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CURSO DO PROF. DAMÁSIO A DISTÂNCIA

MÓDULO X

DIREITO INTERNACIONAL
Pessoa Jurídica

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DIREITO INTERNACIONAL

Pessoa Jurídica

1. INÍCIO DA PERSONALIDADE

A personalidade da pessoa jurídica inicia-se com o arquivamento dos


atos constitutivos no registro respectivo.

2. NACIONALIDADE DA PESSOA JURÍDICA

A nacionalidade da pessoa jurídica é determinada pelo local de sua


constituição ou de sua sede local e, para ser reconhecida internacionalmente,
deve estar regularizada perante o Direito Interno de seu país.

Existem juristas que negam a possibilidade de se reconhecer a


nacionalidade a uma pessoa jurídica, argumentando que a nacionalidade é um
vínculo de natureza política, estabelecido entre a pessoa física e o Estado, e a
pessoa jurídica é o resultado de um contrato de Direito Privado, e, assim, um
contrato não pode dar origem a um ser dotado de nacionalidade.

A corrente doutrinária contrária a esse argumento diz que pessoa física e


Estado estão ligados por dois vínculos, um político e outro jurídico, enquanto a
pessoa jurídica está ligada ao Estado somente pelo vínculo jurídico; além
disso, após sua constituição, a pessoa jurídica passa a ser uma entidade

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autônoma, com personalidade própria, sujeito de direitos e obrigações que se


diferencia dos membros que a compõe, isto é, de seus sócios.

2.1. Critérios de Determinação

Alguns critérios são utilizados para a determinação da nacionalidade da


pessoa jurídica, quais sejam:

a) Incorporação: a nacionalidade é fixada pelo País em que a pessoa


jurídica foi constituída;

b) Sede social: a nacionalidade é determinada pelo Estado onde se


encontra estabelecida a sede social da pessoa jurídica;

c) Controle: a nacionalidade é determinada pelos interesses nacionais,


caracterizando-se principalmente pela nacionalidade dos detentores
do capital social da pessoa jurídica.

Todos os critérios têm suas virtudes e seus problemas. Argumenta-se que


o critério da incorporação é muito formal, que o da sede social sofre de mal
igual e que o critério do controle fica à mercê de interesses particulares que
podem a bel-prazer fugir das garras do Estado.

A verdade é que o critério da sede social tem em sua defesa algumas


características, que podem ser resumidas em: realismo (a existência de vínculo
efetivo entre a pessoa jurídica e o Estado); sinceridade (a existência da pessoa
jurídica considerada por meio de sua sede evita fraudes à lei); e previsibilidade
(há uma certa estabilidade no vínculo com a sede, que não está adstrita às
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intempéries, que não pode ser abalada por motivações políticas ou interesses
particulares dos sócios).

Observe-se que o critério do controle, quando adotado, faz surgir uma


insegurança muito grande, pois, se o que proporciona a nacionalidade é o
interesse dos sócios, é fato que, mudando a pessoa jurídica de mãos
(incorporação, fusão, cisão, alienação), também a sua nacionalidade poderá
eventualmente mudar, provocando grandes problemas para as relações
jurídicas que, antes de tudo, se pretendem estáveis.

De qualquer modo, para se determinar a nacionalidade da pessoa


jurídica, a autonomia da vontade (os sócios escolherem a nacionalidade,
estabelecendo isso no contrato social) tem pouca valia, porque a utilização
dessa autonomia levaria a fraudes e problemas de difícil solução.

A Constituição Federal, de início, fazia diferença entre empresa


brasileira e empresa estrangeira, mencionando que empresa brasileira era
aquela de capital nacional. A Emenda Constitucional n. 6 revogou o art. 171 da
Carta Magna que assim dispunha.

No Brasil a nacionalidade da pessoa jurídica é determinada pelo ato de


constituição, isto é, ela terá a nacionalidade do País em que for constituída.
Para ser considerada brasileira, deverá ser constituída no Brasil e aqui ter sua
sede.

A empresa estrangeira está sujeita à autoridade brasileira quando estiver


aqui domiciliada ou quando aqui tiver agência, filial ou sucursal, sejam quais
forem os nomes adotados para as unidades da pessoa jurídica (art. 12, inc.
VIII, do CPC).

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3. CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

O Tratado Comercial de 1899 e o Tratado de Direito Comercial Terrestre


Internacional de 1940, ambos de Montevidéu, adotaram o critério do
domicílio, enquanto o Código de Bustamante adotou o critério da
incorporação. Como se vê, o Brasil se posicionou de forma específica,
adotando um critério que, entendemos, por enquanto tem servido aos interesses
do País.

O Tratado de Roma, de 1957, que instituiu a Comunidade Européia,


dispõe, por sua vez, no seu art. 52, que os Países-membros da comunidade
abolirão progressivamente as restrições à liberdade de estabelecimento de
pessoas jurídicas nacionais de um Estado-membro no território de outro
Estado-membro; e acrescenta, no art. 58, que as companhias ou firmas
constituídas em conformidade com a legislação de um Estado-membro, tendo a
sua sede estatutária, sua administração central ou o seu principal
estabelecimento dentro da comunidade, são equiparadas, para a aplicação das
disposições do capítulo, às pessoas físicas nacionais dos Estados-membros.
Mais adiante, outro artigo determina que os Estados-membros adotem as
medidas necessárias para o reconhecimento recíproco das sociedades.

A Convenção de Haia de 1956 estabelece que a personalidade jurídica de


uma sociedade, fundação ou associação, que atenda às formalidades do Estado
em que foi constituída, será reconhecida de pleno direito por outros Estados.

A Convenção de Estrasburgo, de 1966, patrocinada pelo Conselho da


Europa, reconhece as pessoas jurídicas constituídas no território de uma das
partes contratantes, em conformidade com sua legislação, e que tenham sede
estatutária no seu território.

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Como vimos, o critério utilizado por essas convenções na Europa é o da


constituição.

As Convenções da OEA (Organização dos Estados Americanos - 1979 e


1984) adotaram o critério da incorporação.

A Convenção do Bird (Banco Interamericano de Reconstrução e


Desenvolvimento) estabelece um Centro Internacional para a Solução de
Divergências Relativas entre Estados e Nacionais de outros Estados,
entendendo esses como pessoas físicas e jurídicas os nacionais de Estado
signatário, que tenham investimentos em outro Estado. Essa Convenção
estabelece ainda que, ocorrendo divergência entre um Estado e uma pessoa
jurídica que tenha nacionalidade desse Estado sendo o controle
exercido por interesses estrangeiros –, as partes vão considerar a pessoa
jurídica como nacional de outro Estado, para o fim de submeter o conflito ao
Centro de Solução do Bird.

As empresas estrangeiras, quando constituídas de forma regular em seus


respectivos países (deve existir prova disso), são plenamente aceitas no Brasil,
salvo motivo de ordem pública ou que ofenda a soberania nacional.

4. TRANSNACIONAIS

As empresas transnacionais ou multinacionais merecem um estudo


maior, porque os Países, como é o caso do Brasil, buscam fiscalizá-las para
que não prejudiquem, com suas atuações, os desígnios nacionais.

Tais empresas se tornaram tão importantes no mundo moderno que se


verifica uma tendência em considerá-las, para determinados fins, sujeitos de
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Direito Internacional Público, já que existem empresas assim configuradas que


são mais fortes que muitos Estados, aos quais controlam e aos quais impõem
regras para a sobrevivência, para seu endividamento externo e seu índice de
evolução.

A matéria, portanto, é estudada pelo Direito Internacional Público e em


especial pelo Direito Econômico Internacional, pelo Direito Societário e pelo
Direito Internacional Privado quando do conflito de leis no espaço. O Direito
Internacional Privado segue a Lei de Introdução ao Código Civil, as normas
estabelecidas na Lei Societária (Lei n. 6.404/76) e na Constituição Federal.

Na verdade, o que acarreta mais problemas é a atuação das pessoas


físicas e jurídicas quando da assinatura e feitura de contratos comerciais. Esses
assuntos não escapam ao corpo de diplomas a que nos referimos, todavia, o
estudo não estaria completo se não visualizássemos alguns possíveis contratos
que ocorrem na esfera internacional e suas cláusulas mais importantes. É o que
veremos no próximo Capítulo, antes de estudarmos o Direito Processual na
área do Direito Internacional Privado.

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