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DREN – T1
Formanda: Anabela Carvalho Borges de Sousa Lopes;
Professora Bibliotecária no Agrupamento de Escolas Dr. Leonardo Coimbra – Lixa.
Tarefa 2:
Análise Crítica ao Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Introdução:
Em vigor desde o ano lectivo de 2008 /2009, o “Modelo de Auto-avaliação das
Bibliotecas Escolares” enquadra-se na estratégia global de desenvolvimento das bibliotecas
escolares portuguesas e resultou de uma análise efectuada sobre outros modelos já
existentes e sobre a realidade da escola portuguesa. Deste modo, com este modelo,
pretende-se, acima de tudo, desenvolver uma abordagem essencialmente qualitativa,
orientada para uma análise dos processos e dos resultados e numa perspectiva formativa,
permitindo identificar as necessidades e os pontos fracos com vista a melhorá-los.
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“Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar” – Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (Abril de 2008).
Não podemos perder de vista que na construção deste modelo foram imprescindíveis
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os princípios fundadores do Manifesto da UNESCO/ IFLA e da Declaração da IASL, 3
documentos que orientam o trabalho das bibliotecas escolares, bem como o conhecimento
aprofundado da investigação e dos diferentes estudos, para chegar à apresentação de
alguns “caminhos” que as bibliotecas escolares devem percorrer, no actual contexto global
de mudança.
É importante, deste modo, começar por apresentar o conceito de Biblioteca
escolar subjacente à construção do modelo: a missão da BE passa por ter um papel
fundamental nas aprendizagens, no apoio ao desenvolvimento curricular e,
consequentemente, no sucesso educativo. Aqui estão subjacentes outros conceitos – o
construtivismo (o aluno como construtor do seu conhecimento); o “inquiry Based Learning”
(o questionamento e inquirição contínuas, numa nova abordagem ao conhecimento); o
desenvolvimento de novas literacias e a aprendizagem contínua ao longo da vida (a
introdução das TIC, o surgimento de novos ambientes de disponibilização de informação); a
procura de evidências acerca do impacto da BE na escola e a gestão dos factores críticos
que se apresentam ao seu desenvolvimento. Posto isto, deverá ser trabalhada a perspectiva
do desenvolvimento organizacional, ou seja, os conceitos implicados na melhoria da
prestação de serviços e da qualidade da BE.
Dois conceitos fundamentais subjacentes à aplicação deste modelo de avaliação são
o de “Evidence-Based practice” e de pesquisa da acção. Estes conceitos têm
aplicação através do desenvolvimento de práticas sistemáticas de recolha de evidências,
com base no trabalho desenvolvido diariamente na BE. Segundo Ross Todd, a recolha de
evidências fundamenta a necessidade que as bibliotecas têm de “fazer diferença na escola
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Manifesto da biblioteca escolar IFLA/UNESCO (1999) – http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/portug.pdf
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“Declaração Política da IASL sobre Bibliotecas Escolares” – Internacional Association of School Librarianship (1993)
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Todd, Ross – The Evidence-based manifesto for School Librarians – School Library Journal (2008)
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Markless, Steatfield - Evaluating the Impact of your library, London, Facet Publishing (2006).
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“Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar” – Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (Abril de 2008).
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Todd, Ross - The Evidence-based manifesto for School Librarians – School Library Journal (2008)
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“Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar” – Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (Abril de 2008).
Todd, Ross - The Evidence-based manifesto for School Librarians – School Library Journal (2008)
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Texto da Sessão.
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Eisenberg, Michael & Miller, Danielle – “This Man Wants to Change Your Job”, School Library Journal. (2002)
http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html.
Conclusão:
É certo que se encontram muitas resistências e obstáculos para levar a cabo esta
missão de implementar o Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar, mas será,
essencialmente a leitura de evidências que nos permitirá ter uma maior consciência do
nosso desempenho, permitindo-nos uma constante actualização e correcção, de forma a
atingir os resultados pretendidos. Não poderemos perder de vista que o resultado da auto-
avaliação tem um valor estratégico para a escola e é um instrumento indispensável à
tomada de decisões do Programa da RBE.
Deste modelo, e com base nos domínios a avaliar, poderemos explorar três áreas-
chave:
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Todd, Ross - “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice” (68th IFLA Council
and General Conference August). (2002)- http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf.
Bibliografia:
⇒ Eisenberg, Michael & Miller, Danielle – “This Man Wants to Change Your Job”,
School Library Journal. (2002)
http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html.
⇒ Todd, Ross - “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-
based practice” (68th IFLA Council and General Conference August). (2002)-
http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf.
⇒ Todd, Ross - “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”. School
Library Journal. (2008) -
http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html.
⇒ “Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar” – Gabinete da Rede de
Bibliotecas Escolares (Abril de 2008).
⇒ Markless, Steatfield - Evaluating the Impact of your library, London, Facet
Publishing (2006).
⇒ Manifesto da biblioteca escolar IFLA/UNESCO (1999) –
http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/portug.pdf
⇒ “Declaração Política da IASL sobre Bibliotecas Escolares” – Internacional
Association of School Librarianship (1993)
⇒ Texto disponibilizado para a sessão.