A Oficina de Formação” Ler e escrever na era 2.0 - contributos de ferramentas
digitais”, dinamizada pelo Centro de Formação da Casa do Professor, teve como formadores a Ádila Faria e o Paulo Faria. Reflectindo acerca desta acção de formação que assenta na Web, pretendemos abarcar uma nova forma de comunicar, em que a expressão mais actual da nossa sociedade é o desafio de se encontrar permanentemente numa relação de proximidade interactiva. ”De facto, o potencial destas novas tecnologias, quer no que se refere à natureza dos programas utilizados, quer às possibilidades de acesso à informação e comunicação disponíveis através da Internet, aliado à sua presença, cada vez mais marcante no nosso dia-a-dia, torna difícil ignorar o contributo destes novos media no enriquecimento dos contextos de aprendizagem para a infância (Amante, 2003; NAEYC, 1996; Ramos et al., 2001). Desta forma, só conhecendo as ferramentas que estão ao nosso alcance, teremos uma oportunidade de agir activamente em relação ao meio que nos rodeia, pois só fazendo se aprende, tornando-nos potenciais criadores deste espaço comum de forma a beneficiar as crianças com quem construímos percursos educativos. De facto, a Web pode proporcionar a educadores e crianças oportunidades únicas a de aceder facilmente a um infinito e poderoso mundo de imagens, sons, pesquisas e relações de uma forma activa e empreendedora, na medida em somos levados a escolher e a aprender cada vez mais. Assim, poderemos como mediadores activos, desenvolver aplicativos funcionais, aproveitando os efeitos da rede ao nosso dispor, melhorando qualitativamente a prática/teoria do nosso dia-a-dia, com base numa inteligência colaborativa. Nesta plataforma de aprendizagem, partimos à descoberta, no inicio, com o desafio da escrita colaborativa em que o grupo se expressou livremente, elaborando a história do Outono. Depois, um link, que difícil e logo observamos as hiperligações, como se tecem. Ficamos pois estupefactos com os efeitos criados nas diferentes ferramentas, desde a elaboração do livro de história do Outono com as crianças, recorrendo ao Titatok, a construção de slides que já fazia e me fez dar o salto para o slishare, relativo à canção dos alimentos que coloquei no blog durante esta formação, até à descoberta do PiZap e voicethread que também experimentei eu própria enviando boas festas aos amigos e também no contexto educativo, que foi muito divertido. Constatamos assim desta forma, que em simultâneo estamos a criar um desafio, na medida em que, segundo estudos efectuados por, Lewin (2000) os programas interactivos multimédia complementam o desenvolvimento da literacia na medida em que a sua componente audio permite trabalhar questões de pronúncia, bem como proporcionar leitura silabada ou centrada em segmentos fonémicos, desenvolvendo deste modo a consciência fonológica…” Assinalamos a colaboração sempre presente desde os formadores até à partilha de experiências por parte dos formandos que iam colocando questões e dúvidas que também nos despertavam interesse. Com tempo, acederei também a caminhos na Web para encetar a descoberta de mais aventuras, isto é, de mais ferramentas, que me foram dadas a conhecer nesta acção e que seguramente contribuirão para melhorar a minha prática pedagógica no que concerne ao estímulo na produção de conteúdos diversificados a nível da leitura e escrita e também à partilha resultante desta mesma acção. 1 Lembramos que a emergência da escrita nos livros e textos/criados pela criança e ditados por ela, leva a que muitas competências sejam contempladas, desde a narrativa, o vocabulário, a sintaxe e o reconhecimento de palavras, contribuindo para o desenvolvimento de competências de literacia e metacognição. Sabemos pois, que a investigação, no que se refere à linguagem escrita, demonstra que as tecnologias, nomeadamente as que recorrem “ à utilização de processadores de texto, proporcionam às crianças oportunidades de se envolverem na exploração e co- construção de conhecimentos sobre a representação simbólica e desenvolvimento da literacia e de conceitos com ela relacionados, como direccionalidade da escrita, sequencialidade, etc. “ (Amante, 2004). Desta forma, associando texto e imagem, o movimento, ajustando ideias, conforme algumas ferramentas nos permitem, empenhar-nos-emos na descoberta constante que a criança protagoniza, bem como, explorando o desenho, a pintura e a voz, valorizamos cada um, alargando a percepção da diversidade por parte da criança.
E finalmente, é nossa intenção, a par de uma avaliação contínua e reguladora
promover e facilitar a aprendizagem das crianças com todos os recursos que a Web oferece, explorando não só o que aprendemos nesta acção, como toda a sua vertente criativa, em que a articulação de saberes se traduz numa maior exigência comunicacional.
Foto 1- No contexto de Jardim-de-infância, a educadora desafiou as crianças a
elaborarem um livro em TiKatok.
Este trabalho, como ponto alto, envolveu significativamente o grupo de crianças.
Assistimos na imagem à apresentação por parte de uma criança, do livro da história ”O Outono Da Beatriz e do Gui”, em Tikatok. 2
Foto 2- No Jardim-de-infância decorriam cenas de jogo simbólico, na sequênciatante da
ida ao cinema na época de Natal, surgindo o diálogo entre estas crianças que vivenciaram um episódio novo para si, bem como para quase todas as crianças do grupo. Trabalho apresentado no voicethread.