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A fala da rainha, por sua vez, traz tona a atualssima reflexo sobre a
negao da subjetividade do louco, quando rebate a declarao de que o
tratamento tinha por objetivo fazer com que ele voltasse ao normal, ao que era
antes: - Como voltar ao que era se no sabem quem ele era?, questiona. A
despeito de toda a humilhao que lhe imposta a pretexto de cur-lo, o rei
....
(...) Por duplo da doena mental entendido tudo aquilo que se constri
em termos institucionais em torno do sofrimento das pessoas. a face
institucional da doena mental, construda a partir da negao da
subjetividade, das identidades, a partir da objetivao extrema da
pessoa. Toda essa negao e essa objetivao so construdos a partir
das
noes
de
periculosidade,
irrecuperabilidade
e
incompreensibilidade da doena mental (AMARANTE, 1994, p. 65-8).
No filme o terapeuta cria formas de lidar com os pacientes, como filmlos durante a sesso para trabalhar depois com eles os contedos de suas
falas. Os doentes, nesse contexto, tm voz, tm rosto, exercem o direito
soberano de viver as suas contradies apesar da doena, porque a vida, na
viso do mdico, deve ser experimentada mesmo sem entend-la, mesmo
quando di, mesmo quando te destri, pois o importante conhecer o prprio
medo. Indagado sobre a eficcia do mtodo (Lorenzo pergunta: - d certo?),
ele responde simplesmente: - No sei. No h respostas.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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