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A adoção passou por transformações ao longo da história, tendo significados diferentes em cada época. Atualmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente regulamenta a adoção visando garantir os direitos das crianças de conviver com familiares ou em comunidade, considerando a adoção como última opção.
Descriere originală:
Pesquisa sobre a importância do serviço social na adoção.
A adoção passou por transformações ao longo da história, tendo significados diferentes em cada época. Atualmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente regulamenta a adoção visando garantir os direitos das crianças de conviver com familiares ou em comunidade, considerando a adoção como última opção.
A adoção passou por transformações ao longo da história, tendo significados diferentes em cada época. Atualmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente regulamenta a adoção visando garantir os direitos das crianças de conviver com familiares ou em comunidade, considerando a adoção como última opção.
A adoo passou por diversas transformaes no decorrer da
sociedade, em cada momento teve um processo e um significado baseado na sociedade e o momento histrico em que estava inserida. Adoo um mecanismo que existe desde a antiguidade, o ato de adotar histrico se apresentando na sociedade em diversos contextos social e formas conforme a poca em que insere. Na Antiguidade o Cdigo de Hamurabi, na Babilnia, de aproximadamente 1700 a.C, a lei mais antiga sobre a adoo. Era composto por oito Artigos que definiam a adoo, em um deles afirmava em que se um filho adotivo falasse em voltar para a casa dos pais biolgico, era cortado-lhe a lngua, somente o legislador poderia definir os casos em que o adotado poderia retornar a casa dos pais biolgicos. Os filhos adotivos tinham o mesmo direito de que os filhos biolgicos sobre a herana. A sociedade hindu tambm possua em sua legislao a adoo, porem sua finalidade era para o culto religioso, para cerimnias fnebres, pois do mais valor ao ritual de sepultamento do que passou em vida. Sobre a importncia desses rituais Alvim relata que: O homem aps a morte se considerava um ser feliz e divino, necessitando da oferta de banquetes fnebres em sua homenagem pelos seus descendentes vivos, sem as quais ele decairia para uma esfera inferior, logo passando para uma categoria de demnio desgraado e malfazejo. Julgava os antigos que sua felicidade aps a morte dependia no de sua conduta em vida, mas sim da de seus descendentes para consigo nos cultos fnebres. Assim adotar um filho era o ultimo recurso para velar pela continuao da religio domestica. Alvim (s.d, pg. 4) No Perodo Romano favoreceu o desenvolvimento da adoo, um dos motivos era haver dois tipos de adoo, sendo um deles era utilizado para aumentar o poder poltico, pois podia obter honras, na maioria das vezes o adotado era um chefe de famlia, o adotante s poderia adotar se tivesse mais de sessenta anos de idade e tivesse mais de dezoito anos de diferena do adotado. J o outro tipo de adoo colocava em que s homem poderia adotar, se esse tivesse dezoito anos de diferena do adotado e no poderia possuir filho. J na Idade Media a adoo extinta por um tempo, devido ao Cristianismo e aos valores que ele prega como a famlia sendo algo sagrado, e era contra pelo principio de como se forma uma famlia, e sobre o matrimonio que tinha como nica finalidade a procriao. Assim a adoo cai em desuso, voltando apenas na Idade Moderna com o Cdigo de Napoleo que exerceu influncia a demais cultura posteriores. Esse Cdigo Civil Frances afirmava que a adoo poderia ser feita por contrato, dando direito ao adotado de herdeiro, o adotante poderia ser pessoa a cima de cinquenta anos que no possusse filhos e com diferena de quinze anos para o adotado. No Brasil a primeira legislao referente a adoo surgiu com o Cdigo Civil de 1916, porm antes de descrev-lo preciso analisar o contexto de abandono do Brasil. O abandono atingiu a praticamente todas as sociedades da antiguidade. O Brasil foi colnia de Portugal, e importou dele a roda dos expostos ou enjeitados, era uma porta giratria, conectada com a instituio (Santa Casa de Misericrdia) onde as crianas eram depositadas em uma gaveta que ao girar leva as crianas para dentro da instituio, podendo manter em sigilo a identidade da pessoa que ir deposita-la. O motivo do abandono eram a gravidez indesejvel ou a situao de pobreza da famlia. A roda tinha por finalidade evitar o aborto e o abandono em porta de igrejas, nas ruas, florestas, casas de outras famlias. Para cuidar das crianas abandonadas nas Santas Casas, contratava-se amas de leite remuneradas, eram contratadas por trs anos e recebia o incentivo para ficar com a criana, mas nem todas concordavam e grande parte das crianas acabavam abandonadas nas ruas. Outra opo das Santas Casas eram encaminhar essas crianas a famlias que tinham o interesse em mo-de-obra infantil. A primeira legislao brasileira a citar a adoo foi o Cdigo Civil de 1916, que tinha enraizado um pouco dos cdigos antigos, j mencionados no decorrer deste artigo. Eram muitos os obstculos impostos para os que tinham interesse em adotar uma criana, ou poderia aqueles que possussem mais de cinqenta anos de idade, ser dezoito anos mais velho que o adotado e no possuir filhos. Na dcada de cinqenta a Lei n 3.133 de 8 de maio de 1957 trouxe algumas mudanas para o critrio de adoo, agora o adotante poderia ter 30 anos, diferena entre adotante e adotado deveria ser de dezesseis anos, o casal deveria ter no mnimo cinco anos de matrimonio e poderia ter filhos. O adotado no tinha direito total herana, somente uma parte dela, os filhos biolgicos tinha mais direitos. Nesse perodo se dava importncia era os direitos dos adotantes e no os da criana e do adolescente para adoo. O principal objetivo da adoo era dar ao casal que no poderia ter filhos a oportunidade de perpetuar o nome da famlia. Em 1965 a Lei n 4655 trouxe como nica modificao a autorizao para cancelar o registro de nascimento original da criana e substituir por outro. Com o Cdigo de Menores, Lei n 6697 de 10 de outubro de 1979, trouxe um avano na proteo a criana e adolescente, no que se referia a adoo, previa dois tipos, a plena e a simples. A plena a pessoa poderia ter filhos, havia a necessidade de o casal ser casado h cinco anos ou mais, pelo menos um deles deveria ter mais de 30 anos de idade, dezesseis anos de diferena para a criana ou adolescente e o adotado no poderia ter vinculo com sua famlia biolgica. Pela primeira vez passou a ser incorporado o Estagio de Convivncia por 1 ano, mesmo com todos esses avanos ainda no era permitida a adoo por estrangeiros, vivos, solteiros ou separados. J a adoo simples, prevista pelo Cdigo de Menores, possua as mesmas caractersticas do Cdigo Civil, s acrescentou a possibilidade da alterao do nome e do direito a herana. Com a Constituio Federal de 1988, crianas e adolescentes passam a ser vistas como sujeitos de direitos, e prioridade do Estado, sendo dever da famlia e de toda sociedade zelar por seus direitos e proteg- las, adotando a doutrina de Proteo Integral. O Brasil passa a comprometer-se com a infncia, traz como direito fundamental a maternidade e a infncia. PROMULGAO DO ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE E SUAS ALTERAES COM A NOVA LEI DE ADOO.
Em 13 de julho de 1990, foi sancionada a Lei n 8.069, sendo um novo estatuto legalizado, objetivando modificar o instituto da adoo e trouxe consigo a confirmao do que o Cdigo de Menores j ressaltava. Foi aprovado atravs de uma organizao do movimento da sociedade civil, que lutou e reivindicou para que houvesse cidadania de crianas e adolescentes, assim construindo um marco jurdico para toda a coletividade (sociedade) e especialmente para os que se preocupam com as necessidades de proteo e educao, criou-se mecanismos que protejam nas reas de assistncia social, educao e sade, e tambm deixa evidente que as crianas e adolescente no so objetos e sim sujeitos de direitos e deveres, sem distinguir sua classe social, raa, ou qualquer forma de discriminao. E mencionou mecanismos que protejem nas reas de assistncia social, educao e sade. No dia 03 de agosto de 2009, foram sancionadas modificaes no Estatuto da Criana e Adolescentes, tendo alteraes em alguns procedimentos de adoo. Estas alteraes tm por desgnio garantir que as crianas e adolescentes tenham direito de conviver com seus familiares e em comunidade, e a adoo sendo determinada em ultima opo. De acordo com a Cartilha de adoo: Do ponto de vista jurdico, a adoo um procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais biolgicos para uma famlia substituta, conferindo para crianas/adolescentes todos os direitos e deveres de filho, quando e somente quando forem esgotados todos os recursos para que a convivncia com a famlia original seja mantida. Cartilha de adoo (s.d, pg. 9) A adoo precisa ser analisada, devendo ser uma deciso concreta e objetiva e sendo uma medida adotada em ultimo caso, pois a famlia ser o exemplo e espelho para o desenvolvimento social desta criana ou adolescente. As alteraes realizadas no Estatuto da Criana e do Adolescente foram feitas em 30 artigos e foram acrescentados 16 novos artigos, onde focalizou o direito a convivncia familiar, as mudanas enfoque foram s seguintes: Assistncia a gestante; Prazo para abrigamento; Adoo de irmos; Maiores de 12 anos; Perfil dos pais; Estgio de convivncia; Preparao dos adotantes; Cadastro Nacional; Prioridade de adoo; Adoo internacional; Adoo direta; Vale ressaltar que algumas destas alteraes j eram adotadas em alguns juzos.~
A ATUAO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ADOO
Com o advento do Estatuto da Criana e do Adolescente o assistente social inserido no contexto da adoo, ocupando um espao peculiar e significativo, haja vista ser esse um profissional na sua ao propositiva, um agente multiplicador de idias. Nesse contexto sua ao revela-se de suma importncia oferecendo suporte famlia pretendente, orientado-a sobre os trmites do processo judicial, encaminhando a grupos de apoio adoo e avaliando se a mesma esta apta a assumir os cuidados de um filho atravs do referido processo.
A contribuio do Servio Social Brasileiro na defesa dos direitos marcante tendo importante participao na elaborao e na defesa do ECA e mesmo antes da Constituio de 1988 com sua interveno profissional, pelas analises e produes tericas e envolvimentos com movimentos sociais. Na instituio da adoo o Servio Social se coloca como um elo, entre a famlia e o adotado, possibilitando que o processo acontea dentro dos pressupostos legais propiciando um espao de escuta qualificada, acolhimento, orientao e esclarecimentos de forma a zelar pela efetivao dos direitos e na medida do possvel desburocratiza o acesso ao objetivo pretendido, no caso, a doo. O Estatuto da Criana e do adolescente em seo prpria (arts. 150 e 151), destaca relevncia desses servios denominados auxiliares, realizado por equipe inter-profissional, cujo principal objetivo assessorar a Justia da Infncia e Juventude. Mesmo sem especificar quais seriam os profissionais que comporiam essa equipe, proporcionou a abertura para que profissionais de outras reas, como assistentes sociais e psiclogos, passassem a auxiliar no encaminhamento dos problemas enfrentados. Assim, integrando o corpo tcnico com o objetivo de assessoramento com uma viso multi-disciplinar, notadamente no que diz respeito s questes familiares e assumindo um papel preventivo quando detectam situao de risco, o Assistente Social atua como um perito, fornecendo subsdios tcnicos na rea de competncia profissional emitindo ao final do processo o parecer social para a apreciao judicial. O processo de adoo revela-se como um dos mais importantes na rea da Infncia e da Juventude, posto que objetiva a colocao da criana ou adolescente em lar substituto de forma definitiva e irrevogvel. Requer conhecimento da lei , compreenso do desenvolvimento emocional do ser humano. Inserido nessa conjuntura o Assistente Social precisa ser um profissional crtico e propositivo, bem como informado, com conhecimento institucional, normativo e instrumental tcnico-operativo, pois a populao alvo de seus servios pode sofrer conseqncias de sua atuao profissional. Portanto, o papel do assistente social neste contexto deve se fazer compromissado com as questes que envolvem o processo de Adoo, buscando realizar um estudo minucioso, visto que seu estudo social dar subsdio para o parecer do promotor de Justia e a deciso final do Juiz. O Assistente Social dever trabalha de modo a superar os preconceitos existentes na sociedade, tendo em vista que apesar de a adoo ser uma prtica antiga, a falta de estudos cientficos sobre o tema no Brasil fez com que ela permanecesse sendo tratada de forma preconceituosa, alimentando fantasias e mitos. Avaliao Psicossocial
Pode se dizer que a avaliao social comea no primeiro contato do assistente social com os interessados, prestando esclarecimentos e orientaes, quanto realidade e procedimentos.
Segundo o Manual de Procedimentos Tcnicos:
O assistente social judicirio deve ter em mente que precisam buscar a imparcialidade evitando pr-julgamento. Necessitam ter clareza do poder que a situao de avaliao que o lugar institucional lhe confere buscando estabelecer uma vinculao positiva com os atendidos. O clima deve ser amistoso e proporcionar um espao que facilite as reflexes, o que gerar provavelmente maior disponibilidade para revelaes e reais motivaes. Recomenda-se que os profissionais apurem suas escuta e a observao em relao a como os pretendentes adoo lidam com as suas relaes sciofamiliar e afetivas, pois elas traro elementos significativos para a avaliao. (2006, pg. 156)
Seu objetivo conforme estabelece a lei (ECA, artigos 29 e 50 2) analisar a compatibilidade dos pretendentes com a natureza da medida, oferecendo ambiente familiar adequado criana ou adolescente. Em termos menos legalistas, verificar junto aos pretendentes a capacidade de estabelecer relaes afetivas. O Estatuto da criana e do Adolescente em seu artigo 50 estabelece a obrigatoriedade da autoridade judiciria manter em cada comarca ou foro regional um registro de pessoas interessados adoo. Aps a apresentao do requerimento pelo interessado, devidamente acompanhado dos documentos pertinentes (art. 165 do ECA), realizada a avaliao psicossocial onde sero avaliados aspectos emocionais, tais como a capacidade de se relacionar, de enfrentar dificuldades e assumir riscos, como tambm a motivao para adoo. Aps a concluso da avaliao psicossocial essa ser levada aos altos pra a vista promotoria e aps ao juiz para deciso. De acordo com o ECA para ser concedida a adoo dever ser seguido os seguintes critrios: - Podem adotar os maiores de 21 anos, independente do estado civil; - O adotante h de ser pelo menos 16 anos mais velho do que o adotado; - O adotado dever ter no mximo 18 anos de idade quando do pedido, salvo se j estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes; - A adoo por um dos conjugues ou concubinos poder ser formalizada, desde que um deles tenha 21 anos de idade completos e estabilidade familiar comprovada; - Os divorciados e os judicialmente separados podero adotar conjuntamente, desde que o estagio de convivncia tenha se iniciado na constncia da sociedade conjugal e acordem sobre a guarda e o regime de visitas; - Se um dos conjugues adota o filho do outro, os vnculos de filiao anteriores so mantidos, averbando-se apenas a filiao e parentescos do adotante; - A adoo poder ser deferida ao adotante que, aps manifestao da vontade vier a falecer no curso do processo, antes de prolatada a sentena; - A adoo depende do consentimento dos pais ou representante legal do adotado, podendo ser dispensado quando os pais forem desconhecidos ou j tenha sido destitudos do ptrio poder; - Quando maior de 12 anos de idade, o adotado ser ouvido quanto a sua vontade que o processo se realize; -A adoo ser precedida de estgio de convivncia com a criana ou adolescente, pelo prazo estipulado pela autoridade judiciria, observadas as peculiaridades do caso. Quando verificada pelos tcnicos a incompatibilidade da medida ou ambiente familiar inadequado a equipe tcnica apresenta avaliao contraria pretenso dos interessados, que s ser aplicada aps a concesso de oportunidades aos interessados para trabalhar tal situao que se mostra contraria, com tratamento e participao em grupos de apoio.
Grupo de Apoio Adoo
Preferencialmente realizados antes da concretizao da adoo, trata-se de um trabalho que pode ser caracterizado como complementar quando o pblico alvo constitui-se de pessoas que j adotaram ou preventivo e avaliatrio quando ocorre com a participao de pessoas que ainda no adotaram e esto requerendo a inscrio no cadastro. Seu objetivo principal o preparo dos interessados adoo, onde sero discutidas questes referentes motivao pessoal para adoo, revelaes, preconceitos, fases do desenvolvimento infantil, procedimentos judiciais da adoo entre outros. Quando da anlise os requisitos de natureza subjetivos da adoo, a participao dos interessados em grupos desta natureza apresenta reflexos positivos no processo. A avaliao da tal trabalho pela equipe tcnica fundamenta-se nas situaes de inadequaes ao ambiente familiar pelo adotado e despreparo das pessoas e famlias interessados na adoo. Nesse sentido o Assistente Social realiza um trabalho de esclarecimento e desmistificao da adoo. Segundo ABREU (2010), muitas pessoas se aproximam da idia da adoo pelos motivos errados. E quando digo errado, no quero dizer gritantemente errados, mas simplesmente equivocados de uma forma bastante sutil, como por exemplo caridade ou substituio de um filho perdido. Adoo no um gesto de caridade, no... Embora seja uma tima soluo para problemas de infertilidade, no deve se basear exclusivamente nisso. O mais importante: O casal que adota no est salvando uma criana. Adoo nada mais que uma forma alternativa de se formar ou aumentar a famlia. De se ter um filho. Avaliao da Criana ou Adolescente para Adoo
Possibilitando s partes envolvidas no processo adotivo uma anlise completa da situao, essa avaliao de suma importncia e ganha grau de dificuldade proporcional a idade do menor. Normalmente se realiza em procedimentos antecedentes (destituio de ptrio poder, pedido de providncia, guarda, etc.), para possibilitar a futura adoo da criana ou adolescente e posteriormente para a constatao de sua adaptao (estgio de convivncia) e das vantagens do processo adotivo. A adoo depender da concordncia do adotando quando ele tiver mais de 12 anos de idade. Porm, independentemente da idade, sempre que possvel, deve-se considerar a opinio da criana ou adolescente. Da mesma forma que a avaliao dos interessados de suma importncia para o processo adotivo, no se pode negar que a interveno tcnica junto criana ou o adolescente a ser colocado adoo revela-se de singular relevncia. Nessa como nas demais etapas do processo a escuta deve ser valorizada buscando o entendimento da situao vivida pela criana ou adolescente. H um longo processo a ser percorrido at a criana ou adolescente ser colocado disposio da adoo, pois se busca mant-lo junto famlia de origem, com encaminhamentos resultantes das medidas de proteo (ECA, art. 101) e dos aplicativos aos pais (ECA, art. 129) previstas no Estatuto. Dando-se observncia a questo temporal para evitar que a soluo tardia venha prejudicar o direito convivncia familiar do menor. "A adoo prevista no ECA tem como finalidade a proteo criana e ao adolescentes . O artigo 43 determina que a adoo ser deferida quando apresentar reais vantagens para o adotado e fundar-se em motivos legtimos " (ABREU, 1992:145)
Acompanhamento Posterior Adoo Estgio de Convivncia
Utilizando de instrumentais tcnicos como observao, entrevista e visita domiciliar o assistente social acompanha a colocao da criana ou adolescente em lar substituto. Verifica assim sua adaptao ao lar e a famlia que o acolheu. Averigua tambm as condies de moradia, higiene e os vnculos familiares e afetivos que agora fazem parte de seu dia-a-dia e que sero determinantes para seu desenvolvimento sadio. Bem como situaes que muitas vezes foram camufladas durante o processo adotivo e que no deixam de ser ameaas envolvidas na adoo. momento em que a famlia tem a guarda da criana, mas a sentena de adoo ser lavrada pelo juiz aps visitas domiciliares ou entrevistas realizadas por essa equipe, por um tempo determinado caso a caso. Normalmente, ela se d por um perodo em torno de um ano. Segundo o ECA, se a criana tiver menos de um ano de idade ou se j estiver na companhia do adotante com vinculao afetiva suficientemente constituda, este estgio ser dispensado. No caso de adoo internacional, este estgio dever ser cumprido em territrio nacional e ser de, no mnimo, 15 dias para crianas de at 2 anos de idade e de, no mnimo 30 dias, para crianas acima de 2 anos. O estgio de convivncia tem como fundamento permitir a adaptao da criana em seu novo entorno familiar e tambm favorecer o estabelecimento das bases afetivas entre a criana e o adulto. Por ser o momento inaugural da relao afetiva entre os adotantes e a criana, acompanhado pela equipe psicossocial por meio de encontros peridicos. A sentena judicial de adoo ser lavrada somente aps o trmino do prazo estabelecido pelo juiz, prazo necessrio para que os laos afetivos entre adotantes e adotados possam se formar. importante que se possa investir na formao de um vnculo afetivo entre a criana e os candidatos a pais adotivos antes de concludo o processo de adoo. A aproximao gradativa e o estgio de convivncia, previsto no ECA, tm essa finalidade.
nesta perspectiva que se tentou refletir sobre a interveno do assistente social no processo de trabalho institucional no mbito da adoo. Constatou-se, portanto que o servio social se identifica como uma profisso interventiva no contexto da prestao de servios sociais, necessrios fundamentalmente pelas mltiplas manifestaes da questo social, sobre as quais incorre a prtica profissional. A mstica da adoo deve nos unir, mas no podemos esquecer a violncia de toda situao de abandono em que vivem aqueles que entregam seus filhos ou os deixam em instituies. A tica da adoo est na defesa dos direitos do menor a ter uma famlia. Do abandono adoo, precisamos integrar esses dois mundos, tornando prximo o que distante, familiar o que estranho. A adoo realiza esse sonho, no micro universo familiar daqueles que transformam crianas em filhos. O fundamental que a adoo uma medida de proteo aos direitos da criana e do adolescente, e no um mecanismo de satisfao de interesses dos adultos. Trata-se sempre, de encontrar uma famlia adequada a um a determinada criana, e no buscar uma criana para aqueles que querem adotar. Dentro desses parmetros, pertinente considerar que o papel do assistente social no mbito judicirio, especialmente no contexto da adoo, ocupa um espao peculiar e significativo, haja vista ser esse profissional na sua ao propositiva, um agente multiplicador de idias.
FONTES DE PESQUISA
ABREU, Jaime Henrique. Estatuto da Criana e do Adolescente Comentado. Renovar. Rio de Janeiro, 1992.
ABREU, Paula. A Aventura da Adoo Um guia completo pais mes e filhos. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2010.
ECA, Estatuto da Criana e do Adolescente. Lei Federal n 8.069/90. Braslia, 13 de julho de 1990.
FERREIRA, Marcia Porto; CARVALHO, Snia Regina. 1 Guia de adoo de crianas e adolescentes do Brasil. Novos caminhos, dificuldades e possveis solues. So Paulo: Winners editorial, 2000.
So Paulo (Estado). Corregedoria Geral da Justia. Ncleo de Apoio Profissional de Servio Social e Psicologia. Atuao dos Profissionais de Servio Social e Psicologia infncia e juventude: Manual de procedimentos tcnicos. So Paulo, 2006.
SCHREINER, Gabriela. II Encontro Nacional de Associaes e Grupos de apoio adoo. In Terre des Hommes, n. 93, 1993.
SIMES, Carlos. Curso de direito do Servio Social Biblioteca Bsica do Servio Social. 3 ed. So Paulo: Cortez, 2009.
WEBER, Ldia Natlia Dobrianskyj. Aspectos Psicolgicos da Adoo. Juru Editora: Curitiba, 2000.