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Nessie se lembra de quando tinha 4 anos, e conta a primeira vez que visitou
a Renée.
Do 2ºcap. a diante, já é atual. Ela tem 20 anos, mora em Quilcene (pois
Forks, não é mais possível - as idades da sua família não iria mais enganar),
mora com seus pais (naturalmente), Jake freqüentemente fica com ela, eles
estão namorando... >.<
E a historia se desenrola, com o Jake falando pra ela traçar um caminho.
viajar. Ela tem um monte de medos, indecisões e tal. Mas acaba viajando
pra São Paulo, Campinas, Alice teve que vir junto, pois Edward não tinha a
deixado ir sozinha.
Depois de um monte de coisas, Alice vai embora e, ela fica sozinha aqui, mas
vai morar em uma republica (já viu nos problemas, em um vampiro morar
com humanos), conheçe Bianca e Léo, colegas de escola, e a Bia Tb mora
com ela.
Depois de quase perder o controle, Nessie conta seu segredo a Bia, e ela
conta o dela, que vem de uma linhagem de parentes que fazem bruxarias -
nada muito estranho, ou bizarro -, ela adota a religião wicca, ama a
natureza e coisas afim.
Depois em uma viajem pra França com a escola, conhece Mike ( Michael
Henry ) , um vampiro do século XIX, ( já foi um dos Volturis) ele pode....
1. Lembranças
Já passa das duas da manha, mas nada me interessa na TV. Isso me lembra
a noite anterior da primeira visita á minha avó Renée, foi frustrante para
minha mãe, ter que enfrentá-la como vampira, todos estavam com receio
dela descobrir assim que colocar os olhos em Bella, ver a grande mudança
que ocorreu fisicamente, não apenas em sua voz, como ela percebeu pelos
telefonemas. Eu já havia falado com Renée pelo telefone, ela ficou
completamente animada para me conhecer, isso era mais uma duvida, o que
ela acharia na grande semelhança entre mim e meus pais, meu pai diz que
Renée vê o mundo de um modo diferente de muitos outros, isso com certeza
levaria a alguma conclusão sobre minha família.
“Os primeiros raios da luz do Sol já entravam pela janela, e meus pais ainda
estavam discutindo no quarto sobre ver a vovó.
Eu durmo, mas de vez em quando, posso ficar acordada tranquilamente por
uns quatro dias, depois disso começo a ficar cansada e nada que uma boa
noite de 14 horas dormindo, não ajude. Quando decido dormir sempre
durmo com Jacob, ele é tão quente quanto eu.
Já passava do 5º dia sem dormir, e Jacob já estava ficando bravo, mas
provavelmente hoje eu iria dormir, assim o deixarei mais tranqüilo.
Ouvi a porta do quarto se abrir, minha mãe estava descendo as escadas, logo
atrás dela meu pai.
- Bom dia a vocês dois!! – eu abri um grande sorriso a eles.
Eles retribuíram meu sorriso com outro, Bella se aproximou de mim e me
deu um beijo na testa.
- Bom Dia, querida!
Edward fez o mesmo...
- Bom dia, Nessie... Você não dormir hoje? Não sinto cheiro do Jacob por
aqui, ele deve estar impaciente por você ainda não ter dormido. – ele me
censurou
- Não, mas hoje vou chamar ele, tenho que estar 100%, quando formos ver a
vovô!
Eles me olhando surpresos, ninguém havia me dito sobre ver Renée, mas
claro que eu tinha descoberto.
- Renesmee já não falei pra você não tentar ficar ouvindo nossas conversas?!
– disse mamãe num tom levemente apreensivo
-Disse e eu te obedeci, mas você não falo nada sobre saber das coisas pela
mente das pessoas – eu pisquei pra ela – Zafrina esta me ensinado cada vez
mais.
- E pelo jeito você também aprende cada vez mais rápido – disse Edward
parecendo me parabenizar.
Eu sorri para ele...
Estava ficando com fome.
- Vamos caçar antes?
-Antes de que? – perguntou mamãe
-De ver a vovó, nos vamos amanhã, não é? – perguntei com cara de duvida
-Hã... sim. É só que não sei quando vou me acostumar com você sabendo das
coisas antes de alguém te contar. - ela riu.
- Tenho certeza que foi o mesmo que acontecia quando descobriram que o
papai podia ler mentes. – eu olhei pra ele
- Acho que sim – ele disse meio desconcertado. - mas então vamos. - disse a
mamãe e a mim indo á porta.
Eu corri ao seu lado e peguei sua mão, mamãe pegou a outra.
Jacob sempre me esperava perto de casa, e lá estava ele, lindo como sempre
com seu grande sorriso branco pra mim.
Eu corri em sua direção, como fazia na maioria das manhãs... E pulei em seu
colo.
- Oi, Jake.
- Oi, Nessie. Como passou a noite? – ele perguntou com sua voz confortante.
- Bem... e pensando em vc claro. –
- E eu em vc... já q vc não esta dormindo... – ele me olhou censurando.
-Não se preocupe eu irei dormir hoje, amanhã vou ver a vovô! – eu abri um
sorriso totalmente animada.
Ele olhou para meus pais atrás de mim, esperando que algum dos dois
falasse.
- E ai, Bells? Verdade, amanhã vocês iram ver á Reneé? - Eu fiz carranca
para Jacob. - Não que eu não acredite em você, Nessie – ele revisou os olhos.
- Sim, Jake, já esta na hora de vê-la, antes de Nessie aparenta ter 18 anos... –
ela riu
- Eu só tenho quatro anos. – afirmei a ela.
- Todos nos sabemos, meu bem, só que você já aparenta ter seis, não se
esqueça. – ela me respondeu.
-Claro... – minha voz era mais um sussurro
- Mas á vampirinha de quatro anos que aparenta ter seis, mas linda de todo
o mundo! – disse Jake, eu ri.
- E você é um lobo de 21 anos que aparenta ter 21, apesar de ter 16 anos
mais lindo do mundo... – eu disse, ele e meus pais riram.
Fomos para casa do Carlisle, chamar Emeet, Rose, e Esme para caçar, o
resto já havia ido na noite passada.
Eu venci o Jake mais uma vez na disputa, mas ele venceu de Rosálie que
ficou furiosa, e o xingou pela milésima vez , de qualquer piadinha maldosa.
Eles não se davam muito bem, mas eu sei que no fundo eles se aturam.
O dia passou rápido como todos os outros perto de Jake, fomos à casa do
vovô Charlie, minha mãe foi avisá-lo sobre a visita a Renée amanhã, eu
estava do lado de fora brincando com Jake, mas pude ouvir a respiração
desregular do vovô.
Depois fomos à cidade, comprar alguma coisinha a Renée, eu queria
comprar um colar com muitos brilhantes, mas mamãe e papai prefeririam
um Cd da banda favorita dela, e umas blusas, é difícil encontrar blusas de
manga curta, quando se mora no Norte do EUA.
Meus pais estavam em uma loja procurando o Cd da vovó, eu e Jake
estávamos admirando a paisagem do porto, perto de uma ponte...
- O que você acha que a vovó vai achar de mim?
- Como todas as pessoas que te conheceram, vai adorar e te amar muito. –
ele respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
- Não, Jake, to falando, no que será que ela vai acreditar se sou adotada, ou
o que será que ela vai achar sobre a mamãe, ela conseguiu enganar o vovô,
mas o papai disse que Renée é diferente.
Ele olhou pra mim, confuso.
- Como assim “diferente”?
- Eu não tenho certeza, não consigo ver nada na mente do papai, ele não
conheceu Renée muito bem, e com a mamãe, não consigo ver muita coisa,
com suas memórias humanas, e bem... com o vovô nem posso tentar. – eu
torci a boca, frustrada.
Jake fez uma careta...
- Não gosto quando você fica usando seus poderes...
- E porque isso é tão ruim? – eu falei brincando, mas logo vi que ele estava
serio, e logo entendi. -... não parece humano . – a responda foi um sussurro
Eu voltei a olhar para o mar, que estava mais calmo de que costume.
Jacob nunca gostava quando eu usava meus poderes nele, quando eu era
menor, ele não ligava, eu o- mostrava as imagens que queria que ele visse, e
ele ate gostava, me achava fantástica. Mas meus poderes começaram a
crescer e Zatrina esta me ensinado a poder ver o que aconteceu com as
pessoas que toco, ou ler suas mente, mas é muito difícil...
Jake não gosta de perder sua “privacidade”, como se ele precisasse esconder
algo de mim. Ou precisava? Eu sei sobre a paixonite dele e da mamãe, mas...
nada de devesse ficar em segredo, ou há?
- Desculpe, Nessie – ele me abraçou – não quis te chatear, você me conhece,
apesar de conviver e fazer parte da sua família, coisas vampirescas de mais ,
me repelem , é normal... você sabe .
- Eu sei Jake, tudo bem... – mas ainda não quis olhar em seus olhos.
- Nessie?
- Ta bom... – eu olhei pra ele e o abracei.
- Acabamos. Vamos! – disse papai nos chamando da porta da loja de CDs.
A viagem de volta foi silenciosa, meus pensamentos ainda estavam na
repentina tristeza do Jake esta noite, mas tenho mais com o que se
preocupar, amanhã verei pela primeira vez a vovó, meus probleminhas com
Jacob podem esperar.
Quando Jacob entrou em casa, lembrei que hoje ele iria dormir aqui.
Meus pais foram para a sala, mamãe pegou um livro e mostrou ao papai,
eles riram, devo ter perdido alguma piada, o que havia de engraçado no
livro “Morro dos Ventos Uivantes”? Eu já tinha lido seis vezes, mas nada
muito interessante. Enquanto eu observada mamãe e papai, que começaram
a ler o livro juntos, não tinha percebido o olhar concentrado de Jake em
mim.
-Para com isso! – eu exclamei pra ele, não gostava quando ele fazia aquilo.
Eu e Jake nunca conversamos muito sobre sua tal “impressão” que ele tem
de mim, suas coisas de lobisomens- quero dizer- transmorfos.
Nos pensamos que apenas compartilhamos do mesmo... carinho, amor? Não,
não quero pensar nos problemas com Jake, se é que seja um problema.
- Desculpe... inevitável. – ele deu um sorriso envergonhado. - Mas e ai,
quando pretende dormir?
-Há... não sei. Quando você estiver com sono... – eu disse pensativa, ele me
censurou.
- Você quer dormir? Ou só vai dormir para me deixar tranqüilo, pelas suas
esquisitices?
-Aí Jake! De novo, não! Eu estou cansada... você vai querer dormir comigo,
ou não? – eu disse já irritada.
Mas ele fez a cara que eu odiava, pois me deixa toda derretida, como se
todos os pontos de seu rosto dissesse que me amava... Ele fitou meus olhos, e
eu me aprofundei, esperando a resposta, que já sabia.
-Não seja boba, claro que sim. – disse ele meio chateado.
-Há! Chega de papo, vamos dormir. - peguei sua mão, e antes de subir para
o meu quarto, olhei mais uma vez para meus pais lendo o livro, agora já no
final, como se estivessem lembrando alguma coisa.
-Boa noite – eu falei a eles, eles me olharam.
-Durma bem, querida! – disse mamãe –... Você também Jake! – ela sorriu
-Boa noite. - Jake respondeu
- Até de manhã- disse papai fechando o livro e colocando na estante.
Eu fui para o meu quarto, Jake pulou na minha cama, três vezes maior que
meu tamanho, pois ele tinha que caber, sendo somente uma King, e esse era
mais um dos motivos para ele dormir comigo, era muito solitário dormir
sozinha em uma cama enorme.
Eu fui para o banheiro colocar meu pijama da Dior, presente da Rose.
- Quantas horas vamos dormir? – Jake perguntou do quarto
Eu coloquei minha cabeça pra fora do banheiro, para ver se ele falava serio.
- Como é que eu vou saber! – eu fiz uma careta – que pergunta mais... sem
noção , jake! – eu voltei para o banheiro
-Ah, é que eu pretendo voltar para casa, pegar uma coisa. Você podia ir
comigo, antes de pegar o avião.
-Entendi... Ah, não sei, se eu acordar antes nos vamos, se não qualquer coisa
meus pais nos acordam, papai deve estar sabendo, agora. – era difícil ter
segredos perto dele.
- Sim, claro...
- Mas, o que vamos fazer lá? – falei enquanto saia do banheiro.
-Surpresa! Um presente pra Renée e pra você, claro! – ele deu um sorriso
malicioso.
Jake me dava muitos presentes, nada muito luxuoso, mas todos delicados e
atenciosos, eu sempre falei que ele era a pessoa que mais me dava presentes,
pois seus abraços e beijos já eram muito.
Meu melhor, eterno amigo e confidente.
Eu me alinhei em seus braços na cama...
- Boa noite, Jake – eu disse enquanto fechava os olhos.
-Boa noite, Nessie – ele disse logo depois de um bocejo.
Quando ele fechava os olhos em menos de 5 segundos ele já estava dormindo
profundamente. A ultima coisa que ouvi foi uma risada da mamãe na sala, e
mais nada.
Senti um calor no meu rosto, abri lentamente meus olhos, já era dia, os raios
de sol entravam pela janela, iluminando eu e Jacob, ainda dormindo. Olhei
para o relógio na cabeceira, era quase meio-dia.
Iria pegar o avião as 3:00, se Jake queria pegar alguma coisa em La Push,
agora era a hora, eu me virei para ele e empurrei seu braço de cima de mim,
e comecei a sacudi-lo.
-Jacob, Jacob...
- Só mais um pouquinho... – ele disse totalmente sonolento
- Se você quiser ir a La Push hoje, e melhor acordar agora.
Ele franziu a testa e abriu os olhos, eu dei um enorme sorriso, ele sorriu... Se
espreguiçou e depois deu um longo bocejo.
-Bom dia... que horas são? – ele olhou para a janela.
- Quase meio dia... – eu apontei para o relógio.
Ele ficou mais desperto.
-Vai se trocar... – ele ordenou
-Ok, já vou. – eu peguei a roupa que estava na cadeira já separada para o
dia de hoje, e fui para o banheiro.
Tomei banho, escovei os dentes, penteei o cabelo, me troquei e sai... Esse
processo não durou mais de 5 min.
Jacob pegou minha mão e desceu correndo as escadas. Ele ia saindo pela
porta quando parei.
-Você não acha que vou sair sem falar com meus pais? – eu o encarei
- Seu pai já sabe o que vou te dar, é rápido, você já vai voltar. Vamos! Se
não vai se atrasar... – ele disse tentando me convencer.
- Ok... Bom Dia!! – eu gritei da porta para meus pais, acho que eles estavam
no quarto.
Jake se transformou em lobo, e eu subi em suas costas, como de costume. Ele
correu para La push, por meia – hora. A casa de Billy não havia mudado
nada em quatro anos.
Eu desci de suas costas e ele foi para trás de uma árvore, voltar ao normal e
colocar sua roupa.
Ele foi em direção a porta, e eu fui a trás dele...
-Fique ai! Não precisa entrar. Eu já volto... – e ele fechou a porta quando
entrou.
Eu fiquei confusa, porque tanta presa? Eu gostava de ver Billy, porque Jake
me privaria disso?
Eu entrei mesmo assim... a casa parecia vazia, senti cheiro de muita poeira ,
o de Jake mas não de Bill , ou de nenhum outro lobo.
Ele já descia as escadas, e me olhou surpreso.
- Porque você entrou?
- Achei que Billy estivesse em casa. - eu falei mordendo o lábio.
-Ele saiu com Charlie e Sue... – ele foi na direção da porta e me levou com
ele.
Ele estava com dois saquinhos de veludo azuis na mão. Ele me levou para a
floresta, e continuamos andando esperando ate ele falasse.
- Não sei se você vai gostar... - ele disse envergonhado
-Ai, Jake para de besteira. – eu revirei os olhos – O que é?
Ele parou de andar e se virou a minha frente.
-Esse é para Renée! – ele me deu um dos saquinhos, eu abri a fitinha que o
amarava , era um delicado colar com vários pingentes ao seu redor, de
varias cores, delicado como todos seus presentes.
-E... esse o seu .- ele me deu o outro saquinho , eu abri ; era uma pulseira
sem pingente, apenas uma corrente de prata , mas senti que ainda tinha algo
dentro do saquinho, eu o virei na minha mão, era um pingente de Lua e Sol,
totalmente detalhado, a Lua prata e o Sol provavelmente bronze, eu virei
para ver de todos os ângulos e atrás estava gravado J & R . Meus olhos
começaram a arder, e assim, ficaram com água, uma rápida lagrima correu
meu rosto.
-Lindo Jake...
- Eu vi em uma loja e... – ele disse ainda parecendo envergonhado.
Eu o abracei o mais forte que pude.
-Obrigada... E quem é o Sol ou a Lua? – eu perguntei ainda admirando meu
presente
- Hum... Não sei, mas eu provavelmente seria a Lua, pois a Lua apenas
brilha por causa do Sol, não é?! – ele disse, enquanto juntava o pingente na
pulseira
- Eu sou o seu Sol? – eu olhava para aquele par de olhos tão escuros quanto
gentis.
-Sim...
-Hum... Mas falta uma coisa. – eu observava o R e J, atrás do pingente.
- O que? Tem alguma coisa errada? Você não gosto? – ele parecia
preocupado
-Não seu bobo, eu amei, apenas falto o “pra sempre”, mas isso agente já
sabe. - eu sorri para ele e pulei em seu colo para nossos rostos ficarem na
mesma altura e dei um beijo na sua bochecha.
-Agente sabe! - ele sussurrou no meu ouvido – Agora, acho melhor irmos
para sua casa, tenho certeza que todo mundo vai querer te desejar boa sorte.
-Ah, claro... o dia apenas começou. – eu desci de seu colo e pulei com leveza
no chão. – Vamos... agora quero apostar corrida!- eu o desafiei animada
- Nessie... Eu não quero te vencer mais uma vez... – ele disse caçoando
- Do que você está falando, você nunca vence! – eu sai em disparada, assim
teria uma vantagem enquanto ele teria que tirar a roupa e se transformar...
-Assim não vale!! – ele gritou a atrás de mim
Eu cheguei na frente da casa de Carlisle , e Jake estava a menos de 2
segundos atrás de mim. Ele colocou suas roupas e voltou.
-Você roubou... – ele semicerrou os olhos
Eu fiz cara de desentendida, e dei um sorriso tímido a ele.
- Na próxima... –eu o interrompi
-Eu deixo você ganhar! –caçoei dele.
-Ha!Ha! Que vê? – ele me derrubou no chão e começou a me fazer cócegas.
-Para! Para!! – pedi a ele entre as risadas
-Isso que dá você trapacear... – ele disse visivelmente feliz
Ele parou quando meus tios apareceram.
Eu abracei todos eles... e logo percebi q meus pais não estavam ali.
-Cadê a mamãe e o papai? – disse ainda procurando
-Eles já estão vindo, estão trazendo as malas... - respondeu vovó
-HÁ... – eu olhei para Alice – Vai dar tudo certo?
-Sim, sim, Renée vai desconfiar... Claro! Mas não vai ligar, assim como
Charlie... – Alice falou totalmente confiante, pelo jeito sua visão era clara,
apesar de eu estar junto.
- Mas e eu? – perguntei, Alice sorriu e se aproximou de mim, passou seu
braço sobre meus ombros.
-Nada com o que se preocupar, Nessie, ela vai gostar de você mais do que
você espera...
Eu sorri para ela e depois olhei para Jake, que estava sorrindo também.
Pude ouvir os leves e rápidos passos de meus pais, que logo estavam à vista.
Mamãe trazia sua mala vermelha e preta em sua mão direita, relativamente
pequena para três dias, e papai trazia a minha e a dele, a minha era a maior
bolsa, com a ajuda de Alice e da mamãe, colocamos mais roupas que o
necessário.
Alice olhou para a mala da mamãe, e balançou a cabeça.
-Sua mãe nunca aprende. – ela cochichou no meu ouvido
Eu ri baixo, e mamãe sorriu para nos duas.
-Que horas são? – eu perguntei, realmente sem noção de tempo
- Duas. – respondeu papai
-Hora de ir... – mamãe disse, parecia que um súbito calafrio passou por ela,
provavelmente receio. Ela olhou para Alice que assedio com a cabeça.
-Vou por as malas no carro- disse papai para mamãe e á deu um beijo.
Mamãe abraçou cada um de nossa família e todos desejaram sorte como
Jacob havia me falado, e a cada dois boa sorte Alice, repetia a si mesma e a
nós, que tudo seria simples e correria tudo bem.
Eu me despedi de todos, papai também. Antes de entrar no Volvo, eu olhei
para Jake e olhei para minha nova pulseira.
- Para você sempre se lembrar de mim. - ele deu um sorriso tímido
-Eu não preciso disso para lembrar de você... – eu dei um sorriso torto a ele.
-Então... Boa sorte. – ele riu.
Nos abraçamos, como se fossemos ficar semanas longe um do outro,
sabíamos q ficaríamos apenas 3 dias, mas só nos separávamos quando ele
tinha alguma reunião do bando, ou quando eu estava no Brasil, com
Zafrina.
Eu entrei no carro, e olhei a casa do vovô ficar cada vez menor.
Mamãe ligou o som, e estava tocando uma musica do papai, a música do
piano dele para mamãe... eles riram.
-Viagem ao passado – ela disse á ele
Ele sempre tocava para ela, porque seria passado?
- É que eu fiz essa musica para sua mãe, há muito tempo atrás, e ontem
vimos um livro que nos trouxe muitas lembranças. – papai respondeu a
pergunta de meu pensamento.
Mamãe olhou para ele por um segundo confusa.
Entendi. Lembranças...
A viagem foi tranqüila ate o aeroporto. Estava ansiosa, seria minha primeira
viagem de avião.
- É muito divertido... e calmo . – disse papai enquanto embarcávamos.
Eu sorri para ele... Fomos de primeira classe, alem de menos gente -menos
tentações – mamãe e papai não ligavam mais para o cheiro humano, mas
para mim ainda me afetava, mas nada que me fizesse perder o controle. A
aeromoça cheirava suavemente bem, a cada passada dela no corredor, papai
olhava pra mim preocupado, e eu mostrava a língua pra ele, ou revirava os
olhos, eu não estava nem um pouco com fome.
Mamãe estava ao meu lado, e papai ao lado dela...
Ela acariciou minha mão, e senti uma onda me cobrindo, eu não via mais
nada, eram flashes, imagens, olhei para baixo e vi meus longos cabelos
chocolate, não era eu. Eu olhei para meu lado e vi a tia Alice, pude ver
dentro de seus grandes olhos negros um reflexo, o da mamãe. As imagens
estavam embaçadas e às vezes nítidas, um sentimento de angustia e medo
passou pelo meu corpo, algo de terrível iria acontecer com alguém q a
mamãe amava, quem? De repente o ambiente mudou, tinha muita gente de
vermelho e preto, parecia uma festa ao ar livre, alguma comemoração, vi o
papai indo na direção do sol, ouvi um som abafado bem de longe, talvez
fosse um sino, ou uma badalada de um grande relógio. E estava novamente
ao presente no avião com meus pais.
- Renesmee, o que foi, o que foi?? Você esta bem? – ela mexia meu braço
E papai me olhava atordoado...
Eu pisquei duas vezes para ver se aquilo era real. Era.
- Eu... eu estou bem... – eu sacudi a cabeça, estava um pouco tonta.
- O que aconteceu, aparecia que você não estava mais aqui, na verdade,
parecia com a Alice tendo uma visão... – ela disse mais calma.
- Eu não sei... eu comecei a ver flashes , estava eu outro lugar! Eu vi você
mamãe! E... o papai também. – eu disse tentando acreditar.
Mamãe olhou de olhos arregalados para papai, ele respirou fundo.
-Não foi o futuro... – ele começou a falar como se fosse uma lastima – era o
passado. – ele olhou para a mamãe, seus olhos tristes. Eu me senti culpada.
Ele olhou para mim – Voce viu quando sua mãe estava indo a Itália,
Volterra para... me salvar. – e ele voltou a olhar para mamãe.
Mamãe mordeu o lábio. Pelo jeito havia coisas que eu ainda não sabia sobre
o passado deles.
- Eu... – não tinha palavras ou por onde começar – porque “salvar”?
- Sua tia viu sua mãe, se jogar de um penhasco – eu olhei para ela incrédula,
ela sorriu timidamente – e todos achamos que ela tinha morrido, e bem...
Como eu não existo sem ela – ele sorriu - eu fui ate os Volturi, mas sua tia foi
ate Forks e... – eu o interrompi
-Como assim, você não estava em Forks, quero dizer, nossa família não
estava em Forks?
-Seu pai queria me proteger, e se afastou de mim... – ela sorriu para ele.
Ele baixou os olhos por um instante e continuou...
- Como estava dizendo... Alice foi para Forks, ver realmente se Bella tinha
morrido, e sua mãe contou a ela q era só uma brincadeira, de muito mau
gosto, e elas foram para Itália, tentar me impedir, fim da historia.
-E tudo ficou bem no final. – mamãe deu um beijo no papai
Eu olhei assustada para os dois, e ate mesmo com raiva por não terem me
contado.
- Não fique brava, querida, apenas eram coisas que vc não precisava saber. -
papai respondeu.
-Eu não deveria saber que você deixou a mamãe, ou que tentou... não existir
mais? – eu fiquei frustrada
- Você não precisava saber de tudo, é passado, e tudo esta bem agora. -
mamãe me disse
- Se eu não tivesse visto... – eu gelei. Como eu tinha visto? Porque eu tinha
visto?
- Talvez... seus poderes estejam crescendo. – papai disse cético.
Mamãe acariciou minha mão novamente...
-Você está cada vez mais poderosa, Nessie... - e ela me deu um beijo na testa.
Papai olhava serio para o vazio, estava pensativo.
- Foi estranho, muito estranho... – eu disse a mamãe, ela sorriu
Depois desse estranho acontecimento, quando me dei conta já tínhamos
chego em Jacksonsville...
Estava nublado, tínhamos marcado a visita quando Alice disse que seria o
mais seguro, para proteger os dois, eu não tinha muito problema com o sol,
minha pele brilhava suavemente, nada muito estranho.
Ficamos em um hotel perto da casa de Renée. Provavelmente iríamos vê-la
hoje. Colocamos as malas nas camas e saímos estava anoitecendo e fomos
ver o pôr-do-sol na praia.
-O crepúsculo está lindo... mesmo estando nublado – mamãe disse
Papai concordou com a cabeça... E de repente sorriu.
- Lembrei de uma coisa. – ele cochichou no ouvido dela
Antes que ela pudesse perguntar o que era, ele já tinha dado um beijo em
seu pescoço. Ela riu alto. Dessa lembrança eu sabia; mamãe pedia varias e
varias vezes ao papai pra transformá-la, mas ele nunca quis. E talvez o
crepúsculo de hoje tenha lembrado mais um dos pedidos inúteis dela.
- Exatamente. – papai disse em meu ouvido e me deu um beijo na bochecha.
Estávamos de mãos dadas, mamãe, eu e papai, uma imagem q precisava de
uma foto. Então tive uma idéia.
- Vamos tirar uma foto! Eu trouxe a câmera... – eu a tirei do meu bolso e
mostrei a eles.
Eles se olharam e sorriram. Eu coloquei a câmera em cima de um
banquinho na direção da praia, para que o crepúsculo ficasse atrás de nós.
Dei o time e fui à direção deles, fiquei entre a mamãe e o papai. E o flash
disparou.
Continuamos andando por algumas horas. Conversamos sobre o que
deveria ser dito ou não, eu lembrava da primeira vez que vi o vovô, foi quase
tão difícil pra mim quanto para a mamãe, que era recém-nascida .
- Vou ligar pra ela – mamãe pegou o celular e discou
Eu pude ouvir o que Renée falava para a mamãe pelo celular e papai
também.
– Ok, mãe já estávamos indo! – e ela desligou
Mamãe olhou para nos e fomos em direção da calçada.
Iríamos andando mesmo, era muito próximo a praia da casa da vovó.
A casa tinha uma linda varanda pintada de roxa, aparentemente graciosa.
Papai apertou um pouco a mão da mamãe e ela me pegou no colo, eu a
abracei e alinhei minha cabeça embaixo de seu pescoço.
Papai bateu na porta, logo em seguida Renée a - abriu e deu um imenso
sorriso para Bella, olhei para mamãe e seus olhos estavam vermelhos,
irritadiços, ela queria chorar.
- Mãe!! – minha mãe disse eufórica, eu fui para o colo do papai para ela
poder abraçar melhor a vovó.
Eu sorri com aquela linda cena maternal, papai também ficou
profundamente feliz. Mamãe olhou para nós...
-Deixe-me apresentar, Edward e... – antes que ela pudesse dizer meu nome
Renée disse.
-Renesmee. – ela olhou para mim com profunda ansiedade e euforia – Meu
Deus, como você é linda. Não me canso de agradecer por sua mãe ter
colocado seu nome, como a junção do meu e de Esme. – ela disse fascinada.
Eu olhei para ela, e ela me pareceu um pouco assustada, com certeza pela
semelhança, exatamente como Charlie tinha feito há quatro anos.
Mamãe abriu os braços e eu fui para o colo dela. Eu olhei timidamente para
Renée.
- Não vai me dar um abraço? – ela perguntou carinhosamente
Eu olhei pra mamãe, pedindo permissão
-Vai lá, querida. – e ela me pôs no chão.
Eu me aproximei e Renée ficou de joelhos e esticou os braços para mim... Eu
a abracei fortemente, seu cheiro era de uma fragrância leve e gostosa, mas
na medida certa para apenas querer apreciar, como um doce perfume. Ela
se afastou para me olhar melhor e passou as mãos em meus cabelos.
- Como você se parece com seu pai, e perfeitamente os olhos de sua mãe. - eu
apenas sorri e ela olhou para eles.
Minha mãe estava de lente de contato, seus olhos não eram vermelhos, mas
mesmo assim, seria complicado ela explicar por que estaria usando lentes de
cor topázio.
-Vamos entrando... – vovó nos convidou e pegou minha mão
-Esta com fome, querida? – ela me perguntou
-Não. – eu disse timidamente
- E você, Bella, quer algo, um café, bolinhos? Edward? – Renée ofereceu
-Não, obrigada. - ambos responderam
-Ok! Acho q é melhor mesmo, minhas habilidades na cozinha não
melhoraram nada. – ela riu de si mesma.
- Então como vc alimenta Phil? Deixe-me ver... – mamãe e vovó foram na
direção da cozinha e eu e papai ficamos na sala
-Estive pensando... não posso mostrar minha habilidade a vovó? – eu
perguntei ao papai
-Creio que não, querida. É provável que está seja a ultima vez que a
veremos. - ele respondeu
-O que? Eu mal a conheci, e não vamos mais vê-la? – eu me assustei com a
possibilidade.
- Você provavelmente irá, esta crescendo e daqui a alguns anos poderá
visitá-la novamente. - ele acariciou meu rosto
Mamãe e Renée estavam voltando, rindo...
- Phill está trabalhando, os negócios estão deslanchando depois do contrato
em Ohio... – vovó falava para mamãe
- Ham... que bom...
-Eu não vou ver meu outro avô? – eu disse decepcionada
- Acho q não, querida, mas na próxima vez tenho certeza que você o verá. –
ela sorriu para mim
Nós olhamos, mamãe ficou subitamente triste e eu mordi o lábio e acedi com
a cabeça.
- Querida, porque não dorme aqui, tenho quartos de hospede, não precisa
pagar um hotel, quando sua mãe mora bem ao lado. – estávamos todos no
sofá, muito fofo alaranjado com lindas e grandes flores vermelhas, as
paredes tinham um tom amarelado, energizaste.
- Eu sei mãe, mas já está tudo pago, seria chato cancelar. – ela respondeu
- Que pena... - Renée disse
As conversas foram de como estava Charlie, os Cullens, a nossa casa, entre
outros, ate passar pela parte de como está Jacob, que eu lembrei que deveria
ligar.
-Mãe, posso ligar pro Jake? – eu disse com o celular do papai na mão.
-Claro, meu bem.
Eu me levantei e fui para o corredor.
- Aconteceu alguma coisa com ele? – disse vovó preocupada.
-Não, é que eles são muito próximos. – mamãe respondeu
- Quem diria... – pude ouvir um leve riso – devem ser como irmãos.
-Quase isso... – papai disse
Estava chamando, no 2º toque ele atendeu...
-Jake?
-Demoro pra liga, hein?
- Ai, me desculpe. Fomos à praia e não deu tempo...
-Claro. Mas e ai, ta tudo bem?
- Sim, estamos na casa da vovó, ela é fantástica...
Ele riu.
- Ela já fez alguma pergunta... Sobre as mudanças?
-Felizmente não... – eu olhei para a sala, eles continuavam conversando – ela
esta perguntando sobre a vida em Forks e esse tipo de coisa.
- Ham... Bem, que bom, então.
- Acho que sim... Queria que você estivesse aqui! É meio chato às vezes,
muita conversa de adulto. – nos rimos
- Você me considera uma criança?
- Eu não considerom você é! – nos rimos mais alto
- Espero que quando você for adulta não me veja mais como criança. – ele
disse brincando, mas eu fiquei seria, não gostava do assunto: “ Quando eu
crescer “ .
- Sempre verei você assim. – saiu mais como um sussurro.
- Eu to brincando, Nessie. E você acha que quando você estiver a menos de
um metro de mim te verei de outra forma? Você sempre será pequena, pra
mim, como uma criança!
- Há!Ha! E você sempre o meu cão de guarda.
- Ha!Ha! Muito engraçado, pequena morceguinha...
- Ok, sem discussão pelo telefone, acho melhor eu ir... Amanha te ligo.
- OK – ele ficou quieto – ate!
-Tchau!
Eu desliguei.
Voltei para sala. Sentei no colo da mamãe e fingi estar cansada, pois depois
de uma viajem de avião, passar o dia na praia, é normal de uma criança
querer dormir. Alinhei-me ao colo dela e fechei os olhos e permaneci imóvel
por um tempo.
- Nossa, está tarde, vocês devem estar muito cansados, e eu aqui cansando
vocês ainda mais. Vão, podem ir pro hotel descansar mais amanha vamos a
praia , Renesmee vai adorar conhecer os filhos do meu vizinho , eles tem a
mesma idade... mas por falar em idade quanto anos ela está , querida? –
Renée falava enquanto levantava do sofá.
Mamãe se levantou..
- Ham... Cinco anos, ela parece mais velha...
- Há... Claro...
Acho que já estávamos na porta, mamãe deu um beijo na vovó, depois Renée
me deu um beijo na testa, e acho que meu pai e Renée se abraçaram.
- Ate!! – ela disse enquanto estávamos andando.
“Se eu comer, vocês também vão! Vc sabe como eu não gosto da comida
humana...”E fiz bico...
Era mais uma noite em que fiquei acordada, jake não estava comigo, me
levantei, me alonguei e fui me arrumar. Desci para ver meus pais.
-Bom dia, querida! – disse mamãe e me deu um beijo na testa
-Bom dia... Mãe, nos vamos mesmo para a Ilha Esme? – eu perguntei,
sentando na cadeira da cozinha.
-Sim, vamos depois de amanha. – ela sorriu animada
-Há! Cadê meu pai? – eu não sentia o cheiro dele pela casa
-Foi caça com seus tios.
-E vc não foi. Por quê? – perguntei surpresa
-Alice! Queria que eu fosse com ela fazer comprar para a viagem. – ela
revirou os olhos. Certas coisas nunca mudam. Eu ri baixo- E você vai?
-Acho q não, Jake e eu vamos passear de moto... – eu fiquei animada, amava
a minha moto roxa e preta, Jake me deu de presente de aniversario.
-Ah, claro! – mamãe se lembrou da minha moto nova.
Senti o cheiro de Alice, e não demorou muito para ela bater na porta, depois
de dois Toc-Toc ela não esperou e entrou.
-Oi, Nessie – disse Alice animada como todos os dias. – Vamos, Bella!- ela
batia levemente o pé, como se estivesse com pressa.
-Fazer o que... – disse Bella, mas Alice já pegará seu braço e o puxará, ela
me deu um beijo rápido – Ate mais, querida. – e Alice a levou.
-Você vai gostar Bella... Até Nessie! – e elas saíram pela porta.
-Até!- eu disse antes de sumirem de vista
Estava sozinha, e a única pessoa q queria estar quando estava sozinha era
ele. Não demoro muito para eu ouvir o ronco do motor de sua moto preta, de
sei lá quantos anos atrás, ele teve que mudá-la por causa do desgaste do
tempo. Eu corri pra porta.
Ele encostou a moto, veio em minha direção, e logo seus lábios estavam nos
meus, nos beijamos por um tempo ate eu sentir um vento frio em minhas
pernas, eu ainda estava de pijama. Não queria me desgrudar dele, seu corpo
quente, lutava contra o vento frio que passava pelo meu corpo. Mas eu
consegui tirar minha boca da dele.
-Deixa eu me trocar, e agente já vai! –
-Ok! – mas antes de me soltar ele puxou para mais perto e me deu um
selinho.
Eu subi correndo e coloquei uma calça jeans, uma blusa branca e uma
jaqueta de couro bege. Desci e vi Jacob comendo umas panquecas que
estavam na mesa.
-Acho que isso não era pra você! – ele apontou para a metade dá panqueca.
-Com certeza não, minha mãe deve ter deixado pra vc! – eu sorri, ela era a
melhor mãe do mundo. -Vamos! – ele engoliu o último pedaço e fomos para
a garagem.
Eu subi na minha moto (Honda CBR, fantástica, tão linda quanto rápida) e
a levei pra fora, ele subiu na dele e fomos para a cidade em Port Ludlow.
Fomos ao cinema, a lanchonete – eu apenas o vi comer – e andamos pelo
porto, só me dei conta da hora quando vi o sol se por.
Estamos sentados de frente ao mar, nossos pés tocavam a água - é
provável que ela estivesse congelando, mas como meu corpo se adapta a
temperatura, estava quentinha.Ele se deitou na ponte e colocou sua cabeça
em meu colo, acariciei seu cabelo e ele fechou os olhos.
-Sabe acho q minha vida não podia ser melhor... – ele abriu um sorriso
sereno, ainda de olhos fechados.
Eu olhei para o mar, q refletia os últimos raios de sol.
E pensei... Será q minha vida pode ficar melhor? Eu sou completamente
feliz? Eu tinha essas respostas? Mas fui interrompida...
-O que foi? – eu olhei para baixo , ele estava me encarando, tentando ler
minha expressão. Eu sorri envergonhada.
-Nada, só estava pensando... – ele semicerrou os olhos, mas logo os fechou.
-Jake, já que está na hora de irmos... - eu não queria estragar o momento de
plena paz dele, mas estava escuro. Não que estar de noite e longe de casa me
preocupasse, mas á meus pais sim.
-Ok... - ele levantou lentamente e me deu um beijo.
“Pai!! Não gostei nem um pouco do que você falou no telefone , então o Jake
vai dormi aqui hoje! “- eu falei em pensamento
“Você sabe que eu não falei por mal, me irritar não vai adiantar em nada!”
ele me censurou
-Jake, hoje você vai dormir aqui, Ok?! – ele me olhou confuso, já estava
planejado que ele dormiria em um hotel ou coisa parecida.
Ele olhou para Bella, que parecia tão confusa quanto ele, e para Edward q
estava com um olhar de reprovação. Mas como Jacob adorava uma intriga,
ou simplesmente desafiar Edward...
-Claro! – ele disse animado e me deu um selinho.
Eu e minha mãe fizemos o jantar - canelone – eu somente comi para
acompanhar Jake e deixar meus pais satisfeitos. Jacob devorou a travessa
inteira, como sempre.
Vimos um pouco de TV, e para meu desgosto meu pai tocou em um assunto
q Jacob ainda não estava a par.
-Querida, é provável q vamos amanha a noite para o Rio. - ele anunciou.
Jake se assustou ao meu lado; e ficou esperando minha resposta.
-Tudo bem! – foi o que consegui dizer, estava temendo a reação de Jacob,
não sabia se ele falaria para eu ir, para ficar, para decidir por mim mesma...
Esperei q ele falasse alguma coisa, mas nada, continuou olhando para TV,
como se meu pai não tivesse falado nada.
Meus pais foram para o quarto, eu e Jake também.
Sentei na cama, e fiquei olhando para ele esperando q ele falasse.
-Já passamos por isso, não é a primeira, nem a ultima vez q ficaremos longe,
sei q podíamos ficar aproveitando, se não estivesse lá. Mas... – ele parou, era
a hora de saber o que ele queria que eu fizesse – você deve passar o tempo
com a sua família, e ... – parou novamente – tentar ver como é uma vida sem
mim.
Eu me assustei e gelei, mas logo tive uma explosão de realidade.
-NOSSA JAKE, NÃO É PRA TANTO!! – eu elevei meu tom de voz,
assustada.
Ele riu.
-Desculpa, não foi isso q eu quis dizer. – ele segurou minhas mãos, e ficou
olhando para elas – apenas, quando estiver na ilha Esme , pense se vc é
realmente feliz, lembra da nossa conversa em Port Ludlow?
Ele olhou para mim e eu apenas acenei com a cabeça.
-Então, quero que você pense, e reflita sobre oq realmente quer da sua vida,
quais as sua ambições e objetivos, se vc realmente quer viver sempre assim:
me ver , casar comigo , ter filhos nem sei se vc pode... - ele balançou a cabeça
– e viver ao lado de seus pais, talvez cursar uma faculdade ou varias, ate q
eu morra, vc sabe q eu não viverei para sempre, talvez 500 anos ou mais... –
ele olhou nos meus olhos com pura inocência – vc está me entendendo?
Eu parei por uns instantes para tentar assimilar o que ele estava me
dizendo.
-Você quer que eu tenha aventuras, um destino emocionante e empolgante,
e... - eu dei um intervalo – você acha que só terei isso longe de você? – eu
olhei para ele tentando acreditar que ele não queria dizer aquilo.
- Sim, não digo que sou a única coisa que a prende aqui, sua família é tão
importante quanto eu, mas sei que ela a apoiará em qualquer decisão que
você tomar, e eu sou uma coisa a parte, que á prende na idéia de que seu
destino já esta escrito, eu... - ele respirou fundo - eu apenas quero que você
descubra se realmente sou o seu destino.
Estava prestes a dar-lo um sermão, dizendo que ele era quem eu amava que
nunca o – deixaria, que ele não era uma coisa a parte e sim um quase todo.
Mas eu mesma tinha essa duvidas, e talvez o que estive esperando era que
ele falasse, permitisse que eu tivesse minhas próprias aventuras, apenas eu;
sem minha família, sem... ele.
Talvez fosse isso o que tenho procurado, a resposta, do: se sou
completamente feliz .
O silencio preencheu o quarto, apenas o meu coração e o dele batendo
desigual.
Ajudei Alice a arrumar sua mala -normalmente grande- fui para casa com
meus pais e Jacob para arrumar minhas coisas.
Jake estava me ajudando a arrumar minha mala, e meus pais já estavam na
sala esperando.
- Jake, pega minha escova ali! – eu apontei para a penteadeira.
Ele foi pega-la.
-Vc vai pensar? – ele me perguntou perto da penteadeira
-Pensar em q? – eu estava completamente distraída
-Na noite passada? – eu me virei para ver o que ele estava fazendo:
encarando uma foto que estava na penteadeira com nos dois. Meu humor
instantaneamente desapareceu.
-Provavelmente... – eu disse baixinho.
Não agüentei e fui em sua direção para abraçá-lo.
Ficamos abraçados, sem pensar no tempo ou no que estaria por vir.
Duas pessoas que se amavam, mas q ainda faltava alguma coisa, que irei
descobrir. Minha única e mais dolorosa conseqüência era ficar longe das
pessoas q mais amo.
A viagem de carro foi rápida ate o aeroporto, minha família já estava nos
esperando, eu abraçada a minha mãe, fomos para o avião, fomos todos no
mesmo.
Fiquei imaginando o que alguém pensaria se soubesse que havia uma
família inteira de vampiros no avião, seria um banquete e tanto... Eu ri,
apesar do meu pensamento obscuro.
-Do que está rindo, Nessie? – perguntou Esme no conjunto de bancos ao
nosso lado.
-Pensamentos... – na hora eu olhei para meu pai, ao meu lado. Mas ele
estava distraído demais beijando Bella.
Rosálie e Emmet estavam no banco da frente, e Alice com Jasper estava
atrás de nos.
Quando lembrei de Alice, pensei q talvez ela pudesse ver , o que eu
decidiria, assim faria meu stress e angustia terminarem mais rápido.
Eu me virei para o banco de trás, Alice estava com fone de ouvidos,
balançando a cabeça, curtindo a musica.
-Eu não posso ver... – ela logo me respondeu.
-Credo! Vc e o meu pai são mais parecidos do que parece! – ela sorriu -
Mas por que vc não pode ver, eu entendo q o Jacob vc não consegue, mas
eu também, mesmo depois de todos esses anos?
Ela torceu a boca.
- Hum... Mesmo depois de todos esses anos. – ela admitiu - Vocês ainda
estão ligados. Talvez... se vc estiver bem longe dele, na Ilha Esme , por
exemplo, eu possa ver alguma coisa.- ela disse pensativa
-Ok! – eu disse animada.
Nos ainda estávamos ligados, era o que ficou na minha cabeça a viajem
toda.
O piloto anunciou q havíamos chegado ao Rio de Janeiro.
Estava nublado, assim minha família poderiam andar na rua sem
problemas.
Tio Emmet levou as malas mais pesadas – a minha, de Rose e da Alice –
ate o carro.
Alugamos dois carros, comigo foram a Tia Alice e o Tio Jazz.
Fomos ate o caz e já estava a nossa espera dois barcos para nos levar a
ilha...
Não queria pensar muito em Jacob, apenas na linda paisagem e na água
transparente, com um tom de verde-água.
Tirei meus sapatos para sentir a areia branquinha da Ilha, todos fizeram o
mesmo, apenas Rosálie não tirou e fez Emmet carrega- lá. Nos rimos.
Na ilha tinha quatro casas, mas geralmente só usávamos uma ou duas...
Preferimos ficar todos na mesma casa, a maior, há de Carlisle.
Na frente da casa havia uma mulher bem vestida, provavelmente a
governanta, ela falava português, todos os meus tios falavam, minha mãe
também, mas era a menos prendada. Eu sabia o básico, meu pai insistiu
para q eu fizesse uma aula ou duas para falar perfeitamente, mas é claro, q
preferia passar meu tempo com Jacob, do que fazendo aula.
Uma vantagem no meu poder, é q quando leio a mente das pessoas, eu
posso compreender melhor do q ninguém sua língua ou ate mesmo sua
cultura. Mas nunca me dediquei exclusivamente ao português.
Ao italiano, francês, alemão, e outras línguas eu sou fluente, até latim,
Carlisle me ensinou, apesar q ser uma língua, na minha opinião elegante,
Em que ocasião eu vou precisar usar? Não vou conversa com o papa!
“quero que você pense, e reflita sobre o que realmente quer da sua vida,
quais as suas ambições e objetivos, se você realmente quer viver sempre
assim...
Você sabe q eu não viverei para sempre “
“eu apenas quero que você descubra se realmente sou o seu destino.”
“Que tipo de amor você sente?... Você já amou outra pessoa além de
mim?”
“a vida de aventura e sonhos que você quer seguir, eu te amo tanto que
quero se seja feliz...”