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Formanda:
2009/2010
Abreviaturas
BE Biblioteca(s) Escolar(es)
BM Biblioteca Municipal
CP Conselho Pedagógico
DT Director(es) de Turma
EE Encarregados de Educação
PB Professor(a) Bibliotecário(a)
Na tentativa de levar a cabo uma apreciação e análise detalhada do teor/tipo de conteúdo dos
instrumentos de recolha de evidências indicados na tabela, começo por referir dois aspectos:
Perspectiva do PB como líder. Basta confrontar o perfil do PB, expresso nos itens 1. – 10.,
com as características atribuídas ao líder: papel fundamental na motivação para a
avaliação sistemática e sistémica da eficiência (processos), da eficácia (resultados,
impacto) e da qualidade das interacções concretizadas; abertura à mudança e à inovação,
mantendo-se disponível para modificar/reajustar práticas, em busca da melhoria
contínua; comunicador franco, directo e objectivo, revela grande capacidade de diálogo
com agentes portadores de interesses diferentes, por vezes, divergentes/opostos; agente
propulsionador da partilha da informação; gestor de conflitos; indutor do trabalho
colaborativo e do estabelecimento de parcerias dentro e fora da organização; consciente
e responsável, assume o compromisso de adoptar atitudes/comportamentos assentes
sobre a coragem e a ética, nomeadamente na avaliação (fraquezas e pontos fortes) das
suas próprias competências e das dos membros da sua equipa, incentivando à
transformação positiva.
Promoção dos hábitos e do gosto pela leitura. Mediante a interacção com os professores
no contexto da sala de aula e com vários clubes (de expressão dramática, música e dança,
leitura, de jornalismo e da natureza), a PB poderá ser um parceiro de vulto na criação/no
reforço de hábitos de leitura. Por exemplo, através da concretização das actividades “Na
Senda De… Eça de Queirós” (BE – clube de leitura), “Quantas Mais Fitas, Melhor!”
(BE – clube de cinema) e “Ela Anda Por Aí” – peça de teatro em que se dão informações
e orientações relativas à gripe A, com sentido de humor (BE – oficina de expressões,
música e dança). O preenchimento de fichas de leitura e a concretização de tempos de
encontro para falar informalmente de livros e de leituras, em que os intervenientes são
membros da comunidade escolar e da comunidade educativa são iniciativas que
concorrem para o êxito desta vertente do trabalho da PB. Também deverá ser
considerada a exploração das potencialidades do PNL, nomeadamente através do recurso
à biblioteca de livros digitais da RBE, instrumento que cativa rapidamente os mais
novos.
Uso das TIC e a exploração dos recursos WEB. A PB deve procurar manter-se actualizada
a este nível, a fim de conseguir motivar os alunos/formandos e ajudá-los a
adquirir/desenvolver competências a este nível. Esta actuação é prioritária, em virtude de
a aquisição/não aquisição de competências digitais e da literacia da informação constituir
um factor de inclusão/exclusão, respectivamente. Aqueles que não se revelarem capazes
da utilização dos recursos em questão ficarão privados de aceder a informação vasta e
importante; logo, a sua capacidade de compreensão e intervenção na sociedade
diminuírem drasticamente. A PB, mediante uma interacção concertada com os docentes
de ITIC/TIC e com a equipa PTE, deve desenvolver/colaborar num conjunto de
iniciativas que facilitem o desenvolvimento alargado de competências digitais e da
literacia da informação. Dou como exemplo actividades que fomentem o uso bem
orientado dos recursos existentes na BE - pesquisa, elaboração de trabalhos sobre temas
diversos e jogos educativos.
Articulação. A PB, conjuntamente com a equipa de apoio, procede a uma interacção ampla
e abrangente, integradora de agentes diversos, co-responsáveis pelas várias etapas por
que passam os diferentes projectos/intervenções. Para além das actividades
anteriormente mencionadas, outras deverão ser concretizadas, com ênfase para aquelas
que respeitam ao ensino/aprendizagem e à formação de cidadãos esclarecidos, críticos,
interventivos, criativos, autónomos e aprendentes. O leque de elementos implicados
nestas intervenções abrange agentes da comunidade escolar e da comunidade educativa.
Refiro--me, entre outras possibilidades, à Biblioteca Municipal, à Câmara Municipal, às
Juntas de Freguesia, a associações culturais e a agentes económicos, entre outros. Dou o
exemplo de uma actividade de divulgação da poesia junto da população, que inclui a
entrada em cafés para a leitura, acompanhada de fundo musical, de poemas respeitantes
ao tema do amor. O desenvolvimento da articulação supracitada verifica-se a vários
níveis: na concepção, na planificação, no planeamento, na execução, na avaliação e no
reajustamento das actividades, se tal for necessário/pertinente. Outra dimensão a ter em
conta é a construção de um catálogo conjunto dos recursos bibliográficos do concelho,
facilitado pela utilização do mesmo programa para a catalogação e empréstimo. Este
procedimento viabilizará o enriquecimento mais racional das colecções, pois em
concelhos pequenos/em bibliotecas próximas, não fará sentido a aquisição dos mesmos
recursos por diferentes bibliotecas. Estas deverão, inclusivamente, gerir este aspecto
conjuntamente, de modo a proporcionar aos utilizadores o acréscimo das opções de
leitura/consulta.
Para além dos instrumentos de recolha de evidências indicados anteriormente, devem ser
considerados outros, a saber:
A avaliação é, então, mais um contributo para que os actores da comunidade escolar possam
ajudar-se mutuamente a descobrir o significado do que fazem, ao mesmo tempo que cultivam neles e nos
outros a capacidade para melhorar e transformar as suas práticas e a sua interacção, mediante a assunção
de uma perspectiva crítica construtiva.
Bibliografia