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Frio
Além de tudo
Não me torna enfermo
Pelo contrário!
Fico muito mais sadio
Um cachecol
- Me borda um cachecol, amor!
- Sim, com todo o meu amor!
Amor ao Frio
Frio que tanto adoro.
23/04/2005
POEMA SOLTO
Não transcrito.
(- - - - - - -)
Onde estão os cadáveres?
Os corpos parados
Desnecessários à vigente compreensão do mundo de pais de família
Pais de família...
São cadáveres?
Ou são desnecessários à vigente compreensão do mundo de corpo parados.
18/05/2005
MÚSICA ( SÓ UM POQUINHO HISTÉRICA HA, HA, HA, HÁ... HI, HI,
Vomito tudo
Tudo na poesia
Tudo que comi
Tudo que alimentei
É jogado
Derramado
Em linhas
Inevitavelmente européias
E indubitavelmente.. brasileiras
Escrevo músicas
Não sei porquê
Deve ser dom
Que é oriundo da natureza
Natureza quente (ardente)
Natureza voluntariamente experimental – A Natureza Fria.
18/05/2005
A NATUREZA FRIA
Onde está a Natureza Fria?
Extremamente Fria?
Disponho desafios
Sem critérios ou leis
Apenas a prova de se manter vivo
E Frio
Porém sendo Frio
Corpo Frio
Mente Fria
Pensamentos mortos de Frio
Sem morrer de Frio.
18/05/2005
NÓS DEVERÍAMOS TER
VISTO O VESTIDO
Que lindo vestido!
Que lindo desafio!
Até quando vamos nos redimir ao espelho do outro?
Mantenhamos o voto!
Que o lindo vestido, é mais lindo fora do espelho
É mais lindo visto de frente
É mais lindo vestido.
18/05/2005
OS ANIMAIS
Queria ter um rosto-gato
(Ser um animal inexpressível
Ser consciente e inconsciente
Do meu mistério)
18/05/2005
POESIAS DE TÍTULOS
ENORMES E
ENGRAÇADOS SOAM
EM UMA HISTÉRICA
FREQUÊNCIA GELADA
E CAPAZ DE TORNAR
ANJOS BRANCOS EM
EXCREMENTOS DE
DEUS
- Já terminei
- Então, adeus.
18/05/2005
DEIXA SEM TÍTULO
MESMO!!! PARTE 1
Sou um neném
Escrevendo
Quebrando o medo
Como um bloco de gelo
Quebra
Porém não derrete
Bronquite, rinite
Não atingem o bebê
Que bebeu cerveja em suas pesquisas
E as deixa de lado
Preocupado
19/05/2005
LONGE DE MIM,
CRIANÇAS!
19/05/2005
DEIXA SEM TÍTULO
MESMO PARTE II
Quando ouço certas canções
Imagino a noite
Imagino que certas canções são melhores em performances
E que o antigo R.E.M. era magnífico
19/05/2005
A VERDADE SOBRE A
MÚSICA
A música é um absorvente
De mentes absortas, inexoráveis
Na verdade as torna absortas.
19/05/2005
O ANALISTA DE
SORRISOS
Sou anistias
Sou analista
De sorrisos
É o que mais falo
Os perfeitos
E imperfeitos sorrisos
E as estátuas.
19/05/2005
POEMA ESCRITO NUM
BRAÇO DE CADÁVER
19/05/2005
POEMA ESCRITO NUM
TÓRAX DE UM
CADÁVER
Acordo com musculares dores
Será a cama maior q’eu
O’eu maior q’a cama
26/05/2005
POEMA ESCRITO NUM
CRÂNIO NU
26/05/2005
POEMA FEITO DE
CABELOS DE UM
CADÁVER
Pouco cabelo
P’rá muito palavras a falhar
Cabelos!
Quero cabelos na garganta!
Fina fala
Falo Fino
Mas afagas minha garganta
E cócegas
Me habitam
Antes que vocês repitam
- Que doido, doido Homem!
26/05/2005
A MANHÃ LÁ ONDE A
GENTE MORA
26/05/2005
COISAS ESTRANHAS
ACONTECEM COM A
NOSSA LÍNGUA:
TORTA, TORTA!
NÃO, NÃO, NÃO!!!
Chega!
Vou escrever
Q’nem doidino
Torto e retorto
Ha, Ha, Ha
26/05/2005
MUDA MÊS, MUDA EU
É p’rigoso screver
Idealizar
Lid’rar um ideal
Copu d’leite
Eu tomo
E leio
Tomo inspiras – o congelant’ quebra palavras
A geada
Cerebral
Muito metamorfa
01/06/2005
MUDA MÊS,
CONTINUAM COISAS
Minhas filosophias
São Clapton vivendo cocaine
Seixas brincando com Deus
E É tão Frio
U Quanto aquilo
01/06/2005
A VENDA DE
MORANGOS
01/06/2005
US MORTINHOS
(Q’ GOSTAVAM DE MORRER NÃO SABEM Q’ É MORRER!!!)
Admiro Goethe...
Werther...Azevedo...
Poucos pontos... porém admiro
São belos
Porém mortos
Vivos apenas pelos erros, aquel’s q’querem aprender
Agora são carne Fria
Soment’ carne Fria
O calor bobo foi mortífero – só vivem por causa daqueles admiradores
Tenho dó sarcástica – portanto – os admiro
01/06/2005
METAFÍSICA? NÃO,
METALINGUAGEM!
23/06/2005
NÃO, NÃO! AQUI
TAMBÉM HÁ
CONTRADIÇÃO!
Bocas
E mentes
Carapuça
E reprodução
Imortalidade
Não momento
Periodicidade
Não condiz freqüência diretamente
23/06/2005
O BEIJO, O MÍNIMO,
EXCLAMAÇÕES
Não transcrito.
FLOCO D’NEVE Nº1
Frases curtas somem
Teoria...
Evolucionistas
Estes habitam minhas narinas
Ela disse:
“Como os alemães são brancos?”
Eu disse:
“Como o Brasil é branco”
Ela:
“Amarelo, verde e progresso, né?”
Eu:
“Cala boca!!!
Brancos, pretos...
Sei lá... humanos
Humanos, né?
23/06/2005
FLOCO D’NEVE Nº2
27/06/2005
SEM CAMISA ENCARO A
MORTE DE FORA
Melhor ‘tou
Preso em casa alheia
- Roubaram minha chave – Putaqpariuuu
Pêndulo no pescoço
Retiro-u-caveira de processo ritualístico
Petição d’morte...d’osoutros
Pulo músicas do CD
Três cadáveres:
“Com licença, sinhô!! Prisunto na área; licença!!
P.S. é do lado direito da escadaria; tem um bebedouro, mas tá quebrado... nem
atreva, neguinho!!!”
Três cadáveres por minuto
Uma mãe e dois jovens
Uma criança e dois velhos
Dois recém-nascidos e um traficante
Um pai, um tio, um avô
Um antigo, um inimigo, um cadáver.
27/06/2005
SOMOS MUITO
ALEGRES, MUITO
LATINOS
Somos um qualquer
Filhos das putas, ralés
Parasitas e desacordados
Trepamos e mordemos a língua
Chupamos todas as putas com furor
Devemos cargos aos padres
Devemos três quilos ao açougue todo mês
Xingamos um preto
Dez vezes por dia!!!
Chupamos gelo
E resfriamos
Um banquete noturno...
Depois das compras...
Bota os moleques na cama...
E devoraremos o caranguejo...
Cozido vivo...
Senão perde a textura...
Onde fica a bosta do caranguejo?
Eu como tudo...
Mesmo com gosto estranho...
27/06/2005
O VIVEIRO DAS
GALINHAS
27/06/2005
TERMINA A
PÁGINA/ESPERA O
CAFÉ
Não transcrito.
CERTA PIZZA, CERTO
DIA!
- Ae!! Tem uma aqui!!! Bem boa! Come ae, come, come... (#)
- Olha o nome dessa porra!!! (Bailaio)
- “Vai dar tudo certo” – (Pizza)
- Come... Afinal... “Vai dar tudo certo” (#)
Bolo alimentar
Ptialina...Pepsina...
27/06/2005
VLADO, O CORVO
Vlado (o corvo)
Meu corvo um dia visitou-te...
Cadê tua Kodak? – De segunda mão – Mas fotografava, claro
Fora roubada, eu sei...
Se roubaram teu ombro de consolação,
Estás sozinha?
Tola, tolinha
Se morres sem ombro
Morres com palavras
30/06/2005
POESIA CRUCIFICADA
Não transcrito.
CINEMA
Atores
Atrizes...
Figurantes...
Também importantes
Coadjuvantes...
Importantes...
Também
06/06/2005
A TELA DE LÁPIS
GRAFITE
06/07/2005
OS NOTURNOS
07/07/2005
O TRABALHADOR
O trabalhador
Luiz, João, Jonas, José...sei lá...tantos e todos
O trabalhador
Se fodeu
Como conta’s ‘tória
- Vai vagabundear ao bar!
- Seu puto!
- Bate nele, bate!
- Não, eu sou trabalhador!
- ¡No, mi también!
¡Yo soy derecho!
¡Hijo de puta!
- Não – bate no argentina – não
- Não – bate no João – não
Bate
João – bate – bate
07/07/2005
O CORPO DE TODOS
NÓS
07/07/2005
NOITES DE SÁBADO
(BEBEMOS E FOMOS
PRESOS)
Consciência?
Somente de insanidade
Se batermos o carro
Deus -Todo Poderoso- nos acolherá
E com um divino afago
Seremos perdoados
E ficaremos chapadinhos com vinho
Junto de Moisés
E sem ressaca
Pois no céu não há dor
Não há dor
E se quebrar o maxilar?
Me transformo em super-herói
Sombrio
E assassino
Porque a vida é um tédio
Sem um sangue escorrido pelos lábios.
07/07/2005
O SORRISO DA VELHA
O sorriso lindo
Daquela velha
Na fila do transplante
Do pâncreas
Rim
Córnea
Sei lá...
E se era!
Tinha os seus quarenta
(p’rá mim é velha)
Era boca grande... tava na fila d’morte
Mas ria porque morria
Adeus, velha!
Seu sorriso já era! – Já foi bonito! Agora é somente cadavérico.
12/07/2005
POEMA SOLTO DE
NOVO
Não transcrito.
VOCÊ MORRERÁ ÀS
DEZ DA NOITE
18/07/2005
PODEMOS NEGOCIAR O
DIA DA TUA MORTE
Sim-Sim-
Leia e durma
Coma e leia
Respire e leia
Sem pensar, sem pensar!
18/07/2005
PREPARANDO O
BANHO
~ Que merda!!! ~
20/07/2005
QUANDO SEREI FRIO?
}
Sem matar minha vida social
Pelo contrário!
Serei altamente social Sim, serei político
Não sociável
Aniversário?
Prenúncio da morte!
Festejai!
A morte está a chegar!
E a renovação também
Morte?
Fim da vida...
Somente isso.
20/07/2005
MANUAL DO FRIO
20/07/2005
QUESTIONAMENTO
DESSE MANUAL, POR
FAVOR!
- Pessoa é frio?
- Quem? O pastorzinho?
- Sim
- Acho que não. Ele é somente categórico.
20/07/2005
UMA CONSIDERAÇÃO
21/07/2005
A MÁQUINA DO FRIO
Está pronta!
A Máquina do Frio
Ótima em tempos de inverno
Abstém qualquer ser humano
Dos sentimentos exacerbados
Chorar?
Nunca mais!
Ser Frio
Egocêntrico?
Não, não, não! – Isto pertence aos tolos
A Frieza mantém contato
Cria laços
Mas são laços congelados
Feitos de fístulas de gelo
Frágeis se ocorrem inutilidades
A vida também é uma fístula de gelo
A morte é uma fístula quebrada
21/07/2005
O INDUSTRIAL
23/07/2005
O PINTOR
Não transcrito.
O ADVOGADO
Fim da metafísica
Subjetivismo
Românticos putos e vadios
Fim – fim
Fim até desta obra
Vaga – obscura – no seu propósito – o depósito – de miolos
Adeus ao passado!
O novo Homem se forma
Maquiavélico novo, político, conciso, exato e Frio
(Cobaias!)
(Façam fila)
(Fila organizada)
(V’c’s serão muito mais organizados, hahaha).
23/07/2005
TESTES
Teste 1 – Começar
- Seu nome
- Pax
- Do quê?
- Pax de Montes Altos
- Porra de lugar! – Tá, Tá – entra na Máquina
- Tudo bem?
- Sim
- Começar!
25/07/2005
OLHA O NEOLOGISMO
AÍ GENTE!!!
Então funcionou
A Máquina ligou
E o final do filme mudou
Só vimos fumaça
Toda’quela arruaça
E o povo d’olho na farsa
Um estouril
Um barulheco (BLOMMMMM!!!)
- A Máquina quebrou, a Máquina quebrou!
Fora denunciado e a Fábrica arruinou
- A Máquina quebrou, o Frio quebrou!
05/08/2005
O DESESPERO!!!
Não!!!
!!!!!!!Não!!!! ! !!!!! !! !~!! !~!! !~!!
! ! ! !!!!!Não....!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mil
Nãos! Sobre mãos e mães
(O advogado, o industrial e o pintor choram a frente do processo)
- Inúteis! Por que choram?! Seus falhos empreendimentos, extrema ‘xpressão
da burrice. Vocês esquentam o Frio e arruínam a Máquina por falha....
Sempre falha... Lado sintético... Emotivo.
Lobotomia... Lobotomia!! Para os rendidos à sensibilidade!!!
05/08/2005
LOBOTOMIA A PEDIDO
DO INCÓGNITO
SUPERIOR: A LEI
No tétrico dia
O advogado, o industrial e o pintor
Tiveram seus corpos esmagados e queimados
Por uma brisa Fria e sórdida
Cega e morta-viva:
A Lei
A Lei matou o proceso e puniu com Frieza
Essa é a Lei
A Lei do fedor
E da sordidez.
05/08/2005
DESTROÇOS DA
MÁQUINA DO FRIO
05/08/2005
UM EPÍLOGO-BRISA-
CONGELANTE
(EPÍLOGO DO
CAPÍTULO DO FRIO)
Afinal?
Q’qué é frio?
Uma Máquina
E uma proeza, por destreza, ou falta de,
Foi morta
Sem ‘star viva
Mas...
E a crueza
A fieldade política
A fidelidade aos erros
Os seres impuros q’ somos nós
A baba q’scorre lenta e incolor
O cheiro, o sexo podre e sujo
E nossa sordidez sádica
E bonita
Nas entre linhas de olhos míopes ou normais
Mas entre linhas, sob as saias
E calcinhas rasgadas
Das perfeitas lindas famílias
Americanas
Cheias de eletrodomésticos e uma ninfeta e três
Filhos retardados
Bastardos e incestuosos
Nata e pura
Viva e incolor
(pois cor é ridículo)
Fora do tempo
(pois tempo é ridículo)
Fora de moda
Porque é Máquina
E nela sustentamos
E nela possuímos
Nossos filhos bem-amados
Como a pátria
Engajadora
Dos filtros da revolução
Como a pátria
E vômito
É voto
E poder
É Máquina
Máquina do Frio
Sugadora intermitente
Das gerações
Dos vícios
E
De
Nações
É o complexo
Dos complexos
Rejeitável
Adoração
Idolatria ao cocô sobre tripas
Das nossas parideiras
Parideiras
Que escondem o Frio
Pois o filhote tem de crescer
Aí criam a moral
E estupram umas éticas
E achamos
Um ato falho
P’rá melhorar cheiramos cocaína
P’rá não deixar a Máquina parar
Daí fumamos nicotina
E bebemos fenilalalina
P’rá num pará naum!
05/08/2005