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REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES

Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


metodologias de operacionalização (Parte II)

Formanda:

Maria Amélia da Anunciação Bernardo

2009/2010
Abreviaturas

BE Biblioteca(s) Escolar(es)

BM Biblioteca Municipal

CEB Ciclo do Ensino Básico

CP Conselho Pedagógico

DT Director(es) de Turma

EE Encarregados de Educação

ITIC Introdução às Tecnoilogias da Informação


e da Comunicação

PB Professor(a) Bibliotecário(a)

PNEP Plano Nacional de Ensino do Português

PTE Plano Tecnológico da Educação

RBE Rede de Bibliotecas Escolares


D Gestão da BE
D.2 Condições humanas e materiais para prestação dos serviços

Indicadores Instrumentos de recolha Frases-tipo exemplificativas das evidências


Factores críticos de sucesso
de evidências passíveis de serem obtidas
• O professor bibliotecário exerce uma • Auto-avaliação do
• O PB concretizou as seguintes
liderança forte e eficaz, promovendo:
D.2.1 Liderança do professor bibliotecário iniciativas:
- O trabalho sistemático e a
professor bibliotecário comunicação com os órgãos de (CK3). *Coordenou a análise prévia à situação da
na escola/agrupamento. direcção, administração e gestão BE, para conhecer as condições de
(director, conselho pedagógico), • Questionário aos docentes trabalho/funcionamento.
departamentos curriculares e demais (QD3). * Comunicou à direcção as carências da
estruturas de coordenação educativa e BE ao nível dos recursos e equipamentos.
supervisão pedagógica. • Registo do trabalho
- Uma participação efectiva no conselho articulado com *Participou activamente em reuniões dos
pedagógico e demais estruturas de departamentos curriculares e demais
coordenação educativa e supervisão departamentos e docentes. estruturas de coordenação educativa e
supervisão pedagógica, para a definição da
pedagógica, garantindo a integração e • Registos de
adequação dos objectivos e actividades missão e dos objectivos da BE.
da BE aos objectivos educativos e projectos/actividades *Implicou a BE em iniciativas da direcção,
curriculares da escola. desenvolvidos pela BE. do conselho pedagógico, dos
- Uma gestão integrada que rentabilize departamentos curriculares e do conselho
recursos e possibilidades de trabalho na de DT.
escola.
- Uma boa gestão dos recursos *Orientou o trabalho da equipa de apoio,
humanos, criando boas relações de modo a integrar os projectos/actividades
interpessoais com a equipa. da BE no projecto educativo, no plano de
- A mobilização das comunidades actividades, no projecto curricular do
educativa e escolar para o valor e para o agrupamento e nos planos curriculares de
trabalho da/com a BE. turma.
- O trabalho articulado com os *Motivou a direcção, o conselho
docentes. pedagógico, os departamentos curriculares
- O apoio e o trabalho com as e o conselho de DT para a interacção com a
BE/escolas do agrupamento, garantindo BE.
Indicadores Instrumentos de recolha Frases-tipo exemplificativas das evidências
Factores críticos de sucesso
de evidências passíveis de serem obtidas
igualdade de condições no acesso aos *Adequou o horário de funcionamento da
recursos de informação e a actividades BE às necessidades de diferentes membros
que facultem o apoio ao currículo e a da comunidade escolar, incluindo os
formação para as diferentes literacias. formandos do CNO.
- O apoio a projectos e a articulação
com outros actores com intervenção *Integrou a interacção da BE nas práticas
pedagógica na escola (PTE, PNEP, de ensino/aprendizagem.
PNL, outros). *Orientou e participou no estabelecimento
- A planificação estratégica e de interacções com o PTE, o PNEP, o PNL
operacional relacionada com os e o projecto Escolas Inovadoras
resultados da avaliação, com os (desenvolvido em parceria com a
objectivos prioritários e o planeamento Microsoft).
da escola.
- A operacionalização de programas de *Enriqueceu os recursos da BE, mediante o
formação para as literacias e actividades aproveitamento das oportunidades de
culturais que contribuam para as acrescentamento da colecção ao seu dispor.
aprendizagens dos alunos e para o *Informou a direcção da existência de
sucesso escolar. projectos de melhoramento do espaço e de
- A implementação da auto-avaliação reequipamento da BE e colaborou no
dos serviços, introduzindo um processo processo de candidatura a um desses
de melhoria contínua com impacto no projectos.
processo de planeamento e em acções
de promoção e marketing. *Colocou os recursos da BE ao serviço da
comunidade escolar e de elementos da
comunidade educativa, sempre que as
solicitações nesse sentido eram coerentes
com a sua missão e objectivos.
*Orientou e participou no estabelecimento
de interacções com outras bibliotecas
escolares e com a BM.
Indicadores Instrumentos de recolha Frases-tipo exemplificativas das evidências
Factores críticos de sucesso
de evidências passíveis de serem obtidas
• Currículos profissionais • A PB analisou as necessidades de
• O professor bibliotecário afecto
formação exigidas pela função
D.2.2 Adequação dos possui formação e competências dos membros da equipa.
desempenhada e enriqueceu a sua
adequadas ao seu conteúdo funcional,
recursos humanos às
nos termos da legislação vigente. • Horário da equipa. formação.
necessidades de • A direcção integrou na equipa da BE
funcionamento da BE • A equipa é pluridisciplinar, adequada • Questionário aos docentes docentes de diferentes áreas e duas
na escola/agrupamento em número e possui formação e (QD3). assistentes operacionais.
competências adequadas ao seu • A PB e a equipa estabeleceram
conteúdo funcional. interacções com o PTE, o PNEP, o PNL e o
• O professor bibliotecário e a equipa, projecto Escolas Inovadoras (desenvolvido
que deve integrar pessoal não docente, em parceria com a Microsoft), para
asseguram uma gestão integrada e propiciar o desenvolvimento das literacias.
serviços eficazes à escola/agrupamento. • A PB e a equipa desenvolveram uma
• O professor bibliotecário e a equipa interacção concertada que respondeu
têm uma atitude proactiva que: induz parcialmente às necessidades essenciais
comportamentos de acesso e uso dos detectadas ao nível do agrupamento.
recursos; garante uma mediação eficaz • A PB e a equipa informaram os
entre as necessidades dos utilizadores e utilizadores dos recursos disponíveis e
as fontes de informação; promove as motivaram-nos/orientaram-nos no sentido
possibilidades de trabalho facultadas do uso adequado dos mesmos.
pela BE.
• A PB organizou e colaborou com a
• O professor bibliotecário e a equipa equipa em visitas guiadas à BE, na
formam os alunos para o uso da BE, elaboração e distribuição de um guião do
para as diferentes literacias e utilizador e de fichas de descoberta da BE
acompanham-nos em trabalho orientado
na BE. • A PB e a equipa ajudaram os alunos na
elaboração de trabalhos, na resolução de
• O professor bibliotecário e a equipa problemas e no uso dos diferentes recursos.
trabalham articuladamente com outras
BE/escolas e com o exterior. • A PB e a equipa elaboraram guiões
referentes às regras para a elaboração de
trabalhos e apoiaram os alunos na
concretização de tarefas escolares.
Indicadores Instrumentos de recolha Frases-tipo exemplificativas das evidências
Factores críticos de sucesso
de evidências passíveis de serem obtidas

• A PB, em articulação com o PTE,


colaborou na aquisição de competências
digitais/na sistematização de competências
anteriormente adquiridas pelos alunos.
• A PB e a equipa, em interacção com
outras BE e com a BM, construíram o
catálogo dos recursos existentes nas várias
bibliotecas do concelho, tendo-o
disponibilizado para consulta on-line.
• A PB e a equipa interagiram com as
autarquias, o Teatro Ribeiro Conceição, o
Centro de Operações Especiais e a
Microsoft, na concretização de actividades
destinadas à comunidade
escolar/comunidade educativa.

D.2.3 Adequação da • A BE reflecte e integra os normativos • Documentos • A PB divulgou os normativos


BE em termos de definidos pelo ME/RBE. respeitantes à BE, junto da equipa e da
espaço às necessidades • A BE disponibiliza condições de caracterizadores da BE comunidade escolar, sempre que tal se
da escola/ espaço capazes de responder, no seu justificou, tendo propiciado a reflexão em
(planta, equipamentos,
agrupamento. funcionamento, às solicitações da torno dos mesmos.
comunidade escolar e a uma utilização outros). • A PB e a equipa cumpriram e motivaram
diversificada. para o cumprimento dos normativos
• A organização do espaço e dos • Registos de observação do relativos à BE.
recursos permite uma utilização funcionamento. • A PB e a equipa procederam a
integrada e flexível e o trabalho adaptações do espaço da BE, no sentido de
individual e em grupo. • Questionário aos docentes lhe conferirem uma maior funcionalidade e
• O mobiliário é adequado em termos conforto.
de ergonomia, quantidade, cor, altura, à (QD3). • A PB informou a direcção da existência
faixa etária e necessidades dos alunos, de projectos que viabilizam o
proporcionando boas condições de • Questionário aos alunos melhoramento do espaço e o
Indicadores Instrumentos de recolha Frases-tipo exemplificativas das evidências
Factores críticos de sucesso
de evidências passíveis de serem obtidas
acomodação e o acesso livre dos (QA4). reequipamento da BE e colaborou no
utilizadores à documentação. processo de candidatura a um desses
projectos.

• Os equipamentos são suficientes para • Inventário de equipamentos


D.2.4 Adequação dos • A PB enriqueceu os recursos da BE,
computadores e as necessidades locais e para responder
existentes. mediante o aproveitamento das
equipamentos aos serviços de biblioteca que a BE oportunidades de acrescentamento da
tecnológicos ao realiza no agrupamento. • Questionário aos docentes colecção.
trabalho da BE e dos • Os equipamentos respondem em
(QD3). • A PB informou a direcção da existência
utilizadores na actualidade, adequação e funcionalidade
escola/agrupamento. aos desafios que o paradigma actual • Questionário aos alunos de projectos de melhoramento do espaço e
coloca e ao trabalho e uso da de reequipamento da BE e colaborou no
documentação em diferentes suportes. (QA4). processo de candidatura a um desses
• Os equipamentos de leitura projectos.
áudio/Mp3 e vídeo/ DVD são • A PB e a equipa trabalharam em estreita
adequados em número e condições de colaboração com o PTE, tendo: ampliado
funcionamento às necessidades dos os seus conhecimentos na área das TIC;
utilizadores. construído, on-line, o jornal, suportes para
• O número de computadores responde a divulgação de informação e materiais
à procura e às solicitações da variados (por exemplo, fichas de
escola/agrupamento. actividades, no âmbito de diferentes
• O hardware está actualizado e o disciplinas).
software responde às exigências das
solicitações. • A PB, com o apoio do PTE, investiu na
• O professor bibliotecário rentabiliza exploração de novas ferramentas – WEB e
possibilidades de afectação de recursos plataforma moodle – para facilitar o
e de trabalho no contexto do diálogo e o desenvolvimento de processos
desenvolvimento do PTE ou de outros formativos com os utilizadores e o
projectos na área das TIC. agrupamento.
• A BE funciona em rede (Intranet e
Internet) e explora as potencialidades
Indicadores Instrumentos de recolha Frases-tipo exemplificativas das evidências
Factores críticos de sucesso
de evidências passíveis de serem obtidas
que as redes facultam.
• A BE recorre a diferentes tipos de
ferramentas: WEB, plataformas (LMS)
ou outros dispositivos da WEB2, para
incentivar o diálogo e desenvolver
processos formativos ou criativos com
os utilizadores e com o agrupamento.
Análise do Teor/Tipo de Conteúdo
dos Instrumentos Indicados na Tabela

Na tentativa de levar a cabo uma apreciação e análise detalhada do teor/tipo de conteúdo dos
instrumentos de recolha de evidências indicados na tabela, começo por referir dois aspectos:

 O carácter abrangente e a essencialidade dos aspectos considerados nos instrumentos


propostos pelo modelo. No entanto, senti a necessidade da criação de outros
instrumentos de recolha de evidências a apresentar a amostras de não docentes e de
pais/EE. Estes instrumentos terão como referência o Questionário aos alunos (QA4).
Desta forma, evitando o risco de o trabalho de (auto)avaliação da BE se dispersar por
uma quantidade incomportável de instrumentos, haverá disponibilidade para fazer incidir
o enfoque nos aspectos verdadeiramente relevantes a ter em conta.

 A inclusão desses aspectos é transversal aos instrumentos apresentados aos diferentes


agentes da comunidade escolar, mas tal não lhes confere um carácter repetitivo, antes
pelo contrário – a informação facultada é mais rica e abrangente, pois é fruto da visão de
diferentes agentes da comunidade escolar, facilitando, desta forma, a análise, a reflexão e
o debate mais proveitosos para a (re)orientação da interacção da BE no seio da
comunidade escolar/da comunidade educativa.

De seguida, passarei à análise mais detalhada dos diferentes instrumentos considerados,


tentando evidenciar as concepções que lhes subjazem.

Auto-Avaliação do Professor Bibliotecário (CK3)


Inquérito aos Docentes (QD3)
Inquérito aos Alunos (QA4)

 A BE constitui um serviço à comunidade escolar. Esta dimensão está patente na atenção


dada à adequação do horário de funcionamenro da BE às necessidades dos utilizadores.
Caso a resposta destes o justifique, a PB deverá, em conjunto com todos os interessados,
propor um outro horário à direcção. Todas as ofertas educativas devem ser tidas em
conta, inclusive as necesidades dos formandos do CNO (horário pós-laboral). A nova
mancha horária deve ser divulgada a toda a comunidade escolar, utilizando cartazes, o
jornal escolar (impresso e on-line), a página da escola, o blog da BE e a circulação de um
aviso pelas turmas.

 Perspectiva adoptada. A avaliação é encarada nas suas dimensões formativa e formadora,


de acompanhamento/controlo: “Implementado mas a requerer acções para melhoria”;
“Tem um nível de formação aprofundado e continua a investir na melhoria e
actualização das suas competências”.

 Perspectiva do PB como líder. Basta confrontar o perfil do PB, expresso nos itens 1. – 10.,
com as características atribuídas ao líder: papel fundamental na motivação para a
avaliação sistemática e sistémica da eficiência (processos), da eficácia (resultados,
impacto) e da qualidade das interacções concretizadas; abertura à mudança e à inovação,
mantendo-se disponível para modificar/reajustar práticas, em busca da melhoria
contínua; comunicador franco, directo e objectivo, revela grande capacidade de diálogo
com agentes portadores de interesses diferentes, por vezes, divergentes/opostos; agente
propulsionador da partilha da informação; gestor de conflitos; indutor do trabalho
colaborativo e do estabelecimento de parcerias dentro e fora da organização; consciente
e responsável, assume o compromisso de adoptar atitudes/comportamentos assentes
sobre a coragem e a ética, nomeadamente na avaliação (fraquezas e pontos fortes) das
suas próprias competências e das dos membros da sua equipa, incentivando à
transformação positiva.

 Auto-assunção do PB como aprendente, aceitando o investimento contínuo na


(auto)formação e actualização.

 Capacidade de mobilizar e integrar os membros da equipa da BE e da comunidade escolar.


Consumando o seu papel de líder, motiva a equipa de apoio para um trabalho mais
aberto à interacção com os membros da comunidade escolar, através da auscultação e do
diálogo mais frequente com a direcção, os departamentos curriculares, os conselhos de
directores de turma, a associação de pais/EE, a associação de estudantes e os alunos em
geral. Assim, a PB conseguirá interacções mais amplas e significativas, no concernente à
rentabilização dos recursos disponibilizados, integrando o seu uso em práticas de acesso,
tratamento e transformação da informação em conhecimento, desenvolvendo
competências no domínio das literacias e introduzindo uma cultura de formação ao longo
da vida.

 Assunção do papel de gestor de relações no interior da equipa, através da auscultação, do


diálogo e do respeito pela opinião dos outros, constituindo-se num agente propiciador da
criação/do desenvolvimento de sinergias indispensáveis ao trabalho colaborativo. Este
deve, progressivamente, manifestar maior eficiência, eficácia e qualidade. Neste âmbito,
a actuação da PB será o incentivo à (auto)formação, como estratégia conducente à
melhoria das interacções.

 Empenhamento, no sentido de colocar os recursos da BE ao dispor de todos os membros


da comunidade escolar e de sectores da comunidade educativa. Neste contexto, as
actividades lectivas e não lectivas em que interagem os departamentos curriculares, os
directores de turma, os conselhos de turma, os vários clubes (de expressão dramática,
música e dança, de jornalismo, da natureza, de cinema, da leitura, da protecção civil e da
astronomia) e gabinetes (de saúde e de apoio ao aluno e à família), podem ser
desenvolvidas, utilizando as instalações e recursos da BE. Deste modo, os recursos serão
mais variados. Através da observação e da auscultação, a PB e a sua equipa deverão
manter um acompanhamento constante aos utilizadores, encaminhando-os na resolução
de dificuldades. Saliento como exemplos a elaboração e distribuição do Guia do
Utilizador, a visita guiada à BE, a explicação sumária da classificação decimal universal,
para disciplinar a procura de bibliografia e, em interacção com o PTE, a formação ao
nível da utilização das tecnologias da informação e da comunicação.

 Esforço, no sentido da integração das interacções da BE nos documentos de autonomia:


projecto educativo, projecto curricular e plano anual de actividades do agrupamento,
assim como os projectos curriculares de turma e o regulamento interno. Desta maneira, a
actuação da BE atingirá progressivamente um maior grau de articulação com os
órgãos/estruturas do agrupamento. A presença activa da PB nas sessões do conselho
pedagógico e a sua participação em secções deste órgão (por exemplo, a coordenação
das secções responsáveis pela construção de uma proposta para o plano anual de
actividades do agrupamento e pela coordenação dos projectos culturais) , assim como a
intervenção em projectos específicos (PTE e Escolas Inovadoras), conferem à BE um
papel considerável no desenvolvimento das dinâmicas do agrupamento. O esforço
anteriormente referido, aliado à participação em reuniões dos departamentos
curriculares, constitui uma oportunidade de consumar a interacção com os docentes no
âmbito do ensino/aprendizagem. É fundamental que, conjuntamente, planeiem,
executem, avaliem e reajustem práticas, de modo a que a fronteira entre a sala de aula e a
BE se esbata.

 Promoção dos hábitos e do gosto pela leitura. Mediante a interacção com os professores
no contexto da sala de aula e com vários clubes (de expressão dramática, música e dança,
leitura, de jornalismo e da natureza), a PB poderá ser um parceiro de vulto na criação/no
reforço de hábitos de leitura. Por exemplo, através da concretização das actividades “Na
Senda De… Eça de Queirós” (BE – clube de leitura), “Quantas Mais Fitas, Melhor!”
(BE – clube de cinema) e “Ela Anda Por Aí” – peça de teatro em que se dão informações
e orientações relativas à gripe A, com sentido de humor (BE – oficina de expressões,
música e dança). O preenchimento de fichas de leitura e a concretização de tempos de
encontro para falar informalmente de livros e de leituras, em que os intervenientes são
membros da comunidade escolar e da comunidade educativa são iniciativas que
concorrem para o êxito desta vertente do trabalho da PB. Também deverá ser
considerada a exploração das potencialidades do PNL, nomeadamente através do recurso
à biblioteca de livros digitais da RBE, instrumento que cativa rapidamente os mais
novos.

 Uso das TIC e a exploração dos recursos WEB. A PB deve procurar manter-se actualizada
a este nível, a fim de conseguir motivar os alunos/formandos e ajudá-los a
adquirir/desenvolver competências a este nível. Esta actuação é prioritária, em virtude de
a aquisição/não aquisição de competências digitais e da literacia da informação constituir
um factor de inclusão/exclusão, respectivamente. Aqueles que não se revelarem capazes
da utilização dos recursos em questão ficarão privados de aceder a informação vasta e
importante; logo, a sua capacidade de compreensão e intervenção na sociedade
diminuírem drasticamente. A PB, mediante uma interacção concertada com os docentes
de ITIC/TIC e com a equipa PTE, deve desenvolver/colaborar num conjunto de
iniciativas que facilitem o desenvolvimento alargado de competências digitais e da
literacia da informação. Dou como exemplo actividades que fomentem o uso bem
orientado dos recursos existentes na BE - pesquisa, elaboração de trabalhos sobre temas
diversos e jogos educativos.

 Transformação da BE num serviço para todos. Apesar de a BE se encontrar instalada na


sede do agrupamento e de, frequentemente, os jardins de infância e as outras escolas não
possuírem biblioteca, em interacção com os educadores de infância e os professores, a
equipa da BE conseguirá garantir o acesso aos livros a todo o agrupamento. Interagindo
com os educadores de infância, os professores e as autarquias, consegue-se planear e
executar um conjunto de visitas à BE com actividades de leitura; elementos da equipa da
BE e da oficina de expressões, música e dança deslocam-se aos jardins de infância e
escolas do agrupamento para contarem histórias, fazerem leituras, levarem os alunos a
ler e dialogarem com eles sobre as histórias ouvidas/lidas. “A Mala Que Anda” é a
ilustração de uma outra forma de “levar” a BE a todo o agrupamento (uma mala de
viagem, decorada com recortes expressivos de jornais e revistas, recheada de livros para
alunos e professores, transportada, na primeira deslocação, pela D. Fantasia, introduzida
pelo discurso de um secretário das inaugurações e atrapalhações falador e estouvado,
percorre todo o agrupamento com o propósito de, demorando-se cerca de três semanas
em cada jardim de infância/escola do 1.º CEB, colocar à disposição livros para todos
lerem e desenvolverem actividades de escrita, reconto, dramatização e outras que as
educadoras de infância/professores julguem oportunas.

 Articulação. A PB, conjuntamente com a equipa de apoio, procede a uma interacção ampla
e abrangente, integradora de agentes diversos, co-responsáveis pelas várias etapas por
que passam os diferentes projectos/intervenções. Para além das actividades
anteriormente mencionadas, outras deverão ser concretizadas, com ênfase para aquelas
que respeitam ao ensino/aprendizagem e à formação de cidadãos esclarecidos, críticos,
interventivos, criativos, autónomos e aprendentes. O leque de elementos implicados
nestas intervenções abrange agentes da comunidade escolar e da comunidade educativa.
Refiro--me, entre outras possibilidades, à Biblioteca Municipal, à Câmara Municipal, às
Juntas de Freguesia, a associações culturais e a agentes económicos, entre outros. Dou o
exemplo de uma actividade de divulgação da poesia junto da população, que inclui a
entrada em cafés para a leitura, acompanhada de fundo musical, de poemas respeitantes
ao tema do amor. O desenvolvimento da articulação supracitada verifica-se a vários
níveis: na concepção, na planificação, no planeamento, na execução, na avaliação e no
reajustamento das actividades, se tal for necessário/pertinente. Outra dimensão a ter em
conta é a construção de um catálogo conjunto dos recursos bibliográficos do concelho,
facilitado pela utilização do mesmo programa para a catalogação e empréstimo. Este
procedimento viabilizará o enriquecimento mais racional das colecções, pois em
concelhos pequenos/em bibliotecas próximas, não fará sentido a aquisição dos mesmos
recursos por diferentes bibliotecas. Estas deverão, inclusivamente, gerir este aspecto
conjuntamente, de modo a proporcionar aos utilizadores o acréscimo das opções de
leitura/consulta.

 Avaliação contínua. A PB deve motivar, informar/esclarecer os elementos da equipa de


apoio dos objectivos a alcançar com este exercício contínuo. Deve, ainda, definir
claramente que o mesmo colocará o enfoque sobre os processos (eficiência), os
resultados/impacto (eficácia) e a qualidade das interacções. Deve aproveitar os
instrumentos produzidos e disponibilizados pela RBE e, caso ache necessário/pertinente,
produzir outros, com a colaboração da equipa respectiva. A análise SWOT, tendo em
conta as fraquezas, os pontos fortes, as ameaças e as oportunidades, é aquela que poderá
perspectivar de forma mais objectiva e clara a capacidade de resposta dos recursos e
serviços. A análise dos resultados obtidos, a reflexão e o diálogo tendentes a encontrar
alternativas mais eficientes e eficazes conduzirão, eventualmente, à reformulação dos
planos de trabalho e das interacções. Este trabalho avaliativo será desenvolvido com a
equipa de apoio, com os intervenientes nas iniciativas e o público-alvo (amostra
significativa). Para que tal seja possível, a PB fará distribuir questionários propostos pela
RBE, no Modelo de Auto--Avaliação da Biblioteca Escolar, ou produzidos por si e pela
equipa de apoio. Poderá, ainda, recorrer a um livro/caixa de sugestões, colocado(a) na
BE, em lugar visível e de fácil acesso.

Outros Instrumentos de Recolha de Evidências

Para além dos instrumentos de recolha de evidências indicados anteriormente, devem ser
considerados outros, a saber:

 Registos do trabalho articulado com departamentos e docentes.

 Registos de projectos/actividades desenvolvidos pela BE.

 Currículos profissionais dos membros da equipa.

 Documentos caracterizadores da BE (planta, equipamentos, outros).

 Registos de observação do funcionamento da BE.

 Inventário de equipamentos existentes.

Considerada autonomamente, a informação veiculada por estes instrumentos não é suficiente


para se aferir da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços prestados e das interacções estabelecidas. O
seu teor carece de complementação, através do preenchimento da Auto-avaliação do professor
bibliotecário e dos questionários dirigidos aos docentes e aos alunos. Penso que será pertinente elaborar
questionários dirigidos aos não docentes e aos pais/EE, com o objectivo de obter a sua opinião acerca dos
aspectos mais marcantes da interacção da BE. Esta será também uma forma de os alertar para a
necessidade do seu envolvimento nas dinâmicas daquela. Os instrumentos a criar poderiam incidir, entre
outros aspectos, sobre a (in)adequação do horário da BE face às suas necessidades, o
interesse/desinteresse da colecção, a actualização e adequação dos equipamentos tecnológicos, a
diversidade da colecção em áreas temáticas e em suportes e a disponibilização de recursos e de
ferramentas Web para acesso, produção e difusão da informação.

Em suma, a apresentação destes instrumentos a amostras significativas dos diversos agentes da


comunidade escolar insere-se na concretização do que Todd Ross chama de evidence-based pratice
Todd, (2002). Por outro lado, assenta numa concepção segundo a qual a avaliação não constitui um fim
em si mesmo:

A avaliação é um instrumento de melhoria da qualidade. Os resultados obtidos no processo de auto-


-avaliação devem, por isso, ser objecto de análise colectiva e de reflexão na escola/agrupamento e
originar a implementação de medidas adequadas aos resultados obtidos. (…)

O relatório final de auto-avaliação é o instrumento que descreve os resultados da auto-avaliação e


que delineia o conjunto de acções a ter em conta no planeamento de actuações futuras a desenvolver.
Esse relatório vai dar uma visão holística do funcionamento da BE e assumir-se como instrumento de
sistematização e de difusão de resultados a ser apresentado junto dos órgãos de gestão e de decisão
pedagógica. Deve originar uma súmula a incorporar no relatório de auto-avaliação da escola e orientar
o professor bibliotecário na entrevista a realizar pela Inspecção-Geral de Educação. RBE (2009).

A avaliação é, então, mais um contributo para que os actores da comunidade escolar possam
ajudar-se mutuamente a descobrir o significado do que fazem, ao mesmo tempo que cultivam neles e nos
outros a capacidade para melhorar e transformar as suas práticas e a sua interacção, mediante a assunção
de uma perspectiva crítica construtiva.
Bibliografia

<http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=10215 > [18/11/2009]

<http://www. schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html> [18/11/2009]

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