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Plano de Autoavaliação
Subdomínio C. 1
Indicador de Processo – C.1.1
Indicador de Impacto/Outcome – C.1.2
Introdução:
Considero necessário que, esta minha reflexão sobre “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares -
metodologia de operacionalização (Parte I)”, seja contextualizada com a situação em que a Escola Secundária de
Sebastião da Gama se encontra actualmente porque a BE desta escola vai entrar num processo de mudança de
espaço.
A escola encontra-se em remodelação, integrada no Programa de Modernização do Parque Escolar, o que vai
permitir à BE ocupar um espaço em nada semelhante ao actual quer em dimensão, funcionalidade ou
equipamentos.
Esta mudança física de apetrechamento e gestão do novo espaço, associada à mudança de coordenação, ao inicio
do processo de implementação do Modelo de Autoavaliação da BEs e ainda devido à caracterização de
procedimentos da actual BE, levou-nos a nós, equipa actual da BE e posterior aceitação dos Órgãos de Direcção e
Pedagógico da escola, a identificar o Domínio D, como o domínio necessário para concretizarmos a mudança e
caminharmos em frente.
Esta breve introdução serve ainda para posterior justificação de possíveis alterações da calendarização apontada
na Metodologia de Autoavaliação do Domínio e também para o possível não cumprimento do PAA da BE, já
delineado para o ano lectivo que está a decorrer. Importa dizer também que, poderá vir a ser interrompido todo o
processo de Implementação do próprio Modelo de Autoavaliação, uma vez que a data apontada para habitar o
novo espaço era inicialmente dia 16 de Março, com indicação para o encerramento da BE de 1 a 16 de Março, para
o processo de mudança. Contudo, houve recentemente uma alteração de planos de obra que prevê o
encerramento da BE desde meados de Janeiro até ao início de Abril, sem indicação de datas precisas.
Receio que, o caminho a percorrer seja interrompido pelas razões apontadas e que se perca esta oportunidade
neste ano lectivo 2009-2010.
Para além da situação anteriormente descrita devo acrescentar que a implementação do processo de
Autoavaliação está a decorrer em simultâneo com a sua divulgação à comunidade educativa.
Não sendo o domínio D considerado nesta tarefa, optei pelo Domínio/Subdomínio C.1, por ser um
Domínio que pode despoletar um grande
dinamismo e convergência de interesses nos vários actores do processo ensino-aprendizagem .
a)
Subdomínio C. 1. – Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular.
b)
Indicador de Processo – C.1.1
Indicador de Impacto/Outcome– C.1.2
A avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja leitura nos mostra os aspectos positivos que devemos realçar
e fazer sobressair comunicando os resultados ou aspectos menos positivos que nos podem obrigar a repensar
formas de gestão e maneiras de funcionamento.
Essas evidências incidem, entre outros aspectos, sobre as condições de funcionamento da BE:
• os serviços que a BE presta à escola/agrupamento;
• a utilização que é feita da BE pelos seus vários utilizadores;
Todos os domínios apontam para as áreas nucleares em que, se deverá processar o trabalho da/com a BE e que
têm sido identificados como elementos determinantes e com um impacto positivo no ensino e na aprendizagem.
A finalidade central do processo de auto-avaliação das bibliotecas escolares, reside na criação de um ciclo com
vista a uma melhoria contínua do trabalho que é desenvolvido. Esse trabalho é analisado em termos de
processos e de resultados e impactos:
Os dois factores críticos de sucesso, que o Modelo de Autoavaliação aponta para este indicador, são reveladores da
importância que lhe é atribuída, no sentido de “desenvolver a sensibilidade estética e o gosto e interesse pela arte,
ciência e literatura”, o que faz da BE um espaço de acção pedagógica promotora de benefícios para os seus
utilizadores.
Os impactos/octomes podem ser avaliados, através da folha de registos de participação nas actividades e através
da realização de questionários tais como (QA3), indicado na tabela, no campo das evidências. As questões 4 e 5
deste questionário, permitem-nos avaliar o que leva efectivamente os alunos à BE.
Cada vez mais, os jovens aprendem em ambientes informais e o carácter lúdico pode representar outra forma de
aprender e conhecer.
As actividades podem tornar-se num instrumento indispensável como apoio didáctico pedagógico e cultural que
promovem o aumento da utilização da BE pelos utilizadores.
Medir os outcomes (Impactos) significa, ir mais além, no sentido de conhecer o benefício para os utilizadores da
sua interacção com a biblioteca. A qualidade não deriva nesta acepção, da biblioteca em si mesma ou do seu peso
intrínseco, mas do valor atribuído pelos utilizadores a esse benefício, traduzido numa mudança de conhecimento,
competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem estar, inclusão etc.” texto da sessão pág. 2.
O PAA da BE para este ano lectivo, contempla uma diversidade de actividades que tem como objectivo desenvolver
competências em várias Áreas, porque acreditamos que a implementação de actividades visa a promoção da
autonomia do aluno. A elaboração de trabalhos relativos à Comemoração do Dia Internacional dos Direitos
Humanos, proposto pela BE em articulação com a Área de Projecto, ITIC , Educação Moral e Religião Católica e
Língua Não Materna, sendo um trabalho realizado fora da sala de aula e dentro da BE, tem sido revelador da
atenção, interesse e empenhamento na sua realização por parte dos alunos . Os alunos compreendem as tarefas
propostas ao nível da sua finalidade pedagógica, compreendem as razões da realização da actividade e conhecem
ainda a sua justificação curricular. Procuramos assim, ir ao encontro da filosofia de avaliação baseada em
Mas, actualmente pretende-se uma avaliação Qualitativa, reveladora de qualidade, dos recursos, dos processos e
do seu impacto na aprendizagem, para a qual a dinâmica gerada pelas actividades poderá ser um grande
contributo.
c)
Plano de Avaliação dos indicadores seleccionados
A implementação do processo de avaliação orientado pelo Professor Bibliotecário deve envolver todos os parceiros
da escola:
• O Professor Bibliotecário
• Equipa da BE
• Equipa do PTE
• Direcção da Escola
• Conselho Pedagógico
• Departamentos
• Conselhos de Turma
• Professores
• Alunos
• Pais e ou Ec. de Educação
• Utilizadores da BE
O Diagnóstico da situação com identificação de pontos fortes e fracos deve ser o ponto de partida a fim de iniciar
todos os procedimentos inerentes à auto-avaliação seguindo a metodologia:
1. Planear a Avaliação
Seleccionar o domínio
Verificar aspectos implicados
2. Recolher Evidências
Identificar as evidências mais relevantes para o domínio a avaliar
Organizar e produzir instrumentos
3. Analisar os Dados
Fazer apreciações e retirar ilações
Confrontar os dados com os factores críticos de sucesso e os perfis de desempenho
Diagnóstico:
• O Horário da BE não coincide com a permanência dos • A elaboração de um PAA da BE rico e diversificado
alunos na escola; que promove o desenvolvimento da leitura e das
• Falta de recursos humanos o que inviabiliza e literacias junto dos seus utilizadores
condiciona a realização de tarefas de apoio aos • Um catálogo quase completo, informatizado
alunos; disponível aos utilizadores
• Poucas horas de BE atribuídas aos professores que • Candidatura da escola ao PNL neste ano lectivo
fazem parte da equipa e respectivos colaboradores • Um elemento da equipa com 35 horas além do
• Inexistência de uma cultura de participação nas professor bibliotecário
actividades da BE por parte do corpo docente e • Decoração dos espaços de modo a torna-los
alunos; minimamente apetecíveis e funcionais tendo em
• Dificuldade por parte dos alunos e professores no conta as limitações existentes
manuseamento de ferramentas de informação e • Implementação dos (TEs) para apoio a actividades na
comunicação BE – Aprender a Aprender e Leitura Orientada
• Resistência no envolvimento do corpo docente nas • Iniciação da implementação do processo de
tarefas da BE Autoavaliação
• Fraca articulação entre os departamentos • Constante divulgação das actividades promovidas
curriculares e a BE pela BE
• Inexistência de antecedentes que sirvam de • Existência de uma página Web
referencial aos alunos e os motivem a querer • Existência de um Blogue
participar livremente nas actividades;
• Falta de espaço que permita a diferenciação de
actividades na BE
• Falta de espaço que condiciona a funcionalidade da
BE
• Inexistência de um sistema de empréstimo
informatizado
No que diz respeito ao subdomínio escolhido e respectivos indicadores C.1.1 e C.1.2, teremos que avaliar de que
modo as actividades desenvolvidas na BE, conseguem ir ao encontro da promoção e desenvolvimento da leitura e
das literacias junto dos seus utilizadores.
Estes indicadores são apenas dois, num universo de cinco apontados que definem a zona nuclear de intervenção
do Subdomínio C.1
Segundo a proposta do Modelo de Autoavaliação das BEs, cada domínio/subdomínio é-nos apresentado numa
tabela que inclui um conjunto de indicadores temáticos, que se concretizam em diversos factores críticos de
sucesso.
Os indicadores apontam para as zonas nucleares de intervenção em cada domínio e permitem a aplicação de
elementos de medição que irão possibilitar uma apreciação sobre a qualidade da BE.
Os factores críticos de sucesso pretendem ser exemplos de situações, ocorrências e acções que operacionalizam o
respectivo indicador. A listagem permite compreender melhor as formas de concretização do indicador, tendo
simultaneamente um valor informativo/formativo e constituindo um guia orientador para a recolha de evidências.
Para cada indicador é igualmente apontado pelo Modelo, possíveis instrumentos para a recolha de evidências que
irão suportar a avaliação.
Finalmente, a tabela apresenta também para cada indicador, exemplos de acções para a melhoria, ou seja,
sugestões de acções a implementar no caso de ser necessário melhorar o desempenho da BE em um dos campos
específicos.
O texto da sessão, pág. 6, indica uma metodologia a seguir para a Elaboração do Plano de Avaliação a
qual poderá ser adaptada do seguinte modo:
As tabelas apontam para um conjunto de evidências que nos permitem conhecer de forma fundamentada, o nível
de desempenho e impacto da BE em relação aos dois indicadores seleccionados no subdomínio C.1, o que nos
permitirá agir no sentido da melhoria e implementar as respectivas acções de melhoria.
O Modelo de Autoavaliação refere que, a maior dificuldade da sua aplicação e talvez mais importante, é saber
identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair daí as informações (evidências) que
melhor esclarecem os resultados alcançados pela BE em relação ao indicador em análise.
Na tabela abaixo são-nos apresentados os instrumentos, que segundo o Modelo, são suficientes para o primeiro
ano da sua aplicação, os quais nos permitem a recolha de evidências e posteriores acções de melhoria dos pontos
fracos diagnosticados na BE, relativamente a este domínio já anteriormente identificados.
A aplicação do plano de avaliação do domínio/subdomínio seleccionado passaria pelo uso desta tabela.
Solicitar o envolvimento e
colaboração dos pais/EE e da
comunidade na organização
e financiamento dos eventos
Os resultados da análise efectuada aos indicadores seleccionados C.1.1 e C.1.2 serão depois confrontados com os
perfis de desempenho apresentados e integrarão conjuntamente com os outros indicadores uma análise
de conjunto, no sentido de verificar em que nível se situará a biblioteca escolar neste mesmo subdomínio.
A Recolha e posterior análise das evidências recolhidas, levar-nos-á à reformulação das acções a implementar e se
necessário à recolha de novas evidências, nova análise etc.; Num processo de continua melhoria de qualidade.
Assim esta avaliação leva-nos a reflectir sobre os outcomes (Impactos) o que significa ir mais além, no sentido de
conhecer o benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca neste subdomínio. Este procedimento
Neste processo, cada etapa compreende uma série de procedimentos que se vão reformulando, tendo em conta o
que a recolha sistemática de evidências demonstre ser um caminho que deve ser prosseguido ou que, pelo
contrário, deve ser abandonado ou melhorado.
A actuação baseada na evidence-based pratice, permitirá avaliar a missão da BE na conquista de melhores
outcomes
Níve
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
is
4 • A BE fomenta fortemente a aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo autónomos pelos alunos,
proporcionando um horário de funcionamento contínuo e alargado e a abertura nos períodos de interrupção lectiva.
• A BE dinamiza um amplo conjunto de actividades livres, de carácter lúdico e cultural, que correspondem aos interesses e
necessidades dos alunos.
• A BE promove a utilização autónoma e voluntária da biblioteca como espaço de lazer e livre fruição dos recursos,
praticando um horário contínuo e alargado e a abertura nos períodos de interrupção lectiva.
• A BE estimula e apoia fortemente a iniciativa e intervenção livre dos alunos.
3 • A BE contribui para a aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo autónomos pelos alunos,
praticando um horário contínuo e coincidente com a permanência dos alunos na escola.
• A BE dinamiza actividades livres, de carácter lúdico e cultural, que correspondem aos interesses e necessidades dos
alunos.
• A BE facilita a utilização autónoma e voluntária da biblioteca como espaço de lazer e livre fruição dos recursos,
permitindo o acesso durante a hora de almoço e todo o período de permanência de alunos na escola.
• A BE proporciona as condições necessárias para a iniciativa e intervenção livre dos alunos.
2 • A BE contribui para desenvolvimento de alguns métodos de trabalho e de estudo autónomos pelos alunos, praticando
um horário contínuo, embora com limitações pontuais.
• A BE dinamiza algumas actividades livres, de carácter lúdico e cultural.
• A BE assegura à hora de almoço a utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e 2livre fruição dos
recursos, embora com limitações pontuais.
• A BE proporciona pontualmente apoio a iniciativas dos alunos.
1 • A BE pouco contribui para a aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo autónomos pelos alunos.
• A BE raramente dinamiza actividades livres, de carácter lúdico e cultural.
• A BE dificulta a sua utilização autónoma e de livre fruição dos recursos, praticando um horário de funcionamento que
não permite o acesso fora do período lectivo.
• A BE não proporciona quaisquer apoios a iniciativas dos alunos.
Bibliografia
http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/course/view.php?id=84
http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=10197
http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345
Conde, Elsa e Martins, Rosa Canhoto – Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar: Princípios
Estrutura e Metodologias de Operacionalização, - Newsletter, nº5 – RBE
http://www.rbe.min-edu.pt/np4/512.html.