o papel do professor bibliotecário, proactivo face aos objectivos curriculares
e de aprendizagem da escola é tanto formativo como informativo, interventivo como
integrador (Todd, R. 2002, p.2). Para conseguir desempenhar estas funções é imprescindível
que o Professor Coordenador da BE esteja integrado e conheça bem a realidade da sua
escola/agrupamento.

PONTO 5 – COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR BIBLIOTECÁRIO E ESTRATÉGIAS IMPLICADAS NA


SUA APLICAÇÃO

É importante assegurar que o professor bibliotecário jogue um papel decisivo nas


nossas escolas. Compete-lhe assegurar que administração, professores, pais e outros decision-
makers compreendam que programas de BE eficazes são imprescindíveis para impulsionar a
aprendizagem e os resultados alcançados pelos alunos (Eisenberg et al. 2002).
De forma breve pudemos resumir as competências necessárias ao professor
bibliotecário: capacidade de diagnóstico (procurar as causas e os porquês), gerir e avaliar de
acordo com as metas da escola (visão e gestão estratégica), capacidade de liderança de
equipa, de dialogar e influenciar os órgãos de gestão e coordenação educativa. Alcançar
proficiência no desempenho destas competências implica uma mudança não só das funções
até há pouco desempenhadas pelo professor bibliotecário mas fundamentalmente na forma
como é encarado no seio da sua própria comunidade. A mudança não é fácil, Eisenberg et
Miller (2002) apresentam numa proposta de estratégia em três etapas.
A- Visão articulada e plano
Como profissional de literacia da informação colabora com alunos na análise de
necessidades e é parceiro de professores. Trabalha para a proficiência da leitura com
professores das áreas curriculares e outros especialistas em leitura. Alicia professores e alunos
para o acesso a livros e colecção de media.
Trabalha colaborativamente com toda a comunidade educativa para definir política e
orientações. Actua com perícia no uso de informação e tecnologia da informação. Em síntese
tem o Poder da Informação.
B - Ser estratégico

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Deve possuir pensamento estratégico na abordagem de problemas e oportunidades.
Ligar-se directamente às iniciativas da escola e outros actores chave no processo de ensino
fazendo uso de habilidade política e sentido de oportunidade.
C - Comunicar continuamente
Apresenta relatórios regulares ao Director com informação sobre o valor, processo e
outcomes do programa de acção da biblioteca escolar.
Existe um conjunto substancial de evidências da investigação que demonstram a
importante contribuição multifacetada que o professor bibliotecário pode ter nos outcomes de
aprendizagem da escola. (Todd, R., (2002),p.2)
Todd (2002, p.4) realça a necessidade do professor bibliotecário estar actualizado a
investigação na sua área, investigar e reflectir sobre a prática, como aspectos importantes para
o seu desenvolvimento profissional.
Eisengerg et al. (2002) dirigem, como síntese, as seguintes sugestões ao professor
bibliotecário “be active and engaged: you are an information literacy teacher, reading
advocate, and chief information officer. Think strategically and politically. By taking a
systematic approach, you will not only improve your own program, but also gain attention and
widespread support. Wherever you are, and to whomever you speak, make sure you
communicate the vision of the 21st-century teacher-librarian”.

BIBLIOGRAFIA

[1] - Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change Your Job”,
School Library Journal. 9/1/2002 http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html
[13/10/2009].

[2] - Modelo de Auto-Avaliação, Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares.

[3] - Texto da sessão, disponibilizado na plataforma.

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[4] - Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based
practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [13/10/2009].

[5] - Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”. School Library
Journal. 4/1/2008. http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html
[13/10/2009].

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