No 09 – ANO 4 – NOV/2009

Profissional x Pessoal
Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, além das qualifi-
cações profissionais, algumas atitudes podem ser decisivas na hora de con-
seguir um bom emprego. Para ajudar nessa jornada, o Informativo abre uma
série de matérias com dicas importantes para conquistar a tão sonhada va-
ga no mercado de trabalho. Veja nesta edição como montar o seu currículo e
o que os especialistas esperam de você. PÁGINAS 8 E 9
Atendimento Jurídico
Mais um atendimento reali-
zado com sucesso. A prática, já
tradicional na instituição, dessa
vez, aconteceu na comunida-
de do Bairro Esplanada.
PÁGINA 15

OAB
Uma iniciativa dos professo-
res do curso de Direito está auxi-
liando na preparação dos alu-
nos para o exame da OAB, com
aulas de reforço aos sábados,
Trabalhos dos discentes foram expostos no pátio da Instituição. incluindo dicas, simulados e o
conteúdo específico da prova,
Feira das Humanidades obrigatória para os egressos.
PÁGINA 6
Realizada em outubro, a VI edição do evento abordou o tema “Direito,
Administração e Religião frente aos novos paradigmas existenciais e so-
ciais da sociedade do século XXI”. PÁGINA 5

E
N
A
Cartilha ONG’s

D
Ajudar a quem ajuda. Esse foi
o principal objetivo da atividade

E
realizada pelos alunos do 4o pe-
ríodo de Administração, nas ins-
tituições sem fins lucrativos assis-
tidas pelo Banco de Alimentos
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, que avaliou 22 da Ceasa Minas, o PRODAL. Os
cursos, dentre eles Administração e Direito, aconteceu no último dia 8 alunos prestaram consultoria às
de novembro. A Faculdade Arnaldo e os alunos selecionados para o instituições e o trabalho resultou
Enade aguardam os resultados, que vêm melhorando a cada avalia- em uma cartilha de planeja-
ção. Após esses resultados, é necessário verificar quais quesitos ainda mento estratégico.
precisam ser melhor trabalhados. PÁGINA 4 PÁGINA 13
 P˘G. 2 ARTIGOS

EDITORIAL A função social do Exame de Ordem

Responsabilidade e
qualidade: adjetivos
que caminham juntos
Além de ser comprometida com o en-
sino de qualidade, a Faculdade Arnaldo
prima também por transmitir aos seus
alunos os valores éticos e cristãos da
Congregação do Verbo Divino que, em
outubro, completou 100 anos na Capital
Mineira. E os resultados dessa conduta,
dos princípios humanístico-cristãos, são
colhidos e reconhecidos a cada dia.
Neste semestre, a Faculdade renovou
seu selo de Instituição Socialmente Res -
ponsável. O prêmio, que é concebido pela
ABMES (Associação Brasileira de Man-
tenedoras do Ensino Superior), tem como
objetivo certificar as Instituições de Ensi-
no Superior comprometidas com a edu-
cação e com a sociedade. Várias ações da
Arnaldo a levaram a ser reconhecida na-
cionalmente.
Esta é a terceira vez que o selo é en-
tregue para a Faculdade Arnaldo. Esse
número pode parecer pouco, mas se for
levado em conta que a Faculdade Arnal-
do só existe há oito anos, dá para se ter
uma noção das dimensões e grandiosi-
dades dos projetos que são apoiados e
mantidos pela Faculdade.
Sobre os assuntos que você, leitor, en-
contrará nesta edição, gostaria de des-
tacar dois. O primeiro é a nova coluna
do Centro de Valores, que abordará
sempre temas religiosos. Nesta edição, o
padre Benjamin Eber Barrios, diretor
comunitário das Instituições Arnaldo,
relata, o porquê de ser um Verbita. Que -
ro destacar também o especial que este
Informativo traz, sobre o mercado de
trabalho. Isso tudo e muito mais você
encontra aqui.
Boa leitura a todos!
Na paz do Verbo Divino!
ALCIDES LEOPOLDO FELIX, SVD
DIRETOR-GERAL
Expediente:
INFORMATIVO FACULDADE ARNALDO
A Constituição Federal de 1988 dis -
põe no seu artigo 5o, XIII que, “ é livre o
exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer.” Mes -
mo diante desse preceito constitucional,
o Senador Gilvam Borges apresentou
em 09 de junho de 2006, à Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), Projeto de
Lei do Senado (PLS) no 186/2006. A fi -
nalidade do projeto de lei consiste na ex-
tinção do exame de proficiência aplicado
aos bacharéis em Direito promovido pe-
la OAB (Ordem dos Advogados do Bra-
sil). A proposta obteve parecer favorável
na CCJ. Dessa forma, o relator do proje-
to, o senador Marconi Perillo, levou a
matéria á apreciação da CE (Comissão
de Educação, Cultura e Esporte) para
análise do mérito. Para reunir as diver-
gentes opiniões, no que tange ao conteú-
do do projeto, foi realizada audiência pú-
blica nessa comissão. Por conseguinte,
importantes questões foram tratadas na
mencionada audiência, logo iremos con-
frontar algumas dessas questões com o
referido projeto.
É importante ressaltar que o projeto
tem por de sig no al te rar os ar ti gos 8 o,
58 e 84 da Lei n o 8.906/94. Em vis ta
disso, o autor da proposta, apresentou
como justificativa à abolição da prova
que, “ a ad vo ca cia é a úni ca pro fis são
para cujo exercício a respectiva entida-
de de classe – a saber, a Ordem dos Ad-
vogados do Brasil (OAB) – exige apro-
vação em exame de proficiência”. É evi-
dente a incongruência em se apresen-
tar justificativa de extinção do Exame
de Ordem, se pautando no fato de ou-
tras pro fis sões não apre sen ta rem tal
requisito, tendo em vista que, a advoca-
cia faz parte da administração da justi-
ça, conforme preceitua nossa base jurí-
di ca. Ca be ain da res sal tar, nas pa la -
vras do ilustre doutrinador Paulo Lôbo
que, “ a advocacia é, para além de uma
pro fis são, é um ser vi ço pú bli co é uma
função social, cuja presença e atuação
possuem posição de destaque na garan-
tia do Estado Democrático de Direito”.
Além dis so, dis põe a pró pria Car ta
Magna de 1988, no seu artigo 133 que,
“ o advogado é indispensável à adminis -
instituições de ensino, não nos parece ra-
zoável que o ônus recaia sobre o aspiran-
te a advogado, ainda mais porque o Mi-
nistério da Educação já se responsabili-
za pela aplicação do Exame Nacional de
Cursos (Provão), com esse exato objeti-
vo”. Essa argumentação não deve pros-
perar, pois na audiência pública realiza-
da na CE, pareceres que a contradizem
foram apresentadas, quais sejam, o re -
lator, expôs que o “ MEC (Ministério da
Educação) não possui números suficien-
tes de fiscais para inspecionar todas as
instituições de ensino do país”, o vice-
presidente da Comissão Nacional de
Exame de Ordem, Dílson Lima, “ contes -
tou a justificativa de que as instituições
de ensino já formam e qualificam os pro-
fissionais de Direito, pois apesar de o
Exame de Ordem ser o mesmo em dife -
rentes cidades do país, os resultados são
discrepantes”. Importante salientar que,
o Estatuto da Advocacia, em seu art. 2o
§1o afirma que, o advogado mesmo em
seu ministério privado exerce função so -
cial, ou seja, é evidente a prestação de
serviço público por parte do advogado,
portanto, é de suma importância uma
contundente fiscalização dos futuros
profissionais da advocacia. Por fim, a
exigência do Exame de Ordem, encontra
respaldo exatamente na Constituição
Federal, logo, projetos de lei com escopo
de extinguir tal requisito contradizem
fundamento que por certo é incontestá -
vel. Desse modo, registro ainda, que é
intrínseca a relevância social na função
do advogado, pois este é parte essencial
na busca da justiça, além de ser um ser-
vidor da sociedade.

tração da justiça, sendo inviolável por

– Ano 4 – Nº 9 – Novembro de 2009
Diretor-Geral: Alcides Leopoldo Félix, SVD.
seus atos e ma ni fes ta ções no exer cí cio
da profissão, nos limites da lei”.
Vice-Diretor: Renê Luiz Paulino de Oliveira, SVD
Diretor Comunitário: Benjamin Eber Barros, SVD
Coord. de Comunicação: Simone de Paula Abolir um requisito necessário ao
Conselho Editorial: Alcides Leopoldo Félix, SVD, exercício de uma profissão, que é tutela-
Benjamin Eber Barrios, SVD, Carlos Portela, Márcio
Mussy, Soraia Murta, Simone de Paula
do por lei, ocasiona a insegurança jurídi-
Edição: Renata Evangelista 13484/MG ca, pois é o bem da coletividade que está
Redação: Pessoa Comunicação e Relaciona- em discussão. Ademais, o não exercício
mento – (31) 3485-7875. Erika Pessoa (Conrerp do advogado aos valores éticos sobretu-
1671) e Flávia Tavares
Projeto Gráfico: Selma Lúcia F. de Carvalho
do ao conhecimento jurídico poderá cau -
Diagramação: José Wilson de Carvalho. sar danos irreparáveis a quem pleiteia
Revisão: Jacqueline de Oliveira Diniz Souki por meio do advogado a tutela estatal.
Fotos: Renata Evangelista, arquivos da Outra questão apresentada pelo autor
DANIELE DE OLIVEIRA FURTADO,
Faculdade Arnaldo, arquivos pessoais
do projeto é que, “ tentar-se arguir que a
dos entrevistados e divulgação.
intenção do assim chamado Exame de ALUNA DO 7O PERÍODO DE DIREITO DA
Tiragem: 2 mil exemplares.
Home Page: www.faculdadearnaldo.edu.br Ordem seria avaliar o desempenho das FACULDADE ARNALDO
Endereço: Praça João Pessoa, 200, Funcionários
– 0800-606-3535
Distribuição dirigida e gratuita Sugestões para este informativo: 3524-5181 / informativo@faculdadearnaldo.edu.br
 RECONHECIMENTO

INSTITUIÇÃO
P˘G. 3

SOCIALMENTE
RESPONSÁVEL
A Faculdade Arnaldo reno-
vou seu selo de Instituição
Socialmente Responsável
no último dia 26 de setem-
bro. O selo é concedido pela ABMES
– Associação Brasileira de Mantene-
doras do Ensino Superior que, anual-
mente, certifica as faculdade e insti-
tuições de ensino superior que se
preocupam e promovem periodica-
mente ações sociais. Na ocasião os
alunos participaram de uma palestra
sobre Responsabilidade Social com
enfoque gerencial e jurídico. Durante
a palestra, três alunos da Faculdade
relataram suas experiências traba-
lhando no terceiro setor e comparti-
lharam histórias de sucesso com os
O Grupo Céu e Terra
encerrou o evento
presentes. A professora Luciana
Cristina de Souza e representantes
da Casa do Homem de Nazaré tam-
bém participaram da palestra. Ao fi-
nal todos aplaudiram a apresentação
cultural da Associação Céu e Terra,
que cuida de portadores de necessi-
dades especiais. Segundo o professor
Hidelano Theodoro “ o trabalho com
os alunos serviu para eles se torna-
rem multiplicadores do que aprende-
ram e saberem utilizar a profissão
que escolheram em prol de uma so-
ciedade mais justa”.
 LOCAL: PRAIA DO FORTE, NA BAHIA
 ALUNA: MARIA DAS DORES PEDROSA,
8O PERÍODO DE DIREITO
“A caminho da Praia do Forte tudo é
céu azul. Mar verde de águas quentes e,
claro, quilômetros de coqueirais, rumo
ao paraíso. No meio do caminho existe
uma comunidade hippie. Importante: na
Praia Forte não tem bancos (por isso leve
dinheiro e cartão de crédito), nem semá-
foros, muito menos movimento diurno e
para quem gosta de natureza é um local
perfeito, pois as praias são limpas e com
pouquíssimas pessoas. A noite tem um
agito bacana em uma rua repleta de
barzinhos que mais parecem cenários de
alguma obra do Jorge Amado. Tem tam-
bém o projeto Tamar, que preserva as tar-
tarugas marinhas, e um tanque enorme
onde os turistas podem ver a vida mari-
nha. No mais é muita gente bonita, com
turistas de todos os lugares do mundo: a
Bahia é cosmopolitana”.

A plateia vibrou
e se divertiu
com as
apresentações
culturais   
 LOCAL: RECIFE, NO PERNAMBUCO

Café Filosófico
 ALUNA: ANDRÉA BEZERRA, 7O PERÍODO DE
ADMINISTRAÇÃO EM MARKETING
“Recife tem atrações fantásticas que
Aconteceu no dia 16 de setembro, na sala 219, mais uma edição do Café Filosó-
agradam todos os tipos de idade e clas-
fico, projeto da disciplina de Filosofia, em que os alunos de Administração se en-
se social. A cidade possui dezenas de
contram para discutir textos de filósofos e temas atuais. Na ocasião, as turmas do
praias cristalinas e piscinas naturais, uma
2o período discutiram o diálogo de Platão intitulado “ O Banquete”. O texto é uma
natureza encantadora. Quem tiver a
reflexão sobre o amor como desejo de beleza, de imortalidade e de sabedoria. Além
oportunidade de lá passar o carnaval
disso, visa também refletir o amor como elevação da alma à perfeição e sua busca
não irá se arrepender. É lá que está o
constante. Segundo o professor Luciano Gomes, idealizador do projeto, o Café Fi-
maior bloco do mundo, com seus tradi-
losófico tem o objetivo de despertar nos alunos o gosto por filosofia. Durante o
cionais bonecos gigantes, que descem
evento um lanche é oferecido aos participantes que são recebidos com música.
as ladeiras de Olinda, arrasta multidões
de foliões. Todos estão convidados a co-
nhecerem a famosa Veneza brasileira.
Destaque para a praia de Boa Viagem,
localizada em um dos bairros mais no-
bres do município. Um dos lugares mais
visitados pelos turistas, com águas mor-

Valorização das profissões

nas e cristalinas com belos hotéis, res-
taurantes e quiosques à beira mar”.

Nos meses de agosto, setembro e outubro, a Faculdade Arnaldo, veiculou cam-

panhas em parceria com o CRA-MG e a OAB-MG, a fim de valorizar as tradicio -
nais profissões de administrador e advogado. Foram distribuídos nas principais
vias de acesso da cidade painéis com frases sobre os dois ofícios e a importância
do trabalho realizado por esses profissionais. Na primeira etapa da campanha,
em agosto, o curso de Direito foi contemplado para mostrar a importância da pro -
fissão para a sociedade e seu compromisso com a ética e a justiça. Já nos meses de
setembro e outubro, o administrador foi o destaque. A campanha de valorização
das profissões é uma iniciativa do Departamento de Comunicação.
 P˘G. 4 ENADE

Q ENADE
Um milhão de estudantes em todo o país participaram do Enade. Da Faculdade Arnaldo, 383 foram selecionados

uase quatrocentos alunos da “ Na época achei a prova um pouco

Faculdade Arnaldo foram se- pesada, uma vez que ainda estava
lecionados pelo Ministério da cursando o 2o período. Encontrei di -

Para ficar
Educação (MEC) para prestarem o ficuldades apenas nas matérias ain-
Exame Nacional de Desempenho de da não cursadas, já que a prova

Estudantes (Enade), que ocorreu no
início de novembro. O exame avaliou
o desempenho dos estudantes de vin-
te e dois cursos, dentre eles Admi-
nistração e Direito, com relação aos
conteúdos programáticos previstos
nas diretrizes curriculares.
Durante o mês de outubro, diver-
sas atividades foram desenvolvidas
com os alunos convocados, com o in-
tuito de prepará-los para o exame.
No dia 5, os discentes comparece-
ram em peso no auditório da Insti-
tuição para esclarecer as dúvidas
sobre o Enade, e no dia 24, os alu-
nos do curso de Administração rea-
lizaram o simulado para se prepa-
rar para o exame. Já os alunos do
Direito puderam testar seus conhe-
cimentos dos dias 26 a 30, também
com um simulado que foi aplicado
após a XVI Semana Jurídica.
Aluno do primeiro período do
curso de Direito, Tiago Andrade,
conta que se preparou bem para o
Enade. “ Baseei-me nas provas de
2006 e fiz os simulados oferecidos
bem na fita
pela Faculdade. Senti-me seguro e
preparado para fazer o exame, pois
revi grande parte do conteúdo que
foi cobrado”, contou. Tiago disse ain-
da que ficou feliz por ser convocado,
pois assim será possível avaliar des-
de o começo seu conhecimento e o
que pode ser melhorado. “ Estou feliz
de ter sido selecionado, pois acredito
que é uma prévia de várias questões
a serem abordadas futuramente.
Acredito ser importante para minha
formação e acho que o Enade contri-
bui sim, por mostrar os pontos fra-
cos que devem ser corrigidos e enal-
tecer os fortes”, completa.
Quem já prestou o exame e ga-
rante que a prova não é um bicho
de sete cabeças é a aluna Ingrid Es-
tevam, do 8o período de Direito. Ela
fez o exame no ano em que ingres-
sou na faculdade e conta como foi.
abordava todas as matérias do cur-
so. Estava preparada para as ques-
tões que abordavam matérias que
eu já havia cursado”.
Ingrid destacou ainda a importân-
cia do exame para o ensino superior
brasileiro. “ São criadas muitas facul-
dades particulares oferecendo diver-
sos cursos, principalmente Direito e
Administração. O Enade funciona co-
mo uma espécie de seleção, na qual
as melhores instituições possuem os
melhores resultados, ao passo que as
instituições que não tiveram um bom
resultado procurem melhorar o de-
sempenho” afirma a aluna.
Os estudantes selecionados que
não participaram do exame não po-
derão receber o seus diplomas, nem
colar grau, enquanto não regulari-
zarem a situação junto ao Enade, já
que o exame é componente curricu-
lar obrigatório. Para regularizar a
situação, o aluno convocado que não
realizou a prova deverá aguardar
nova edição do exame, que será
aplicado em 2012.

Júri Simulado
Os alunos do 3o período do curso de Direito
participaram, no dia 19 de outubro, de um Jú -
ri Simulado. A atividade fez parte da disciplina
de Antropologia, ministrado pelo professor Lu-
ciano Gomes. O Júri Simulado teve o objetivo
de despertar nos alunos a pesquisa, o debate
e a arte da argumentação. O tema abordado
foi Evolucionismo e Criacionismo. Durante o
trabalho, os alunos estudaram abordaram ain -
da os duzentos anos do nascimento de Char -
les Darwin e os 150 anos do lançamento da
obra “As origens das espécies”.
 ACONTECE NA FACULDADE
Feira das Humanidades vai
além do ambiente acadêmico
E
Roberto Carvalho, vice-prefeito de BH, foi um dos convidados que prestigiou o evento.
m outubro, ocorreu na Faculdade
Arnaldo, a VI Feira de Humani-
dades e das Religiões. Nos dois
primeiros dias, foram realizadas confe -
rências no auditório com os alunos de
Direito e Administração. No terceiro
dia, os trabalhos produzidos pelos alu-
nos foram expostos no pátio da Institui-
ção. Nesta edição, o tema escolhido foi
“ Direito, Administração e Religião fren-
te aos novos paradigmas existenciais e
sociais da sociedade do século XXI”. O
evento conta com a participação dos
alunos do 1º , 2ºe 3ºperíodos, além de
professores e funcionários da institui-
ção.
De acordo com o professor Luciano
Gomes, este trabalho “ é importante pa-
ra desenvolver a formação integral de
nossos discentes, a partir da pesquisa,
da análise e reflexão, considerando te-
mas abordados em sala de aula e temas
decorrentes da sociedade atual.”
Um dos trabalhos desenvolvidos pe-
los alunos abordou a violência contra a
criança. A turma 1ºperíodo A desen -
volveu uma ação, no dia 9 de outubro,
na Feira de Flores da Avenida Bernar -
“Direito, mulheres e Carreiras Jurídicas”
A Aula Magna deste semestre,
realizada no dia 24 de agosto, pa-
ra os alunos de direito foi sobre o
tema “Direito, mulheres e Carrei-
ras Jurídicas – Desafios e Perspec-
tivas”. A juíza Dra. Evangelina Cas-
tilho Duarte falou sobre sua expe -
riência, dos desafios da profissão
e da perspectivas para o futuro e
o papel da mulher no judiciário
brasileiro. Ao todo, mais de 220
alunos participaram do evento.
do Monteiro. Os alunos e o subsecretá-
rio de Direitos Humanos, da Secreta-
ria do Estado de Assistência Social,
Márcio Macedo, distribuíram flyers e
adesivos sobre o tema para os frequen-
tadores da feira.
A aluna Priscila Marques participou
do trabalho e contou como foi a expe-
riência. “ Estudamos profundamente o
assunto, pesquisamos sobre violência
doméstica, abuso sexual e pedofilia, co-
nhecemos alguns casos de perto, o que
foi determinante para a qualidade do
nosso trabalho. Acredito que aprende-
mos muito com o que estudamos, pois
vimos o que é gasto de dinheiro público
com esses problemas e o que a socieda-
de pode fazer para combatê-lo”, conta.
As conferências contaram com a par-
ticipação de Roberto Carvalho, vice-pre -
feito de Belo Horizonte, do ex-ministro
do Planejamento, Aníbal Teixeira, do
autor Henry Katina, do assessor da sub-
secretaria de direitos humanos, Márcio
Macedo, do Revmo Vigário Judicial Pa-
dre Mário Sérgio Bittencourt e do pro -
fessor Ronaldo Simão.
P˘G. 5
CONHEÇA
Antônio Geraldo Mendes Ferrei-
ra, carinhosamente chamado de To-
nhão, trabalha na instituição há 17
anos, no período da tarde e da noi-
te. Na portaria, onde está há 14
anos, Tonhão, que é responsável por
recepcionar alunos e visi-
tantes, mantém uma
ótima relação com
todos que entram
na Faculdade, e
garante que dá
boas risadas com
os visitantes. “É
muito divertido e
tranquilo ficar na
portaria à noite, os
alunos são muito gentis
comigo e os funcionários
verdadeiros amigos”, conta. Ele se
diz muito satisfeito com seu trabalho
e que não há do que reclamar. “To-
dos parecem estar satisfeitos com
meu trabalho e a convivência aqui é
muito boa. Entrei como prestador de
serviços da faculdade e nunca mais
saí”. Casado e pai de dois filhos, de
18 e 14 anos, Tonhão dedica o tem-
po livre à família e não dispensa
uma partida de futebol, com os ami-
gos, nos finais de semana.
Cerca de 35 professores de escolas
públicas participaram do curso
Capacitação
para professores
O Núcleo de Inovação Santo Arnal-
do (NISA), desenvolveu, neste semestre,
um projeto de capacitação para pro-
fessores, do Ensino Fundamental e Mé-
dio da rede pública. O curso ministrado
por professores da instituição e convi-
dados tem como objetivo capacitar os
profissionais do ensino e fazer com que
eles sejam multiplicadores do que
aprenderam, aplicando no trabalho os
métodos e técnicas para montar proje-
tos. As aulas que começaram em se-
tembro, acontecem às quartas-feiras e
vão até o dia 11 de novembro. Para o
professor Hildelano Theodoro, responsá-
vel pelo NISA, o projeto é útil “para repli-
car as técnicas de gestão e para con-
tribuir com o crescimento socioambien-
tal do ensino público de Belo Horizonte”.

P˘G. 6
Curso preparatório para espantar ‘fantasma’
Sempre preocupados com a quali-
ficação de seus discentes, a coorde-
nação do curso de Direito, oferece to-
dos os sábados, cursos preparatórios
para o exame da OAB e para concur-
sos públicos. O curso funciona como
complementação e revisão dos con-
teúdos ministrados em sala de aula.
O curso de Direito já ofereceu vá-
rios cursos, que abordaram os se-
guintes temas: Preparação para
exames, provas e carreiras; Direito
do trabalho e Direito Processual do
Trabalho; Direito Processual Civil;
Direito Penal e Direito Processual
Penal. Atualmente, estão sendo ofe-
recidos os cursos de processo civil e
preparação para concursos. Duran-
te as aulas, os alunos aprendem téc-
nicas para otimizar o aprendizado e
memorização do conteúdo. Além dis-
so, vários simulados são aplicados e
provas de exames passados são es-
B
EXA ME DA OA
tudadas para intensificar o estudo.
A partir do 2ºperíodo os alunos já
podem começar frequentar as aulas
e se preparar para o exame. Lisa-
neas Deslandes, aluno do 10o perío-
do, participa dos cursos desde o co-
meço deste ano, pretende fazer o
exame no final de 2009 e já se sente
mais seguro com as aulas do curso.
“ A Faculdade ao abrir o curso pre -
paratório para a prova da ordem
contribui positivamente, uma vez
que será a primeira experiência no
exame e sem o curso estaria com
mais receio de enfrentá-la. Uma das
vantagens é a flexibilidade de tem-
po que o professor tem para sanar
as dúvidas dos alunos”
Já a aluna Marlene Clemente, do
9o período, garante que o curso vai
muito além de relembrar o conteúdo
e que o sucesso no exame da ordem
depende muito do candidato tam-
bém. “ O professor nos orienta a ol-
har detalhes de antes e depois da
prova, que sempre passam desper -
cebidos. Além disso, aprendi técni-
cas de estudos, truques para deco-
rar artigos, alguns pequenos pontos
que fazem diferença. Mas para con-
seguir ser aprovada, sei que é preci-
so muita garra e dedicação.”
Sobre o trabalho realizado com os
alunos, o professor Fernando Star-
ling ressalta que as aulas contri-
buem com a aprovação, pois “ o alu-
no passa a saber o que é o exame e
quais as obstáculos que serão encon-
trados para sua aprovação nas eta-
pas, ou seja, o diferencial desse tra -
balho é fazer com que o aluno tome
conhecimento das dificuldades que
vai enfrentar e, dessa forma, o dis-
cente pode descobrir em si mesmo
quais são as suas qualidades e defi-
ciências para o exame”.

EU RECOMENDO  PARA OUVIR: A aluna de administração indica para os lei-

 DICAS PARA VER:
Comprovando
sua paixão pelo
Direito, o aluno re-
comenda o filme
“O Advogado dos
cinco crimes”. In-
terpretado pelo
ator Cuba Goo-
ding Jr., o filme
conta a história de
um advogado cri-
minalista que fica famoso após sair vi-
torioso de casos de clientes culpados.
Durante uma defesa, Lawson Russel
(Cuba Gooding Jr.), decide abando -
nar o caso e se muda para escrever
um livro, quando conhece um senhor,
autor de um manuscrito que retrata
vários crimes. Esse senhor empresta o
manuscrito para que o advogado
leia, e quando Lawson Russel vai de-
volvê-lo encontra o autor morto. Com
o manuscrito em sua mão, o advoga -
do resolve publicá-lo como se fosse
seu e ganha muito dinheiro com a
obra. Mas, depois disso, descobre que
os casos do livro são assassinatos reais,
e a partir daí Lawson se torna fugitivo
da polícia. Para Leonardo Dias, o filme
“nos diz mais que uma simples mani -
festação dos penalistas, vem nos dizer
também a vontade de se vangloria -
rem ou até mesmo do enriquecimen -
to ilícito. Filmes que nos fazem refletir
sobre o papel do advogado e ques-
tões éticas da profissão.”
LEONARDO LUIZ DIAS REIS –
6O PERÍODO – DIREITO
tores sua cantora favorita, Ana Carolina. O CD que Deise
mais gosta é “Perfil” que reúne os grandes sucessos da car-
reira da cantora em uma coletânea. “É difícil dizer minha
música favorita do CD. Todas são lindas e eu adoro ouvir.
Ajuda a relaxar e é bom para uma reunião de amigos.
Chegar em casa cansada depois de um longo dia e po-
der descansar a cabeça ao som da Ana Carolina é algo
que gosto muito de fazer.” afirma a estudante. O CD foi
lançado em 2005 e contém sucessos de álbuns anteriores.
DEISE LIMA – 5O PERÍODO DE ADMINISTRAÇÃO
 PARA LER: “Castelo de vidro” é uma autobiografia da jornalis-
ta americana Jannette Walls. Após 20 anos evitando falar so-
bre seu passado, Jannette narra sua infância que para mui-
tos poderia parecer sem graça, difícil, mas para ela uma
motivação para buscar o que parecia impossível: uma vida
melhor, mesmo que seus “adversários” fossem as pessoas
que ela mais amava. Uma verdadeira história dramática,
emocionante e divertida.
DEIVA PROCÓPIO – AUXILIAR DE BIBLIOTECA
 PARA VISITAR: As praias paradisíacas do
Nordeste brasileiro para uma longa visi-
ta, que permita conhecer boa parte das
paisagens de Maceió, capital de Ala -
goas. A professora conta por que se
apaixonou pelas belezas naturais de lá.
“É uma cidade com belíssimas praias,
deliciosas comidas, onde se pode pas-
sear de jangada e catamarã, mergulhar
em piscinas naturais, comprar lindas ren-
das e dançar forró. É possível ainda co-
nhecer as praias do Francês, Paripueira,
do Gunga, Maragogi e a Foz do Rio São Francisco, pontos próximos à capital de
Alagoas”. A cidade atende todos os gosto e é muito prazeroso passear tanto a noi-
te à beira da praia, ou em programas agitados, quanto para assistir o sol nascer e
as lindas paisagens da cidade.
MARIÂNGELA PENIDO – PROFESSORA ADMINISTRAÇÃO E DIREITO
 PERSONAGENS
 Nome: Eduardo
LADO B
Madeira
 Professor do curso de
Administração
O
 Atividade: modelismo
que era brincadeira de crian-
ça virou coisa séria para o
professor de administração
Eduardo Madeira. Ele coleciona e
produz réplicas em escala de mode-
los diversos, que respeitam fielmen-
te a peça original, porém em tama-
nhos menores. O professor conta
que desde criança é fascinado por
modelismo e que a paixão começou
quando foi presenteado com um kit
para ser montado. “ Coleciono e pro-
duzo peças desde muito novo. Logo
que ganhei meu primeiro kit não pa-
rei mais, comecei a comprar mode-
los e kits mais simples e o hobby foi
crescendo, hoje tenho uma loja que
vende vários modelos e kits, além de
oferecer oficinas aos apreciadores.”
Apesar de ter uma loja de mode-
lismo, Eduardo Madeira deixa claro
que a atividade continua sendo um
hobby. “ Faço por que gosto muito.
Quando estou envolvido com algum
modelo ou faço vôos com o aeromo-
delo me desligo de tudo, consigo dis-
trair e relaxar. Ocupo a cabeça só
com coisas boas.”
O professor que leciona na Facul-
dade Arnaldo as disciplinas de Teo-
rias Comtemporâneas da Adminis-
tração, Evolução da Teoria da Ad-
ministração e Prática VI, afirma ter
preferências por plastimodelismo e
RELAÇÕES FAMILIARES
Imagina ter sua mãe como cole-
ga de classe? A situação que pode
parecer estranha para alguns é mui-
to bem encarada pela aluna do 6o
período de Direito, Lílian Jeanne
Manzoli, que tem sua mãe, Luzia
Manzoli Gonçalves, como colega
de classe. Luzia garante que estudar
e compartilhar o aprendizado com
a filha fortalece ainda mais a rela-
ção entre elas.
“O mais complicado é dividir um
pouco a relação de mãe e filha fo-
ra de sala de aula e evitar que refli-
ta na relação de colegas de turma”,
diverte-se Luzia que confessa que
até hoje, têm conseguido conviver
bem com a situação.
A mãe ainda dá um exemplo de
aeromodelismo, pois “ sempre gostei
de aviões e queria saber como eles
funcionavam” contou. Além da loja
que possui, ele participa de encon-
tros de modelistas, convenções e ex-
posições. Atualmente alguns mode-
los produzidos por ele podem ser
vistos em exposição sobre a 2a Guer -
ra Mundial, que está sendo realiza-
da no bairro Cidade Jardim.
O mais fascinante, segundo
Eduardo, é o que está por trás do
modelo. “ Antes de construir uma ré-
plica, estudamos a história daquela
peça, buscamos seu contexto histó-
rico e social, e pesquisamos todos os
persistência mostrando que não há
idade e muito menos limites físicos
atrapalham a vontade de aprender.
“Voltei a estudar aos 40 anos e assumo
que no início, pelo fato de estar há al-
guns anos parada, fiquei um pouco
desanimada, mas a vontade de
aprender foi mais forte”, conta Luzia
que completa “pelo fato de ser defi -
P˘G. 7
Professor de Evolução
da Teoria da
Administração, Teorias
Contemporâneas da
Administração e Prática
VI, Eduardo mostra-se
orgulhoso e realizado
quando termina um
modelo, que requer
criatividade, habilidade
e muito talento
detalhes. Essa atividade trabalha a
criatividade, coordenação motora,
habilidade manual, e muitas outras
características, além de ser um des-
canso para a mente.”
O professor fala com orgulho do
seu hobby e mostra que tem talento.
Hoje muitas de suas peças são enco-
mendadas por outros colecionadores
que reconhecem seu trabalho. Além
disso, Eduardo Madeira conta que
com o modelismo construiu grandes
amizades, “ meus dois grandes ami-
gos dividem comigo essa paixão e ho -
je somos sócios na loja de modelis-
mo”, completa o professor.
ciente visual, imaginei que o proces-
so de retornar para uma sala de au-
la fosse mais complicado, mas me
surpreendi quando percebi que não
era a única e que a faculdade está
preparada para essas situações”.
Lilian, que desde criança acom -
panha a mãe no trabalho, aos pou-
cos foi gostando do mundo das leis,
com o retorno da mãe à sala de au-
la não teve dúvidas no momento de
escolher uma profissão. “Sempre
gostei de visitar minha mãe no servi-
ço e acompanhar o movimento do
Tribunal. Quando ela decidiu que
voltaria a estudar, achamos muito
legal estudarmos juntas”, conta Lí-
lian. Mãe e filha são exemplo de
união e amizade, pois elas se aju-
dam e assim estudar fica muita mais
fácil e prazeroso.

Constante busca do conhecimento
P˘G. 8
e atualização: este é o caminho
Ângela Spesiali,
professora de
Comportamento
Organizacional,
aconselha as
pessoas a não
deixarem a vida
passar, pensando
apenas no trabalho
e no sucesso
profissional.
Segundo ela, a
conquista nunca
O
será completa, se a
pessoa não for feliz
mer ca do de tra ba lho mu dou
mui to nas úl ti mas dé ca das,
por isso, novas exigências são
feitas aos profissionais que se candi-
da tam às va gas dis po ní veis. Ho je,
es tar cons tan te men te em bus ca de
conhecimento e atualização é o cami -
nho mais indicado aos jovens profis-
sionais. Um mercado de trabalho ca-
da vez mais segmentado e com fun-
ções mais es pe cí fi cas, exi ge que o
empregado seja profundo conhecedor
de sua área.
“ As empresas estão à procura do
‘Super Homem’ . O candidato à vaga
de emprego deve estar comprometi-
do a se doar à em pre sa, se de di car
mes mo”, afir ma a pro fes so ra de
Comportamento Organizacional, Â n-
ge la Spe siali. De acor do com ela, o
mercado está cada vez mais exigente
e, muitas pessoas não conseguem se
desligar do traba lho. “ Os em pre ga -
dos estão 24 horas plugados ao tra-
balho que desempenham. Mesmo em
ca sa ou na fa cul da de, há uma di fi -
A partir desta edição você confere a coluna Papo de Trabalho. O Informativo trará assuntos ligados a mercado de tra-
balho, recursos humanos e coaching. Para sugerir um tema, envie e-mail para informativo@faculdadearnaldo.com.br
culdade em se desligar das suas obri-
gações do trabalho.”
A professora observa que, apesar
desse comportamento ser positivo pa-
ra a empresa e trazer bons resultados
no trabalho, o profissional deve ter
cuidado para não descuidar da saúde
e da vida pessoal. As empresas, se-
gundo Spesiali, estão tendo gastos
com funcionários afastados por doen-
ças, em sua maioria causadas por es -
tresse, estafa e outros sintomas de ex-
cesso de trabalho.
Fernando Resende, coordenador
do Banco de Oportunidades da Facul-
dade Arnaldo, destaca que o mercado
de trabalho busca profissionais flexí -
veis “ Em razão da alta competitivi-
dade do mercado corporativo, as em-
presas procuram profissionais cada
vez mais qualificados e, que sejam
“ camaleões” (adaptabilidade). Para
se obter sucesso, o candidato precisa
acompanhar as tendências e conjun-
turas do mercado, disponíveis a mu-
danças”, ressalta.
PAPO DE TRABALHO
AS EXIGÊNCIAS
DO
Já o aluno de administração, Wag-
ner Schaefer, acredita que apesar de
todas essas exigências, o candidato
competente se sobressai aos concor-
rentes e sempre terá lugar garantido
no mercado. “ O próprio profissional é
quem irá determinar se terá lugar ga-
rantido ou não, pois, na medida em
que ele é qualificado e atende as ex-
pectativas das empresas, terá sim seu
lugar garantido”, analisa o estudante.
Ainda de acordo com Spesiali, é
preciso equilibrar bem a vida pessoal
e a profissional. O empregado não po-
de ceder às pressões que sofre no dia a
dia. “ As pessoas estão hoje condena-
das ao sucesso. É preciso avaliar o que
é preciso fazer, quais são os limites
para alcançar um objetivo profissio-
nal” observa a professora. Ela comple-
ta: “ a competitividade está aí, mas o
profissional não pode deixar a vida
passar, pensando apenas no trabalho
e no sucesso profissional, afinal a con-
quista nunca será completa se a pes-
soa não for feliz” sentencia.
MERCADO DE TRABALHO
Currículo adequado abre muitas portas
O currículo é a porta de entrada pa-
ra uma vaga de emprego. Na maioria
das grandes empresas, os processos se-
letivos começam com a análise desse do- professor de
cumento, para depois os candidatos te-
rem a oportunidade de agendar uma
entrevista, participar de uma dinâmica
de grupo e seguir para as próximas fa-
ses de seleção. Por isso, é fundamental
estar atento a alguns detalhes na hora
de elaborar o currículo profissional para
não ser eliminado de imediato e perder
grandes oportunidades profissionais.
A especialista em recursos humanos
e coach profissional, Karen Baptista, qualificação
aborda a importância de se produzir um
currículo adequado para a vaga deseja-
da e dá algumas dicas. De acordo com a somente em
professora, o currículo deve ser desenha-
do de acordo com a vaga que se está bus-
cando. “ Um ponto importante, que mui-
tas vezes é esquecido, é o objetivo, que
deve ser claro e muito bem definido”,
afirma a coach.
Além disso, Karen Baptista chama
a atenção para dados desnecessários
no currículo. Informações de documen-
tos, como números de identidade e
CPF, normalmente só são solicitados
na contratação. “ Foto no currículo só é sobre a sua vida. Gaste tempo nessa
necessário se a empresa pedir”, expli-
ca a professora. Outro ponto observa-
do são as informações que não agre-
gam em nada para a empresa, tais co-
mo: experiências em áreas totalmente
diferentes da qual o candidato deseja
trabalhar.
As qualidades e habilidades do can-
didato devem ser citadas, mas não no
currículo, e sim em carta de apresen-
tação, no corpo do e-mail ou em folha
separada, quando impresso. A especia - lheto promocional, destacando o
lista em recursos humanos destaca
ainda que o ser sincero na descrição
das atividades desempenhadas e ter
bom senso ao construir o currículo são
fatores primordiais. Outra dica impor-
tante é ler e reler várias vezes o texto.
O candidato que tem mais chances
de con se guir uma boa opor tu ni da de
de em pre go, se gun do Ge ral di no Ro -
lla, professor de Gestão de Pessoas da
Faculdade Arnaldo, é aquele que vai
atrás de qualificação e não fica preo-
cupado em preencher espaços no cur-
rí cu lo. “ Nor mal men te con se guem
conquistar o próximo passo no proces-
so de seleção, aqueles que direciona-
ram um pouco mais do seu tempo na
atua li za ção de seu cur rí cu lo e não
sim ples men te os que saí ram dis tri -
buindo, “ do jeito que está”, para todas
as oportunidades que surgiam”, ava-
liou o professor.
P˘G. 9
Veja o que é mais importante na ho-
ra de resumir suas informações para
montar um currículo (Fonte: Site Curriculum)

Comece com o seu nome (em
Para o fonte grande) e dados de contato
(em fonte menor), mas dê desta-
Gestão de que (fonte maior do que a do no-
Pessoas me) ao seu objetivo profissional.

O uso de palavras-chaves, que
Geraldino
chamem a atenção, e um layout
Rolla, terá
que ressalte os melhores resultados
melhores
é prioridade.
chances o

Fale de você; de suas qualidades,
candidato
mas tome muito cuidado nesta ho-
que vai ra para não exagerar e sair do
atrás de “bom tom”.

Falta de domínio na norma padrão
e não fica da Língua Portuguesa é em geral
preocupado fatal e tende a desqualificar o can-
didato de imediato.
preencher
Cite apenas os resultados mais sig-
espaços no nificativos e evite ser detalhista. A
currículo hora do detalhe é na entrevista pre-
sencial. Nunca seja prolixo.

No item Formação, comece pelo
Passos fundamentais: curso mais recente. Caso ainda
não tenha o nível superior indique o
Em primeiro lugar, reúna todas as
último nível alcançado. Cite tam-
in for mações sobre você, sem exclu-
bém doutorado, mestrado, MBA
são de absolutamente nada. Faça (não confunda formação acadê-
en tão uma grande massa de dados
mica com cursos paralelos).

Quanto à idiomas estrangeiros, dei-
etapa. É provável que esses dados re- xe claro seu nível de fluência e não
sultem em várias páginas, mas não subestime nem superestime seus
se preocupe, o objetivo é esse mes - conhecimentos.
mo. Nessa fase, não sintetize nada,
Conhecimentos de Tecnologia, In-
preocupe-se apenas em resgatar tu- formática e Internet são cada vez
do o que já fez na vida. Depois dessa mais relevantes e, portanto, devem
etapa, compreenda que o currículo ser destacados separadamente no
nada mais é do que uma peça publi- seu currículo.
citária de vendas do seu principal
No Histórico Profissional, coloque
produto: Você. Portanto, ele deverá em uma linha, com destaque o no-
ser elaborado como um folder ou fo- me da empresa e o período em
que esteve por lá. Logo abaixo, liste
que você tem de melhor. seus cargos, começando pelo
mais recente ou atual e informe
também o tempo na função.

Coloque em Cursos Complemen-
tares todos os que sejam relevantes
para o cargo que aspira e tenham
a ver com seu objetivo profissional.

Assim como nos cursos, cite ape-
nas as viagens significativas para a
sua vida profissional.

Faça tudo, no máximo, em duas
folhas.

O tipo do papel não é tão impor-
tante, mas que o currículo esteja le -
gível, limpo e sem amassar.

Caso o currículo esteja na Internet,
colocar na última linha a URL (o link)
para a visualização. Isso é impor-
tante, pois caso algum dado de
contato se altere, o selecionador
sempre terá um lugar onde poderá
ver os dados atualizados.

Constante busca do conhecimento
P˘G. 8
e atualização: este é o caminho
Ângela Spesiali,
professora de
Comportamento
Organizacional,
aconselha as
pessoas a não
deixarem a vida
passar, pensando
apenas no trabalho
e no sucesso
profissional.
Segundo ela, a
conquista nunca
O
será completa, se a
pessoa não for feliz
mer ca do de tra ba lho mu dou
mui to nas úl ti mas dé ca das,
por isso, novas exigências são
feitas aos profissionais que se candi-
da tam às va gas dis po ní veis. Ho je,
es tar cons tan te men te em bus ca de
conhecimento e atualização é o cami -
nho mais indicado aos jovens profis-
sionais. Um mercado de trabalho ca-
da vez mais segmentado e com fun-
ções mais es pe cí fi cas, exi ge que o
empregado seja profundo conhecedor
de sua área.
“ As empresas estão à procura do
‘Super Homem’ . O candidato à vaga
de emprego deve estar comprometi-
do a se doar à em pre sa, se de di car
mes mo”, afir ma a pro fes so ra de
Comportamento Organizacional, Â n-
ge la Spe siali. De acor do com ela, o
mercado está cada vez mais exigente
e, muitas pessoas não conseguem se
desligar do traba lho. “ Os em pre ga -
dos estão 24 horas plugados ao tra-
balho que desempenham. Mesmo em
ca sa ou na fa cul da de, há uma di fi -
A partir desta edição você confere a coluna Papo de Trabalho. O Informativo trará assuntos ligados a mercado de tra-
balho, recursos humanos e coaching. Para sugerir um tema, envie e-mail para informativo@faculdadearnaldo.com.br
culdade em se desligar das suas obri-
gações do trabalho.”
A professora observa que, apesar
desse comportamento ser positivo pa-
ra a empresa e trazer bons resultados
no trabalho, o profissional deve ter
cuidado para não descuidar da saúde
e da vida pessoal. As empresas, se-
gundo Spesiali, estão tendo gastos
com funcionários afastados por doen-
ças, em sua maioria causadas por es -
tresse, estafa e outros sintomas de ex-
cesso de trabalho.
Fernando Resende, coordenador
do Banco de Oportunidades da Facul-
dade Arnaldo, destaca que o mercado
de trabalho busca profissionais flexí -
veis “ Em razão da alta competitivi-
dade do mercado corporativo, as em-
presas procuram profissionais cada
vez mais qualificados e, que sejam
“ camaleões” (adaptabilidade). Para
se obter sucesso, o candidato precisa
acompanhar as tendências e conjun-
turas do mercado, disponíveis a mu-
danças”, ressalta.
PAPO DE TRABALHO
AS EXIGÊNCIAS
DO
Já o aluno de administração, Wag-
ner Schaefer, acredita que apesar de
todas essas exigências, o candidato
competente se sobressai aos concor-
rentes e sempre terá lugar garantido
no mercado. “ O próprio profissional é
quem irá determinar se terá lugar ga-
rantido ou não, pois, na medida em
que ele é qualificado e atende as ex-
pectativas das empresas, terá sim seu
lugar garantido”, analisa o estudante.
Ainda de acordo com Spesiali, é
preciso equilibrar bem a vida pessoal
e a profissional. O empregado não po-
de ceder às pressões que sofre no dia a
dia. “ As pessoas estão hoje condena-
das ao sucesso. É preciso avaliar o que
é preciso fazer, quais são os limites
para alcançar um objetivo profissio-
nal” observa a professora. Ela comple-
ta: “ a competitividade está aí, mas o
profissional não pode deixar a vida
passar, pensando apenas no trabalho
e no sucesso profissional, afinal a con-
quista nunca será completa se a pes-
soa não for feliz” sentencia.
MERCADO DE TRABALHO
Currículo adequado abre muitas portas
O currículo é a porta de entrada pa-
ra uma vaga de emprego. Na maioria
das grandes empresas, os processos se-
letivos começam com a análise desse do- professor de
cumento, para depois os candidatos te-
rem a oportunidade de agendar uma
entrevista, participar de uma dinâmica
de grupo e seguir para as próximas fa-
ses de seleção. Por isso, é fundamental
estar atento a alguns detalhes na hora
de elaborar o currículo profissional para
não ser eliminado de imediato e perder
grandes oportunidades profissionais.
A especialista em recursos humanos
e coach profissional, Karen Baptista, qualificação
aborda a importância de se produzir um
currículo adequado para a vaga deseja-
da e dá algumas dicas. De acordo com a somente em
professora, o currículo deve ser desenha-
do de acordo com a vaga que se está bus-
cando. “ Um ponto importante, que mui-
tas vezes é esquecido, é o objetivo, que
deve ser claro e muito bem definido”,
afirma a coach.
Além disso, Karen Baptista chama
a atenção para dados desnecessários
no currículo. Informações de documen-
tos, como números de identidade e
CPF, normalmente só são solicitados
na contratação. “ Foto no currículo só é sobre a sua vida. Gaste tempo nessa
necessário se a empresa pedir”, expli-
ca a professora. Outro ponto observa-
do são as informações que não agre-
gam em nada para a empresa, tais co-
mo: experiências em áreas totalmente
diferentes da qual o candidato deseja
trabalhar.
As qualidades e habilidades do can-
didato devem ser citadas, mas não no
currículo, e sim em carta de apresen-
tação, no corpo do e-mail ou em folha
separada, quando impresso. A especia - lheto promocional, destacando o
lista em recursos humanos destaca
ainda que o ser sincero na descrição
das atividades desempenhadas e ter
bom senso ao construir o currículo são
fatores primordiais. Outra dica impor-
tante é ler e reler várias vezes o texto.
O candidato que tem mais chances
de con se guir uma boa opor tu ni da de
de em pre go, se gun do Ge ral di no Ro -
lla, professor de Gestão de Pessoas da
Faculdade Arnaldo, é aquele que vai
atrás de qualificação e não fica preo-
cupado em preencher espaços no cur-
rí cu lo. “ Nor mal men te con se guem
conquistar o próximo passo no proces-
so de seleção, aqueles que direciona-
ram um pouco mais do seu tempo na
atua li za ção de seu cur rí cu lo e não
sim ples men te os que saí ram dis tri -
buindo, “ do jeito que está”, para todas
as oportunidades que surgiam”, ava-
liou o professor.
P˘G. 9
Veja o que é mais importante na ho-
ra de resumir suas informações para
montar um currículo (Fonte: Site Curriculum)

Comece com o seu nome (em
Para o fonte grande) e dados de contato
(em fonte menor), mas dê desta-
Gestão de que (fonte maior do que a do no-
Pessoas me) ao seu objetivo profissional.

O uso de palavras-chaves, que
Geraldino
chamem a atenção, e um layout
Rolla, terá
que ressalte os melhores resultados
melhores
é prioridade.
chances o

Fale de você; de suas qualidades,
candidato
mas tome muito cuidado nesta ho-
que vai ra para não exagerar e sair do
atrás de “bom tom”.

Falta de domínio na norma padrão
e não fica da Língua Portuguesa é em geral
preocupado fatal e tende a desqualificar o can-
didato de imediato.
preencher
Cite apenas os resultados mais sig-
espaços no nificativos e evite ser detalhista. A
currículo hora do detalhe é na entrevista pre-
sencial. Nunca seja prolixo.

No item Formação, comece pelo
Passos fundamentais: curso mais recente. Caso ainda
não tenha o nível superior indique o
Em primeiro lugar, reúna todas as
último nível alcançado. Cite tam-
in for mações sobre você, sem exclu-
bém doutorado, mestrado, MBA
são de absolutamente nada. Faça (não confunda formação acadê-
en tão uma grande massa de dados
mica com cursos paralelos).

Quanto à idiomas estrangeiros, dei-
etapa. É provável que esses dados re- xe claro seu nível de fluência e não
sultem em várias páginas, mas não subestime nem superestime seus
se preocupe, o objetivo é esse mes - conhecimentos.
mo. Nessa fase, não sintetize nada,
Conhecimentos de Tecnologia, In-
preocupe-se apenas em resgatar tu- formática e Internet são cada vez
do o que já fez na vida. Depois dessa mais relevantes e, portanto, devem
etapa, compreenda que o currículo ser destacados separadamente no
nada mais é do que uma peça publi- seu currículo.
citária de vendas do seu principal
No Histórico Profissional, coloque
produto: Você. Portanto, ele deverá em uma linha, com destaque o no-
ser elaborado como um folder ou fo- me da empresa e o período em
que esteve por lá. Logo abaixo, liste
que você tem de melhor. seus cargos, começando pelo
mais recente ou atual e informe
também o tempo na função.

Coloque em Cursos Complemen-
tares todos os que sejam relevantes
para o cargo que aspira e tenham
a ver com seu objetivo profissional.

Assim como nos cursos, cite ape-
nas as viagens significativas para a
sua vida profissional.

Faça tudo, no máximo, em duas
folhas.

O tipo do papel não é tão impor-
tante, mas que o currículo esteja le -
gível, limpo e sem amassar.

Caso o currículo esteja na Internet,
colocar na última linha a URL (o link)
para a visualização. Isso é impor-
tante, pois caso algum dado de
contato se altere, o selecionador
sempre terá um lugar onde poderá
ver os dados atualizados.
 P˘G. 10 DICAS ACADÊMICAS

 O controle jurisdicional do processo legislativo  Vivendo e aprendendo

O professor José Alcione Bernardes, Os alunos do 9o período de Direito
lançou no último dia 17 de setembro, na participam, neste semestre, de audiên-
Assembléia Legislativa de Minas Gerais, cias na Justiça do Trabalho (primeira
mais uma importante publicação para o instância) e de seções de julgamento no
judiciário mineiro. O livro “ O controle ju- Tribunal Regional do Trabalho da 3a
risdicional do processo legislativo”, de região (Segunda Instância). O trabalho
sua autoria, foi publicado pela Editora faz parte da disciplina de Prática Tra-
Fórum e é resultado de sua dissertação balhista e Direito do Trabalho II, mi-
de Mestrado apresentada à UFMG, que nistrada pelo professor Walter Gontijo,
aborda os limites e o alcance do contro - que explica a importância da vivência
le que o Poder Judiciário deve exercer prática nessas atividades para os dis-
sobre o processo de elaboração legisla- centes. “ Nas audiências de 1a instância
tiva, a partir de uma perspectiva que Varas do Trabalho, os alunos podem
assegure, de um lado, a autonomia do presenciar a instrução do processo com
Parlamento, e, de outro, o respeito aos oitiva de testemunhas, depoimento pes-
preceitos jurídicos, tanto regimentais soal das partes, entre outros.” De acor-
quanto constitucionais, que discipli- do com o professor na corte obreira, a
nam a atuação legislativa. instrução do processo é extremamente
importante e, muitas vezes o resultado
 Seminários  Casos internacionais de uma ação depende diretamente de
provas produzidas quando a instrução
Neste semestre, os se- Na disciplina de Direito Internacional do feito. Já na sessão de julgamentos
minários da disciplina de Privado, ministrada pela professora Lílian do Tribunal Regional do Trabalho, da
Psicologia Social vão discu- Ponzo, os alunos do 8o período estão acom- 3a Região, o objetivo é mostrar na prá-
tir Ética, Direitos Huma- panhando o caso do italiano Cesare Battis- tica a importância da sustentação oral
nos, os danos psíquicos em ti e as decisões do STF acerca do pedido de e a atuação dos Desembargadores.
mulheres vítimas de vio- extradição do refugiado. Batisti é ex-ati- A aluna Laudeir Brito, participou do
lência e psicologia em ge- vista acusado de quatro assassinatos na projeto e ressaltou o enriquecimento
ral. Serão subdivididos em Itália e está no Brasil como refugiado polí- profissional obtido com a prática. Para
8 temáticas. Os alunos do tico, após ter vários pedidos de asilo nega- ela, assistir às audiências e participar
5ºperíodo e o professor do. Atualmente, o caso está em discussão de forma ativa do judiciário mineiro “ é
Cristóvão Félix vão discu- devido às complicações que a decisão, do fundamental para o crescimento do es-
tir os temas a partir de tra- ministro Tarso Genro, de permitir a entra- tudante, porque sobressai da mera teo-
balhos previamente elabo- da do italiano no país, causou ao Brasil e ria e se instala na vivência prática.
rados. Cada tema é basea- as relações políticas com a Itália. A profes- Além disso, nos torna mais ávidos para
do em um autor referência. sora Lílian disse que “ o estudo deste e de exercermos a profissão.” Laudeir afir-
A discussão de temas tão outros casos envolvendo extradição, como mou inclusive que, a partir dessas ati-
relevantes para a socieda - os de Salvatore Cacciola, Juan Carlos Aba- vidades, ela conseguiu se encontrar no
de e para os profissionais dia e o notório caso de Ronald Biggs possi- Direito. “ Pretendo assistir audiências
de Direito, de acordo com o bilitam aos alunos entender como funciona pelo resto da minha vida, pois, conse-
professor, “ é extremamen- o instituto, o que dispõe o estatuto do es- gui encontrar uma paixão abrigada no
te importante na formação trangeiro sobre a matéria, qual o papel do meu âmago pela área”. Ao todo 65 alu-
dos alunos como profissio- STF e do Executivo e a importância de um nos participam das audiências e ses-
nais e como pessoas”. tratado bilateral de extradição”. sões neste semestre.
XVI SEMANA JURÍDICA

Aconteceu entre os dias 26 e 30 de outubro a
XVI Semana Jurídica da Faculdade Arnaldo. Du-
rante os cinco dias de evento, os alunos puderam
assistir palestras sobre Direito Constitucional, Di-
reito Internacional e Público e Direito da Família.
Destaque para a participação do Cônsul da Espa -
nha, Doutor Pedro Jesus Eusébio Cuesta que falou
sobre a relação entre Espanha e Brasil e os as-
pectos comercias, culturais e tecnológicos, em
sua palestra no dia 28 de outro. A Semana Jurídi-
ca é uma iniciativa do Nacep – Núcleo de Ativida-
des Complementares, Extensão e Pesquisa.
DESTAQUE
E S S A T U R M A
Nesta edição, vamos conhecer a história da re-
cém-formada, Maria Madalena Damasceno e Leonar-
do Ferreira Frizon, que começam a trilhar histórias de
sucesso. Ela se formou no último semestre em Adminis-
tração Ambiental e ele fez parte da primeira turma do
curso de Direito da Faculdade Arnaldo.
Madalena trabalha em órgão
público responsável pela criação
de áreas protegidas do IEF e
com o objetivo de entender me-
lhor sua área de atuação fez seu
Trabalho de Conclusão de Curso
relacionado com o tema. A mo-
nografia da formanda tratou da
fiscalização e legislação para re-
servas ambientais particulares.
Após sua formatura, com o in-
centivo da professora Mariânge-
la Penido, Madalena continuou
estudando e elaborou um artigo
intitulado “ Análise das dificul-
dades enfrentadas pelos proprietários de reservas par-
ticulares do patrimônio natural para administrá-las”.
O artigo foi aceito no 3o Congresso Nacional de Exten-
são Universitária/12o Encontro de Atividades Científi-
cas da UNOPAR, em Londrina.
Essa conquista foi a primeira de muitas de Madale-
na Damasceno. Para a ex-aluna a ajuda da professora
Mariângela Penido foi fundamental para que ela conti-
nuasse estudando, apesar de todas as dificuldades. De
acordo com a egressa, o retorno que a Faculdade dá aos
alunos que demonstram interesse foi muito importante
para ela. “ Fiquei muito feliz com o apoio que encontrei
na Faculdade para continuar estudando e me espe-
cializando na área que gosto. Foi um grande diferencial
na minha vida e me fez ver várias outras possibilida-
des”, afirma a ex-aluna.
O futuro brilhante de Madalena está em suas mãos
e ela tem o que é preciso para alcançar o sucesso: força
de vontade e amor pelo que faz.
 Novas regras para Colação de Grau
A partir deste semestre, todos os alunos que concluí-
rem os cursos, Administração e Direito e tiveram interes-
se em participar da Cerimônia Solene de Colação de
Grau, deverão entrar com um requerimento na Secre-
taria Acadêmica. A nova regra foi criada com o intuito
de organizar e facilitar o controle, feito pelo Departa -
mento de Comunicação, dos alunos que realmente
irão participar da solenidade. Essa medida beneficiará
também o contato da Faculdade com os alunos que
não fazem parte das comissões de formatura. Com as
novas regras, os concluintes têm que ficar atentos aos
prazos. Agora, os alunos têm um prazo de 90 dias an -
tes da data prevista para a realização do evento, para
requer a solenidade. O requerimento está disponível no
site da Faculdade e não há custos adicionais para os
alunos. Vale lembrar também que se encontra disponí -
P˘G. 11
V A I L O N G E !
Leonardo Ferreira
Frizon, que formou na
primeira turma de Di-
reito, em dezembro de
2006, já está colhendo
os frutos de sua dedica-
ção. Hoje advogado, ele
lembra com saudades
do tempo que passou na
Instituição e fala com
orgulho dos colegas de
sala e dos profissionais
da Instituição. “ Fiz parte da melhor turma de Direito.
Éramos alunos dedicados e muito comprometidos com
os estudos. Tanto que quando terminamos o curso, logo
conseguimos aprovação no exame da OAB”.
Sobre sua trajetória Leonardo conta que conheceu a
paixão pelo Direito em casa. Seu pai, também advogado,
possui um escritório de advocacia, onde teve seu primei-
ro contato com as práticas jurídicas. “ Aos 16 anos come-
cei a trabalhar com o meu pai como auxiliar, fazia de tu-
do um pouco e, foi assim, que comecei a conhecer um
pouco mais do Direito. Quando entrei no Arnaldo, ini-
ciei uma participação maior nos processos do escritório
e na elaboração de peças”, conta Frizon.
Em 2005, Leonardo foi em busca de novas oportuni-
dades com o objetivo de expandir sua área de atuação,
quando começou a estagiar em um escritório de advoca-
cia especializado em Direito Civil e Direito Empresa-
rial. “ Entrei lá como estagiário e sabendo aproveitar to-
das as oportunidades, fui crescendo e, atualmente, sou
um dos sócios do escritório”, conta Leonardo.
Hoje, o advogado se divide entre as atividades do es-
critório e o trabalho com o pai, e pretende continuar cres-
cendo na profissão e se manter sempre atualizado. “ No
início do próximo ano pretendo fazer uma pós-graduação
em Direito Processual Civil, área em que trabalho. Futu-
ramente, pretendo continuar estudando também sobre
Direito Empresarial. A advocacia é o que eu quero fazer,
gosto muito do que faço e pretendo continuar trabalhan-
do com isso, investindo sempre em conhecimento e colo-
cando isso em prática no meu escritório.”
vel para todos os alunos, no site da Faculdade, o Ma-
nual do Formando, que esclarece todas as obrigações
e responsabilidades, tanto do aluno, quanto da Facul -
dade, referentes a Colação de Grau.
 P˘G. 12 CENTRO DE VALORES

A busca de Deus a partir da cotidianidade da vida

No artigo anterior, falei sobre a
arte e o saber que comportam a ar-
quitetura do edifício do Colégio e da
Faculdade Arnaldo. Destaquei o sen-
tido dialogal e a convergência de dife-
rentes espaços articulados e comple-
mentados: o espaço da palavra cele-
brada e a busca de unidade com o
mistério de Deus, a Igreja; o espaço
de expressão da arte, o teatro, e no
centro, encontra-se o ângulo articula-
dor do espaço das ciências, do saber e
do pensar. Nos três espaços, se des-
tacam a presença cotidiana e a mis-
são dos professores, que se dispõem a
transmitir sabedoria e instrumentos
do saber para o presente e futuro, dos
que aqui estudam.
Neste artigo, gostaria de percor-
rer reflexivamente por alguns sen-
deros da dialogacidade explícita na
arquitetura; se trata de refletir so-
bre razão de ser um Verbita e do por-
que da presença dos Missionários do
Verbo Divino há mais de um século
aqui, em Belo Horizonte Existe uma
frase bíblica que caracteriza o eixo e
as dimensões indivisíveis da identi-
dade Verbita: E o Verbo se fez carne
e habitou entre nós (Jn 1,14).
As dimensões no texto merecem
uma reflexão: a primeira, afirma que
O Verbo que se faz carne. O Verbo é
a Palavra cheia de Graça e Benção,
que vem ao encontro dialogal com ca-
da ser humano, por livre iniciativa
amorosa de Deus, para que a vida do
ser humano tenha como horizonte
seu Amor Misericordioso; a segunda
dimensão, e habitou entre nós é a ati-
tude e resposta de quem experimen-
tou na infinitude corporal, a força e o
dinamismo libertador da palavra,
que segue gerando vida e promoven-
do a dignidade como lugar de encon-
tro e diálogo, uma verdadeira reci -
procidade do divino de Deus que hu-
maniza com o divino no humano que
liberta. Isso é surpreendente e ma-
ravilhoso, pois cada pessoa é amada
de tal maneira, que nossa inteligên-
cia e emoção, ainda precisam percor-
rer um longo caminho da experiên-
cia pessoal e comunitária, para che-
gar a compreender e articular com
palavras do cotidiano a sustância do
amor sem limites, chamado também
de amor infinito e eterno.
Podemos notar que, tanto na ori-
gem como na razão da presença mis-
sionária dos Verbitas, está latente
duas dimensões inseparáveis: a vida
que se origina a partir da Palavra e
a missão causada pela Palavra de
Deus. Daí, Verbo Divino, quer dizer,
pessoas da Palavra com experiência
de serem humanizados e libertados
pela Palavra de Vida.
À luz da força profética da Pala-
vra não se limita só ao anúncio e,
menos ainda, na propaganda de
pressupostos milagres para o consu-
mo imediato. A missão comporta, em
primeiro lugar, fazer carne o dina-
mismo do diálogo da palavra. Hoje,
os Verbitas falam do Diálogo Proféti-
co como missão no Novo Milênio.
Por isso, é preciso lembrar que a
partir das pequenas coisas cotidia-
nas da vida, em tudo que existe e nos
rodeia, nasce de um toque inicial da
Palavra. Cada vida comporta o dina-
mismo da Palavra, até mesmo a Bí-
blia é um testemunho situado da Pa-
lavra, a Igreja é uma consequência
da Palavra, onde existem sinais de
vida e de mudanças está presente o
dinamismo da Palavra. Nos últimos
decênios, muitas pessoas de diferen-
tes igrejas e religiões descobriram
que a Bíblia é um Patrimônio da Hu-
manidade e, não é de modo algum,
uma propriedade de uma religião,
porque a Palavra gera encontros e
presenças de Deus que vão além das
religiões e dos espaços religiosos. Es-
sa dimensão da liberdade da Palavra
pode libertar-nos no presente das
tentações dos fanatismos e funda-
mentalismos presentes em todas as
religiões e na sociedade civil. É ne-
cessário recuperar a liberdade da
Palavra em nossa vida cotidiana.
Faz tempo, se iniciou no Colégio e
na Faculdade Arnaldo um Grupo Bí-
blico, com o interesse de aprofundar
a mensagem bíblica e o sentido da
Palavra de Deus hoje. Se busca, des-
cobrir a fonte e a riqueza perene da
Palavra de Deus em nossa comuni-
dade educativa e, gere uma atitude
missionária, com identidade Verbita
ao serviço do Povo de Deus.
No Verbo que continua a se encar-
nar no meio de nós
BENJAMIN EBER BARRIOS, SVD – DIRETOR
COMUNITÁRIO DAS INSTITUIÇÕES ARNALDO

Congresso de Direito do Trabalho

Quase cem alunos do curso de Direito participa -
ram, no dia 28 de outubro, de uma simulação de
Congresso de Direito do Trabalho. A atividade foi
realizada com os estudantes do 7o período, sob
orientação do professor Adriano Jannuzzi Moreira.
Durante o encontro, os discentes dissertaram cinco
temas que foram discutidos no 49 Congresso Brasi-
leiro de Direito do Trabalho e, posteriormente, fize -
ram uma inserção doutrinária sobre os pontos abor-
dados. Para o professor Jannuzzi, a atividade fo-
mentou um maior interesse sobre a disciplina e pro-
piciou que aos alunos a prática da oralidade. “Con-
seguimos discutir vários pontos do programa numa
visão crítica e atualizada por meio de comentários
das teses do Congresso”, disse o mestre, ficando
surpreso com as apresentações.
 TERCEIRO SETOR

Cartilha para ONG’s

P˘G. 13

Um trabalho de consultoria e Para Luzadir Alves, da Associação

orientação, realizado pelos alunos
do 4o período de Administração, re -
sultou em uma cartilha muito útil
para as instituições sem fins lucrati-
vos, que precisam de conselhos de
profissionais para obter melhores
Nova Aliança de Amparo ao Menor,
o trabalho realizado pelos alunos
serviu para abrir os olhos e enxer-
gar as muitas possibilidades e van-
tagens em se regularizar. “ Com a
crise, muitas pessoas deixaram de

resultados. Orientado pelo professor
Eduardo Madeira, o trabalho que
previa algumas visitas às institui-
ções assistidas pelo PRODAL, banco
de alimentos do Ceasa Minas, teve o
objetivo de contribuir com a admi-
nistração e planejamento estratégi-
co dessas empresas. As visitas e en-
contros com os responsáveis pelas
instituições serviram de base para a
criação de uma cartilha com dicas e
informações sobre legislação e direi-
tos e obrigações de ONG.
A cartilha foi distribuída gratui-
tamente a várias outras organiza-
ções. De acordo com o professor e
coordenador do projeto, Eduardo
Madeira “ o objetivo da cartilha é
mostrar, através da administração,
caminhos para que essas institui-
ções possam seguir e se estruturar
para alcançarem desenvolvimento
e prosperidade, já que elas desen-
volvem um trabalho importante
para nossa sociedade.”
Quem administra com muitas
essas instituições garante que a
cartilha facilita muito o trabalho.
Durante a disciplina de Prática IV, alunos desenvolveram material
que beneficiará pequenas organizações
fazer doações e, com isso, nosso tra-
balho ficou muito difícil, pois cuida-
mos de muitas crianças. Agora que
sabemos que há formas de garantir
alguns benefícios, ficamos mais
tranquilos e desejamos muito
transformar a associação em uma
ONG. É um sonho que ficou mais
próximo”, enfatiza Luzadir.
Para os alunos, o trabalho foi en-
riquecedor, pois além de contribuir
com instituições que prestam servi-
ços importantes à sociedade acres-
centou muito à experiência acadê-
mica. De acordo com o aluno Ma-
theus Nascimento, que visitou o
Centro Comunitário Á gua Viva, “ foi
muito bom perceber, durante a
apresentação, que o trabalho feito
durante o semestre inteiro iria aju-
dar tantas pessoas de tantas formas
diferentes.” O projeto contou com a
participação de 26 alunos. A inten-
ção é que o trabalho continue e mais
entidades sejam atendidas para que
continuem trabalhando em prol de
uma sociedade mais justa, e com
uma administração adequada.
Dia do Administrador
O dia do Administrador foi marcado
pela Aula Magna para os alunos do cur-
so. Realizada no último dia 9 de setem-
bro, no auditório da Faculdade, a Aula
Magna teve a estrutura de uma mesa re-
donda e os alunos debateram “a profis-
são do administrador”. O Professor Clésio
Dolabela foi convidado, representando o
Conselho Regional de Administração de
Minas Gerais – CRA, e falou sobre as pers-
pectivas da profissão sob a ótica do con -
selho. Além disso, professores, alunos e
convidados participaram da discussão.
ADM
em
ação
Os alunos do 5o período do curso de
Administração, sob orientação da profes-
sora Rosane Corgozinho e em parceria
com o NISA irão realizar, no próximo dia
28, um treinamento de capacitação para
representantes de 156 Organizações. O
“ 1o Encontro de Capacitação para Profis-
sionais do Terceiro Setor” têm como obje-
tivo incentivar a melhoria dos processos
administrativos e organizacionais do Ter-
ceiro Setor, com foco nas organizações de
pequeno porte, contribuindo na qualifica-
ção profissional de seus membros. Duran-
te o semestre, os discentes preparam on-
ze oficinas, que abordam desde como con-
trolar as finanças até técnicas de higieni-
zação e conservação de alimentos. O pro-
jeto será ministrado na sede da Faculda-
de e faz parte da disciplina de Prática V.

NAVEGAR, NADAR E PESCAR – Dez alunos da Faculda -
de Arnaldo estarão, em 2010, no leito do Rio das Ve -
lhas, juntamente com diversas autoridades, para “na -
vegar, nadar e pescar”. É que esses estudantes foram
um dos 50 jovens de Belo Horizonte a participar do
projeto “A Terceira Margem do Rio – a juventude pelas
águas de Minas”. O programa, realizado pelo governo
em parceria com a ONG Leão, capacitou esses alu -
nos para fiscalizar e promover a revitalização do Rio
das Velhas. Depois das oficinas temáticas socioam-
bientais, que ocorreram em novembro deste ano, os
jovens podem atuar em suas comunidades como mul-
tiplicadores do projeto, estimulando a efetivação da
Meta 2010, que prevê um rio limpo e totalmente revi-
talizado em todos os dez municípios mineiros que mar-
geiam a Bacia do Alto Rio das Velhas.
 P˘G. 14 MUNDO JURÍDICO

Seminário discute Sistema penitenciário Mudança na Lei

A privatização do sistema penitenciá-
rio mineiro foi tema de debate entre os
alunos do 2o período de curso de Direito.
Em 11 de setembro, os estudantes recebe-
ram a representante da “ Rede Nós Ama-
mos Neves”, Marilu Pimenta, para discu-
tir o projeto apresentado pelo Governo de
Minas, que prevê a Parceria Público e Pri-
vada para a construção de um novo presí-
dio, com capacidade para 3 mil detentos,
em Ribeirão das Neves. No município, já
existem outras cinco prisões. O seminário
fez parte da disciplina Sociologia Jurídica,
ministrado pela professora Luciana Sou-
za. Durante o trabalho Marilu Pimenta
Privatização do sistema prisicional foi tema de debate entre os alunos do 2º período
explicou que, por ser um município caren-
te, Ribeirão das Neves precisa de investi-
mentos no seu distrito industrial para ge-
rar emprego e renda para seus cidadãos.
Embora a redução de custo no sistema pri-
sional seja uma necessidade, a alternativa
proposta, além de sobrecarregar um mu-
nicípio já desgastado sem oferecer benefí-
cios aos seus moradores. A professora Lu-
ciana Souza disse que “ é preciso refletir
sobre essas situações de desigualdade e
abandono social tão próxima de nós e, co-
mo profissionais do Direito, agir no senti-
do de cobrar do Poder Público uma vida
mais digna para nosso próximo”.
O mês de agosto trouxe uma
importante notícia para o mundo
jurídico: a revogação da quase
sexagenária Lei do Mandado de
Segurança (no 1.533/51) pela Lei
no 12.016/09, trazendo importan -
tes – e polêmicas – mudanças
no procedimento dessa ação
constitucional.
Instrumento de proteção das
liberdades civis e políticas dos ci-
dadãos, o Mandado de Seguran-
ça ganhou novos contornos, sen-
do dignos de destaque, como
pontos positivos, o disciplinamen-
to do Mandado de Segurança
Coletivo, a unificação de normas
antes previstas em leis esparsas e
a previsão do meio eletrônico
para seu requerimento. Entretan-
to, a possibilidade de se exigir
caução para a concessão de
medidas liminares e várias impre-
cisões técnicas mancharam a
boa intenção do legislador e de-
sencadearão amplas discussões.
Nesse contexto, os alunos do
10º pe río do da Fa cul da de de
Direito estão correndo contra o
tempo para poder assimilar to-
das as mo di fi ca ções sobre es -
sa ação, cu ja uti li za ção tan to
será exigida em suas vidas pro-
fissionais.
Sabendo disso, a metodolo-
gia da disciplina Prática Simula-

Polêmica em debate
No mês de outubro, os alunos do 3o
período de Direito, realizaram um de-
bate para a disciplina Direito Consti-
tucional, lecionada pela professora
Soraia Murta. O tema foi a proteção
da vida e a Constituição de 1988. As
salas foram divididas em grupos e ca-
da um ficou responsável por pesqui-
sar temas que dividem opiniões, en-
tre eles aborto, eutanásia, pesquisas
com células tronco, fetos anencéfa -
los, destino dos embriões congelados
em clínicas especializadas, direito de
morrer e pena de morte. A discussão
abordou o art. 5o da atual Constitui-
ção, envolvendo doutrina e os enten-
dimentos atuais dos Tribunais nes -
sas matérias. De acordo com Soraia
Murta, “a importância dessa ativida-
de é o esclarecimento de assuntos
muito polêmicos na visão do ordena-
mento jurídico brasileiro. Além dis-
so, o debate proporciona uma visão
geral sobre os aspectos religiosos,
econômicos, políticos e culturais que
envolvem os temas.”
da IV – Ações Constitucionais foi
revista pelo professor, Gustavo
Faria, com o objetivo de dar o
destaque que o tema merece,
tocando nos principais pontos
da nova Lei, revendo conceitos
dentro de uma visão crítica e, es-
pecialmente, trabalhando a prá-
tica da ação, com o desenvolvi-
mento de petições que explo-
rem o novo conteúdo do Man-
dado de Segurança e permitam
que os estudantes façam uso
imediato dessa garantia funda-
mental, já sob a nova formata -
ção exigida pela Lei.
Ao falar das adequações na
lei, o professor enfatiza a preocu-

Mais prática
pação da faculdade em manter
seus docentes e discentes sem-
Pensando mais uma vez em inserir os alunos nas práticas jurídicas e conti - pre atualizados. ”Procedimentos
nuando o trabalho iniciado no semestre passado, a professora Caroline Scofield didáticos específicos, que bus-
Amaral, na disciplina Direito Previdenciário, e com o objetivo de despertar nos quem aliar teoria e prática, são
discentes a importância de se manterem sempre atualizados com a jurispru - instrumentos de que a Faculda-
dência dos Tribunais Superiores, propôs aos alunos a análise do precedente RE de Arnaldo se vale para minimi-
587.365/SC, julgado pelo Supremo Tribunal Federal, em março deste ano, no zar as naturais inseguranças da-
qual se discutiu qual a renda a ser considerada para a concessão do auxílio-re- queles que batem à porta da
clusão. O benefício, garantido às famílias e dependentes do segurado recolhi- carreira profissional e, a cada dia,
do à prisão, está sendo discutido, principalmente sobre qual renda deve ser são bombardeados com as re-
considerada, se a do segurado ou dos dependentes. formas legislativas inerentes à di-
namicidade do Direito.”
 SOLIDARIEDADE P˘G. 15

Atendimento jurídico gratuito no bairro Esplanada

Os alunos de Direito dedicaram las de aula e viver situações reais, sentadas, representa um importan-
uma manhã de sábado, no mês de “ além de colocarem em prática o te momento como profissional e
setembro, para atender gratuita- que aprendem em sala de aula, esse também como ser humano”, enfati-
mente a comunidade do Bairro Es- contato direto com as pessoas e inú- za José Samuel. A ação ocorre todos
planada. Orientados pelos professo- meras situações que nos são apre- os semestres, desde 2005.
res Soraia Murta, José Samuel, ANNA ROCHA
Bruno Scaldaferri e Cláudia Regina,
os alunos do 7o ao 10o período pres-
taram consultoria jurídica na Casa
do Homem Nazaré, instituição que
acolhe crianças e adolescentes em
situação de risco social. O evento foi
mais uma ação do Núcleo de Prática
Jurídica (NPJ), com o objetivo de le-
var esclarecimento sobre assuntos
como direito de família, civil, penal
e trabalhista, para quem precisa.
“ A ideia de irmos às comunidades
surgiu do nosso interesse de levar a
informação aquelas pessoas que não
têm condição de pagar por um aten-
dimento especializado”, conta o
Coordenador do Núcleo de Prática
Jurídica, José Samoel de Oliveira.
Para os alunos a atividade vai
além de ajudar as pessoas, é uma
oportunidade também de praticar
tudo aquilo que é ensinado nas sa- Há quatro anos os estudantes prestam orientação a comunidades carentes

O ‘mesmo’ é mesmo chato?

O professor de Língua Portuguesa Sérgio Nogueira, em
seus textos de dicas sobre a Língua Portuguesa padrão, trata
sobre o uso do termo “mesmo”, no nosso vernáculo. Ele nos
alerta para um modismo que pode prejudicar os textos que
primam pela norma padrão. Segundo o professor isso virou
moda e ninguém aguenta mais. É o chatíssimo vício de us-
ar a palavra “mesmo” como se fosse pronome substantivo;
é a mania de usar “o(s) mesmo(s), a(s) mesma(s)” para subs -
tituir algum substantivo citado anteriormente, diz Nogueira.
Vejamos alguns exemplos: 1. “Os diretores se reuniram
hoje pela manhã e os mesmos decidiram rejeitar a nossa
proposta”; 2. “Eram duas metralhadoras e as mesmas fo-
ram deixadas no porta-malas”; 3. “O réu foi até a vítima e
falou com a mesma”; 4. “Leu o relatório e tirou várias con-
clusões do mesmo”; 5. “O advogado procurou o morador
e ofereceu ao mesmo seus serviços”.
Para Nogueira, há a possibilidade de evitar esse modis -
mo. Vejamos. a) simplesmente eliminá-lo: “Os diretores se
reuniram hoje pela manhã e decidiram rejeitar a nossa
proposta”. b) substituí-lo por uma palavra ou expressão
equivalente: “Eram duas metralhadoras. As armas foram
deixadas no porta-malas”.
c) substituí-lo por pronome pessoal, possessivo ou de-
monstrativo: “O réu foi até a vítima e falou com ela”; “Leu o
relatório e tirou dele várias conclusões”; “O advogado pro-
curou o morador e ofereceu-lhe seus serviços”.
Ainda segundo o professor, é importante lembrar que
existem situações em que o uso de “mesmo” é correto:
1ª) Como reforço após substantivos ou pronomes pes-
soais. Nesse caso, é possível substituí-lo por “próprio”: “Eu
mesmo (próprio) fiz o trabalho”; “Ela mesma (própria) esco-
lheu a data do casamento”; “Elas feriram a si mesmas (pró-
Jacqueline Diniz Oliveira Souki –
Doutoranda em Linguística do Texto
e do Discurso (UFMG) e leciona na
Faculdade Arnaldo
prias)”; “Os professores mesmos
(próprios) prepararam a festa
junina”.
2ª) Como advérbio, equiva-
lente a “de fato, realmente”: “Eles
não virão mesmo (realmente) à
reunião”; “Ele falou mesmo (de
fato) sobre o assunto”.
3ª) Substantivado no singular, precedido do artigo defini-
do, equivalente a “mesma coisa”: “Acatar não é o mesmo
que acolher”.
Além disso, o professor ressalta que o “mesmo” que de-
vemos evitar é aquele que substitui, é aquele que faz papel
de pronome substantivo. Em alguns edifícios das cidades,
encontramos uma “viciada” plaquinha na porta dos eleva-
dores: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo
encontra-se parado no andar”. Isso significa que se for “ou-
tro”, se não for “o mesmo”, não devemos entrar? Dessa for-
ma, é claro que não é essa a interpretação devida.
Isso só comprova que o uso de “mesmo” como prono-
me pode prejudicar a clareza e a elegância da frase. Bas-
ta fazer uma inversão e eliminar o pronome: “Antes de en-
trar, verifique se o elevador está parado no andar”, finaliza
Sérgio Nogueira. Enfim, cada pessoa deve decidir como us-
ar “o nosso mesmo de cada dia”. Entretanto, é fundamen-
tal levar em consideração o uso dessa palavra caso os nos-
sos textos exijam a norma padrão da Língua Portuguesa.
P˘G. 16 INSTITUCIONAL

Para quem
é Arnaldo
A nova campanha institu-
cional da Faculdade Arnaldo
que está sendo veiculada em
toda a cidade, traz o tema “Eu
sou Arnaldo, quem você quer
ser?”. A campanha conta com
a participação de alunos e tem
o objetivo de mostrar a cara
da Faculdade em outdoors e
busdoors. Os escolhidos para
estampar a campanha foram
Elaine de Oliveira Santos, do
5º período de Administração e Aniversário da Congregação e Cem anos
Victor Hugo Alves, 6º período
de Direito. Para os discentes do falecimento do Santo Arnaldo Janssen
foi uma honra participar da Começaram no mês de agosto as comemorações do centenário
campanha e representar a Fa- da presença Verbita em Belo Horizonte e as homenagens aos cem
culdade Arnaldo, durante o anos de falecimento do Santo Arnaldo Janssen. As solenidades acon-
processo seletivo. Elaine con- teceram até o dia 4 de outubro, em várias instituições associadas à
tou que não imaginava rece- Congregação do Verbo Divino, entre elas a Faculdade Arnaldo. Para
ber o convite. “Fiquei muito comemorar, várias missas foram celebradas nas áreas de atuação
surpresa e contente, me senti da Congregação na capital. A última eucaristia festiva foi realizada
lisonjeada e orgulhosa por es- na Capela do Colégio Arnaldo e contou com a presença do Arcebis-
tampar os flyers”, afirma a po Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azeve-
aluna. Já Victor Hugo Alves do, do Provincial da Congregação do Verbo Divino, Djalma Antônio
acredita que o convite foi o re- da Silva, SVD, dos diretores do Colégio e Faculdade Arnaldo, além de
conhecimento de seu empenho membros da Congregação. “A celebração foi um momento de gra-
acadêmico. “Quando soube ça e benção. Neste um século de existência, o Verbo Divino em Belo
que a escolha foi baseada no Horizonte já formou várias gerações de ilustres homens e mulheres,
desempenho acadêmico fiquei
que hoje são reconhecidos no cenário nacional”, destacou Tancredo
mais contente ainda”, finali-
Dimas, integrante da equipe que organizou as festividades.
zou o estudante.