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Sinopse

Nessie se lembra de quando tinha 4 anos, e conta a primeira vez que visitou
a Renée.
Do 2ºcap. a diante, já é atual. Ela tem 20 anos, mora em Quilcene (pois
Forks, não é mais possível - as idades da sua família não iria mais enganar),
mora com seus pais (naturalmente), Jake freqüentemente fica com ela, eles
estão namorando... >.<
E a historia se desenrola, com o Jake falando pra ela traçar um caminho.
viajar. Ela tem um monte de medos, indecisões e tal. Mas acaba viajando
pra São Paulo, Campinas, Alice teve que vir junto, pois Edward não tinha a
deixado ir sozinha.
Depois de um monte de coisas, Alice vai embora e, ela fica sozinha aqui, mas
vai morar em uma republica (já viu nos problemas, em um vampiro morar
com humanos), conheçe Bianca e Léo, colegas de escola, e a Bia Tb mora
com ela.
Depois de quase perder o controle, Nessie conta seu segredo a Bia, e ela
conta o dela, que vem de uma linhagem de parentes que fazem bruxarias -
nada muito estranho, ou bizarro -, ela adota a religião wicca, ama a
natureza e coisas afim.
Depois em uma viajem pra França com a escola, conhece Mike ( Michael
Henry ) , um vampiro do século XIX, ( já foi um dos Volturis) ele pode....
1. Lembranças
Já passa das duas da manha, mas nada me interessa na TV. Isso me lembra
a noite anterior da primeira visita á minha avó Renée, foi frustrante para
minha mãe, ter que enfrentá-la como vampira, todos estavam com receio
dela descobrir assim que colocar os olhos em Bella, ver a grande mudança
que ocorreu fisicamente, não apenas em sua voz, como ela percebeu pelos
telefonemas. Eu já havia falado com Renée pelo telefone, ela ficou
completamente animada para me conhecer, isso era mais uma duvida, o que
ela acharia na grande semelhança entre mim e meus pais, meu pai diz que
Renée vê o mundo de um modo diferente de muitos outros, isso com certeza
levaria a alguma conclusão sobre minha família.

“Os primeiros raios da luz do Sol já entravam pela janela, e meus pais ainda
estavam discutindo no quarto sobre ver a vovó.
Eu durmo, mas de vez em quando, posso ficar acordada tranquilamente por
uns quatro dias, depois disso começo a ficar cansada e nada que uma boa
noite de 14 horas dormindo, não ajude. Quando decido dormir sempre
durmo com Jacob, ele é tão quente quanto eu.
Já passava do 5º dia sem dormir, e Jacob já estava ficando bravo, mas
provavelmente hoje eu iria dormir, assim o deixarei mais tranqüilo.
Ouvi a porta do quarto se abrir, minha mãe estava descendo as escadas, logo
atrás dela meu pai.
- Bom dia a vocês dois!! – eu abri um grande sorriso a eles.
Eles retribuíram meu sorriso com outro, Bella se aproximou de mim e me
deu um beijo na testa.
- Bom Dia, querida!
Edward fez o mesmo...
- Bom dia, Nessie... Você não dormir hoje? Não sinto cheiro do Jacob por
aqui, ele deve estar impaciente por você ainda não ter dormido. – ele me
censurou
- Não, mas hoje vou chamar ele, tenho que estar 100%, quando formos ver a
vovô!
Eles me olhando surpresos, ninguém havia me dito sobre ver Renée, mas
claro que eu tinha descoberto.
- Renesmee já não falei pra você não tentar ficar ouvindo nossas conversas?!
– disse mamãe num tom levemente apreensivo
-Disse e eu te obedeci, mas você não falo nada sobre saber das coisas pela
mente das pessoas – eu pisquei pra ela – Zafrina esta me ensinado cada vez
mais.
- E pelo jeito você também aprende cada vez mais rápido – disse Edward
parecendo me parabenizar.
Eu sorri para ele...
Estava ficando com fome.
- Vamos caçar antes?
-Antes de que? – perguntou mamãe
-De ver a vovó, nos vamos amanhã, não é? – perguntei com cara de duvida
-Hã... sim. É só que não sei quando vou me acostumar com você sabendo das
coisas antes de alguém te contar. - ela riu.
- Tenho certeza que foi o mesmo que acontecia quando descobriram que o
papai podia ler mentes. – eu olhei pra ele
- Acho que sim – ele disse meio desconcertado. - mas então vamos. - disse a
mamãe e a mim indo á porta.
Eu corri ao seu lado e peguei sua mão, mamãe pegou a outra.
Jacob sempre me esperava perto de casa, e lá estava ele, lindo como sempre
com seu grande sorriso branco pra mim.
Eu corri em sua direção, como fazia na maioria das manhãs... E pulei em seu
colo.
- Oi, Jake.
- Oi, Nessie. Como passou a noite? – ele perguntou com sua voz confortante.
- Bem... e pensando em vc claro. –
- E eu em vc... já q vc não esta dormindo... – ele me olhou censurando.
-Não se preocupe eu irei dormir hoje, amanhã vou ver a vovô! – eu abri um
sorriso totalmente animada.
Ele olhou para meus pais atrás de mim, esperando que algum dos dois
falasse.
- E ai, Bells? Verdade, amanhã vocês iram ver á Reneé? - Eu fiz carranca
para Jacob. - Não que eu não acredite em você, Nessie – ele revisou os olhos.
- Sim, Jake, já esta na hora de vê-la, antes de Nessie aparenta ter 18 anos... –
ela riu
- Eu só tenho quatro anos. – afirmei a ela.
- Todos nos sabemos, meu bem, só que você já aparenta ter seis, não se
esqueça. – ela me respondeu.
-Claro... – minha voz era mais um sussurro
- Mas á vampirinha de quatro anos que aparenta ter seis, mas linda de todo
o mundo! – disse Jake, eu ri.
- E você é um lobo de 21 anos que aparenta ter 21, apesar de ter 16 anos
mais lindo do mundo... – eu disse, ele e meus pais riram.

Fomos para casa do Carlisle, chamar Emeet, Rose, e Esme para caçar, o
resto já havia ido na noite passada.
Eu venci o Jake mais uma vez na disputa, mas ele venceu de Rosálie que
ficou furiosa, e o xingou pela milésima vez , de qualquer piadinha maldosa.
Eles não se davam muito bem, mas eu sei que no fundo eles se aturam.
O dia passou rápido como todos os outros perto de Jake, fomos à casa do
vovô Charlie, minha mãe foi avisá-lo sobre a visita a Renée amanhã, eu
estava do lado de fora brincando com Jake, mas pude ouvir a respiração
desregular do vovô.
Depois fomos à cidade, comprar alguma coisinha a Renée, eu queria
comprar um colar com muitos brilhantes, mas mamãe e papai prefeririam
um Cd da banda favorita dela, e umas blusas, é difícil encontrar blusas de
manga curta, quando se mora no Norte do EUA.
Meus pais estavam em uma loja procurando o Cd da vovó, eu e Jake
estávamos admirando a paisagem do porto, perto de uma ponte...
- O que você acha que a vovó vai achar de mim?
- Como todas as pessoas que te conheceram, vai adorar e te amar muito. –
ele respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
- Não, Jake, to falando, no que será que ela vai acreditar se sou adotada, ou
o que será que ela vai achar sobre a mamãe, ela conseguiu enganar o vovô,
mas o papai disse que Renée é diferente.
Ele olhou pra mim, confuso.
- Como assim “diferente”?
- Eu não tenho certeza, não consigo ver nada na mente do papai, ele não
conheceu Renée muito bem, e com a mamãe, não consigo ver muita coisa,
com suas memórias humanas, e bem... com o vovô nem posso tentar. – eu
torci a boca, frustrada.
Jake fez uma careta...
- Não gosto quando você fica usando seus poderes...
- E porque isso é tão ruim? – eu falei brincando, mas logo vi que ele estava
serio, e logo entendi. -... não parece humano . – a responda foi um sussurro
Eu voltei a olhar para o mar, que estava mais calmo de que costume.
Jacob nunca gostava quando eu usava meus poderes nele, quando eu era
menor, ele não ligava, eu o- mostrava as imagens que queria que ele visse, e
ele ate gostava, me achava fantástica. Mas meus poderes começaram a
crescer e Zatrina esta me ensinado a poder ver o que aconteceu com as
pessoas que toco, ou ler suas mente, mas é muito difícil...
Jake não gosta de perder sua “privacidade”, como se ele precisasse esconder
algo de mim. Ou precisava? Eu sei sobre a paixonite dele e da mamãe, mas...
nada de devesse ficar em segredo, ou há?
- Desculpe, Nessie – ele me abraçou – não quis te chatear, você me conhece,
apesar de conviver e fazer parte da sua família, coisas vampirescas de mais ,
me repelem , é normal... você sabe .
- Eu sei Jake, tudo bem... – mas ainda não quis olhar em seus olhos.
- Nessie?
- Ta bom... – eu olhei pra ele e o abracei.
- Acabamos. Vamos! – disse papai nos chamando da porta da loja de CDs.
A viagem de volta foi silenciosa, meus pensamentos ainda estavam na
repentina tristeza do Jake esta noite, mas tenho mais com o que se
preocupar, amanhã verei pela primeira vez a vovó, meus probleminhas com
Jacob podem esperar.
Quando Jacob entrou em casa, lembrei que hoje ele iria dormir aqui.
Meus pais foram para a sala, mamãe pegou um livro e mostrou ao papai,
eles riram, devo ter perdido alguma piada, o que havia de engraçado no
livro “Morro dos Ventos Uivantes”? Eu já tinha lido seis vezes, mas nada
muito interessante. Enquanto eu observada mamãe e papai, que começaram
a ler o livro juntos, não tinha percebido o olhar concentrado de Jake em
mim.
-Para com isso! – eu exclamei pra ele, não gostava quando ele fazia aquilo.
Eu e Jake nunca conversamos muito sobre sua tal “impressão” que ele tem
de mim, suas coisas de lobisomens- quero dizer- transmorfos.
Nos pensamos que apenas compartilhamos do mesmo... carinho, amor? Não,
não quero pensar nos problemas com Jake, se é que seja um problema.
- Desculpe... inevitável. – ele deu um sorriso envergonhado. - Mas e ai,
quando pretende dormir?
-Há... não sei. Quando você estiver com sono... – eu disse pensativa, ele me
censurou.
- Você quer dormir? Ou só vai dormir para me deixar tranqüilo, pelas suas
esquisitices?
-Aí Jake! De novo, não! Eu estou cansada... você vai querer dormir comigo,
ou não? – eu disse já irritada.
Mas ele fez a cara que eu odiava, pois me deixa toda derretida, como se
todos os pontos de seu rosto dissesse que me amava... Ele fitou meus olhos, e
eu me aprofundei, esperando a resposta, que já sabia.
-Não seja boba, claro que sim. – disse ele meio chateado.
-Há! Chega de papo, vamos dormir. - peguei sua mão, e antes de subir para
o meu quarto, olhei mais uma vez para meus pais lendo o livro, agora já no
final, como se estivessem lembrando alguma coisa.
-Boa noite – eu falei a eles, eles me olharam.
-Durma bem, querida! – disse mamãe –... Você também Jake! – ela sorriu
-Boa noite. - Jake respondeu
- Até de manhã- disse papai fechando o livro e colocando na estante.
Eu fui para o meu quarto, Jake pulou na minha cama, três vezes maior que
meu tamanho, pois ele tinha que caber, sendo somente uma King, e esse era
mais um dos motivos para ele dormir comigo, era muito solitário dormir
sozinha em uma cama enorme.
Eu fui para o banheiro colocar meu pijama da Dior, presente da Rose.
- Quantas horas vamos dormir? – Jake perguntou do quarto
Eu coloquei minha cabeça pra fora do banheiro, para ver se ele falava serio.
- Como é que eu vou saber! – eu fiz uma careta – que pergunta mais... sem
noção , jake! – eu voltei para o banheiro
-Ah, é que eu pretendo voltar para casa, pegar uma coisa. Você podia ir
comigo, antes de pegar o avião.
-Entendi... Ah, não sei, se eu acordar antes nos vamos, se não qualquer coisa
meus pais nos acordam, papai deve estar sabendo, agora. – era difícil ter
segredos perto dele.
- Sim, claro...
- Mas, o que vamos fazer lá? – falei enquanto saia do banheiro.
-Surpresa! Um presente pra Renée e pra você, claro! – ele deu um sorriso
malicioso.
Jake me dava muitos presentes, nada muito luxuoso, mas todos delicados e
atenciosos, eu sempre falei que ele era a pessoa que mais me dava presentes,
pois seus abraços e beijos já eram muito.
Meu melhor, eterno amigo e confidente.
Eu me alinhei em seus braços na cama...
- Boa noite, Jake – eu disse enquanto fechava os olhos.
-Boa noite, Nessie – ele disse logo depois de um bocejo.
Quando ele fechava os olhos em menos de 5 segundos ele já estava dormindo
profundamente. A ultima coisa que ouvi foi uma risada da mamãe na sala, e
mais nada.

Senti um calor no meu rosto, abri lentamente meus olhos, já era dia, os raios
de sol entravam pela janela, iluminando eu e Jacob, ainda dormindo. Olhei
para o relógio na cabeceira, era quase meio-dia.
Iria pegar o avião as 3:00, se Jake queria pegar alguma coisa em La Push,
agora era a hora, eu me virei para ele e empurrei seu braço de cima de mim,
e comecei a sacudi-lo.
-Jacob, Jacob...
- Só mais um pouquinho... – ele disse totalmente sonolento
- Se você quiser ir a La Push hoje, e melhor acordar agora.
Ele franziu a testa e abriu os olhos, eu dei um enorme sorriso, ele sorriu... Se
espreguiçou e depois deu um longo bocejo.
-Bom dia... que horas são? – ele olhou para a janela.
- Quase meio dia... – eu apontei para o relógio.
Ele ficou mais desperto.
-Vai se trocar... – ele ordenou
-Ok, já vou. – eu peguei a roupa que estava na cadeira já separada para o
dia de hoje, e fui para o banheiro.
Tomei banho, escovei os dentes, penteei o cabelo, me troquei e sai... Esse
processo não durou mais de 5 min.
Jacob pegou minha mão e desceu correndo as escadas. Ele ia saindo pela
porta quando parei.
-Você não acha que vou sair sem falar com meus pais? – eu o encarei
- Seu pai já sabe o que vou te dar, é rápido, você já vai voltar. Vamos! Se
não vai se atrasar... – ele disse tentando me convencer.
- Ok... Bom Dia!! – eu gritei da porta para meus pais, acho que eles estavam
no quarto.
Jake se transformou em lobo, e eu subi em suas costas, como de costume. Ele
correu para La push, por meia – hora. A casa de Billy não havia mudado
nada em quatro anos.
Eu desci de suas costas e ele foi para trás de uma árvore, voltar ao normal e
colocar sua roupa.
Ele foi em direção a porta, e eu fui a trás dele...
-Fique ai! Não precisa entrar. Eu já volto... – e ele fechou a porta quando
entrou.
Eu fiquei confusa, porque tanta presa? Eu gostava de ver Billy, porque Jake
me privaria disso?
Eu entrei mesmo assim... a casa parecia vazia, senti cheiro de muita poeira ,
o de Jake mas não de Bill , ou de nenhum outro lobo.
Ele já descia as escadas, e me olhou surpreso.
- Porque você entrou?
- Achei que Billy estivesse em casa. - eu falei mordendo o lábio.
-Ele saiu com Charlie e Sue... – ele foi na direção da porta e me levou com
ele.
Ele estava com dois saquinhos de veludo azuis na mão. Ele me levou para a
floresta, e continuamos andando esperando ate ele falasse.
- Não sei se você vai gostar... - ele disse envergonhado
-Ai, Jake para de besteira. – eu revirei os olhos – O que é?
Ele parou de andar e se virou a minha frente.
-Esse é para Renée! – ele me deu um dos saquinhos, eu abri a fitinha que o
amarava , era um delicado colar com vários pingentes ao seu redor, de
varias cores, delicado como todos seus presentes.
-E... esse o seu .- ele me deu o outro saquinho , eu abri ; era uma pulseira
sem pingente, apenas uma corrente de prata , mas senti que ainda tinha algo
dentro do saquinho, eu o virei na minha mão, era um pingente de Lua e Sol,
totalmente detalhado, a Lua prata e o Sol provavelmente bronze, eu virei
para ver de todos os ângulos e atrás estava gravado J & R . Meus olhos
começaram a arder, e assim, ficaram com água, uma rápida lagrima correu
meu rosto.
-Lindo Jake...
- Eu vi em uma loja e... – ele disse ainda parecendo envergonhado.
Eu o abracei o mais forte que pude.
-Obrigada... E quem é o Sol ou a Lua? – eu perguntei ainda admirando meu
presente
- Hum... Não sei, mas eu provavelmente seria a Lua, pois a Lua apenas
brilha por causa do Sol, não é?! – ele disse, enquanto juntava o pingente na
pulseira
- Eu sou o seu Sol? – eu olhava para aquele par de olhos tão escuros quanto
gentis.
-Sim...
-Hum... Mas falta uma coisa. – eu observava o R e J, atrás do pingente.
- O que? Tem alguma coisa errada? Você não gosto? – ele parecia
preocupado
-Não seu bobo, eu amei, apenas falto o “pra sempre”, mas isso agente já
sabe. - eu sorri para ele e pulei em seu colo para nossos rostos ficarem na
mesma altura e dei um beijo na sua bochecha.
-Agente sabe! - ele sussurrou no meu ouvido – Agora, acho melhor irmos
para sua casa, tenho certeza que todo mundo vai querer te desejar boa sorte.
-Ah, claro... o dia apenas começou. – eu desci de seu colo e pulei com leveza
no chão. – Vamos... agora quero apostar corrida!- eu o desafiei animada
- Nessie... Eu não quero te vencer mais uma vez... – ele disse caçoando
- Do que você está falando, você nunca vence! – eu sai em disparada, assim
teria uma vantagem enquanto ele teria que tirar a roupa e se transformar...
-Assim não vale!! – ele gritou a atrás de mim
Eu cheguei na frente da casa de Carlisle , e Jake estava a menos de 2
segundos atrás de mim. Ele colocou suas roupas e voltou.
-Você roubou... – ele semicerrou os olhos
Eu fiz cara de desentendida, e dei um sorriso tímido a ele.
- Na próxima... –eu o interrompi
-Eu deixo você ganhar! –caçoei dele.
-Ha!Ha! Que vê? – ele me derrubou no chão e começou a me fazer cócegas.
-Para! Para!! – pedi a ele entre as risadas
-Isso que dá você trapacear... – ele disse visivelmente feliz
Ele parou quando meus tios apareceram.
Eu abracei todos eles... e logo percebi q meus pais não estavam ali.
-Cadê a mamãe e o papai? – disse ainda procurando
-Eles já estão vindo, estão trazendo as malas... - respondeu vovó
-HÁ... – eu olhei para Alice – Vai dar tudo certo?
-Sim, sim, Renée vai desconfiar... Claro! Mas não vai ligar, assim como
Charlie... – Alice falou totalmente confiante, pelo jeito sua visão era clara,
apesar de eu estar junto.
- Mas e eu? – perguntei, Alice sorriu e se aproximou de mim, passou seu
braço sobre meus ombros.
-Nada com o que se preocupar, Nessie, ela vai gostar de você mais do que
você espera...
Eu sorri para ela e depois olhei para Jake, que estava sorrindo também.
Pude ouvir os leves e rápidos passos de meus pais, que logo estavam à vista.
Mamãe trazia sua mala vermelha e preta em sua mão direita, relativamente
pequena para três dias, e papai trazia a minha e a dele, a minha era a maior
bolsa, com a ajuda de Alice e da mamãe, colocamos mais roupas que o
necessário.
Alice olhou para a mala da mamãe, e balançou a cabeça.
-Sua mãe nunca aprende. – ela cochichou no meu ouvido
Eu ri baixo, e mamãe sorriu para nos duas.
-Que horas são? – eu perguntei, realmente sem noção de tempo
- Duas. – respondeu papai
-Hora de ir... – mamãe disse, parecia que um súbito calafrio passou por ela,
provavelmente receio. Ela olhou para Alice que assedio com a cabeça.
-Vou por as malas no carro- disse papai para mamãe e á deu um beijo.
Mamãe abraçou cada um de nossa família e todos desejaram sorte como
Jacob havia me falado, e a cada dois boa sorte Alice, repetia a si mesma e a
nós, que tudo seria simples e correria tudo bem.
Eu me despedi de todos, papai também. Antes de entrar no Volvo, eu olhei
para Jake e olhei para minha nova pulseira.
- Para você sempre se lembrar de mim. - ele deu um sorriso tímido
-Eu não preciso disso para lembrar de você... – eu dei um sorriso torto a ele.
-Então... Boa sorte. – ele riu.
Nos abraçamos, como se fossemos ficar semanas longe um do outro,
sabíamos q ficaríamos apenas 3 dias, mas só nos separávamos quando ele
tinha alguma reunião do bando, ou quando eu estava no Brasil, com
Zafrina.
Eu entrei no carro, e olhei a casa do vovô ficar cada vez menor.
Mamãe ligou o som, e estava tocando uma musica do papai, a música do
piano dele para mamãe... eles riram.
-Viagem ao passado – ela disse á ele
Ele sempre tocava para ela, porque seria passado?
- É que eu fiz essa musica para sua mãe, há muito tempo atrás, e ontem
vimos um livro que nos trouxe muitas lembranças. – papai respondeu a
pergunta de meu pensamento.
Mamãe olhou para ele por um segundo confusa.
Entendi. Lembranças...
A viagem foi tranqüila ate o aeroporto. Estava ansiosa, seria minha primeira
viagem de avião.
- É muito divertido... e calmo . – disse papai enquanto embarcávamos.
Eu sorri para ele... Fomos de primeira classe, alem de menos gente -menos
tentações – mamãe e papai não ligavam mais para o cheiro humano, mas
para mim ainda me afetava, mas nada que me fizesse perder o controle. A
aeromoça cheirava suavemente bem, a cada passada dela no corredor, papai
olhava pra mim preocupado, e eu mostrava a língua pra ele, ou revirava os
olhos, eu não estava nem um pouco com fome.
Mamãe estava ao meu lado, e papai ao lado dela...
Ela acariciou minha mão, e senti uma onda me cobrindo, eu não via mais
nada, eram flashes, imagens, olhei para baixo e vi meus longos cabelos
chocolate, não era eu. Eu olhei para meu lado e vi a tia Alice, pude ver
dentro de seus grandes olhos negros um reflexo, o da mamãe. As imagens
estavam embaçadas e às vezes nítidas, um sentimento de angustia e medo
passou pelo meu corpo, algo de terrível iria acontecer com alguém q a
mamãe amava, quem? De repente o ambiente mudou, tinha muita gente de
vermelho e preto, parecia uma festa ao ar livre, alguma comemoração, vi o
papai indo na direção do sol, ouvi um som abafado bem de longe, talvez
fosse um sino, ou uma badalada de um grande relógio. E estava novamente
ao presente no avião com meus pais.
- Renesmee, o que foi, o que foi?? Você esta bem? – ela mexia meu braço
E papai me olhava atordoado...
Eu pisquei duas vezes para ver se aquilo era real. Era.
- Eu... eu estou bem... – eu sacudi a cabeça, estava um pouco tonta.
- O que aconteceu, aparecia que você não estava mais aqui, na verdade,
parecia com a Alice tendo uma visão... – ela disse mais calma.
- Eu não sei... eu comecei a ver flashes , estava eu outro lugar! Eu vi você
mamãe! E... o papai também. – eu disse tentando acreditar.
Mamãe olhou de olhos arregalados para papai, ele respirou fundo.
-Não foi o futuro... – ele começou a falar como se fosse uma lastima – era o
passado. – ele olhou para a mamãe, seus olhos tristes. Eu me senti culpada.
Ele olhou para mim – Voce viu quando sua mãe estava indo a Itália,
Volterra para... me salvar. – e ele voltou a olhar para mamãe.
Mamãe mordeu o lábio. Pelo jeito havia coisas que eu ainda não sabia sobre
o passado deles.
- Eu... – não tinha palavras ou por onde começar – porque “salvar”?
- Sua tia viu sua mãe, se jogar de um penhasco – eu olhei para ela incrédula,
ela sorriu timidamente – e todos achamos que ela tinha morrido, e bem...
Como eu não existo sem ela – ele sorriu - eu fui ate os Volturi, mas sua tia foi
ate Forks e... – eu o interrompi
-Como assim, você não estava em Forks, quero dizer, nossa família não
estava em Forks?
-Seu pai queria me proteger, e se afastou de mim... – ela sorriu para ele.
Ele baixou os olhos por um instante e continuou...
- Como estava dizendo... Alice foi para Forks, ver realmente se Bella tinha
morrido, e sua mãe contou a ela q era só uma brincadeira, de muito mau
gosto, e elas foram para Itália, tentar me impedir, fim da historia.
-E tudo ficou bem no final. – mamãe deu um beijo no papai
Eu olhei assustada para os dois, e ate mesmo com raiva por não terem me
contado.
- Não fique brava, querida, apenas eram coisas que vc não precisava saber. -
papai respondeu.
-Eu não deveria saber que você deixou a mamãe, ou que tentou... não existir
mais? – eu fiquei frustrada
- Você não precisava saber de tudo, é passado, e tudo esta bem agora. -
mamãe me disse
- Se eu não tivesse visto... – eu gelei. Como eu tinha visto? Porque eu tinha
visto?
- Talvez... seus poderes estejam crescendo. – papai disse cético.
Mamãe acariciou minha mão novamente...
-Você está cada vez mais poderosa, Nessie... - e ela me deu um beijo na testa.
Papai olhava serio para o vazio, estava pensativo.
- Foi estranho, muito estranho... – eu disse a mamãe, ela sorriu
Depois desse estranho acontecimento, quando me dei conta já tínhamos
chego em Jacksonsville...
Estava nublado, tínhamos marcado a visita quando Alice disse que seria o
mais seguro, para proteger os dois, eu não tinha muito problema com o sol,
minha pele brilhava suavemente, nada muito estranho.
Ficamos em um hotel perto da casa de Renée. Provavelmente iríamos vê-la
hoje. Colocamos as malas nas camas e saímos estava anoitecendo e fomos
ver o pôr-do-sol na praia.
-O crepúsculo está lindo... mesmo estando nublado – mamãe disse
Papai concordou com a cabeça... E de repente sorriu.
- Lembrei de uma coisa. – ele cochichou no ouvido dela
Antes que ela pudesse perguntar o que era, ele já tinha dado um beijo em
seu pescoço. Ela riu alto. Dessa lembrança eu sabia; mamãe pedia varias e
varias vezes ao papai pra transformá-la, mas ele nunca quis. E talvez o
crepúsculo de hoje tenha lembrado mais um dos pedidos inúteis dela.
- Exatamente. – papai disse em meu ouvido e me deu um beijo na bochecha.
Estávamos de mãos dadas, mamãe, eu e papai, uma imagem q precisava de
uma foto. Então tive uma idéia.
- Vamos tirar uma foto! Eu trouxe a câmera... – eu a tirei do meu bolso e
mostrei a eles.
Eles se olharam e sorriram. Eu coloquei a câmera em cima de um
banquinho na direção da praia, para que o crepúsculo ficasse atrás de nós.
Dei o time e fui à direção deles, fiquei entre a mamãe e o papai. E o flash
disparou.
Continuamos andando por algumas horas. Conversamos sobre o que
deveria ser dito ou não, eu lembrava da primeira vez que vi o vovô, foi quase
tão difícil pra mim quanto para a mamãe, que era recém-nascida .
- Vou ligar pra ela – mamãe pegou o celular e discou
Eu pude ouvir o que Renée falava para a mamãe pelo celular e papai
também.
– Ok, mãe já estávamos indo! – e ela desligou
Mamãe olhou para nos e fomos em direção da calçada.
Iríamos andando mesmo, era muito próximo a praia da casa da vovó.
A casa tinha uma linda varanda pintada de roxa, aparentemente graciosa.
Papai apertou um pouco a mão da mamãe e ela me pegou no colo, eu a
abracei e alinhei minha cabeça embaixo de seu pescoço.
Papai bateu na porta, logo em seguida Renée a - abriu e deu um imenso
sorriso para Bella, olhei para mamãe e seus olhos estavam vermelhos,
irritadiços, ela queria chorar.
- Mãe!! – minha mãe disse eufórica, eu fui para o colo do papai para ela
poder abraçar melhor a vovó.
Eu sorri com aquela linda cena maternal, papai também ficou
profundamente feliz. Mamãe olhou para nós...
-Deixe-me apresentar, Edward e... – antes que ela pudesse dizer meu nome
Renée disse.
-Renesmee. – ela olhou para mim com profunda ansiedade e euforia – Meu
Deus, como você é linda. Não me canso de agradecer por sua mãe ter
colocado seu nome, como a junção do meu e de Esme. – ela disse fascinada.
Eu olhei para ela, e ela me pareceu um pouco assustada, com certeza pela
semelhança, exatamente como Charlie tinha feito há quatro anos.
Mamãe abriu os braços e eu fui para o colo dela. Eu olhei timidamente para
Renée.
- Não vai me dar um abraço? – ela perguntou carinhosamente
Eu olhei pra mamãe, pedindo permissão
-Vai lá, querida. – e ela me pôs no chão.
Eu me aproximei e Renée ficou de joelhos e esticou os braços para mim... Eu
a abracei fortemente, seu cheiro era de uma fragrância leve e gostosa, mas
na medida certa para apenas querer apreciar, como um doce perfume. Ela
se afastou para me olhar melhor e passou as mãos em meus cabelos.
- Como você se parece com seu pai, e perfeitamente os olhos de sua mãe. - eu
apenas sorri e ela olhou para eles.
Minha mãe estava de lente de contato, seus olhos não eram vermelhos, mas
mesmo assim, seria complicado ela explicar por que estaria usando lentes de
cor topázio.
-Vamos entrando... – vovó nos convidou e pegou minha mão
-Esta com fome, querida? – ela me perguntou
-Não. – eu disse timidamente
- E você, Bella, quer algo, um café, bolinhos? Edward? – Renée ofereceu
-Não, obrigada. - ambos responderam
-Ok! Acho q é melhor mesmo, minhas habilidades na cozinha não
melhoraram nada. – ela riu de si mesma.
- Então como vc alimenta Phil? Deixe-me ver... – mamãe e vovó foram na
direção da cozinha e eu e papai ficamos na sala
-Estive pensando... não posso mostrar minha habilidade a vovó? – eu
perguntei ao papai
-Creio que não, querida. É provável que está seja a ultima vez que a
veremos. - ele respondeu
-O que? Eu mal a conheci, e não vamos mais vê-la? – eu me assustei com a
possibilidade.
- Você provavelmente irá, esta crescendo e daqui a alguns anos poderá
visitá-la novamente. - ele acariciou meu rosto
Mamãe e Renée estavam voltando, rindo...
- Phill está trabalhando, os negócios estão deslanchando depois do contrato
em Ohio... – vovó falava para mamãe
- Ham... que bom...
-Eu não vou ver meu outro avô? – eu disse decepcionada
- Acho q não, querida, mas na próxima vez tenho certeza que você o verá. –
ela sorriu para mim
Nós olhamos, mamãe ficou subitamente triste e eu mordi o lábio e acedi com
a cabeça.
- Querida, porque não dorme aqui, tenho quartos de hospede, não precisa
pagar um hotel, quando sua mãe mora bem ao lado. – estávamos todos no
sofá, muito fofo alaranjado com lindas e grandes flores vermelhas, as
paredes tinham um tom amarelado, energizaste.
- Eu sei mãe, mas já está tudo pago, seria chato cancelar. – ela respondeu
- Que pena... - Renée disse
As conversas foram de como estava Charlie, os Cullens, a nossa casa, entre
outros, ate passar pela parte de como está Jacob, que eu lembrei que deveria
ligar.
-Mãe, posso ligar pro Jake? – eu disse com o celular do papai na mão.
-Claro, meu bem.
Eu me levantei e fui para o corredor.
- Aconteceu alguma coisa com ele? – disse vovó preocupada.
-Não, é que eles são muito próximos. – mamãe respondeu
- Quem diria... – pude ouvir um leve riso – devem ser como irmãos.
-Quase isso... – papai disse
Estava chamando, no 2º toque ele atendeu...
-Jake?
-Demoro pra liga, hein?
- Ai, me desculpe. Fomos à praia e não deu tempo...
-Claro. Mas e ai, ta tudo bem?
- Sim, estamos na casa da vovó, ela é fantástica...
Ele riu.
- Ela já fez alguma pergunta... Sobre as mudanças?
-Felizmente não... – eu olhei para a sala, eles continuavam conversando – ela
esta perguntando sobre a vida em Forks e esse tipo de coisa.
- Ham... Bem, que bom, então.
- Acho que sim... Queria que você estivesse aqui! É meio chato às vezes,
muita conversa de adulto. – nos rimos
- Você me considera uma criança?
- Eu não considerom você é! – nos rimos mais alto
- Espero que quando você for adulta não me veja mais como criança. – ele
disse brincando, mas eu fiquei seria, não gostava do assunto: “ Quando eu
crescer “ .
- Sempre verei você assim. – saiu mais como um sussurro.
- Eu to brincando, Nessie. E você acha que quando você estiver a menos de
um metro de mim te verei de outra forma? Você sempre será pequena, pra
mim, como uma criança!
- Há!Ha! E você sempre o meu cão de guarda.
- Ha!Ha! Muito engraçado, pequena morceguinha...
- Ok, sem discussão pelo telefone, acho melhor eu ir... Amanha te ligo.
- OK – ele ficou quieto – ate!
-Tchau!
Eu desliguei.
Voltei para sala. Sentei no colo da mamãe e fingi estar cansada, pois depois
de uma viajem de avião, passar o dia na praia, é normal de uma criança
querer dormir. Alinhei-me ao colo dela e fechei os olhos e permaneci imóvel
por um tempo.
- Nossa, está tarde, vocês devem estar muito cansados, e eu aqui cansando
vocês ainda mais. Vão, podem ir pro hotel descansar mais amanha vamos a
praia , Renesmee vai adorar conhecer os filhos do meu vizinho , eles tem a
mesma idade... mas por falar em idade quanto anos ela está , querida? –
Renée falava enquanto levantava do sofá.
Mamãe se levantou..
- Ham... Cinco anos, ela parece mais velha...
- Há... Claro...
Acho que já estávamos na porta, mamãe deu um beijo na vovó, depois Renée
me deu um beijo na testa, e acho que meu pai e Renée se abraçaram.
- Ate!! – ela disse enquanto estávamos andando.

Eu abri os olhos. E olhei para eles, desci do colo da mamãe.


-Hoje, correu tudo bem, né! – perguntei a eles enquanto pegava suas mãos.
-Hoje, sim. – e ela sorriu
-Pai, não vai ligar pra Tia Alice? – o celular dele estava fazendo peso em
meu bolso.
-Não... Com as visões dela, acho q não há necessidade. - ele respondeu
-Acho que não... - eu guardava o celular
E logo em seguida, senti o celular vibrar e no visor ALICE, eu ri.
-Acho que se você não liga, ela se encarrega disso. – e dei o celular a ele.
Ele revirou os olhos.
- Diga Alice. – ele disse presunçoso, e depois de 2 segundos – Ela prefere
falar com você, amor, ela diz q eu não vou dar detalhes! – e passou o celular
á mamãe, ela sorriu.
-O que quer saber, Alice? – mamãe estava realmente feliz.
A conversa continuou ate chegar no quarto do hotel.
A noite estava tranqüila, a brisa gelada entrava pela sacada onde estavam
meus pais, q conversavam sobre a ultima visita a vovó. E eu estava deitava
na cama, pensando sobre o assunto “quando eu crescer”, eu sabia que o que
Jake falou pelo telefone tinha um fundo de verdade , quando eu crescer
muita coisa não seria a mesma, sei que terei de ver o Jacob de outra forma,
não posso amá-lo pra sempre como meu irmão, quando eu crescer terei q
sentir uma coisa diferente, uma coisa que tenho medo de não sentir. E
também não poderei sempre chamar meus tios de tios, meus avó de avós,
nem ao menos meus pais, provavelmente Carlisle será meu pai e Edward e
Bella meus irmãos para os outros, claro q em casa será tudo normalmente,
mas será estranho chamá-lo de Edward ou Bella em vez de pai e mãe.
Sem contar com meus poderes, depois do episodio do avião, não sei mais o
que esperar.
Parei de pensar no futuro e me concentrei no presente, q tanto amo, e
estando tudo bem.
Liguei a TV, para tentar me distrair e felizmente consegui.
Era manha e já estávamos prontos para ir a casa de Renée, ainda estava
nublado , um pouco mais chuvoso q ontem.
-Tudo bem, eu... Conhecer outras crianças? – eu perguntei enquanto
andávamos.
- Claro q não, vc esta preocupada com as crianças que sua avó vai levar,
hoje?- mamãe me respondeu
-Um pouco. – eu assumi
-Apenas tenha cuidado em não brincar no mesmo jeito q vc brinca com o
Jacob – papai falou, rindo internamente – apenas seja discreta, vc sabe.
Quando papai terminou de falar tínhamos chegado.
-Aí, estão vocês! –vovó já estava nos esperando... E deu um beijo em nós.
-Renesmee tenho amiguinhos para você... – ela pegou minha mão e me levou
para dentro da casa, meus pais de mãos dadas logo atrás. Mas pude ouvir
papai sussurrar á para mamãe: “Hoje você deverá dar respostas
cuidadosas.”
Eu entrei na sala e vi duas crianças, entre 6 e 8 anos, uma menina com a pele
levemente bronzeada de cabelos loiros na altura dos ombros q destacavam
seus olhos azuis-piscina, e um menino com cabelos tom de chocolate e lindos
olhos azuis escuros. Ele sorriu para mim.
-Estes são os irmãos Sean e Caroline Thompson. Esta é Renesmee – vovó nos
apresentou.
Uma brisa passou pela sala, e o cheiro deles me invadiu, fazendo minha
garganta arder. Mesmo sendo uma criança, sentia uma atração muito maior
pelo sangue, o cheiro delas, parece mais doce, apetitoso, do que qualquer
um, a batida de seus corações mais vivida, tudo mais convidativo, isso dava
nojo de mim.
Papai pôs a mão em meu ombro, e mamãe disse “tudo bem” em meu ouvido.
Eu lentamente fui me sentar ao lado deles, parei de respirar por um tempo,
e inspirei devagar...
Vovó e meus pais foram para fora, e eu fiquei a sós com aquelas crianças.
-Oi, Tudo bem? – disse Caroline
- Sim... – eu disse olhando para minhas mãos
-Vamos brincar la fora. – e ela pegou minha mão – Vamos Sean!!
Aos poucos eu fui me soltando. Eu nunca fui tímida, eu apenas estava me
precavendo. Estávamos de baixo uma grande macieira, e Sean ficava
pulando tentando pegar uma maça, pois Caroline teve a idéia de levá-las,
para sua mãe fazer torta para nós. Eu não agüentava mais ver o Sean se
matando pra tentar alcançar aquela, maça, então resolvi ajudar.
-Gente, olha! Aquilo é o um pé de morango?! – e eu apontei para um lugar
qualquer.
Quando ficaram de costas, dei um pequeno salto e peguei facilmente aquela
maça.
-Não é não, aquilo é framboesa! – disse Sean, decepcionado
Eu não estava contente com apenas uma maça, queria ajudar em mais.
-Será? Acho melhor ir lá ver... - eu os induzi á se aproximar do pequeno pé
com frutas vermelhas.
Então eu bati na arvore, fazendo-a balançar, e umas 10 maças caíram,
consegui pegar oito antes de caírem no chão e ri... Adorava usar minhas
habilidades.
Eles viraram, e me olharam confusos.
- O-O que... aconteceu? – disse Caroline, olhando para as maças que
segurava.
Eu dei um sorriso torto.
-Sorte! – eu afirmei pra eles – Vocês não sentiram? Uma rajada de vento
muito forte passou aqui, e felizmente conseguiu derrubar algumas maças... –
e eu sorri simpaticamente
-Eu, eu acho que foi isso mesmo, ta vindo uma tempestade.. – e Sean
começou a se animar – foi sorte!
Caroline, ainda tentava entender enquanto voltávamos para a casa da vovó,
não fazia muito tempo desde que tínhamos saído. Mamãe e papai estavam
no sofá com a vovó, junto com um casal, provavelmente eram os pais de
Sean.
Eu deixei meu cesto com todas as maças, na mesinha e fui abraçar meus
pais. Mamãe me beijou na bochecha e papai também...
Sean e Carol ficaram ao lado de seus pais.
-Acho que já esta na hora de ir! – disse o pai deles, se levantando
Foi um pouco estranho, pois tanto ele quanto a mãe deles olhavam para mim
e para meus pais com um pouco de fascínio. Provavelmente por sermos uma
família linda. Eu ri pelo pensamento.
-Claro... - disse Renée. E ela os conduzir a porta. Eles acenaram para mim, e
para meus pais.
Vovó voltou e se sentou no sofá a nossa frente.
-Então... Renesmee, vocês se divertiram? Vi que colheram muitas maças.
-perguntou vovó
-Ah, sim eles são muito legais. Vovó pode me chamar de Nessie!
Mamãe revirou os olhos, ela ainda não superou a historia do “Monstro do
Lago Ness”. Eu não ligava, pois era um nome q ele tinha me dado.
- OK! – vovó ficou um pouco confusa, mas não perguntou o porquê e olhou
para o relógio em seu pulso. -Bem, acho q ainda temos tempo, hoje, vocês
vão jantar aqui!
-Bem, mãe, tudo bem! Renesmee tem que comer... - mamãe disse
gentilmente.
Eu estava em seu colo e olhei para o papai...

“Se eu comer, vocês também vão! Vc sabe como eu não gosto da comida
humana...”E fiz bico...

-O que houve? – perguntou vovó, vendo minha cara de chateada.


-Ah, nada não. Acho que ela não esta com fome. - respondeu papai
simpaticamente. – mas ela vai comer mesmo assim.
Eu olhei para ele incrédula, ele também iria comer?
Fomos para a cozinha e vovó colocou no forno um grande frango que minha
mãe tinha ajudado a preparar.
-Querida, você ainda não experimentou varias comidas. Tenho certeza que
você ira adorar o frango! – mamãe disse baixinho pra mim
Eu fiquei um pouco chateada, mas quando começou assar, o cheiro inundou
a cozinha, e comecei a mudar de idéia. Por minha surpresa comecei a
salivar.
E finalmente depois de mexer no computador, ligar rapidamente para matar
as saudades do Jake, e conversar sobre amanha o frango ficou pronto.
-Acho que experimentar não fará mal a ninguém! - eu disse enquanto
pegava o prato q mamãe me oferecia.
Eu gostei, o frango não era nada comparado com o feijão, arroz, massa, ou
brócolis que a mamãe empurrava pra mim. Não era tão ruim assim e eu
repeti.
-Ainda precisamos comer? – perguntou papai ironicamente
- Não, não! – eu fiquei constrangida, por me precipitar, achando que todas
as comidas humanas eram ruins, acho que agora em diante sempre vou
provar antes de falar alguma coisa.
Acabei de jantar e fomos para sala, mamãe e papai deram a desculpa de que
estavam com fome e comeriam no hotel, estavam sentados, vimos TV e
fomos para o hotel...
Eu dormi, acho que quando como comida me dá sono.

Amanheceu... Acordei com papai e mamãe rindo.


Eles se beijaram delicadamente, esperei q terminassem, mas demoro... e eu
tive que fingir tossir.
Eles pararam constrangidos.
-Oi, querida, - ela se sentou na minha cama.
-Bom dia, amor! – disse papai e deu um beijo na minha testa. Ele me parecia
muito contente.
- Ta feliz, papai! – eu disse
Ele deu seu sorriso torto.
-Sim, minha “não – vida” não podia ser mais perfeita! – e mamãe o abraçou
-Eu te amo. – ela disse em seu peito
-Eu também te amo. – ele disse solenemente
-E eu amo muito vocês! – eu fiquei em pé na cama, dei um pulo na direção
deles e mamãe me pegou no colo, nos abraçamos.

O dia passou rápido e a despedida foi triste. Se mamãe pudesse chorar, já


tinha enchido um rio.
Eu exagerei no abraço com a vovó, mas ela nem ligou.
-Espero te ver em breve, querida! – ela me disse enquanto tirava seus braços
ao seu redor
-Claro que vai, vovó. - eu disse entrando no carro
A viajem de volta foi legal, brincamos de mímica no avião, e eu experimentei
algumas coisinhas q eles serviram, mas não gostei de muita coisa, apenas de
uma carne mal-passada.
Estava cada vez mais nervosa em rever minha amada família.
Eles estavam no aeroporto, eu corri em direção a todos e abracei primeiro a
Tia Rose, depois Esme, tia Alice, e assim por diante. E todos falaram de
como eu tinha crescido, meus pais olharam confusos; para eles eu estava do
mesmo jeito.
Tia Alice brigou com papai por não ter retornado suas ligações, e também
brigou com a mamãe por ter deixado o celular desligado. Mas ela estava
com saudades e abraçava antes de terminar a bronca.
E aos poucos meus pais contavam o que tinha acontecido na viagem à casa
de Renée.
Mas tinha alguém faltando, uma pessoa que eu estava morta de saudade.
-Cadê o Jacob? – perguntei a Tia Rose
-Hum... Eu não sei, acho que ele ficou em La Push, deve vir pra cá amanhã.
– ela disse decepciona, ela adorava ficar longe dele.
-Ele esta um pouco atrasado, mas com certeza estará te esperando em casa.
– disse Carlisle.
-Ok. – eu mordi o lábio, olhei para minha pulseira, e sorri ao lembrar como
ele estava envergonhado em me dá-la.
Chegamos em casa rápido.
E lá estava ele, exatamente como eu o havia deixado.
Eu abri a porta do carro e corri sem ligar pra minha super–velocidade em
sua direção. Ele abriu os braços como sempre fazia, e eu pulei em seu colo,
passei meus braços em seu pescoço, o abracei, eu provavelmente teria
sufocado um humano qualquer com a força que eu o abraçava.
-Hum... que saudade! – ele disse enquanto nos abraçávamos
- Também senti... Mas acabo de matá-la. – eu fechei os olhos por um
segundo e me desprendi de seu abraço, continue me segurando a ele – com
minhas pernas se prendendo em sua cintura, ele me olhou e sorriu.
-Você cresceu de novo!
-É, né! Não paro de crescer... – eu debochei
-Logo, já ta adulta! – ele riu.
-É... – eu disse e deixei meus olhos se abaixarem um pouco, mordi o lábio.
-O que foi? Você não gosta quando eu falo disso, né! – ele disse afirmando
Eu apenas balancei a cabeça.
-Tudo bem, me desculpe. Agora vamos entrar, eu to morrendo de fome! –
ele disse mudando de assunto. Eu desci de seu colo.
-Sabe o que eu descobri? Acho que comida humana me dá sono. – eu ri –
Deve ser por isso que você dorme de mais... – eu deduzi.
- Pode ser. – ele estava tão feliz que nem quis discutir comigo.
Ele pegou minha mão e fomos para dentro de casa.
2. Agora.
Estou com 20 anos, mas aparentemente tenho 18, eternos 18.
Sinto muita saudade de Forks, apesar do clima ser muito parecido, era
muito bom morar tão próxima do Jacob, e ate mesmo do vovô Charlie.
Nossas casas são bem parecidas com as que tínhamos lá. Apenas meu quarto
é bem maior que antes.
A vida aqui é bem tranqüila, apenas quando vamos caçar longe, é muito
divertido ou quando viajamos para o exterior. Estamos pensando em ir para
a Ilha Esme, passar um tempo lá. Eu gosto dá idéia apenas, não gosto do
Jake não poder ir.
Sam não é mais o líder Alfa ou Beta, ele deixou de ser transmorfo –
lobisomem - para ficar com Emily, a uns 10 anos atrás. Seat e Leah, ainda
são lobos, de vez e quando vem junto com Jacob, assim não perdem seus
dons.
Eu e Jake temos uma relação muito boa, ainda me lembro de como tinha
medo de não amá-lo do jeito q ele me amava, mas até q foi mto simples, foi
exatamente quando eu fiz 12 anos, que demos o primeiro beijo, eu já tinha a
aparência de uma garota de 17 e a mentalidade de uma adulta. Foi muito
lindo e romântico, ele me levou para um lugar em q podíamos ver
perfeitamente o pôr-do-sol, enquanto o admirávamos eu disse “Q lindo!” e
ele “Como vc”, e lentamente se aproximou de mim e nos beijamos. A partir
de em diante, vivemos como um casal, mas não deixamos de sermos os
melhor amigos, discutimos e brincamos toda hora. Na hora de dormir, ele
continua dormindo comigo, meus pais não gostam muito dessa historia - já q
somos um casal - mas meu pai sempre está de olho, então praticamente nem
podemos “pensar” em fazer alguma coisa. Às vezes quando a coisa esquenta,
eu uso meu dom –mostro - ao Jake meu pai invadindo o quarto e o
colocando pra fora, ele sempre para na hora.

Era mais uma noite em que fiquei acordada, jake não estava comigo, me
levantei, me alonguei e fui me arrumar. Desci para ver meus pais.
-Bom dia, querida! – disse mamãe e me deu um beijo na testa
-Bom dia... Mãe, nos vamos mesmo para a Ilha Esme? – eu perguntei,
sentando na cadeira da cozinha.
-Sim, vamos depois de amanha. – ela sorriu animada
-Há! Cadê meu pai? – eu não sentia o cheiro dele pela casa
-Foi caça com seus tios.
-E vc não foi. Por quê? – perguntei surpresa
-Alice! Queria que eu fosse com ela fazer comprar para a viagem. – ela
revirou os olhos. Certas coisas nunca mudam. Eu ri baixo- E você vai?
-Acho q não, Jake e eu vamos passear de moto... – eu fiquei animada, amava
a minha moto roxa e preta, Jake me deu de presente de aniversario.
-Ah, claro! – mamãe se lembrou da minha moto nova.
Senti o cheiro de Alice, e não demorou muito para ela bater na porta, depois
de dois Toc-Toc ela não esperou e entrou.
-Oi, Nessie – disse Alice animada como todos os dias. – Vamos, Bella!- ela
batia levemente o pé, como se estivesse com pressa.
-Fazer o que... – disse Bella, mas Alice já pegará seu braço e o puxará, ela
me deu um beijo rápido – Ate mais, querida. – e Alice a levou.
-Você vai gostar Bella... Até Nessie! – e elas saíram pela porta.
-Até!- eu disse antes de sumirem de vista
Estava sozinha, e a única pessoa q queria estar quando estava sozinha era
ele. Não demoro muito para eu ouvir o ronco do motor de sua moto preta, de
sei lá quantos anos atrás, ele teve que mudá-la por causa do desgaste do
tempo. Eu corri pra porta.
Ele encostou a moto, veio em minha direção, e logo seus lábios estavam nos
meus, nos beijamos por um tempo ate eu sentir um vento frio em minhas
pernas, eu ainda estava de pijama. Não queria me desgrudar dele, seu corpo
quente, lutava contra o vento frio que passava pelo meu corpo. Mas eu
consegui tirar minha boca da dele.
-Deixa eu me trocar, e agente já vai! –
-Ok! – mas antes de me soltar ele puxou para mais perto e me deu um
selinho.
Eu subi correndo e coloquei uma calça jeans, uma blusa branca e uma
jaqueta de couro bege. Desci e vi Jacob comendo umas panquecas que
estavam na mesa.
-Acho que isso não era pra você! – ele apontou para a metade dá panqueca.
-Com certeza não, minha mãe deve ter deixado pra vc! – eu sorri, ela era a
melhor mãe do mundo. -Vamos! – ele engoliu o último pedaço e fomos para
a garagem.
Eu subi na minha moto (Honda CBR, fantástica, tão linda quanto rápida) e
a levei pra fora, ele subiu na dele e fomos para a cidade em Port Ludlow.
Fomos ao cinema, a lanchonete – eu apenas o vi comer – e andamos pelo
porto, só me dei conta da hora quando vi o sol se por.
Estamos sentados de frente ao mar, nossos pés tocavam a água - é
provável que ela estivesse congelando, mas como meu corpo se adapta a
temperatura, estava quentinha.Ele se deitou na ponte e colocou sua cabeça
em meu colo, acariciei seu cabelo e ele fechou os olhos.
-Sabe acho q minha vida não podia ser melhor... – ele abriu um sorriso
sereno, ainda de olhos fechados.
Eu olhei para o mar, q refletia os últimos raios de sol.
E pensei... Será q minha vida pode ficar melhor? Eu sou completamente
feliz? Eu tinha essas respostas? Mas fui interrompida...
-O que foi? – eu olhei para baixo , ele estava me encarando, tentando ler
minha expressão. Eu sorri envergonhada.
-Nada, só estava pensando... – ele semicerrou os olhos, mas logo os fechou.
-Jake, já que está na hora de irmos... - eu não queria estragar o momento de
plena paz dele, mas estava escuro. Não que estar de noite e longe de casa me
preocupasse, mas á meus pais sim.
-Ok... - ele levantou lentamente e me deu um beijo.

Enquanto voltávamos para casa, meu celular tocou, eu facilmente podia


estar no telefone e continuar dirigindo, mas os costumes humanos –corretos
– me fizeram parar a moto, Jake me esperou...
Olhei no visor, era Edward.
-Oi...
-Onde você ta? – a voz dele de preocupação.
-Já estou indo para casa, Jake está comigo... – eu pude ouvir um leve
sussurro pelo telefone “é isso o problema” de meu pai...
- Para com isso, pai! Estamos indo para casa. Tchau!- eu desliguei o telefone
indignada.
Edward e Jacob se conhecem a mais de 22 anos e mesmo assim não deixou,
ou deixaram os costumes ( vampiro X lobisomem ) de lado, Ridículo! Ou
talvez fosse apenas ciúmes de pai.
-Tudo bem? – perguntou Jake, vendo minha cara.
-To. Era meu pai, ele falou uma coisa que não gostei... – eu balancei a cabeça
tentando deixar pra lá.
Jacob fez um cara de reprovação e ligou a moto. Voltamos com o mesmo
entusiasmo de quando fomos. Apostamos corrida, mas Jacob ganhou, sua
moto era mais potente q a minha, meus pais não queriam q eu tivesse uma
com mais de 500cc. Ter pais vampiros deve ser muito pior q ter pais
humanos. Super-proteção – o que pode ser mais forte do que meu próprio
corpo, talvez a frenética batida do meu coração, os faça pensar q sou mais
parecida com os humanos do que realmente sou.
Chegamos em casa.
-Há!Ha! Nessa modalidade eu ganhei!
Eu fiz cara de brava, eu não teria perdido se tivesse uma moto mais
potente...
Ele parou de rir e se aproximou.
-Desculpa amor – ele passou seus braços ao meu redor – mas você sempre
ganha em... Tudo. – ele fez uma carinha de dó, tão linda que iria beijá-lo ate
não poder mais.
Mas parei quando ouvi os passos de Bella e Edward vindo para fora.
- Oi, mãe e... pai. – eu disse com indiferença quando eles saíram.
-Oi Bells, Edward... – jake ainda estava com os braços ao meu redor.

“Pai!! Não gostei nem um pouco do que você falou no telefone , então o Jake
vai dormi aqui hoje! “- eu falei em pensamento

Eu me foquei em Edward e pude ouvi-lo...

“Você sabe que eu não falei por mal, me irritar não vai adiantar em nada!”
ele me censurou

-Jake, hoje você vai dormir aqui, Ok?! – ele me olhou confuso, já estava
planejado que ele dormiria em um hotel ou coisa parecida.
Ele olhou para Bella, que parecia tão confusa quanto ele, e para Edward q
estava com um olhar de reprovação. Mas como Jacob adorava uma intriga,
ou simplesmente desafiar Edward...
-Claro! – ele disse animado e me deu um selinho.
Eu e minha mãe fizemos o jantar - canelone – eu somente comi para
acompanhar Jake e deixar meus pais satisfeitos. Jacob devorou a travessa
inteira, como sempre.
Vimos um pouco de TV, e para meu desgosto meu pai tocou em um assunto
q Jacob ainda não estava a par.
-Querida, é provável q vamos amanha a noite para o Rio. - ele anunciou.
Jake se assustou ao meu lado; e ficou esperando minha resposta.
-Tudo bem! – foi o que consegui dizer, estava temendo a reação de Jacob,
não sabia se ele falaria para eu ir, para ficar, para decidir por mim mesma...
Esperei q ele falasse alguma coisa, mas nada, continuou olhando para TV,
como se meu pai não tivesse falado nada.
Meus pais foram para o quarto, eu e Jake também.
Sentei na cama, e fiquei olhando para ele esperando q ele falasse.
-Já passamos por isso, não é a primeira, nem a ultima vez q ficaremos longe,
sei q podíamos ficar aproveitando, se não estivesse lá. Mas... – ele parou, era
a hora de saber o que ele queria que eu fizesse – você deve passar o tempo
com a sua família, e ... – parou novamente – tentar ver como é uma vida sem
mim.
Eu me assustei e gelei, mas logo tive uma explosão de realidade.
-NOSSA JAKE, NÃO É PRA TANTO!! – eu elevei meu tom de voz,
assustada.
Ele riu.
-Desculpa, não foi isso q eu quis dizer. – ele segurou minhas mãos, e ficou
olhando para elas – apenas, quando estiver na ilha Esme , pense se vc é
realmente feliz, lembra da nossa conversa em Port Ludlow?
Ele olhou para mim e eu apenas acenei com a cabeça.
-Então, quero que você pense, e reflita sobre oq realmente quer da sua vida,
quais as sua ambições e objetivos, se vc realmente quer viver sempre assim:
me ver , casar comigo , ter filhos nem sei se vc pode... - ele balançou a cabeça
– e viver ao lado de seus pais, talvez cursar uma faculdade ou varias, ate q
eu morra, vc sabe q eu não viverei para sempre, talvez 500 anos ou mais... –
ele olhou nos meus olhos com pura inocência – vc está me entendendo?
Eu parei por uns instantes para tentar assimilar o que ele estava me
dizendo.
-Você quer que eu tenha aventuras, um destino emocionante e empolgante,
e... - eu dei um intervalo – você acha que só terei isso longe de você? – eu
olhei para ele tentando acreditar que ele não queria dizer aquilo.
- Sim, não digo que sou a única coisa que a prende aqui, sua família é tão
importante quanto eu, mas sei que ela a apoiará em qualquer decisão que
você tomar, e eu sou uma coisa a parte, que á prende na idéia de que seu
destino já esta escrito, eu... - ele respirou fundo - eu apenas quero que você
descubra se realmente sou o seu destino.
Estava prestes a dar-lo um sermão, dizendo que ele era quem eu amava que
nunca o – deixaria, que ele não era uma coisa a parte e sim um quase todo.
Mas eu mesma tinha essa duvidas, e talvez o que estive esperando era que
ele falasse, permitisse que eu tivesse minhas próprias aventuras, apenas eu;
sem minha família, sem... ele.
Talvez fosse isso o que tenho procurado, a resposta, do: se sou
completamente feliz .
O silencio preencheu o quarto, apenas o meu coração e o dele batendo
desigual.

-Jake. – eu não olhava para ele.


-O que? – sua voz era suave e baixa.
-Você sabe que eu te amo, não sabe?
Ele se aproximou e sentou ao meu lado.
- Que tipo de amor você sente? – eu olhei para ele indignada, pela pergunta
sem sentido, ele deu um sorriso e continuou. – eu errei com sua mãe, varias e
varias vezes, mas sei q é diferente com vc. Eu tenho “imprint” por vc, mas o
que vc tem por mim? Você me ama exatamente da mesma maneira que eu te
amo? Você não é uma humana como a Emily ou a Clare, você é meio-
vampira, um vampiro. Sei que vou me arrepender de dizer isso... – ele
suspirou - eu quero que você prove de outros amores... Vc já amou outra
pessoa alem de mim? E não estou falando da sua família...
Eu pensei, pensei, procurei por alguém nos meus 20 anos de vida, mas nada,
não tinha amada ninguém alem dele, não por não ter achado, mas por nunca
querer ou ter procurado.
-Não... – eu sussurrei me rendendo.
-Então como você pode saber se é realmente amor, amor de alma gêmea,
amor como a de seus tios e de seus pais, como você pode saber se me ama
completamente, sinceramente se nunca provou de outro amor. Eu já provei,
amei com todas as minhas forças a sua mãe e vc sabe disso, mas quando vi
vc nunca senti nada igual, muito diferente do que sentia por sua mãe, era
um simples e puro amor... – ele me olhou novamente com aquele olhar de
fascinou, mas eu continue a olhar para seus olhos tentando compreender.
-Você realmente quer q eu tente amar outro, para poder saber se realmente
amo você?!- eu o encarei - Você é louco?! – eu fiz uma careta, ele sorriu
-Posso realmente ser... Mas não pense dessa forma, pense que esta
vivendo a sua vida , a vida de aventura e sonhos que vc quer seguir, eu te
amo tanto que quero se seja feliz...
Eu o interrompi...
- Mas não quero te deixar, é tão... Difícil.
-Talvez com o tempo fique a ate fácil... – sua voz quase como um sussurro
- Claro q não... – eu revirei os olhos
- Você diz isso agora, mas espero , tenho quase certeza que vai me agradecer
depois, eu te conhecer melhor do que ninguém e sei que você é tão
independente e sonhadora quando qualquer humano ou vampiro! E espero
que no fim dessa jornada, você volte para mim...
Estamos deitados na minha cama, aninhamos. Minha cabeça em seu peito,
sentindo seu sangue e coração pulsarem lentamente.
-É claro q vou...
Ele não respondeu. O silencio permaneceu por pouco tempo, nossos lábios se
uniram encerrando a conversa e logo ele estava dormindo.
Enquanto eu olhava para aquela face adormecida. Admitia q ele estava
certo. Eu sou a garota mais sortuda do mundo, tenho o namorado perfeito, a
família perfeita e mais linda do mundo, os pais mais gatos do universo, sem
contar com minhas habilidades: naturais - imortalidade, super força,
velocidade... - e especiais - meus poderes psíquicos. Mas quero também ter
uma viva cheia de surpresas e emoções, quero saber como é morar sozinha,
ser independente.
Desci para a cozinha para pensar sem o cheiro dele, e ter mais clareza do
que eu queria, e realmente ; ele muda o meu modo de pensar.
Minha mãe foi à cozinha.
-Vocês ouviram tudo, não é?! – eu perguntei a ela, Edward vinha logo atrás.
- Sim, ouvimos. - ela admitiu
-E o que acham?
Meu pai respondeu:
-Acho que ele tem razão, todos nos já tivemos suas grandes aventuras,
principalmente sua mãe. – ela sorriu e ele beijou sua testa – talvez ainda
tenhamos outras, nossa “não – vida” pode ser surpreendente. Digo por
experiência própria, vivi 90 anos solitariamente, sem ter expectativa
nenhuma de ser tão feliz como sou agora, com minha própria família, é
preciso de um empurrãozinho, uma decisão para o destino nos dar
aventuras e destinos inimagináveis... Minha decisão foi me render ao amor e
não aos meus instintos - disse meu pai abraçado a Bella.
-Viva sua vida, querida. – minha mãe disse.
Eu respirei profundamente antes de abraçar meus pais.
Subi ao quarto e olhei mais uma vez para jake.
-Obrigada. – eu sussurrei antes de fechar meus olhos.

3º Capitulo- Decisão, Part 1


Acordei cedo, Jacob ainda estava largado e roncando na minha cama, eu
abri as cortinas e o sol iluminou meu quarto, com o infinito de cores
iluminado Jacob. Ele se incomodou um pouco mais não acordou, eu ri .
Sentia-me renovada, mas não menos indecisa, sabia que agora, eu podia
contar com Jake para tudo e q ele realmente me amava, mas deixá-lo; viver
em outro lugar; ficar longe da minha família, mesmo q por pouco tempo era
uma decisão q talvez levasse um tempo para saber o que fazer, mesmo que
meu coração me dissesse que eu já estava pronta.
Desci para a sala, Jasper e Alice estavam na sala com meus pais
conversando, sobre algo realmente engraçado, raramente via Tio Jasper dar
risada.
-Bom dia!! – eu os cumprimentei
Todos me cumprimentaram de volta... Eles me pareciam animados, foi
quando lembrei q a noite iríamos para a Ilha Esme, e imediatamente meus
pensamentos foram para meu quarto, para Jacob.
Não sabia se me animava junto com eles, ou ficava triste por deixar jake,
não parava de pensar nas coisas q ele me disse na noite passada.
Voltei para ao meu quarto, ele ainda estava dormindo, então fui tomar
banho e me arrumar.
Quando voltei, ele já estava de pé, se espreguiçando, na verdade. Eu liguei
meu radio.
-Bom dia, dorminhoco! – eu o abracei por trás.
-Bom... – ele deu um grande bocejo – dia... – e se virou para mim e me deu
um beijo.
-Ai, jake vai escova os dentes.. – eu fiz cara de nojo brincando, tampando o
nariz com as mãos..
Ele me encarou, como se eu não tivesse a mínima graça...
- Mas nada se compara com esse seu cheiro... – eu debochei, estava me
referindo ao cheiro de lobo, eu realmente não ligada para o cheiro dele,
tanto quanto ele ligava para o meu meio-vampiro...
- Há! E vc também nem adianta toma banho, q mesmo assim continua
cheirando mal... – ele me respondeu, eu fiz beicinho..
Mas logo ele abriu um imenso sorriso com aqueles perfeitos dentes brancos,
e me beijo carinhosamente.
Eu o empurrei ate a cama fazendo-o sentar, ainda nos beijando, eu apóie
meus joelhos na cama, de frente para ele, praticamente sentada em seu
colo...
Foi quando eu notei na musica q estava tocando “Kelly Clarkson - My Life
Would Suck Without You” e ri...
-Minha Vida Seria Uma Droga Sem Você!! – eu cantei pra ele, quando
nossos lábios deram um tempo.
Nos rimos e voltamos a nos beijar.
Ele entrelaçou seus dedos em meus cabelos e acariciou minha nuca, não
havia nada mais gostoso de quanto ele fazia isso, eu coloquei minha mão em
seu pescoço...
Se o amor de Edward e Bella era puro romance, o nosso era pura paixão.
Eu parei quando ouvi passos indo na direção da porta, me levantei em um
segundo, jake se assustou, mas logo a porta se abriu, era minha mãe...
-Querida. – ela parou um instante para olhar para Jacob. – vamos para a
casa de seu avô, estamos esperando lá embaixo... Bom dia, jake. – ela sorriu
carinhosamente para ele, a amizade deles ainda era a mesma.
-Ei, Bella... – ele acenou para ela
Bella fechou a porta e eu olhei para ele.
- Tenho q ir, vc vem?
-Hum... Vou sim, só q mais tarde. – ele se levantou para me dar um beijo
rápido – tenho q tomar banho e comer primeiro...
-Comer primeiro, claro! – eu ri daquela criança grande.
Eu desci, meus pais e tios já estavam me esperando na porta..
-Onde esta o Jacob? – perguntou meu pai.
-Ele vai depois! – eu respondi
-Ok... – respondei Bella
A casa de Carlisle tinha a mesma distância de quando morávamos em Forks,
a decoração quase a mesma, mas com um piano á mais e uns lugares
decorados por mim, claro que com a supervisão da minha super tia Alice.
Estava ansiosa para vê-los fazia um tempo q não via a Tia Rose ou o meu
grande Tio Emmet, eles tinham ido viajar na sei-lá q centésima lua-de-mel
deles... Passaram quase um mês longe e voltaram ontem.
Quando chegamos, meus avos já estavam na porta, eu corri mais para
abraçá-los.
-Como vai, Nessie? – perguntou Carlisle carinhoso
-Bem. – fisicamente eu realmente estava, mentalmente já era outra historia.
- Oi, querida. – Esme me abraçou.
Nos entramos e Tio Emmet e Tia Rose estavam na sala.
-OI!! – eu gritei empolgada
Eles se levantaram...
-OI, Nessie, - Tia Rose foi correndo na minha direção e me abraçou – Tudo
bem?
-Sim. – eu abri um grande sorriso
-E ai, garota. – me abraçou Tio Emmet logo depois, ele me chamava de
garota, antes ele me chamava de menininha, mas eu já estava grande de
mais para ele continuar me chamando assim. Era um apelido carinhoso.
-Oi, Tio...
O resto da família entrou, e ficaram na sala conversando...
Eu subi com a Rose e Alice, para ver as novas roupas e acessórios q Rosálie
tinha comprado na viagem.
-Nossa, mas vcs mal chegaram e já vão viajar de novo? – eu perguntei a ela
abismada.
- Ha... mal não vai fazer não é?! - Tia Rose estava mais feliz do que de
costume, parece q a ilha Esme, é o lugar favorito de todos passarem um
tempo com a família.
Depois de muitas roupas novas, e também presentes q Rosálie tinha trazido,
fomos para a sala.
Depois de muita conversa e planos para a viajem, fui a sala de música para
praticar e tocar um pouco no meu piano de cauda, depois de algumas
melodias, liguei o radio que começou a tocar uma musica lenta e suave –
provavelmente de alguma valsa - logo meus tios começaram á flutuar pelo
salão conforme a melodia.
Alice com Jasper, Bella com Edward, Esme com Carlisle e Rosálie com
Emmet, foi quando Jacob chegou e eu o puxei para dançar também...
Depois de uns pra lá e pra cá, nos beijamos, ainda dançando e eu percebi q
não havia mais passos rodopiando a sala, eu parei de beijá-lo e virei o rosto:
todos estavam parados olhando para nós, uns com cara de nojo (Tio Emmet,
Tia Rose, Tio Jasper, Edward) outros com cara de indiferença (Bella, Esme,
Carlisle, Alice) mais olhando!
- Quem falou para parar? – eu perguntei a eles, e voltei a beijar Jacob
despreocupada.
E pouco a pouco os passos começaram novamente a rodopiar a sala de
musica. Será que algum dia eles iriam se acostumar?

Ajudei Alice a arrumar sua mala -normalmente grande- fui para casa com
meus pais e Jacob para arrumar minhas coisas.
Jake estava me ajudando a arrumar minha mala, e meus pais já estavam na
sala esperando.
- Jake, pega minha escova ali! – eu apontei para a penteadeira.
Ele foi pega-la.
-Vc vai pensar? – ele me perguntou perto da penteadeira
-Pensar em q? – eu estava completamente distraída
-Na noite passada? – eu me virei para ver o que ele estava fazendo:
encarando uma foto que estava na penteadeira com nos dois. Meu humor
instantaneamente desapareceu.
-Provavelmente... – eu disse baixinho.
Não agüentei e fui em sua direção para abraçá-lo.
Ficamos abraçados, sem pensar no tempo ou no que estaria por vir.
Duas pessoas que se amavam, mas q ainda faltava alguma coisa, que irei
descobrir. Minha única e mais dolorosa conseqüência era ficar longe das
pessoas q mais amo.

Jake desceu com minha mala, atrás de mim.


-Vamos? – perguntou meu pai
-Sim. – eu disse apreensiva
Eles foram para o carro. Eu fiquei na sala, em pé congelada. Jake foi colocar
minha mala no carro e voltou.
-Está na hora de nos despedir. – ele disse com um tom de humor,
provavelmente tentando esconder a dor.
Eu o abracei novamente.
-Não se preocupe tanto, eu vou para a Ilha Esme, mas já voltarei, é breve!
-Meu medo não é esse... – eu me aninhei ao seu corpo quente e aconchegante.
- é a decisão q vc terá na volta...
Eu fiquei em silencio, apenas ouvindo e sentindo seu coração bater
freneticamente por baixo da pele, ele estava nervoso.
Eu olhei para ele, e peguei seu rosto com minha mãos.- A vida é cheia de
surpresas, apenas vivendo podemos descobrir o que era pra ser ou não.
Então, meu amor, não tenha medo... Talvez o destino ,
3º Capitulo- Decisão, Part 2
Eu olhei para ele, e peguei seu rosto com minha mãos.
- A vida é cheia de surpresas, apenas vivendo podemos descobrir o que era
pra ser ou não. Então, meu amor, não tenha medo... Talvez o destino ,
queria , possa ate mesmo, nos pregar uma peça, mas tudo ficará bem, ela
não nos juntou para depois separar, não é?! – eu sorri para ele.
-É nisso q eu quero acreditar. – ele me beijou e me levou para o carro.
Antes de entrar, ele tocou na minha pulseira, a pulseira q ele me dera há
anos atrás, ainda intacta com o tempo.
-Lembre de mim. – ele sorriu
-Sempre... – eu sorri de volta e ele fechou a porta.

A viagem de carro foi rápida ate o aeroporto, minha família já estava nos
esperando, eu abraçada a minha mãe, fomos para o avião, fomos todos no
mesmo.
Fiquei imaginando o que alguém pensaria se soubesse que havia uma
família inteira de vampiros no avião, seria um banquete e tanto... Eu ri,
apesar do meu pensamento obscuro.
-Do que está rindo, Nessie? – perguntou Esme no conjunto de bancos ao
nosso lado.
-Pensamentos... – na hora eu olhei para meu pai, ao meu lado. Mas ele
estava distraído demais beijando Bella.
Rosálie e Emmet estavam no banco da frente, e Alice com Jasper estava
atrás de nos.
Quando lembrei de Alice, pensei q talvez ela pudesse ver , o que eu
decidiria, assim faria meu stress e angustia terminarem mais rápido.
Eu me virei para o banco de trás, Alice estava com fone de ouvidos,
balançando a cabeça, curtindo a musica.
-Eu não posso ver... – ela logo me respondeu.
-Credo! Vc e o meu pai são mais parecidos do que parece! – ela sorriu -
Mas por que vc não pode ver, eu entendo q o Jacob vc não consegue, mas
eu também, mesmo depois de todos esses anos?
Ela torceu a boca.
- Hum... Mesmo depois de todos esses anos. – ela admitiu - Vocês ainda
estão ligados. Talvez... se vc estiver bem longe dele, na Ilha Esme , por
exemplo, eu possa ver alguma coisa.- ela disse pensativa
-Ok! – eu disse animada.
Nos ainda estávamos ligados, era o que ficou na minha cabeça a viajem
toda.
O piloto anunciou q havíamos chegado ao Rio de Janeiro.
Estava nublado, assim minha família poderiam andar na rua sem
problemas.
Tio Emmet levou as malas mais pesadas – a minha, de Rose e da Alice –
ate o carro.
Alugamos dois carros, comigo foram a Tia Alice e o Tio Jazz.
Fomos ate o caz e já estava a nossa espera dois barcos para nos levar a
ilha...
Não queria pensar muito em Jacob, apenas na linda paisagem e na água
transparente, com um tom de verde-água.
Tirei meus sapatos para sentir a areia branquinha da Ilha, todos fizeram o
mesmo, apenas Rosálie não tirou e fez Emmet carrega- lá. Nos rimos.
Na ilha tinha quatro casas, mas geralmente só usávamos uma ou duas...
Preferimos ficar todos na mesma casa, a maior, há de Carlisle.
Na frente da casa havia uma mulher bem vestida, provavelmente a
governanta, ela falava português, todos os meus tios falavam, minha mãe
também, mas era a menos prendada. Eu sabia o básico, meu pai insistiu
para q eu fizesse uma aula ou duas para falar perfeitamente, mas é claro, q
preferia passar meu tempo com Jacob, do que fazendo aula.
Uma vantagem no meu poder, é q quando leio a mente das pessoas, eu
posso compreender melhor do q ninguém sua língua ou ate mesmo sua
cultura. Mas nunca me dediquei exclusivamente ao português.
Ao italiano, francês, alemão, e outras línguas eu sou fluente, até latim,
Carlisle me ensinou, apesar q ser uma língua, na minha opinião elegante,
Em que ocasião eu vou precisar usar? Não vou conversa com o papa!

Quando me dei conta estávamos na praia, aproveitando o pouco sol que


havia na ilha, Tia Alice disse q amanha o céu estaria aberto, eu ate zoei
com ela dizendo q ela seria uma ótima garota do tempo; Tio Jasper não
gostou muito, mas foi porque ele pensou em aquelas mulheres de pouca
roupa q anunciavam o tempo, eu ri imediatamente aquele pensamento.
Meu pai fica orgulhoso quando pratico meu poder de também ler mentes,
mas o que mais gosto e prático é mostrar as coisas q quero, antigamente
era apenas o que eu já havia visto, mas agora posso mostrar o que
também apenas imagino.
Todos nos adoramos ser quem realmente somos, sem precisar nos
esconder. A Ilha Esme, era o lugar perfeito para isso.
Tio Emmet e Jasper estavam disputando queda-de-braço, Carlisle e Esme
estavam no mar, minha mãe e minha tias estavam conversando na areia -
apenas Rose com uma grande e fina toalha em baixo dela, meu pai assistiu
com empolgação a queda-de-braço dos irmão, eu estou sentada olhando
pro mar e assistindo minha família se divertir .
Queria caçar, meu pai leu meu pensamento e me apoiou.
Ele chamou todos e para que fizéssemos uma aposta: quem caçasse o
maior animal ganhava o maior quarto. Todos participaram.
Tio Emmet já se dava por vencido, mas meu pai apostava q não, Alice ficou
chateada, pois não era ela quem ia ganhar, e ficou bem longe de mim e do
meu pai, para nos não sabermos quem ganharia, mas ela participou
mesmo assim.
Nos corremos e nos separamos.
Coloquei minha mão na terra, para tentar sentir algum animal, por um
tempo nada, mas depois comecei a sentir pequenas oscilações para o lado
oeste na ilha, eu corri antes q alguém sentisse também.
Era um cervo, não muito grande, mas não pensei duas vezes antes de
atacar, agarrei seu pescoço e o mordi, o sangue do animal escorria pela
minha boca, tomei cuidado para não sujar minha roupa, fiquei um tempo
ali, esperando o animal morrer. Seu líquido vital aquecia minha garganta,
me alimentando, como é gostoso quando ainda esta pulsando, quentinho...
fresco.
O levei para a praia, onde já estava Esme; com uma raposa, Alice; com um
gato-do-mato, Rosálie com um lobo, todas elogiaram minha caçada, disse á
elas q foi pura sorte.
Depois chegou meu pai, com um puma, e atrás dele Emmet com um jaguar,
os dois ficaram brigando tentando decidir qual animal era maior, depois
chegou Carlisle com uma zebra, nós estranhamos, e logo atrás Bella com
um cavalo e Jasper com um javali.
Era evidente q a vitória era de Bella, ela e Edward comemoração.
Mas eu não agüentei de curiosidade.
-Carlisle. – eu o chamei
-Sim.
-Eu estava reparando, tem animais aqui q provavelmente não são da fauna
brasileira, ou muito menos de uma ilha... - eu apontei para a zebra
Ele riu.
-Quando comprei essa ilha para sua avó, não iria deixá-la sem animais
para nos caçarmos, então também trouxe varias espécies diversas para cá.
Há! – ele virou para Edward – filho, aqui também tem leões!
Edward ficou surpreso, logo contente. Tio Emmet riu.
-Há!Há! Pelo menos agora, vc não vai precisar assaltar o zoológico mais
próximo. – Emmet brincou com meu pai. Ele riu junto.
Depois dos comentários e zuações (Tio Emmet achou q Jasper iria pegar
uma galinha, foi muito divertido!), nos alimentamos.
A noite já estava caindo e as estrelas pouco a pouco apareciam no céu.
Estávamos todos na praia, os casais abraçados, se beijando ou
conversando. E eu apenas observando, não pude mais me conter e pensei
nele.
Suas palavras dominaram minha mente:

“tentar ver como é uma vida sem mim.”

“quero que você pense, e reflita sobre o que realmente quer da sua vida,
quais as suas ambições e objetivos, se você realmente quer viver sempre
assim...
Você sabe q eu não viverei para sempre “

“eu apenas quero que você descubra se realmente sou o seu destino.”
“Que tipo de amor você sente?... Você já amou outra pessoa além de
mim?”

“Como você pode saber se é realmente amor, amor de alma gêmea”

“a vida de aventura e sonhos que você quer seguir, eu te amo tanto que
quero se seja feliz...”

Tomar uma decisão, mas qual? Viver longe da minha família?


Poderia começar a morar sozinha, já tenho 20 anos, sou muito
independente.
Talvez seja isso que esteja faltando: a minha historia, a historia de
aventuras e revira-voltas, surpreendentes. O destino não está escrito e
apenas eu posso escrevê-lo.
Sou uma criatura da natureza, talvez não mágica, mas com certeza uma
criatura exótica, única, meio humano- meio vampiro.
Posso fazer da minha vida o que quiser, ter lembranças inesquecíveis,
viajar ao mundo, conhecer pessoas.
Uma vida comum? Não comum, mas livre.
Começando por... Onde vou morar?
Tem que ser em outro país, isso é certo. Mas em qual?
Itália? Muito perigoso. Reino Unido? Muito longe. México? Muito perto.
Rússia? Muito grande. Peru? Muito pequeno. Brasil? Brasil... É, pode ser,
nem muito grande, nem muito pequeno, não é perigoso, onde vive Zafrina
e suas irmãs, onde vive o Nahuel, não é tão longe, nem muito próximo.
É! Brasil é um ótimo lugar, mas aonde?
No Rio de Janeiro? Ver Copacabana, o Cristo Redentor, mas... não sei , eu
já fui varias vezes ao rio, geralmente fazendo compras com Alice. Tem q
ser um lugar q nunca tenha ido, com bastante movimento e...
E São Paulo? Hum... São Paulo é uma boa. A cidade q nunca para. Ha, ha! É,
vai ser legal morar em São Paulo, a maior cidade do Brasil, e o clima é
bom, às vezes frio, às vezes sol, não dá pra prever.
Agora. A segunda parte: contar a minha decisão.

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