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aquele animal que iria abater na caa, traria a dana em seu corpo como
parte integrante desse ritual de emanao de seus poderes? Talvez esteja
a uma grande questo a ser discutida: como o homem chegou ao
desenvolvimento desses movimentos e gestos para, ento, se utilizar
dessa memria corporal usando-a em rituais?
evidente que h a questo do desenvolvimento fsico, do homem se
tornar um bpede e na busca por dominar seu corpo, que traz essa
apreenso do desenvolvimento gestual como uma memria corporal que
vai se formulando:
PARTE 4 Podemos afirmar que na busca evolutiva de libertao do corpo, a
dana se instala como culminncia de um longo processo. Libertar o corpo e
domin-lo parece ser o destino inexorvel do homem. A dana emerge como
explicitao desta conquista humana.
Essa discusso acaba por esbarrar em questes levantadas por outros
autores, como Miriam G. Mendes, Mnica Dantas, Susanne Langer, que
perguntam: at que ponto todo movimento e gesto considerado dana? Fica
claro que no, nem todo gesto dana, pois o fazer-se da dana a
imaginao, pois todo gesto e movimento para ser considerado dana deve ser
imaginado.
O homem primitivo j no possuiria no desenrolar de seu desenvolvimento
geral e em especfico, no seu pensamento, seu processo criativo, o imaginrio,
para ter criado posteriormente essa noo de possuir os poderes do mgico?
PARTE 5 Vrios so os pensadores que se debruaram sobre esta
importante quest: afinal o que levaria o ser humano a criar um universo
paralelo sua prpria vida e que denominaria ARTE? O que estaria na
origem da criao de determinado gnero artstico (msica, dana,
literatura, pintura, etc) to especfico em suas origens quanto nas
explicaes sobre elas.
O universo de explicaes pergunta "o que levou o homem a danar?"
grande. Cada historiador da dana, cada esteta, cada danarino que se
queira tambm pensador da dana, emitiu o resultado de suas reflexes
sobre o tema. Em geral tantos so os pensadores quanto diferentes so
suas interpretaes sobre o tema.
PARTE 6 Desde a idia de Susanne Langer, de que "os primeiros ingredientes
da arte so geralmente formas acidentais encontradas no meio ambiente
cultural, que exercem atrao sobre a imaginao como elementos artsticos
usveis" , passando por Rudolf Laban que diz que o gesto (elemento bsico da