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A Diviso Militar da Guarda Real da Polcia no Rio de Janeiro foi criada pelo
decreto de 13 de maio de 1809, com a finalidade de prover a segurana e a
tranqilidade pblica da Corte. De acordo com esse ato, o estabelecimento de
uma fora militarizada permanente se deu em funo do crescimento
populacional da cidade, oriundo tanto da vinda da corte portuguesa para o pas,
em 1808, quanto pelo aumento da atividade comercial comerciais e do afluxo
de negcios.
Portugal j dispunha de uma Guarda Real da Polcia de Lisboa, criada pelo
decreto de 10 de dezembro de 1801 por proposta do intendente de Polcia d.
Diogo Incio de Pina Manique, e de d. Rodrigo de Sousa Coutinho, conselheiro
de Estado e presidente do Errio Rgio. A instituio de uma guarda
organizada militarmente na estrutura da Intendncia da Polcia da Corte e do
Reino teve como modelo a criao na Frana de uma polcia ostensiva militar,
dependente da autoridade civil e do Ministrio da Guerra. A vigilncia urbana
em Lisboa era at ento exercida por habitantes escolhidos na comunidade,
que exerciam tal atribuio em regime obrigatrio (GONALVES, 2007, p. 4244). Segundo o decreto de 10 de dezembro de 1801, na composio da
Guarda Real de Polcia de Lisboa estavam previstas dez companhias de
infantaria e um Estado-Maior, o que significava 938 homens de todas as
patentes.
At a transferncia da corte portuguesa, as atribuies correspondentes ao
cargo de intendente-geral da Polcia no Brasil eram desempenhadas por vrias
autoridades, como os quadrilheiros, que eram oficiais inferiores de justia
ligados Cmara Municipal, o ouvidor, os capites-mores de estradas e
assaltos, conhecidos como capites-do-mato, tambm ligados cmara, e os
alcaides, encarregados de diligncias especficas. Alm disso, desde a carta
rgia de 22 de julho de 1766, o desembargador ouvidor-geral do crime
da Relao do Rio de Janeiro acumulava a funo de intendente da Polcia
(REIS, 1983, p. 11).