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Carta Reivindicativa

Os professores da Escola Secundária de Barcelos, reunidos em plenário


sindical, no dia 15 de Abril, acordaram na redacção desta carta reivindicativa:

Exigimos, dos responsáveis governativos, quer nas palavras, quer nos


actos, o respeito pela figura tutelar do professor;

Exigimos medidas políticas que reponham a dignificação da profissão


docente e a revogação de outras que a põem em causa;

Exigimos que se prestigie o acto de ensinar e que se honre o ofício


docente, como um factor civilizacional imprescindível.

Pretendemos que:

1. se valorize, nomeadamente no modelo de avaliação, o incontornável


“acto de ensinar” – factor essencial da actividade docente;
2. se reponha, no discurso público e na lei do Estado, a imprescindível
autoridade do professor, reforçando os elementos sancionatórios da
indisciplina grave, sem os quais não é possível o reforço dessa
autoridade, nomeadamente:

• responsabilização do aluno e do respectivo encarregado de


educação por actos graves de indisciplina;
• sanções proporcionais à gravidade do acto, de aplicação
imediata, com simplicidade e rapidez processual;

3. se altere o regime de faltas recentemente aprovado pelo Estatuto do


Aluno do ensino não superior;
4. se criem, urgentemente, condições para as escolas poderem cumprir
com o princípio do pleno cumprimento de horário, através de
actividades de substituição e extracurriculares;
5. se valorize a componente intelectual do exercício da actividade
docente, criando condições para a formação científica e pedagógico-
didáctica: existência de crédito horário para o desenvolvimento de
projectos e para formação académica.
6. Se garanta uma avaliação, dos professores, formativa e não punitiva;
7. se respeite a autonomia profissional inscrita no ECD, não se admitindo:

• o controlo dessa autonomia tornando o professor refém, para


efeitos de progressão na carreira, dos resultados obtidos pelos
seus alunos e pelo abandono escolar;
• a tentativa de controlo dessa autonomia pela lógica da cadeia de
comando que se pretende instituir com o novo Diploma de Gestão
escolar;
• o fim dos princípios que nortearam a escola democrática, como o
princípio da elegibilidade, colegialidade e participação
democrática.

8. se revogue imediatamente os aspectos mais gravosos das alterações


efectuadas ao ECD pelo Decreto-lei 15/2007, de 19 de Janeiro através
de:

• o fim da divisão da carreira de professor em duas categorias –


exigimos uma carreira única;
• o fim imediato da figura de professor titular – todos somos
titulares do nosso ofício;
• oportunidade de todos os professores chegarem ao fim da
carreira, embora com ritmos diferenciados, em função da
avaliação;
• o fim da prova de ingresso na profissão.

9. Se conte integralmente os tempo de serviço para efeitos da carreira;


10. Se cumpra a promessa feita pela tutela da não aplicação da lei da
mobilidade aos professores;
11. Criar condições políticas/legislativas para a elaboração de um código
deontológico;

Na avaliação do desempenho, pretendemos que:

1. haja uma agilização do processo, diminuindo a componente burocrática


e valorizando a actividade docente:

• as aulas assistidas devem ter um carácter predominantemente


formativo.

2. haja condições de horário e remuneração, para o professor avaliador, ou


equipa avaliadora, compatíveis com a responsabilidade da função;
3. haja garantia de formação especializada para a função de professor
avaliador;
4. haja a valorização (nunca é demais repetir) da componente “ensinar”
porque é daí que se pode obter uma melhoria do processo educativo;
5. se revogue imediatamente o factor “melhoria dos resultados dos alunos”
na avaliação do desempenho – o professor só pode ser
responsabilizado pelo processo, visto que os resultados dependem de
variáveis que ele não controla, nem deve controlar;
6. se revogue imediatamente o factor “redução do abandono escolar” na
avaliação do desempenho, pelas mesmas razões do ponto 5;
7. se reforce a componente da formação em serviço, devidamente
financiada pelo Ministério, enquanto elemento decisivo na avaliação dos
professores.

Formas de luta

• Comunicação aos encarregados de educação – via comunicação social


e Associação de Pais - sobre a luta dos professores;
• Requerer, por abaixo-assinado, uma reunião geral de professores com a
finalidade de assumir uma posição de escola em relação a formas de
luta;
• Rejeitar alguns aspectos mais gravosos da avaliação, caso avance este
modelo, por exemplo, não quantificar, nos objectivos individuais, o
progresso dos resultados dos alunos e a redução do abandono escolar;
• Foi decidido não propor formas de greve por se entender que esta forma
de luta ficará esvaziada com a assinatura do “entendimento” (caso se
verifique), além de se constituir como um factor de desacordo entre os
professores.

Em nome dos professores da Escola


Secundária de Barcelos, os
coordenadores da reunião,

José Rui Macedo Freitas Rebelo

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Fátima Inácio Gomes

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Júlia Carvalhal

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