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Vanessa Petr*1
Introduo
O presente artigo tem o intuito de desenvolver algumas idias acerca de
comportamentos desviantes ou estigmatizados como o caso da prostituio. Para a
realizao deste parte-se de algumas leituras sobre a teoria do comportamento desviante e
sobre a prostituio1. Delimitamos como ponto de partida para a pesquisa o Ncleo de
Estudo sobre Prostituio (NEP). Trata-se de uma associao de prostitutas que conta com o
apoio da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e do Ministrio da Sade e visa dar apoio s
profissionais do sexo, seja quanto questo da preservao da sade, seja a quanto
construo da auto-estima, seja na busca dos seus direitos sociais. Iniciaremos com algumas
consideraes tericas acerca do tema e partiremos para uma exposio sobre o NEP e, por
fim, faremos uma breve anlise sobre a prostituio, tendo por base a realidade das garotas
de programa ligadas ao NEP.
Artigo escrito por alunas do 5 semestre do Curso de Cincias Sociais e orientado pela Dra. Lcia
Mller
Este texto tem embasamento em pelo menos trs autores: Gilberto Velho, com Desvio e
Divergncia (1985); Erving Goffman, com Estigma (1988) e Maria Dulce Gaspar, com
Garotas de Programa (1985)
Ver captulo III A Literatura sobre Prostituio, do livro Garotas de Programa (1985).
Consideraes Finais
Neste estudo no pretendemos esgotar a anlise sobre o tema. Apenas levantamos
algumas questes acerca de uma conduta considerada desviante, tentando confront-la com
algumas das teorias existentes que tratam do tema abordado. A partir da realidade
observamos que o jogo de identidades e atribuio de estigmas est sempre tentando ser
relativizado pelos estigmatizados. As garotas de programa esto, permanentemente,
recorrendo a hierarquizaes e jogando com os preconceitos tentando dar legitimidade as
suas aes atravs da necessidade econmica que leva a isso ou pela necessidade social desta
atividade, pois com esta atividade estariam contribuindo para a satisfao de desejos mal
resolvidos.
Atravs da atribuio de significados e legitimaes da atividade esto fazendo a
construo da prpria identidade, tentando apresentar sempre o lado mais bonito da face,
mas mesmo a partir das relativizaes permanece o estigma de terem um comportamento, por
princpio, desviante.
Bibliografia
GASPAR, Maria Dulce. A literatura sobre prostituio. In: Garotas de
Prostituio em Copacabana e Identidade Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
Programa: