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O colega J.P. Costa sintetizou os pontos-chave veiculados pelos textos recomendados acerca da
actuação do professor bibliotecário, que terá de ser hábil enquanto
O paradigma ideal de referência apresentado, proposto para aferir a qualidade dos serviços que
as nossas bibliotecas escolares oferecem, está num patamar muito difícil de atingir, muito por culpa da
asfixia financeira que se abate sobre as escolas e sobre a sociedade, em geral.
A prova disso é as inúmeras dificuldades com que o colega J.P.Costa se depara no seu
quotidiano: espaço físico deficitário, recursos áudio-visuais muito usados e sem novidades recentes;
outros problemas completam o panorama pouco promissor: literacias pouco desenvolvidas, falta de
hábitos saudáveis de leitura, mau uso dos recursos informáticos, desactualização da página da
Internet…
A estas dificuldades J.P. Costa aponta algumas linhas de acção para inverter esta tendência,
nomeadamente: a boa gestão do tempo do professor bibliotecário; a frequência de acções de formação;
o estabelecimento de parcerias estratégicas; o trabalho em equipa e em rede; a valorização da página
da escola, com a disponibilização de novas ferramentas digitais para toda a comunidade escolar.
Este novo estilo de liderança assenta no modelo de auto-avaliação – “Avaliar para melhor
progredir de forma transparente, em parceria com os demais parceiros da comunidade escolar.”
Ao estabelecer um paralelo entre a realidade da minha biblioteca e a realidade descrita pelo
colega J.P. Costa, verifico algumas semelhanças, sobretudo nas limitações financeiras, na imagem que
a comunidade educativa tem do cargo de Professor Bibliotecário e na resistência evidenciada pela
comunidade educativa relativamente a hábitos saudáveis de leitura.
Por seu turno, o colega tem a vantagem de dominar as tecnologias da informação e
comunicação, designadamente a Internet, uma ferramenta de valor inestimável. Este recurso, bem
explorado, pode suprir, de certa forma, a falta de recursos financeiros para aquisição de filmes,
músicas, livros… é, pois, fundamental, descobrir as fontes de informação on-line, divulgá-las e
desenvolver estratégias para a sua utilização em contexto educativo. Este é o meu/nosso maior desafio.
Norberta Sousa