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A ARTE DE INTERROGAR
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Agora que a Homeopatia se desenvolve e cresce, e isto
especialmente na Europa, Portugal, Espanha, Reino Unido, França,
Suíça, Itália e América do Sul, em toda a parte ouvimos os
praticantes novos perguntarem: “mas como questionar o paciente?”
“qual é a melhor e a pergunta mais útil a fazer?” qual é a diferença
entre a consulta Alopática e Homeopática?”.
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Ouvir, escrever, questionar e coordenar.
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Na consulta homeopática, nós não estamos completamente
satisfeitos só com esta investigação. O seu objectivo é estabelecer
como uma afecção mórbida se desenvolveu a ela própria num dado
assunto, e para explorar todos os detalhes possíveis da evolução de
cada doença individualmente, e como precisamente este paciente
difere de todos os outros apresentando o mesmo diagnóstico.
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homeopata estará apto para encontrar o seu remédio particular. Quer
dizer, o remédio adapta-se a ele próprio, precisamente para todas as
diferentes características e particularidades do Caso.
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• Nunca faça uma pergunta pondo uma resposta, obrigando deste
modo o paciente a dizer da sua boca essa palavra, assim tem a
certeza que não influenciou a sua resposta.
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demonstrando assim que muitos médicos mostram pelos seus
questionários que fazem aos pacientes, que não seguem o
pensamento de Individualização; como por exemplo:
• Perguntas directas: (a) tem sede? (b) é uma pessoa irritada? (c)
tem dor no estômago?
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na prática, e para que nas respostas sejam capazes de encontrar uma
correspondência semelhante à nossa patogenesia.
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melhor. Mas o praticante que não tem medo de trabalhar a sua
Matéria Médica, de estudar os seus Repertórios e compreender o
Organon, assim obterá excelentes resultados, porque a metódica e
séria interrogação dar-lhe-á um quadro cheio da doença, sobre a qual
será capaz de considerar o que representa realmente o paciente num
todo.
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patologia, não o diagnóstico, mas sim o paciente, a sua vida, os seus
sentimentos e os pensamentos.
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(1) Sintomas gerais – horário de agravação, agravação
periódica das estações; pelo tempo: seco, chuvoso, quente, nublado,
ventoso, com sol. Mudanças de tempo: neve, tempestades,
agravação da temperatura, correntes de ar; tendência a ficar
constipada (resfriado), desejo ou agravação pelo ar; agravação de
posição, pelo movimento ou pelo repouso, andando de carro,
velejando, agravação prandial, apetite e sede, agravação por algumas
comidas, vinho, tabaco, drogas, vacinações, banhos quentes ou frios,
mar ou montanha, roupas, feridas que demoram a sarar, hemorragias,
desmaio em quartos com muita gente, lateralidade (lado afectado).
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Em vez de seguir este questionário pela sua ordem, será
melhor seguir pela ordem oposta; porque poderá começar com
sintomas mais superficiais, não indo tão profundamente à mente do
paciente, que mais tarde descobrirá.
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particulares antes, durante e depois do período menstrual, breve,
aquilo a que nós chamamos “Molimen”.
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(4) Como o nevoeiro o afecta?
(7) E a neve?
(8) Que tipo de clima é desagradável para si, e aonde escolhe para
passar as suas férias?
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lá no questionário. É um procedimento muito útil e necessário para
verificação.
(26) Quantos cigarros fuma por dia, e como se sente depois de fumar?
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(31) Como colares, cintos e roupa apertada o afectam?
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(40) Em que ocasiões sente desespero?
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(49) Fale-me sobre ser consciencioso e escrupuloso em excesso, sobre
ninharias; algumas pessoas não se importam muito com os detalhes
e com muita ordem.
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perguntas atravessadas, determinar se foram bem respondidas na
primeira vez ou não.
(4) Sono
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É necessário pegar outra vez nos sintomas ditos pelo
paciente, aqueles que são estranhos, raros e peculiares, por exemplo:
sensação de uma unha na cabeça; sensação de um cordão arrastar as
pálpebras, sensação de um torrão na garganta, sensação de opressão
no coração, sensação de constrição como uma banda ou cinto à volta
dos joelhos.
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faço nada sem carne, e odeio leite”, dizendo isto com uma expressão
sorridente e um aumento dos olhos mencionado a carne, mas
mencionado o leite com uma expressão irónica, ao mesmo tempo em
que viram a cabeça para o outro lado, saberá assim que terá bons
sintomas.
É claro, de qualquer modo a questão dos sintomas úteis e
inúteis, nos sintomas úteis há ainda uma ordem:
Há alguns sintomas bem marcados e outros menos
importantes, mas só os consideramos somente se tivermos um
número suficiente deles. Na primeira interrogação, mesmo tendo
poucos sintomas para considerar, poderemos ficar felizes por termos
um número suficiente de sintomas.
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Se ele disser que a compaixão ou a consolação o agrava,
pergunte-lhe se tem um amigo em quem ele confia quando está
preocupado.
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Observei que certas questões eram sempre respondidas da
mesma maneira, por quase toda a gente, e conseqüentemente
considerei todas essas más questões. Às vezes, também, o paciente
indicava alguns sintomas que pareciam ser importantes, e que na
realidade não tinham importância. Ele informava que tinha algumas
habilidades ou qualidades, e você observava justamente o contrário.
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devem substituir um ao outro e nem serem melhores um do que o
outro”.
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Depois de ver alguns pacientes, parámos numa cama onde
tinha chegado um novo paciente, e lembrei-me e pude ver Sir John
Weir, a sua cabeça inclinada em direcção ao paciente, fazendo
inúmeras questões. Assim que ele respondia, eram logo rapidamente
formuladas.
No começo, isso impressionou-me, mas rapidamente vi que
o paciente tinha no canto da boca uma área bastante vermelha com
uma rachadura profunda.
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perguntou-me se eu o conhecia. “Não”. Disse eu; “Houve
algum Homeopata que escreveu livros tão grandes?” “É o
Repertório de Kent”, ele respondeu, “e veja aqui o que vinte e
dois remédios além do Condurango têm as rachaduras no canto
da boca”.
Com gentileza e com persuasão ele rapidamente tirou
todas as minhas ilusões e certezas.
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pelo qual o paciente se queixa, acabará por acabar em fracasso.
Este fracasso só vai demonstrar a sua própria ignorância.
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Descrevo este caso um grande passo porque é
precisamente uma das minhas curas de veias varicosas com
grande sucesso. O paciente curou-se, as suas veias varicosas
desapareceram, como todos os outros mistérios: gastrite,
epistaxes, etc..... Não ficará admirado ao saber que este
paciente depressivo agora é alegre e empreendedor, e a
quantidade de cabelo preto dele justifica o seu legítimo
orgulho.
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Estabeleci um questionário realmente útil para o
homeopata ocupado na sua prática diária, um questionário
baseado na Doutrina pura da Homeopatia, tal como foi o meu
objectivo ao longo deste livro. O meu esforço será mais do que
uma grande recompensa e uma compensação se eu puder dizer
que ajudarei muitos terapeutas a fazer um questionário que os
levará ao remédio certo.
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