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Exmos. Senhores:
A pedido da sociedade (), doravante designada por ORDENANTE", o
Banco, doravante designado por "GARANTE", presta, pelo presente
documento, uma garantia (GARANTIA), em benefcio de (),
doravante designada por BENEFICIRIA, nos seguintes termos e
condies:
1.
destina-se
assegurar
bom
obrigaes
pontual
a
cumprimento
assumir
perante
assegurando
satisfao
pontual
II.
Confronte e aprecie criticamente as seguintes
afirmaes:
A garantia autnoma independente da validade e subsistncia do
contrato-base (rectius: da obrigao que garante), pelo que no se
confunde com a fiana, que, sendo acessria, est subordinada a essa
validade e subsistncia (ac. do STJ de 10 de maio de 2011, relator Nuno
Cameira).
A autonomia da garantia, designadamente, da garantia automtica ou
primeira solicitao, face ao contrato base, no absoluta, j que, em
caso de fraude manifesta ou abuso evidente por parte do beneficirio, o
garante pode e deve mesmo recusar-se a pagar a garantia, porquanto,
acima da regra acordada pelas partes, esto os princpios da boa f e da
proibio do abuso do direito. Assim, pretendendo o devedor lanar mo
de medidas cautelares destinadas a impedir o beneficirio de receber a
garantia, o xito final dessas medidas, que constituem,
inquestionavelmente, um excepcional meio de defesa, depender da prova
inequvoca do comportamento manifestamente fraudulento ou abusivo do
beneficirio. O que vale por dizer que, no mbito da garantia autnoma,
sempre que a providncia cautelar seja requerida como forma de obstar a
um aproveitamento abusivo da posio do beneficirio, deve ser exigida
prova pronta e lquida, sendo, pois, insuficiente a considerao do
simples fumus bonus iuris, tpico das providncias cautelares, sob pena de
violao da essncia da garantia autnoma primeira solicitao. A
fraude manifesta e o abuso evidente implicam a prova pronta e lquida,
sendo que, a prova pronta (preconstituda) quando no se mostra
necessrio requerer a produo de provas suplementares e lquida
(inequvoca) quando permite a percepo imediata e segura da fraude ou
do abuso, tornando-os bvios (ac. do TRL de 19 de janeiro de 2010,
relator Roque Nogueira)