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Ainda no sculo XVIII, a modinha e o lundu, tidos como as principais razes da msica brasileira
(ARAUJO, 1963; KIEFER, 1977), eram praticados em diversos centros do Brasil e de Portugal.
Foi a partir dos anos 30 que o samba carioca comeou a entrar no carnaval brasileiro e entrou de
forma to intensa que passou a ser o gnero mais tocado no carnaval.
O movimento est localizado entre os anos de 1960 at 1980 centrado no eixo Rio/So Paulo
(VILARINO, 1999).
A msica Chega, (2013) buscou demostrar que as aes podem modificar a realidade e
construir diferentes tipos de cidades. De acordo com David Harvey o direito cidade no
simplesmente o direito ao que j existe na cidade, mas o direito de transformar a cidade em algo
radicalmente diferente. A msica indaga a luta dos movimentos sociais. A populao vai s
ruas espalhando gritos de inconformismos, no s pelo aumento das tarifas, mas
tambm, pela impunidade, desigualdade, pela luta moradia e por servios pblicos de
qualidade. Por tanto, a luta pelo direito cidade torna-se crucial4, devido oportunidade
de dizer Chega, e de fazer algo diferente.
Chega (no pelos 0,20 centavos)
(Seu Jorge, Pretinho da Serrinha e Gabriel Moura).
Chega de impunidade
Chega de desigualdade
Chega, todo mundo t chegando,
No pelos 0,20 centavos que estamos lutando
Chega de no ter casa pra morar.
Chega de no ter grana pra pagar.
Chega o povo no est brincando.
No pelos 0,20 centavos que estamos lutando
Chega! Todo mundo vai pra rua!
Chega! Voc vai ficar na sua?
Chega! uma falta de respeito!
Cante forte por seus direitos!
Brasil est na tua hora!
Brasil tem que ser agora!
No s pelos 0,20 centavos que estamos lutando
Brasil, pinta sua cara!
Brasil uma chance rara!
No s pelos 0,20 centavos que estamos lutando
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acordo com a Anita Loureiro de Oliveira, travs da msica, sujeitos falam da cidade
real, estimulando a imaginao da cidade possvel.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ARAUJO, M. de. A modinha e o lundu no sculo XVIII: uma pesquisa histrica e
bibliogrfica. So Paulo: Recorde Brasileira, 1963.
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GOHN, M. da G. (org.) Movimentos sociais no incio do sculo XXI: antigos e novos
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