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1) O documento discute a divisão do direito em público e privado, com vários autores apresentando suas perspectivas sobre os critérios e limites dessa divisão.
2) É afirmado que a divisão serve como instrumento didático, mas que é difícil estabelecer fronteiras nítidas entre os dois ramos.
3) O direito público regeria relações onde predomina o interesse do Estado, enquanto o direito privado disciplinaria relações onde predomina o interesse dos particulares.
1) O documento discute a divisão do direito em público e privado, com vários autores apresentando suas perspectivas sobre os critérios e limites dessa divisão.
2) É afirmado que a divisão serve como instrumento didático, mas que é difícil estabelecer fronteiras nítidas entre os dois ramos.
3) O direito público regeria relações onde predomina o interesse do Estado, enquanto o direito privado disciplinaria relações onde predomina o interesse dos particulares.
1) O documento discute a divisão do direito em público e privado, com vários autores apresentando suas perspectivas sobre os critérios e limites dessa divisão.
2) É afirmado que a divisão serve como instrumento didático, mas que é difícil estabelecer fronteiras nítidas entre os dois ramos.
3) O direito público regeria relações onde predomina o interesse do Estado, enquanto o direito privado disciplinaria relações onde predomina o interesse dos particulares.
Doutor em direito administrativo pela UFMG, advogado, consultor jurdico, palestrante e professor universitrio. Autor de centenas de publicaes jurdicas na !nternet e do livro "# $ervidor %&blico e a 'eforma Administrativa(, 'io de )aneiro* Forense, no prelo. IMPRIMIR
A partir da defini+o do direito como um conjunto de normas ,ue disciplinar as relaes sociais em um determinado grupo, parte-se para a divis+o do pr.prio direito em uma rvore ,ue se dividiria em in&meros e distintos gal/os ou ramos. 0elso 'ibeiro 1astos parte da no+o de ,ue o direito 2* "... o conjunto de normas e princpios ,ue regem a atividade do 3stado, a rela+o deste com os particulares, assim como o atuar recproco dos cidad+os, e de ,ue o direito administrativo 2 um dos ramos do direito p&blico interno...( para perceber ,ue o mesmo possui fatores ,ue o diferenciam dentro do conte4to a ,ue pertence. A partir deste momento o pr.prio autor inicia anlise sobre a divis+o do direito nos ramos p&blico e privado.567 #s estudiosos da teoria geral do direito, ap.s longas e4posies acerca da divis+o do direito em dois ramos, p&blico e privado, s+o assentes em concluir ,ue a divis+o p&blico-privado serviria mesmo como um instrumento didtico para o ensino da ci8ncia do direito e uma mel/or compreens+o por parte dos seus estudiosos. 3dgar de Godo9 da Mata Mac/ado assim o fa: ao apresentar diferentes autores cada ,ual sem alcanar uma id2ia ou conclus+o precisa dos limites porventura e4istentes na divis+o entre o direito positivo p&blico e privado.5;7 Ao estudar a divis+o entre direito p&blico e privado, 3dimur Ferreira de Faria esclarece ,ue a ordem jurdica 2 uma, ine4istindo, assim, diferentes direitos. # ,ue acontece, por2m, 2 ,ue desde os romanos, o direito 2 dividido em p&blico e privado. A divis+o se justifica por e4istirem diferentes nveis de rela+o jurdica entre os cidad+os entre si e entre esses e o 3stado, a Administra+o %&blica. As relaes jurdicas entre os cidad+os particulares ocorreriam dentro do direito privado. ) as relaes nas ,uais estaria presente o %oder %&blico, ou mesmo o interesse p&blico, seriam pautadas pelo direito p&blico.5<7 # direito privado se dividiria, fundamentalmente, em dois ramos, ou seja, o civil e o comercial. ) o direito p&blico 2 composto de vrios sub-ramos, ,uais sejam, o direito constitucional, o administrativo, o penal, o previdencirio, o eleitoral, internacional p&blico e privado, processual civil e penal, do trabal/o, tributrio e financeiro. De %lcido e $ilva define o direito p&blico como o conjunto de leis, criadas para regularem os interesses de ordem coletiva, ou, em outros termos, principalmente, organi:ar e disciplinar a organi:a+o das instituies polticas de um pas, as relaes dos poderes p&blicos entre si, e destes com os particulares como membros de uma coletividade, e na defesa do interesse p&blico.5=7 $+o suas as palavras* A norma de Direito Pblico, pois, tende sempre a regular um interesse, direto ou indireto, do prprio stado, em !ue tem "ig#ncia, se$a para impor um princ%pio de car&ter pol%tico e soberano, se$a para administrar os negcios pblicos, se$a para defender a sociedade, !ue se indica o prprio alicerce do poder pblico'()*+ Di.genes Gasparini inicialmente aborda a ,uest+o dos dois ramos do direito tratando o mesmo como uma unidade indivisvel, macia, monoltica. >embra, no entanto, a sua divis+o, desde 'oma, em dois ramos, ,uais sejam, o privado e o p&blico. # Direito %&blico regularia as relaes jurdicas em ,ue predomina o interesse do 3stado, ao ponto ,ue o Direito %rivado disciplinaria as relaes jurdicas em ,ue predomina o interesse dos particulares. # crit2rio do interesse 2 ,ue dividiria, assim, o Direito em dois ramos.5?7 )os2 0retella )r informa ,ue o direito constitui-se em uma unidade desdobrvel em dois campos ,ue se comunicam entre si, apesar de informados por princpios distintos. #s dois campos s+o estabelecidos por motivos didticos. #s campos do Direito %&blico e do Direito privado s+o comunicveis entre si, embora formados por princpios distintos @ os princpios de direito pblico e os princpios de direito privado[7]. # problema de se dividir o direito em dois ramos esbarra na impossibilidade de se estabelecer, de modo absoluto, fronteiras ntidas entre eles.5A7 Desde U>%!AB#, no !mp2rio 'omano, o direito 2 dividido entre os dois campos p&blico e privado.5C7 Ap.s a utili:a+o de diferentes f.rmulas do direito romano, em termos atuais, o direito p&blico pode ser considerado como o responsvel pela disciplina das relaes jurdicas em ,ue preponderam imediatamente interesses p&blicos. ) o direito privado 2 o ramo do direito ,ue disciplina relaes jurdicas em ,ue predominam imediatamente interesses particulares. Mediatamente, o direito p&blico pode produ:ir efeitos sobre os interesses do particular e, da mesma forma, o direito privado pode agir sobre o pr.prio 3stado.56D7 # direito administrativo, por sua ve:, estuda e trata das relaes verticais, entre Administra+o e os cidad+os, mais comumente denominados administrados. Assuntos como servidores p&blicos, autar,uias, atos administrativos, desapropriaes, bens p&blicos, processos administrativos, poder de polcia e responsabilidade civil do 3stado, dentre outros, s+o abordados no direito administrativo.5667 Eel9 >opes Meirelles aponta a divis+o do Direito em dois grandes ramos, o %&blico e o %rivado. # Direito %&blico, ainda, pode ser dividido em !nterno e 34terno. # Direito %&blico !nterno tem como objeto a regula+o dos interesses estatais e sociais. #s interesses individuais s. s+o a,ui tratados refle4amente. # Direito %&blico 34terno tem como objetivo reger as relaes entre os 3stados soberanos e as atividades individuais internacionalmente. # Direito %rivado, por sua ve:, cuida com predominFncia dos interesses individuais, de modo a assegurar a coe4ist8ncia social e a frui+o de seus bens.56;7 As relaes de direito privado aconteceriam no sentido /ori:ontal.56<7 ) no direito p&blico temos a verticalidade ,ue impe ao %oder %&blico uma posi+o de superioridade frente aos particulares em fun+o da manuten+o do interesse p&blico. A pr.pria e4press+o direito administrativo designa tanto uma disciplina cientfica, ou seja, a 0i8ncia do Direito Administrativo, ,uanto um corpo de normas jurdicas a ,ue se submete a Administra+o. G, por e4emplo, o Direito Administrativo positivo brasileiro. A,ui, no Fmbito do direito administrativo, podem ser destacados tanto o crit2rio do interesse predominante, ,uanto o crit2rio do sujeito participante da rela+o jurdica para se posicionar o direito administrativo como ramo do direito p&blico interno brasileiro. 0arlos Ari $undfeld destaca o sentido e a utilidade das id2ias "direito p&blico( e "direito privado(, ,ue permeiam todo con/ecimento jurdico. %osto se tratarem de id2ias e n+o de normas, aponta o autor a possibilidade do ordenamento e4istir indiferente a elas. %ara o autor de $+o %aulo, embora a distin+o entre direito p&blico e direito privado e4istisse j no Direito 'omano, somente no 3stado de Direito 2 ,ue veio despertar grande interesse. A partir de ent+o, teriam sido apontados pela doutrina os crit2rios muitos crit2rios, dentre os ,uais se destacou o do sujeito e o do interesse. Direito p&blico, segundo o crit2rio inicial, seria a,uele ,ue tem por sujeito o 3stado, ao mesmo tempo ,ue o privado 2 o ,ue regeria a vida dos particulares. De acordo com o crit2rio do interesse, por sua ve:, as normas ,ue cuidassem de interesses p&blicos seriam p&blicas, en,uanto ,ue as normas ,ue regessem interesses privados seriam privadas. A grande dificuldade representaria a descoberta de ,uais seriam os crit2rios diferenciadores entre interesse p&blico e privado. Apontando a insufici8ncia do crit2rio anterior, o autor encerra o seu te4to apresentando uma distin+o entre direito p&blico e direito privado com base no regime jurdico. 56=7 A distin+o entre p&blico e privado tem uso assistemtico dentro da cultura jurdica. Desta forma, seria in.cua a busca de uma solu+o &nica, baseada em um s. crit2rio para, dentro da ci8ncia jurdica, esclarecer o significado de p&blico e de privado. A ado+o de um crit2rio formal para a distin+o entre p&blico e privado seria a &nica forma de construir uma distin+o entre os mesmos. Holtando-se os ol/ares para as normas jurdicas e para como elas regulam as situaes de ,ue cuidam, ou seja, para o regime jurdico por elas criado. Assim, os institutos de direito p&blico se distinguir+o dos de direito privado pela sua submiss+o a um ou a outro regime jurdico. Distinguir o p&blico do privado significaria con/ecer o regime de direito p&blico e o de direito privado. %or sua ve:, para con/ecer-se o direito p&blico fa:-se necessrio o con/ecimento dos princpios de direito %&blico.
Direito comparado Agustn Gordillo fa: importantes anotaes a respeito da divis+o do Direito em %&blico e %rivado. Assume o autor ,ue as diferenas entre os mesmos s+o ,ue no primeiro as relaes jurdicas se d+o entre o 3stado e os particulares, ou entre os seus diferentes .rg+os. 34emplifica ,ue na Argentina n+o / atividade estatal submetida unicamente ao direito comum ou privado. Iuando as normas de direito privado s+o aplicadas nas relaes de algum ente estatal, elas ser+o sempre modificadas ou aproveitadas com as normas de direito p&blico, de modo a fa:erem parte deste de alguma forma. Bas relaes de Direito %&blico sobressalta uma rela+o de subordina+o por,ue a lei confere ao poder p&blico uma certa superioridade jurdica sobre os particulares, um n&mero de atribuies superiores em rela+o aos direitos individuais. Ba rela+o de Direito %rivado prepondera uma rela+o de coordena+o entre os sujeitos ,ue s+o iguais. A rai: desta divis+o seria sociol.gica, visto ,ue tais relaes afetariam o "interesse p&blico( Jbem comum) ou o "interesse privado( individual, respectivamente.56K7 A nota caracterstica das normas de direito p&blico s+o ,ue as leis ,ue regem as relaes dos particulares com o 3stado v+o acumulando prerrogativas e privil2gios para o 3stado. Al2m do mais, alguns dos princpios concernentes a tais leis ir+o disciplinar relaes interiores ao pr.prio 3stado como, por e4emplo, a organi:a+o, funcionamento e atividade dos poderes p&blicos e o controle dos servios p&blicos monopoli:ados, os ,uais se utili:ar+o de princpios diferentes dos do direito comum.56?7
,-.,/0S1S Definir significa estabelecer fins, delimitar algo. Ao se descrever uma realidade, fa:emos a sua defini+o. 0oncluir, no entanto, e4ige trabal/o de considera+o acerca do assunto tratado, e4ige compreens+o a respeito do objeto ,ue est sendo abordado. %ara se concluir acerca da nature:a dos dois principais ramos do direito ou para se alcanar uma e4ata no+o da realidade das mesmas devemos ter em mente a preponderFncia dos interesses em ,uest+o. %redominando-se os interesses particulares, tem-se o direito privado. Ao contrrio, na predominFncia dos interesses ,ue afetariam todo o grupo social, teramos o direito p&blico.