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SER PROFESSOR EM

PORTUGAL

Missão Quase Impossível


Esta é uma profissão em que se trabalha em casa (de graça, entenda-se) aos
sábados, domingos, feriados, madrugada adentro e, muitas vezes, até nas
férias!
Férias, sim, e sem eufemismos, que bem precisamos de pausas ao longo do ano
para irmos repondo forças e coragens.

(De resto, é o que acontece nos outros países por essa Europa fora, às vezes com muito mais dias de
folga do que nós: duas semanas para as vindimas em Setembro/ Outubro, mais duas para a neve em
Novembro, três no Natal e mais três na Páscoa , um ou dois meses no Verão)
É a única profissão em que se tem falta por chegar cinco minutos atrasado.

(Também, neste caso, exigirá a senhora Ministra um pré-aviso com cinco dias de antecedência?)
É uma profissão que exclui devaneios do tipo “hoje preciso de
sair meia hora mais cedo”, ou o corriqueiro “volto já”
justificando a porta fechada em horas de expediente.
É uma profissão de enorme desgaste!

Ainda há bem pouco tempo foi divulgado um estudo que nos


colocava na segunda posição, a seguir aos mineiros, mas isto, está
bom de ver, não convém a ninguém lembrar.
É uma profissão que deixou de ser acarinhada ou
considerada, humana e socialmente.

Pelo contrário, todos os dias somos agredidos na nossa dignidade ou mesmo


fisicamente.

Enxovalhados na praça pública, atacados e desvalorizados, na nossa pessoa


e no nosso trabalho.
(e as cordas vocais não são um apêndice despiciendo)
É uma profissão cujos agentes têm de estar
permanentemente a
100%.

Não se compadece com noites mal dormidas,


indisposições
várias (físicas e psíquicas) ou problemas
pessoais.
É uma profissão em que, de 45 em 45, ou de 90 em 90 minutos, se tem de
repetir o mesmo processo, exigente e desgastante, de chegar a horas,
"conquistar" várias vezes ao longo do dia, um novo grupo de 20 a 30
alunos e todos ao mesmo tempo.

(não se confunda uma aula com uma consulta individual ou a gestão familiar de 1, 2, 3 filhos...)
É uma profissão em que é preciso ter sempre a energia suficiente (às
vezes sobre-humana) para, em cada turma, manter a disciplina e o
interesse, gerir conflitos, cumprir programas, zelar para que haja
material de trabalho, atenção, concentração, motivação e produção.

(Batemos aos pontos as competências exigidas a qualquer dos nossos milionários


bancários, dos inefáveis empresários, dos intocáveis ministros!)
É uma profissão em que sofremos, ainda, a angústia do nosso
próprio desempenho pelo insucesso dos alunos, o qual
depende, igualmente, de factores que não controlamos:

- Problemas sociais e relacionais das respectivas famílias, a conjuntura


política, económica e social do País!
Será bom que a “opinião pública” comece a perceber que,
nas "imensas" faltas dos professores, são contabilizadas
também situações em que, de facto, estão a trabalhar.
Como por exemplo:

A fazerem em casa a preparação de aulas (que é o sítio que lhes oferece


condições), elaboração ou correcção de testes e afins, porque não é suficiente o
tempo atribuído a essas tarefas.

No acompanhamento de alunos em visitas de estudo.

Em acções, seminários, reuniões, etc., para as quais até podem ter sido
oficialmente convocados.
Se é professor, sabe o quão verdadeiro é o texto acima registado.

Se não é professor, creia que é verdade, e apoie quem está a lutar


simultaneamente pela dignificação da Carreira Docente e por uma
educação de verdadeiro sucesso.
ACARINHE OS PROFESSORES!!!
ELES PRECISAM DO SEU APOIO!!!
Os seus filhos precisam deles!!!
O País precisa deles!!!

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