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ENSAIOS COMENTADOS (© Bator Aiea, 2006 Det ena Fernand Paixio rove! Gabriela Dias san $508 0588-5 aluvo e085 08 105894 profesor Sumario Apresentagdo - Anatomia do mundo moderno .. A mercadoria 1. Os dois fatores da mercadoria: valor de uso e valor (substancia do valor, grandeza do valor). 2. Duplo carter do trabalho apresentado pel 3. A forma de valor ou o valor de troca = 4. O carater fetichista da mercadoria e Biografia - Karl Mars: intelectual Bibliografia selecionada.. Apresentagao Anatomia do mundo moderno D epois das primeiras décadas do século xx, a Revolugio Industrial come ava ase alastrar pelo continente europeu, partindo de seu nascedouro, na Inglaterra, ¢ criando uma situacio social inédita, diante da qual no podiam ficar indiferentes os contemporaneos. Por um lado, as novas téenicas de produgao pareciam expandir de modo ilimitado as possibilidades de dominio da natureza pelo homem, libertando-o “magicamente” de um jugo ancestral mediante 0 enorme poder a ele concedi- do por uma ciéncia que se via, assim, confirmada, Mas também se expandia assustadoramente, por outro lado, a pobreza da maioria da populagao, com 0 despojamento violento dos que conservavam até entao alguma propriedade, com um nivel de miséria e de insalubridade, entre os trabalhadores das novas fbricas, talver. dificil de imaginar para quem observa as condigbes de vida da Europa atual Essa nova situacao impés uma mudanga radical nas formas de pensamen- to. Nao era mais possivel desconsiderar os métodos e as pretensées de uma ciéncia cujo poder surpreendia todos os dias com novas aplicagées e descober- tas, alterando profundamente a vida cotidiana. As velhas filosofias idealistas € B mans | exsatos comenranos romanticas tinham de se render a tamanha evidéncia, sob pena de desaparecer: Eas novas ciéncias do homem, seguindo na esteira do sucesso das ciéncias da natureza, de algum modo tinham de dar conta das novas condigdes sociais e responder, mesmo que pela negativa, as inquietagdes resultantes da miséria que crescia ao lado da riqueza gerada pela industria Assim, na Alemanha jé ndo to romantica ¢ idealista, surgia nos anos de 1840 um importante grupo de discussio que pretendia revisar a flosofia cssi- cade Hegel e Schelling e que, de fato, abriu as possibilidades do pensamentoem diversas diregdes. Desse grupo, conhecido como “jovens hegelianos’, participa va Karl Marx, estudante de direito e de filosofia na Universidade de Berlim. Ele logo se distanciou de seus colegas, porém, enveredando para uma cri- tica social baseada em estudos da economia politica inglesa, associado a um grupo de pensadores ¢ agitadores socialistas que conheceu nos anos de exilio em Paris e Bruxelas. Inspirados por Rousseau, eles localizavam a origem dos problemas da sociedade moderna na generalizacéo da propriedade privada, gue concentrava a riqueza de um lado, produzindo a miséria social de outro. Mais bem preparado do que eles, devido aos estudos sistemiticos e rigorosos da filosofia de Hegel e de sua dialética, em particular, Marx pode desenvolver sua critica também as concepcées ainda roméanticas desse socialismo. Percebendo a insuficiéncia do diagnéstico feito até entio da sociedade civil e burguesa, Marx se viu estimulado a retomar insistentemente a andlise da eco- nomia politica, na qual residiria, segundo ele, a “anatomia” do mundo moder- no, Assim, desde os anos 1840 até praticamente o fim de sua vida, em 1883, em sucessivos momentos, ele estudou essa ciéncia, elaborando simultaneamente sua critica ea reformulagao de seus principios. O resultado foi um conjunto de escritos cujo titulo maior é sem diivida, O capital, publicado en¥1867. ) oo primeiro capitulo desse livro que é aqui apresentado ao leitor, ineluin- do aquele interessado em conhecer a obra como um todo. E é possivel fazé-lo porque, pela propria arquiteténica de O capital, esse capitulo inicial, dedicado ao estudo da mercadoria, condensa ¢ antecipa o que vem a seguir. Marx pre- cisou de muitos anos de reflexio para acertar esse comego. Ele no queria um. Awencanonta 9 conceito inicial de certa forma abstrato, como seria o de valor, se apresenta- do sem conexio com formas sociais determinadas. Concluiu pelo conceito de mercadoria, porque ela é um “objeto externo’, mas, a0 mesmo tempo, nessa sua materialidade, é portadora de relagdes sociais muito especificas. pela troca das mercadorias que se encontram e se associam seus produtores, em relagdes que nao ocorteriam sem a mediagio dessa troca, que imprime a tais relagdes tum contetido especifico, inexistente em outras sociedades Mais ainda, antecipando capitulos posteriores do livro, a anélise da mer- cadoria em geral é estratégica, porque no sistema capitalista a producio realizada por uma forma de trabalho que se tornou, ela mesma, mercadoria ~a forga de trabalho. Por isso era preciso, desde o inicio de O capital, conhe- cer as partes componentes da forma mais geral, a mercadoria, ea articulagao dessas partes, para compreender corretamente como se configura essa merca- doria especifica, a forca de trabalho, constitutiva de todo o sistema. Pois é tal configuragao que explica fendmenos cruciais como a mais-valia, a acumula- 40 ea reprodugio do capital, bem como a expansio da forma mercantil por todo o arco do capitalismo: a mercadoria seré a forma pela qual esse sistema se generalizaré, impressa a todos os “bens e servigos” e, no limite, a todas as relagées sociais. No projeto de O capital, comegar por essa forma “geral” nao quer dizer co- ‘mecar por uma abstragio do entendimento, para depois alcangar formas reais ¢ tangiveis, e sim iniciar por aquilo que se encontra em toda parte, no mundo ccapitalista ~ algo que se impoe para dominar e alastrar-se, A mercadoria é algo concreto, nao algo abstrato. Ela, porém, s6 é possivel pela abstragio das formas particulares dos trabalhos que a produzem, isto &, pela comparacio de coisas totalmente serem produtos do dispéndio de energia fisica ¢ mental de seus produtores. Depois disso, sim, é possivel tratar do valor. Ele nao é um atributo das coisas, comio 0 peso, mas a relagio social de comparacao e medida do trabalho con- tido nas mercadorias. tas através da tinica qualidade que elas tém em comum: a de 10 Manx | nxsatos cosesrapos Nesse ponto comega a “critica & economia politica’, subtitulo sintomstico de O capital. Se a obra tivesse comegado pelo valor, mesmo os melhores eco- nomistas teriam compreendido mal sua natureza, definindo-o como atributo das coisas e, dai, nfo conseguindo perceber como sua presenga na mercadoria se desdobra em outras formas sociais mais complexas, como 0 dinheiro e 0 ca- pital. Esse desdobramento ¢ justamente a arquitetura das categorias realizada por Marx, Jé no capitulo aqui publicado, veremos como a aniilise da mercado- ria leva necessariamente 4 forma dinheiro. £ queas partes componente da mercadoria, encontradas pela anilise, ndo sio simplesmente diferentes umas das outras, mas opostas: elas se definem numa relagio em que se defrontam, excluem-se reciprocamente, negam-se e, assim, se afirmam, Esse jogo complexo, que &a forma da dialética em Marx, produz um movimento a partir do qual surge o dinheiro, também definido por uma oposi¢ao ~ agora, a mercadoria em geral. Mas nao se trata, ¢ bom res- salvar, apenas de um movimento de conceitos. O movimento dos conceitos s6 seconstitui um movimento real, existente nas trocas ¢ na produgao, isto é, no fazer dos agentes sociais. Reconstituir todo desse movimento real & 0 projeto da obra de Marx. A dialética nao pertence essencialmente ao mundo dos conceitos, nao é método a ser imposto a alguma realidade: € 0 reflexo conceitual do modus operandi da realidade; e nao de qualquer uma, mas daquela que se estrutura pela negagao miitua de seus elementos efetivos. A oposicao presente jé na mercadoria s6 se torna mais complexa no dinheiro e no capital, que se defronta nao mais com uma mercadoria qualquer, como 0 dinheiro, mas com a forca de trabalho. Da dialética desse movimento é que resultam tanto a forca expansiva do capital, por uum lado, como os limites que ele mesmo impée a seu crescimento, por outro. Em outras palaveas, é dessa dialética que surgem fendmenos percebidos pionciramente por Marx: a tendéncia & concentracio oligopolista do mercado, quase inexistente no tempo dele; a tendéncia da producao capitalista a subs- ituir trabalho por capital, desempregando trabalhadores; o predominio cres- cente do setor financeiro sobre o industrial, que observamos agudamente no mundo atual; ¢ as crises, por fim, como manifestacio real das contradigées constitutivas do capital. Sao as inversdes continuas da realidade, que Marx cha- mou de “fetichismo’, tratado na tiltima parte de “A mercadoria’. Com o fetichismo e as crises, alcanga-se 0 micleo do diagndstico critico do capitalismo feito por Marx. A inversio dialética ocorre na propria realida- de desse sistema econdmico-social. Por ela, o sistema mesmo aponta para seu fim, para seu cardter transit6rio e hist6rico, E nisso consiste a intervengio de Marx no debate filoséfico, cientifico e politico do seu tempo: trata-se de recusar todas as concepcdes em que o sistema moderno aparece como harménica ¢, or isso, como 0 derradeiro ou como a forma “natural” da sociabilidade, Dian- te das condigées histéricas que, no essencial, permanecem marcando 0 nosso tempo, incumbe apontar o lado negativo, 0 lado critico,o lado efémero. Jé por isso, o pensamento de Marx continua interessando e instigando. Mais do que um dever de erudicao, conhecé-lo é uma aventura intelectual, um risco e, por- tanto, um desafio. JorGe Grespan A mercadoria* 1. Os dois fatores da mercadoria: valor de uso @ valor (substincia do valor, grandeza do valor) riqueza das sociedades nas quais predomina A modo de produgio capitalista aparece como uma “monstruosa colegio de mercadori doria singular, como sua forma elementar. Nossa inv ‘gago comeca, por isso, com a andlise da mercadoria. Inicialmente, a mercadoria é um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades, humanas de algum tipo. A natureza dessas necessidadesy se elas surgem, por exemplo, do estémago ou da fantay ea merca- im: Dietz Verlag 984. p. 4998. (Marx Brgels ‘Kept 40. Hambargo 890. Ockonontie [Pa a econania Ecevit san erin No atizuagso sia tea do capt, la & foma soe que erin ‘mae soc; 0p locao de moveadoras’ oa ofornaga asc impocta doris 68006 “cote, cose algo une same 198r20, cas isos iter tae n"anienv dosesbri, Md marx | exsaros costrstanos > Ea apd dos homens em cna epoca da itera quo "doxcobre” vile quo psec, bam camaame ca pa eva quanta que socal. Em owes pe = mamas que determina sau u20¢ eua modi, mat 08 processos soci, que > Barbon (1640-1690), 'beaieno potion, do em ‘emena, tanbem paneadar srosono sia, nada altera na coisa.? Nao se trata aqui tampouco de como a coisa satisfaz.a necessidade humana, se imedia- tamente como meio de vida, isto é, objeto de fruigao, ou através de um desvio, como meio de producto. Cada coisa itil, como ferro, papel etc., deve set con- siderada de um ponto de vista duplo, conforme a quanti- dade ea qualidade. Cada uma dessas coisas é um todo de muitas propriedades e pode ser itil, por isso, em diversos aspectos. Descobrir esses diversos aspectose, dai, as muil- tiplas formas de uso das coisas, é um ato hist6rico, assim como o de encontrar a medida social para a quantidade das coisas titeis. A diversidade de medidas das merce- dorias surge em parte da natureza diversa dos objetos a serem medidos e em parte de convengao. A utilidade de uma coisa converte-a em valor de 1uso.* Mas essa utilidade nao paira no ar. Condicionada pelas propriedades do corpo das mercadorias, cla nao existe sem © mesmo. Por isso, 0 préprio corpo das mer- cadorias, como ferro, trigo, diamante etc., é um valor de uso ou bem. Esse seu cardter ndo depende de que a apro- priagio de suas propriedades de uso custe a0 homem muito ou pouco trabalho, Na consideracao dos valores de uso sempre se pressupde sua determinidade quanti- tativa, como duizia de relégios, vara de linho, tonelada de ferro etc. Os valores de uso das mercadorias fornecem 0 material para uma disciplina propria, a merceologia’ O valor de uso s6 se realiza no uso ou consumo. Valores de uso constituem o teor material da riqueza, qualquer que seja a sua forma social) Na forma social que considera>, remos, eles constituem ao mesmo tempo os portadores do - valor de troca O valor de troca aparece inicialmente como a relagao quantitativa, a proporcdo pela qual se intercambiam va- lores de uso de um tipo por valores de uso de outro tipo,’ uma relagio que muda constantemente com o tempo eo lugar. O valor de troca parece, por isso, algo casual e sim- plesmente relativo, e um valor de troca interno (valeur intrinsique), imanente a mercadoria, como uma contra- ditio in adjecto? Consideremos a coisa mais de perto. Uma certa mercadoria, um quarter de trigo por exemple, troca-se por x de graxa de sapato ou por y de seda ou por z de ouro etc., em resumo, por outras mer- cadorias nas mais diversas proporgdes. Em vez de um worth para valor do uso value para val oa que prefee expresar a cos imedita plo gerinico a coisa rete pelo rominico, 5. Na sociedade burguesn domins a feo comprador de mercado em poss awercanonta 15 > 0 valor de toca rope aorta, nesta pina are imag, 0 “onto de vst ts, co asrne made como lr do uta ropresetara > Contato ene 0 a Jotvo 0 @ svbetantio; no ‘imate © 0 Fes ca, opera ug ama necator (qua come dgodeinerer- (a ala Man sperriesse pont co van cage 16 sanx | ensatos commnranos taposigo do orma © pr ser sma em uo “spareco" um “contes’ que mos ie ta esa toma, Tl conta anand en, » Na oquacsa, aeagso de roca “prerontaso" na de tha, mas nda se eagota rola, tendo tambérn um simeneto qualia, como sever. Ean catogoria de “aprecentagto"¢oneiaon todo texto, coneponden A tfoma despre to" do conta | beso, aa & sua expo sieto teria poo proprio Mar 9 debatida probe 1a. "oda ee apres acto" doe encdton 86, 0 trigo tem, portanto, miiltiplos valores de troca. Mas, como x de graxa, tanto quanto y de seda, ou z de ouro. etc. sd0 0 valor de troca de um quarter de trigo, entio x de graxa, y de seda, ou z de ouro ete. devem ser valores de roca permutiveis uns pelos outros ou de grandeza igual, entre si. Segue-se dai, em primeiro lugar, que os valores de troca validos da mesma mercadoria expressam algo igual. Em segundo lugar, porém, 0 valor de troca pode ser, em geral, apenas 0 modo de expressao, a “forma de aparecimento” de um conteiido dele distinguive. ‘Mais ainda, tomemos duas mercadorias, por exemplo, trigo e ferro, Qualquer que seja sua relacao de troca, ela sempre pode ser apresentada como uma equacio, na qual, sum quantum de rigo éigualadoaalgum quantum de ferro, por exemplo 1 quarter de trigo = a quintais de ferro, O que quer dizer essa equagao? Que algo em comum de mesma ‘grandeza existe em duas coisas diversas, em 1 quarter de trigo do mesmo modo que em a quintais de ferro, Ambas do iguais, portanto, a uma terceira, que em sie por si ndo énem uma nem a outra. Cada uma das duas, enquanto valor de troca, deve ser redutivel a esta terceira. Um exemplo geométrico simples evidenciard isso. ara determinar e comparar as areas de todas as figuras retilineas, resolvemo-las em tridngulos. O préprio trian- gulo se reduz a uma expressao totalmente diversa da de sua figura visivel ~ a metade do produto de sua base por sua altura. Do mesmo modo, os valores de troca das mer- cadorias sio redutiveis a algo em comum, que neles se presenta mais ou menos. Este algo em comum nao pode ser uma propriedade geométrica, fisica, quimica ou qualquer outra proprie- dade natural das mercadorias. Suas propriedades corp6- reas s6 entram em consideracio na medida em que elas, as tornam tteis, isto é, valores de uso. Por outro lado, contudo, é justamente a abstragio de seus valores de uso 0 que caracteriza de modo visivel a relagao de troca das mercadorias. Dentro da mesma [relacao de troca] um valor de uso vale exatamente tanto quanto qualquer outro, bastando que seja dado em proporgio adequada, Ou, como diz o velho Barbon: Um tipo de mercadoria é tio bom quanto outro, se o valor for igual. Nao ha diferenga ou distingao en- tre coisas de igual valor Como valores de uso, as mercadorias sao, antes de ‘tudo, de qualidade diversa; como valores de troca, elas s6 podem ser de quantidade diversa, nao contendo, portan- to, nenhum atomo de valor de uso. Desconsiderando assim 0 valor de uso dos corpos das mercadorias, entdo nelas permanece apenas uma propriedade, ade produtos de trabalho, No entanto, até 0 produto de trabalho ja se transformou em nossas mos. Se abstrairmos o seu valor de uso, abstrairemos também as partes componentes corporeas ¢ as formas que fazem do produto um valor de uso. Ele nao é mais mesa ou casa ou fio ou qualquer outra coisa itil, Todas as suas dispo- sigdes sensiveis sio apagadas, Ele também nao é mais o ou bem das les univers da plesmente modicages da matéria, fue 0 engenho SE rprod os fiioratso pediprio Vere nao saiba bem de rasa lerta,0 ara gua nos campos eras wand, pela secegio de um inseto se tans 0 de sto rages nas, mas sim 958%, 2123) supdem somente variacdes do mesmo trabalho individual. Além disso, a evidéncia ensina que em nossa sociedade capitalista uma dada porcio de trabalho hu- mano alternadamente é ofertada na forma de alfaiataria ou na de tecelagem, de acordo coma diregao alterivel da demanda de trabalho. Esta alteragao da forma do traba- Iho pode nao transcorrer sem fricgio, mas tem de ocor- rer. Abstraindo a determinidade da atividade produtiva e, assim, do carater util do trabalho, resta nele que é um dispéndio de forga humana de trabalho. Apesar de ativi- “dades produtivas qualitativamente diversas, alfaiataria tecelagem sao, ambas, dispéndio produtivo de cérebro, miisculo, nervo, mao humanos, ¢ nesse sentido, ambas, trabalho humano. Sao apenas duas formas diversas de despender forga humana de trabalho, De qualquer modo, ‘a propria forca humana de trabalho deve estar mais ou. menos desenvolvida, para ser despendida desta ou da- quela forma, Mas 0 valor da mercadoria se apresenta no trabalho humano simplesmente, dispéndio de trabalho humano em geral. Assim como na sociedade burguesa um general ou um banqueiro desempenha um grande papel, € 0 homem simplesmente, ao contririo, um pa- pel muito mesquinho,* também aqui isso se passa com o trabalho humano. Ele 60 dispéndio da forca simples de trabalho que cada ser humano comum possui na média, sem desenvolvimento especial, em seu organismo cor- poral. De fato, o proprio trabalio médio simples altera o seu carter em terras ¢ épocas culturais diversas, mas & dado em uma determinada sociedade. erin: 1840, p25, $190 vinci na obra de Mar por aber a dalton como logis rigoross a8 nog {0 0 60 conan, o captaaro.Apasu de 20, Man tou @ sept or no poneamento hege ta forgo 2 eto oar oroeehor rum edo posto, Apes de cones sarum singles ee” com argo de Hoge, Maen sera fguas de dletea he elanaem riomartos sta tigios do su ota une endonerenn, su feat. Na el ‘na feta a, por exe pio, netwse a laa ons 28 manx | wxsatos commnravos > Resparecoo tamada*ne: shasta tei & 00 ‘de sas gra er so complexo a uiadas 9 trabalho sepia. Oil tiuduas or que e20 zadose dos agontes soos ‘ue indepande dos ageies Ec prinaarmenedoa pot ecco que ade Mancha © trabalho mais complexo conta apenas como tra balho simples potencializado, ou melhor, multiplicado, de ‘modo que um pequeno quantum de trabalho complexo, é igual a um grande quantum de trabalho simples. Que essa redugo ocorre constantemente, mostra-o a expe- riéncia. Uma mercadoria pode ser 0 produto do traba- Iho mais complexo, mas o seu valor a apresenta como {igual ao produto do trabalho simples e, portanto, como sendo somente um quantum determinado de trabalho simples.” As diversas proporgdes em que 0s diversos ti- pos de trabalho sio reduzidos a trabalho simples, como asua unidade de medida, estabelecem-se por um proces- 50 social as costas dos produtores, e parecem a eles dai como dados pelo costume. Para efeitos de simplificagao a seguir, cada espécie de forca de trabalho valera para nés imediatamente como forga de trabalho simples, apenas para poupar 0 esforgo de reducio. Desse modo, assim como nos valores casaco e pano abstrai-sea diferenga entre seus valores de uso, também nos trabalhos que se apresentam nesses valores se abs- traem as suas formas titeis, a alfaiataria e a tecelagem. ‘Assim como os valores de uso casaco ¢ pano se ligam as atividades produtivas do pano e do fio, determinadas por sua finalidade, mas os valores casaco e pano sio mera gelatina de trabalho do mesmo tipo, também os traba- Thos contidos nesses valores ndo contam por sua relagio produtiva ao pano e a0 fio,e sim apenas como dispéndio 16.0 leo dave perceber que aqui mi ‘alhadorrecebe por, digamos, um dia. quai se abjetiva 9 acu dia de twabalho A ct sinda no existe em geal neste nivel de nossa apes a slici on do valor que o ta patho esim do valor das mescadorias do sliio do trabalho clo de forca humana de trabalho. A alfaiataria ea tecelagem sio elementos formadores dos valores de uso casaco e pano justamente por suas qualidades diversas;/mas so substincia do valor do casaco e do valor do pano apenas zna medida em que se abstrai a sua qualidade particular e ambas possuem a mesma qualidade, a qualidade de tra- balho humano. casaco eo pano nao sio somente valores em geral, contudo, e sim valores de determinada grandeza, e, con- forme nossa suposigio, 0 casaco vale o dobro de 10 varas de pano, De onde procede essa diversidade de suas gran- dezas de valor? Do fato de o pano conter sé metade do trabalho do casaco, de modo que para a produgéo deste Ultimo a forga de trabalho deve ser despendida durante 0 dobro do tempo que para a produgio da primeira, Portanto, se com referéncia ao valor de us batho contido na mercadoria conta apenas qu: mente, com referéncia 4 sua grandeza de valor ele conta quantitativamente, depois de ter sido reduzido a traba- Iho humano sem mais qualidades, Lé se trata do “como” “quando” do trabalho, /aqui, do “quanto” dele, de sua duracdo no tempo. Como a grandeza do valor de uma mercadoria apresenta s6 0 quantum do trabalho contido nela, as mercadorias devem, em certa proporgio, ser va~ lores sempre da mesma grandeza. Permanecendo inalteradaa forca produtiva, digamos, de todos os trabalhos titeis requeridos para a produgio de um casaco, entio a grandeza de valor do casaco se leva com sua prépria quantidade. Admitamos, porém, que 0 trabalho necessario para a producao de um casaco se eleva a0 dobro ou cai pela metade. No primeiro caso, 30 iinsigdo da massa dove ‘Sea preduvidade do ho crescer, por umenta a qvanidade de sabres da weo qe le po- hua orearo tmp otro; ras come esco wpa ¢ o mee, © valor lor doporde so dosso tor poabetate ol ju ‘2m 0 mumenta ds pros ‘0 na jrnads do wabaa, 28 pa 7 harao,por xe 0, oval ttl produ 3,30 mesmo topo om (0 80 clva a cuide ce valros ce uso produ es. Dal a “oposite” dos movimento, que nessacte fd sxposicno do Maré oon ma pr eap proponent dt, uum casaco tem tanto valor quanto antes dois casacos; no segundo caso, dois casacos tém tanto valor quanto antes uum, embora em ambos 0s casos um casaco preste o mes- mo servigo antes ¢ depois, ¢ o trabalho titil nele conti- do no perca em qualidade. Mas 0 quantum de trabalho despendido em sua produgao alterou-se. ‘Um quantum maior de valor de uso forma, em si e por si, uma riqueza material maior, dois casacos mais do que um. Com dois casacos pode-se vestir duas pes- soas etc. No entanto, a massa crescente de riqueza mate- rial pode corresponder a uma queda simultanea em sua grandeza de valor. Esse movimento em oposicio surge do carter bipartido do trabalho. A forca produtiva é, na- turalmente, sempre forca produtiva de trabalho itil, con- creto, ¢ determina de fato apenas o grau de eficiéneia de atividades produtivas adequadas @ uma finalidade, em um dado espaco de tempo. O trabalho ttil torna-se uma fonte de produtos mais rica ou mais pobre, dai, em pro- porcio direta a clevaco ou queda da sua forga prod va. Ao contririo, uma mudanga da forga produtiva em nada afeta o trabalho que se apresenta no valor. Como a forca produtiva concerne A forma titil concreta do traba- ho, ela nao pode mais atingir o trabalho, naturalmente, nna medida em que se abstrai de sua forma util concreta No mesmo espaco de tempo, 0 mesmo trabalho resulta, entdo sempre na mesma grandeza de valor, néo impor- ta quanto mude a forca produtiva. Mas ele fornece, no ‘mesmo espaco de tempo, diversos quanta de valores de uso; mais, quando a forga produtiva do trabalho se eleva, menos, quando ela cai. A mesma mudanga da forga pro- dutiva que aumenta a fecundidade do trabalho e, dai, a massa dos valores de uso fornecida por ele, diminui en- ‘Go a grandeza de valor dessa massa conjunta aumenta- da, se ela encurtar a soma de tempo de trabalho necessi- rio para a sua producio. Do mesmo modo, ao contrério. Por umlado, todo trabalho édispéndio deforgahuma- za de trabalho em sentido fisiol6gico, e nessa qualidade de trabalho humano igual ou abstrato forma o valor das mercadorias, Por outro lado, todo o trabalho é dispéndio de forga humana de trabalho em uma forma particular, determinada por sua finalidade, e nessa qualidade de tra- balho sitil concreto produz os valores de uso. 3. A forma de valor ou o valor de troca s mercadorias vém ao mundo na forma de valores de uso, ou corpos de mercadorias, como 0 ferro, 0 \pano, o trigo etc. Esta é a sua prosaica forma natu- ral.(Elas so mercadorias, contudo, apenas como algo uplo, objetos de uso e ao mesmo tempo portadores de v7. Nota da ed Para demonstear“ques6o trabalho 6a medida real edefnitva n que 0 valor de tas ae mereadoriss em todas ae epocas pode ser avlindo ‘compara’ diz A. Sih: "guantidades igusis de rabslho devem ter © mesmo ‘lor prs © ppt tabalhador er todas ak dpocase lugares. Nat norms de sade, ors eat tendeve ele Awereavonia 31 Ada Sn (1725-1700, ‘oso ings considered functor da conor por es com lina queza ‘br ag, 177, sit sores, contestanda expe ‘de uso, alm de concstoe ‘como advo do abana, ‘aboard com suns “ro ine una mul to que cocta su pnee eomarsh Mar 01 crt 82 aKx | eNsatos comentanos A rolroncin de Mare & 2 pevsonagom Mistress (ute, a fala do Flat ape Ide Henvigue 1, de Shatespoate (Sato, cra) (oe valor nto 6 mesma ae coisas om goa nto & roaianéa por meio do sous roduos ro is prope ‘helo mera doses prod to: E no undo, aia os pedis abalos, uns com 08 sto «por iso 0 ‘alo define eomento por ‘os NS tom snd, no possam tte vler err evo oveos pon apema pre do ocistaldoninedo acs fora da produgao dicta de ercadeis valor. Elas aparecem como mercadorias ou possuema for- ‘ma de mercadorias, portanto, apenas na medida em que possuem forma dupla, forma natural e forma de valor. A objetividade de valor das mercadorias se diferen- cia da de Mistress Quickly porque nunca se sabe por onde apanhé-la, Ao contririo de sua objetividade sen- sivel bruta de corpo de mercadorias, nfo entra nenhum, ‘tomo de matéria natural em sua objetividade de valor. Pode-se girar e virar uma mercadoria singular como se queira, que ela permanece inapreensivel como coisa de valor, Se nos lembrarmos, porém, de que as mercado- rigs s6 possuem objetividade de valor na medida em que io expresses da mesma unidade social, o trabalho hu- mano, e de que a sua objetividade de valor, portanto, é puramente social, entdo se entende obviamente que ela 86 possa aparecer na relagio social de mercadoria para mercadoria. Nés partimos de fato do valor de troca ou relagio de troca das mercadorias, para rastrear 0 valor nele contido, Agora devemos retornar a essa forma de aparecimento do valor. Qualguer pessoa sabe, mesmo que nao saiba mais que do mesmo val seni calulando o que The ‘mesmo tab e temo, © que defato nada mais do que trocar ral fem ermpregou em umn objeto ducente um certo te raneyin generale p38). Nota da $e dus diferentes paras para os dos dlferentesaspetos do que cri valores de uso e € determinado se chana wrk, a0 contrtio de labour trabalho qe cia valor _quanitativamente se cham labour, 9 contro de work. ~ do que i , que as mercadorias possuem uma forma de valor comum altamente contrastante com as variegadas formas naturais de seus valores ce uso ~ a forma dinhei- ro. Mas aqui se trata de realizar aquilo que a economia burguesa nem sequer tentou, a saber, demonstrar a ge- nese dessa forma dinheiro, ¢ assim perseguir 0 desen- volvimento da expressio de valor contida na relagio de valor das mercadorias, desde sua figura mais simples € discreta até a brilhante forma dinheiro. Com isso desa- parecer imediatamente 0 enigma do dinheiro. ‘A relagio de valor mais simples é claramente a rela- So de valor de uma mercadoria com uma tinica merca- doria de outro tipo, nao importa qual. A relagao de valor de duas mercadorias proporciona, dai, a expressio de va- Jor mais simples de uma mercadoria, A) Forma de valor simples, singular ou casual xmercadoria 4 = y mercadoria n, ou.xmercadoria a vale ymercadoria 3 (20 varas de pano = 1 casaco, ou 20 varas de pano valem 1casaco) 10s dois pls da expresso de valor: forma de valor relative @ forma equivalente segredo de toda forma de valor est embutido nesta forma de valor simples. A sua anilise oferece portanto a verdadeira dificuldade. Duas mercadorias de tipo diverso, Ae 8, no nosso exemplo, pano e casaco, desempenham aqui dois papéis Awencanonia 30 soqor!“cemanetar como {oma inher a6 deson (Pron, Aa 2 gatha mato em so cacte ttn, pressto de vile 0 px fio valor de race. Depot a enuncto iia, 1 exposigo o havi abar ona para buscar olor ropament do, 9 “ims rm poi var 2 ‘anda as mercado 0 BA sanx | ensatos comentanos > Pua ea “veiade™ de mereadotee Wocadss esto ipl “papel que, @ ada vex, does 10 samente a oposiie com ads ua dss cine marx dori tocadas oxrcorla pest deepest do ve lordaostacdo poeta nla © prop valor. Embora las lap no mesmo tempo, 8 Andie datingue © momen emque expresso de valor hn. S80 08 dois pole snoposgho a er deren vid segue, afoma equate diversos. © pano expressa seu valor no casaco, 0 casaco serve como material para essa expresso de valor. A pri- meira mercadoria desempenha um papel ativo, a segun- da, um passivo. O valor da primeira mercadoria se apre- senta como valor relativo, ou ela se encontra na forma de valor relativa. A segunda mercadoria funciona como cequivalente, ou encontra-se na forma equivalente. A forma de valor relativa e a forma equivalente si ‘momentos insepariveis, pertencentes um a0 outro, re- ciprocamente condicionantes, mas simultaneamente ‘momentos excludentes um do outro, ou opostos, isto é polos da mesma expressao de valor; eles se distribuem continuamente entre as diversas mercadorias que a ex- pressio do valor liga uma a outra. Nao posso expres- ‘sat, por exemplo, 0 valor do pano em pano, “20 varas de pano = 20 varas de pano” no é uma expressio de valor. A equagio diz antes 0 contrario: 20 varas de pano nada so senao 20 varas de pano, um quantum determinado do objeto de uso ~ pano. O valor do pano, portanto, s6 pode se expressar relativamente, isto é, em outra merca- doria, A forma de valor relativa do pano supde que al- ‘guma outra mercadoria se encontre contraposta.a ela na forma equivalente. Por outro lado, esta outra mercadoria, que figura como equivalente, nao pode se encontrar a0 mesmo tempo na forma de valor relativa. Nao é ela que expressa o seu valor, Ela fornece apenas o material para a expressio de valor de outra mercadoria, Certamente,a expresso “20 varas de pano =1.casaco’, ‘ow “20 varas de pano valem 1 casaco’, implica também a relacdo inversa: “1 casaco = 20 varas de pano’, ou “1 ca- saco vale 20 varas de pano”, Mas entio, para expressar relativamente 0 valor do casaco, eu devo inverter a equa- Gio, e na medida em que o faco, o pano se torna equiva lente, em vez do casaco. A mesma mercadoria, portanto, no pode se mostrar simultaneamente nas duas formas da mesma expresso de valor. Antes, essas formas se ex- cluem de modo polar. Se uma mercadoria se encontra na forma de valor relativa ou na forma oposta de equivalente, depende ex- clusivamente da posigao que ocupa a cada momento na expresso do valor, isto é de que ela seja a mercadoria cujo valor se expressa ou a mercadoria na qual o valor é expresso, 2. A forma de valor relativa 4) Teor da forma de valor relativa Para descobrir como a expressio simples de valor de uma mercadoria est embutida na relacdo de valor de duas mercadorias, deve-se considerar essa relagio, em prim 10 lugar, de modo totalmente independente de seu lado quantitativo, Procede-se em geral justamente de modo inverso e se vé na relagao de valor apenas a proporgao em que determinados quanta de duas espécies de mer- cadoria se equiparam. Desconsidera-se que as grandezas de coisas diversas s6 se tornam quantitativamente com- paraveis depois de sua reducdo & mesma unidade. Ape- nas como expressdes da mesma unidade elas so gran- dezas homélogas e, da, comensuréveis." 18. Os poucos esonomistas que se ecuparam da Awseneavonia 35 > A aquapto de toca do thas morcaderis, res preenioquaialia pode rier: A~ Bou B= 2. Maw a0 want a1 (80 do roe qv corm 3 quanto gnios made uech Em A=B, ames hon str forma eo su mem eamizn ovale Daitorsconacasario 0 alo paola a 3B anx | esatos comenranos » Auocacome ‘oxrosea «© mio mera equacéo cv: ‘gasona dimensto “gia tata Mas a quad que op8e ou "equips a dune ao decore do sua dstina express eu ve aparece para lo como oh ‘como o malta pra ‘expresso de vor da ct, confome tach anton. Se 20 varas de pano = 1 casaco ou = 20 ou = x casacos, isto é, se um quantum dado de pano vale mais ou me- hos casacos, cada uma dessas proporgdes implica sempre que pano e casaco, como grandezas de valor, sto expres- sbes cla mesma unidade, coisas da mesma natureza, Pano = casaco é a base da equagio, Mas as duas mercadorias qualitativamente equipa- radas no desempenham o mesmo papel. $6 0 valor do pano é expresso. E como? Mediante sua referéncia ao ca- saco como seu “equivalente” ou “intercambiével” por ee. Nessa relacio 0 casaco conta como forma de existéncia do valor, como coisa de valor, pois apenas como tal ele & ‘0 mesmo que o pano. Por outro lado, 0 ser valor, préprio do pano, vem & tona ou obtém uma expresso auténo- ‘ma, pois apenas como valor ele pode se referir a0 casaco como equivalente ou intercambivel por ele, Assim tam- bém 0 acido butirico é um corpo diverso do formiato de propila. No entanto, ambos consistem das mesmas subs- tancias quimicas ~ carbono (c), hidrogénio (11) ¢ oxigé- nio (0), inclusive em idéntica composigao percentual, a saber, ¢,H,0,, Se 0 Acido butirico fosse entéo equiparado 20 formiato de propila, entdo o formiato de propila con- taria nessa relagdo em primeiro lugar como mera forma de existéncia de ¢,3,0,; ¢, em segundo lugar, seria dito que também o Acido butirico consiste de ¢,#,0,. Median- tea equiparagao do formiato de propila com 0 acido bu- tirico, portanto, a sua substancia quimica seria expressa diferentemente da sua forma corpérea. Se dissermos que, como valores, as mercadorias si simples gelatinas de trabalho humano, entao nossa ané~ ise as reduz a uma abstragio de valor, mas nao dé a elas uma forma de valor diversa da sua forma natural. E di- ferente no caso da relagdo de valor de uma mercadoria com outra. © seu carter de valor emerge aqui mediante a sua propria referéncia 4 outra mercadoria, Na medida em que, por exemplo, o casaco, como coi- sa de valor, é equiparado a pano, o trabalho embutido naquele & equiparado ao trabalho embutido neste. De fato, a alfaiataria que faz 0 casaco é um trabalho concre- to de tipo diverso do da tecelagem que faz 0 pano. Masa equiparagio com a tecelagem reduz realmente a alfaia- taria Aquilo igual em ambos os trabalhos, ao seu carter comum de trabalho humano, Por esse rodeio & dito que tambéma tecelagem, enquanto tece valor, nao possuine- nhum sinal caracteristico que a diferencie da alfaiataria e, portanto, é trabalho humano abstrato em geral."® Nao é suficiente, contudo, expressar o cardter especi- fico do trabalho em que consiste o valor do pano. A for a humana de trabalho em estado fluido, ou o trabalho 19, Nota da 2 edigio, Urn dos Petyjexaminou a natureza do tm gerl nada mae € do ques toca de unt vlad em tra rable bs Aivrsidade dos tabalhos tocados~e rdiassim a trabalho humana vl. oe ee nio sabe leo di "de wm trabalho depois"de osubatinciado ‘valor de wos 8 cols sbaagto nae eure ope fo cubjtivereaiac polo tei quo este o toma, iad eat po ropa roca, > Benjamin Fann (1706 Jeu at vamente do processo de independ plien dos Estados Unidos. também nerve sobre econo 38 stanx | vsau {da pano, como se @ fe daeco gem una 9. Emon qu tadoum proceso queovaleraecopoten32 “exjteat numa ia. humano, forma o valor, mas nao é valor. Ela se torna va- orem estado plasmado, em forma objetiva, Para expres- sar 0 valor do pano como gelatina de trabalho humano, cle deve ser expresso como uma “objetividade’, diversa como coisa do proprio pano e, a0 mesmo tempo, comum aela com outra mercadoria, A tarefa ja esta resolvida. Na relasio de valor do pano, 0 casaco conta como 6 seu igual do ponto de vista qualitative, como coisa da mesma natureza, porque é um valor. Ele conta aqui, as- sim, como uma coisa na qual o valor aparece ou na qual o valor se apresenta em sua forma natural palpavel. Na verdade, 0 casaco, 0 corpo da mercadoria casaco, é um simples valor de uso, Um casaco expressa to pouco valor quanto uma peca do melhor pano. Isso demonstra ape- nas que dentro da relagdo de valor com o pano ele signi- fica mais que fora, assim como tantas pessoas significam mais, dentro de um casaco com gales, do que fora dele. De fato, na produgao do casaco sob a forma da al- faiataria ¢ despendida fora humana de trabalho. Portan- to, 0 trabalho humano é nela acumulado. Conforme este aspecto, 0 casaco € “portador de valor’, embora esta sua propriedade nao seja transparente, mesmo quando esta ‘o mais puido. Ena relagio de valor com o pano ele conta somente por esse aspecto e, com isso, como valor corpo- rificado, como corpo de valor. Apesar de sua aparéncia bem-abotoada, nele o pano reconhece a bela alma de va- lor, a ele aparentado. O casaco nao pode apresentar valor diante dele sem que ao mesmo tempo o valor assuma para ele a forma de casaco. Assim como 0 individuo « no pode se relacionar com um individuo 8 como a uma, majestade, sem que para A a majestade simultaneamente assuma a figura corpérea de & e, dai, que altere tragos fi- siondmicos, cabelo e muitas outras caracteristicas a cada vez que mude o monarca. Na relagio de troca na qual o casaco forma o equiva- lente do pano, a forma de casaco conta, portanto, como forma de valor. Dai que o valor da mercadoria pano seja expresso no corpo da mercadoria casaco, o valor de uma mercadoria no valor de uso da outra. Como valor de uso © pano é uma coisa sensivel diversa do casacos como valor, ele é um “igual ao casaco” e se parece com um ca- saco por isso. Assim ele obtém uma forma de valor di- versa da sua forma natural, O seu “ser de valor” aparece na sua igualdade com 0 casaco, do mesmo modo que a natureza de ovelha do cristao em sua igualdade com 0 cordeiro de Deus. Vé-se que tudo o que antes nos dizia a anilise do va- lor das mercadorias, diz-0 préprio pano, tio logo entra no trato da outra mercadoria, o casaco. $6 que ela trai os seus pensamentos na tinica linguagem que Ihe é familiar, a linguagem das mercadorias. Para dizer que o trabalho, na qualidade abstrata de trabalho humano, forma o seu proprio valor, ela diz que 0 casaco, na medida em que equivale a ela, ou seja, ¢ valor, resulta do mesmo trabalho. ‘que o pano. Para dizer que a sua sublime objetividade de valor é diversa do seu corpo de entretela, ela diz que 0 valor se parece a um casaco e, dai ela mesma, como coisa de valor, fica igual ao casaco como um ovo outro. Diga- se de passagem que a linguagem das mercadorias tem, além do hebraico, muitas outras formas de falar mais ou menos corretas. O termo alemao Wertsein (ser valor, va- ler) expressa menos fortemente do que o terme romani- sia algo, bom come na Ietdlor ante da rales lade doronacs aparece 0 problonadareposenagse. 2o "aposona”oauvatr saloremsimazno, oxi 2 Irene guard rocado palo ‘soapenas alr douse. Para ert, do condo cam a pamagemde Man, dapo- Segoe etree carser 60"vota coe aprosonea uendo vo representa na ura doocdor do Cristo a0 Pa bom wo una me 8) Fase abbulda 9 How que de Nara, que protean, quando be 0 toro as Fray 398, para o que, evens converse 20 Mar ene 8 Howoin a Fete (1762-1814), que Duscou tundra possi Broadhurst, soonemie twinge do ca X06, «que Marx chamava de 2c sa abuheo otanbomao ‘eplaledteracone ares «de progio, Com 0, s- fen conknecos 08 pros ‘daproduvia,encresseaoe ‘ds Serbia de mercado ae, que Mar eberapubse remo sapere, para moe tear dope ua compra idee tin 3.A forma equivalente no) expressa seu valor no valor de uso de uma mercado- ria B de tipo diverso (0 casaco), ela imprime a esta tiltima uma forma devalorpeculiar, ade equivalente. A mercado- ria pano traz.a tona o seu préprio “ser de valor” pelo fato de 0 casaco se equiparar a ela sem assumir uma forma de valor diversa da sua forma corpérea, O pano exprime realmente, assim, seu proprio “ser de valor’, por ser 0 casa- co imediatamente permutavel por ele. A forma equivalente de uma mercadoria é, conseqitentemente, a forma de sua permutabilidade imediata por outra mercadoria. Quando um tipo de mereadoria, como casacos, ser- ‘ve como equivalente para um outro tipo de mercadoria, como pano, recebendo os casacos por isso a propriedade caracteristica de se encontrar sob forma imediatamente permutivel com 0 pano, nem por isso é dada a propor- ‘gio em que casacos e pano so trocados. Ela depende da grandeza de valor do casaco, dada a grandeza de valor do pano, Se 0 casaco for expresso como equivalente, ¢ 0 Pano como valor relativo, ou, a0 contrario, o pano como. equivalente e 0 casaco como valor relativo, sua grande- za permanece como antes determinado pelo tempo de trabalho necessdrio para sua produgdo, portanto, inde- pendente da sua forma de valor. Mas to logo o tipo de mercadoria casaco entrar na posigdo de equivalente na expressio de valor, a sua grandeza de valor nao recebe > proporcional, sua grandezareatva aos mimes 2, 50, 100, Potent, ci po nenhuma expressdo como grandeza de valor. Ela figura~ na equacio de valor antes como um quantum deter- minado de uma coisa. Por exemplo, 4o varas de pano “valem” - 0 qué? 2 ca- sacos. Porque 0 tipo de mercadoria casaco desempenha aqui o papel do equivalente, o valor de uso casaco conta como corpo de valor diante do pano, bastando, portan- to, um quantum determinado de casacos para expressar tum quantum determinado de valor de pano. Dois casacos podem dai expressar a grandeza de valor de 4o varas de ;pano, mas no podem nunca expressar sua propria gran- deza de valor, a grandeza de valor dos casacos. A apree! sio superficial desse fato, de que o equivalente sempre possui na equagdo de valor apenasa forma de um simples quantum de uma coisa, de um valor de uso, levou Bailey, como muitos de seus predecessores e sucessores, a ver na expressio de valor uma relacdo somente quantitativa. Ao contritio, a forma equivalente de uma mercadoria néo contém nenhuma determinagao quantitativa de valor, A primeira particularidade que se destaca na con- sideragao da forma equivalente & esta: 0 valor de uso se torna forma de aparecimento de seu contrario, do valor A forma natural da mercadoria se torna forma de valor. Mas, notabene, esse qiiiproqué acontece com uma mercadoria B (casaco ou trigo ou ferro etc.) s6 dentro da relagio de valor, na qual outra mercadoria qualquer 4 (pano etc.) se mostra para ela apenas dentro dessa refe- réncia. Como nenhuma mercadoria se refere a si mesma como equivalente, e portanto também nao pode fazer de sua pele natural a expresstio do seu proprio valor, ela tem de se referir a outra mercadoria como equivalente, + Ourea.ndodatinetode ouslete que confer a Amrcacoia que ex catna moda om qu el vera mercaora eto con: rua drip ompo do ‘wate sectimente neces ‘io po au pre, > aaagso de users tor de uso, de mode qa, foseo coment wr de we = gun ena na forma aor Velo = que ents na rn utc. Do fo, 2 op néporissoquea tocapode ‘om cada pl, un doa er 46 sinnx | ersatos comenzavos ou seja, fazer da pele natural de uma outra mercadoria a sua propria forma de valor. Isso nos € evidenciado pelo exemplo de uma medi- da atribuida ao corpo das mercadorias como corpo das mercadorias, isto é, os valores de uso. Um pao de agticar, porque é corpo, é pesado e tem dai peso, mas nao se pode ver ou sentir o peso de um pao de acticar. Nés tomamos. entio diversos pedacos de ferro, cujo peso foi antes de- terminado. A forma corpérea do ferro, considerada por si, é tio pouco forma de aparecimento do peso quanto a do pio de agicar. Contudo, para expressar 0 pio de agticar como algo pesado, colocamo-lo numa relagio de pesagem com o ferro. Nessa relagio, o ferro conta como, um corpo que nada representa além do peso. Quanta de ferro servem assim como medida do peso do agticar ¢ representam perante o corpo do agticar simples figura de peso, forma de aparecimento do pesado. O ferro de- sempenha esse papel apenas dentro da relacéo na qual 0 agticar, ou qualquer outro corpo cujo peso deva ser encontrado, entra com ele. Se as duas coisas nao fossem pesadas, elas nao poderiam entrar nessa relagio e uma nao poderia servir de expressao do peso da outra. Lance- ‘mos ambas sobre os pratos da balanga, e veremos que de fato elas sio o mesmo como peso, e que em determinada proporcao, por isso, sia do mesmo peso. Assim como 0 corpo do ferro representa somente peso perante o pio de agticar, também 0 faz o corpo do casaco perante 0 pano em nossa expressio de valor. ‘Aqui acaba, no entanto, a analogia. Na expressio do peso do pio de acticar, o ferro representa uma proprie- dade natural comum a ambos os corpos, 0 seu peso, a0 paso que © casaco, na expresso de valor, representa para o pano uma propriedade sobrenatural de ambas as coisas: seu valor, algo puramente s Namedida em que a forma de valor de uma mercado- ria, por exemplo o pano, expressa o seu “ser de valor” como algo completamente diferente do seu corpo e de suas propriedades, por exemplo como igual ao casaco, essa expresso mesma indica que oculta uma relacio so- cial. O contrario se passa com a forma equivalente. Ela consiste justamente em que seu corpo de mercadoria, como 0 casaco, exprime essa coisa tal como é, ou seja, que possui por natureza uma forma de valor. Realmente, isso vale 6 dentro da relagao de valor, na qual a mercadoria pano esta referida & mercadoria casaco como equivalen- te» Mas como as propriedades de uma coisa nao surgem de sua relagao com outras coisas, antes apenas atuam em tal relagao, 0 casaco também parece possuir por nature- za sua forma equivalente, sua propriedade de permuta- bilidade imediata, assim como a sua propriedade de ser pesado ou de manter o calor. Dai o enigmitico da forma equivalente, que s6 abala o olhar burgués rude do econo- mista politico quando esta forma se Ihe apresenta conso- idada no dinheiro. Ento ele procura resolver 0 cardter mistico do ouro e da prata, substituindo-os por mercado- rias menos brilhantes e sempre com renovada disposic¢éo recita todo o catilogo das mercadorias mais vulgares que, em sua época, desempenharam o papel de equivalente das mercadorias. Ele nio percebe que jé a expressao de a Por “bre osigns uma propiedad cra por una rela eo Pita, © taro antecipa desenvatrment ds ete > Come na corpo deca vale cmsauvab deus, ‘unovebras toma els fe exprones, parece qu © poder de express 0 valor pertence a pra vaer da ‘eo do ogulerta, cue, v0 6 ura propiadede de naval do ue oepoction, ie detrmiagtae da oro" ao Sgr dg de Hege, a saber dort foronga,conradieao. Corspendom a um cote romento a exstrcia em ‘suareete com oq ox tw Tanbemo exer or cota una corhecda passe ‘emde Hegel sobraadal 46 ou seja, fazer da pele natural de uma outra mercadoria a sua propria forma de valor. Isso nos é evidenciado pelo exemplo de uma medi- da atribuida ao corpo das mercadorias como corpo das mercadorias, isto é os valores de uso. Um pao de acticar, porque € corpo, é pesado e tem dai peso, mas nao se pode ver ou sentir o peso de um pao de agiicar. Nés tomamos entio diversos pedagos de ferro, cujo peso foi antes de- terminado. A forma corpérea do ferro, considerada por si, € tio pouco forma de aparecimento do peso quanto a do pio de agticar. Contudo, para expressar 0 pao de agiicar como algo pesado, colocamo-lo numa relagio de pesagem com 0 ferro, Nessa relagdo, o ferro conta como tum corpo que nada representa além do peso. Quanta de ferro servem assim como medida do peso do agiicar € representam perante 0 corpo do agiicar simples figura de peso, forma de aparecimento do pesado. O ferro de- sempenha esse papel apenas dentro da relagao na qual © agticar, ou qualquer outro corpo cujo peso deva ser encontrado, entra com ele. Se as duas coisas no fossem, pesadas, clas ndo poderiam entrar nessa relagio e uma. nao poderia servir de expressao do peso da outra. Lance- mos ambas sobre os pratos da balanga, e veremos que de fato elas so o mesmo como peso, ¢ que em determinada proporcio, por isso, so do mesmo peso. Assim como o corpo do ferro representa somente peso perante 0 pao de agiicar, também o faz 0 corpo do casaco perante o pano em nossa expressio de valor. Aqui acaba, no entanto, a analogia. Na expressio do peso do pao de agticar, o ferro representa uma proprie- dade natural comum a ambos os corpos, 0 sett peso, a0 asso que © casaco, na expressio de valor, representa para o pano uma propriedade sobrenatural de ambas as coisas: seu valor, algo puramente social. Namedida em que a forma de valor de uma mercado- ria, por exemplo o pano, expressa o seu “ser de valor” como algo completamente diferente do seu corpo e de suas propriedades, por exemplo como igual a0 casaco, essa expresso mesma indica que oculta uma relagio s cial. O contrério se passa com a forma equivalente. El consiste justamente em que seu corpo de mercadoria, como o casaco, exprime essa coisa tal como é, ou seja, que possui por natureza uma forma de valor. Realmente, isso vale s6 dentro da relagao de valor, na qual a mercadoria ano estd referida & mercadoria casaco como equivalen- Mas como as propriedades de uma coisa nao surgem de sua relagio com outras coisas, antes apenas atuam em tal relagdo, o casaco também parece possuir por nature- 7a sua forma equivalente, sua propriedade de permuta- bilidade imediata, assim como a sua propriedade de ser pesado ou de manter o calor. Dai o enigmtico da forma equivalente, que s6 abala o olhar burgués rude do econo- mista politico quando esta forma se the apresenta conso- lidada no dinheiro. Entao ele procura resolver o carater istico do ouro e da prata, substituindo-os por mercado- rias menos brilhantes e sempre com renovada disposicao recita todo o catélogo das mercadorias mais vulgares que, em sua época, desempenharam 0 papel de equivalente das mercadorias. Ele no percebe que jé a expressio de 23. Com tls eterminagoes da reloto sepa Por “sobrnat designs una rad por uma lao 80 » Como snocorpod eqs (ue vor da foma lata a cxprocsn, pce 0 © estan 20 pions de odo cain, 596, (409 uma propradade do or de 20 especie, mirage dae ‘oxo so igus login lo Hogol. a sabe enti bo, deenga, conrad CCorespondem a um ceo romonta da essbcin om te Tanbim oemamalo crs ‘ta ume concede pose ‘gondo Hage, cobra 4B Manx | vsatos comenravos > Fazer pessoas no sen ‘sso mancinad pelo pro prio Man, do quo os gales oa ya come suport do relageos sckia quo one valor mais simples, como 20 varas de pano = 1 casaco, fornece a solugdo para o enigma da forma equivalente. O corpo da mercadoria que serve de equivalente conta sempre como corporificagio de trabalho humano abstrato e¢ sempre o produto de um determinado traba- Tho util, concreto. Esse trabalho concreto se torna assim expressiio de trabalho humano abstrato. Se 0 casaco, por exemplo, contar como mera realizagio efetiva, entio a alfaiataria, que se realiza efetivamente nele de fato, conta como mera forma de realiza¢ao efetiva de trabalho hu- mano abstrato, Na expressio de valor do pano, a utilida- de da alfaiataria consiste no em fazer roupas, portanto também pessoas, mas em que ela fabrica um corpo que se considera valor, ou seja, gelatina de trabalho que nao se diferencia completamente do trabalho objetivado no valor do pano. Para fazer tal espelho de valor, a propria alfaiataria nao pode refletir nada além de sua proprieda- de abstrata de ser trabalho humano. Na forma da alfaiataria, bem como na da tecelagem, forga humana de trabalho é despendida. Ambas possuem a propriedade geral do trabalho humano e podem ser consideradas somente sob esse ponto de vista em casos, determinados, por exemplo, na producao de valor. Tudo {sso nao é misterioso, Mas na expresso de valor da mer- cadoria a coisa se torce. Por exemplo, para expressar que o tecer forma o valor do pano, nao em sua forma concre- tade tecer, masem sua propriedade geral de trabalho hu- mano, se Ihe contrapée a alfaiataria, o trabalho concreto que produz.o equivalente do pano, como a forma tangi- vel de realizagao de trabalho humano abstrato. E uma segunda particularidade da forma equivalente, portanto, que o trabalho concreto se torne forma de apa- recimento de seu contrario, trabalho humano abstrato. Mas na medida em que esse trabalho concreto, a al- faiataria, conta como mera expressio de trabalho huma- no indiferenciado, ele possui a forma da igualdade com © outro trabalho, o embutido no pano, e é entio traba- Iho em forma imediatamente social, apesar de trabalho privado como qualquer outro, produtor de mercadorias. Por isso mesmo, ele se apresenta em um produto que ¢ imediatamente permutavel por outra mercadoria, E, as- sim, uma terceira particularidade da forma equivalente que o trabalho privado se torne a forma de seu contratio, do trabalho em forma imediatamente social. Essas duas tltimas particularidades desenvolvidas da forma equivalente tornam-se ainda mais apreensiveis se voltarmos ao grande pesquisador que pela primeira ‘vez analisou a forma de valor, bem como tantas formas de pensamento, formas de sociedade e formas naturais ‘Trata-se de Aristételes Inicialmente, Aristételes salienta claramente que a forma dinheiro da mercadoria é apenasa figura mais de- senvolvida da forma de valor simpl da expressio do valor de uma merca quer, dizendo: “5 almofadas = 1 casa” (*Kiivat névte dv olyiac”) “nao se diferencia” de: “5 almofadas = tanto dinheiro” (KXivan névte dvti.. 6gov a névte KAivat”). Aumncanonia 49 ate dove proprodado srsbino am porum prod pra o,mas, como oxooe00 00 bso pivad, ade 50 sanx | pusatos comrwranos eles (380-327 3, um dos mal impor tants fosolos de Grecia Anton # de tod 8 Histo, fundamental part Mar a a0 ealaro de Pato, fspontards asben pare 20 luetes recenhseises por Mare come matariaftas. diego ‘Aviatotlisepora ox recor ‘iano Inmanuoe Bobkor, po ~0 cacao inp dquo clo posesseter oor ‘endo slug do probe ‘2 a propria época ger inareacont bat, Ble repara a seguir que a relagao de valor em que esta expressio de valor esta embutida condiciona, por sua ver, que a casa seja equiparada 4 almofada e que essas coisas sensiveis diversas nao possam ser referidas uma & ou- tra como grandezas comensurveis sem tal igualdade es- “A troca’, diz ele, “ndo pode ser sem a igualdade, raldade também nao sem a comensurabilidade” pra, perplexo, ¢ renuncia a continuar com a anilise da forma de valor, “Mas é de fato impossivel (“ti uev ov GnBeia ASivarov") que coisas de tipo tao diverso se- equiparacio s6 pode ser algo de estranho a verdadeira natureza das coisas, ou seja, apenas “um expediente para anecessidade pritic Acistoteles mesmo nos diz, portanto, em que malo- ‘gra continuagio de sua anélise, a saber, na falta do con- ceito de valor. O que é0 igual, isto é,a substancia comum que representa a casa para a almofada na expressio de valor da almofada? Algo assim “nao pode em verdade existir’, diz Aristoteles. Por qué? A casa representa algo igual diante da almofada, na medida em que represen- ta algo igual efetivo em ambas, casa ¢ almofada. E isso é~ trabalho humano, Mas que na forma do valor das mercadorias todos os tsabalhos sejam trabalho humano igual e, portanto, ex- pressos como equivalentes, nao podia Aristoteles dedu- zir da propria forma de valor, porque a sociedade grega repousava sobre a escravidao e, assim, tinha como base natural a desigualdade dos homens e de suas forgas de trabalho, O segredo da expresso de valor, a igualdade e igual validez de todos os trabalhos, porque € na medi- da em que eles sao trabalho humano em geral, pode ser decifrado apenas assim que 0 conceito da igualdade hu- mana jé possui a fixidez de um preconceito popular. Isso 86 possivel, contudo, numa sociedade em que a forma de mercadoria &a forma geral dos produtos de trabalho, ou seja, em que a relagdo miitua dos homens como pos- suidores de mercadoria a relagao social dominante. O genio de Aristételes brilha justamente em ter descoberto na expressio do valor das mercadorias uma relagio de igualdade, $6 a barreira histérica da sociedade na qual ele vivia o impediu de encontrar em que consiste “em verdade” essa relagdo de igualdade. 4, 0 todo da forma de valor simples ‘A forma de valor simples de uma mercadoria esta conti da na sua relagao de valor com uma mercadoria de tipo diverso, ou na relacéo de troca com a mesma. O valor da mercadoria a é expresso qualitativamente mediante a permutabilidade imediata da mercadoria 8 pela mer- cadoria a. Ele € expresso quantitativamente mediante a permutabilidade de um quantum determinado da mer- cadoria 2 pelo quantunt determinado da mercadoria a Em outras palavras: o valor de uma mercadoria é expres- soindependentemente, mediante sta apresentagio como “valor de troca’, Quando dizia o preambulo deste ca tulo, conforme a maneira usual de falar: a mercadori valor de uso e valor de troca, isto era, para falar pre mente, falso. A mercadoria é valor de uso, ou objeto de uso, e “valor” Ela se apresenta como este duplo, que ela é a Avweacapoma St ‘ate apeoceaeposto 4 areata, pot pode seco nor 52 many | exsatos come » 0 moteantiteme foi um eorunio de procodimontoa fens acid ene os fr Estado lo na competi como demain comico dito no calor Em gral do — comercivis euperaviras 0, svin, ati procoece, ‘dos come bave da vgus- 2a. Prong 4261) © Charles Ganih (0758-1836) sistas tanceses adeptos do protecionsamo cd scone rate porte arts na ‘motimento cored em 1902), ral coups ‘na medida em que seu valor possui uma forma de apare- cimento prépria, diversa da sua forma natural, a do valor de troca, ¢ ela nunca possui essa forma quando consi- derada isoladamente, mas sempre apenas na relacio de valor ou de troca com uma segunda mercadoria, de tipo diverso. Se se souber disso, contudo, entéo aquele modo de falar nao faré mal, mas servira como abreviagao. Nossa andlise demonstrou que a forma de valor ou a expressao de valor da mercadoria surge da natureza, do valor das mercadorias e nao 0 contrario, o valor ea grandeza de valor de seu modo de expressfio como va- lor de troca, Esta era, porém, a loucura tanto dos mer- cantilistas e de seus requentadores modernos, tais como Ferrier, Ganilh etc., como de seus antipodas, os moder- ‘nos caixeiros viajantes do livre-cambismo, como Bastiat e congéneres. Os mercantilistas colocam a énfase sobre © lado qualitativo da expressio de valor, sobre a forma equivalente da mercadoria, que possui no dinheiro a sua figura fixa — os modernos mascates do livre-cambismo, ao contrario, que tém de despachar a sua mercadoria a qualquer preco, sobre o lado quantitative da forma de valor relativa, Para eles, conseqiientemente, ndo existe valor nem grandeza de valor da mercadoria sendo na expressio pela relagio de troca, ou seja, s6 no boletim disrio de pregos. O escocés Macleod, em sua funcio de arrumar da maneira mais erudita possivel as idéias co- identes de Lombardstreet, forma a sintese bem-suced da entre o mercantilista supersticioso e © mascate livre- cambista esclarecido, A consideracao mais aproximada da expresso de valor contida na mercadoria 6 mostrou que, dentro da ‘mesma, a forma natural da mercadoria a conta apenas como figura do valor de uso, ¢ a forma natural da mer- cadoria 3 apenas como forma de valor ou figura de valor. A oposicao interna entre valor de uso e valor, encoberta na mercadoria, se apresenta como uma oposicao exter- na, portanto, mediante a relagao de duas mercadorias, na qual a mercadoria cujo valor deve ser expresso conta imediatamente s6 como valor de uso, enquanto a outra mercadoria, em que o valor é expresso, imediatamente s6 como valor de troca. Assim, a forma de valor simples de uma mercadoria é a forma de aparecimento simples da oposi¢ao contida nela entre valor de uso e valor. produto de trabalho € objeto titil em todasas con- digdes sociais, mas apenas uma época de desenvolvi- ‘mento historicamente determinada, que apresenta o tra- balho despendido na produgao de uma coisa util como sua propriedade “objetiva’, isto é, seu valor, transforma © produto de trabalho em mercadoria. Segue-se dai que a forma de valor simples da mercadoria é, a0 mesmo tempo, a simples forma de mercadoria do produto de trabalho; que também o desenvolvimento da forma de mercadoria coincide com o desenvolvimento da forma de valor. O primeiro olhar mostra a insuficiéncia da forma de valor simples, essa forma germinativa, que s6 através de uma série de metamorfoses amadurece até a forma prego. Em uma mercadoria » qualquer, a expressio distin- gue o valor da mercadoria s6 de seu valor de uso ea coloca assim em relagao de troca com um tipo de merca- doria singular qualquer, diverso dele mesmo, em vez de apresentar a sua igualdade qualitativa e proporcionalida- Asencanonts 59 aentevarevlorde usa, ‘Sem a ane ds oreado 5m > Esta norna” guano Amercidoria a opera pale equi ‘Svecade a gue #0 0 das n mercado prod dds nara acoronis. Os vi rca, come epost oie comparcca Ee ‘orenca, orem, pr te uma pastagem do nol ra oxpaegs de Ma, poss rultpiea 9 sistema de ex presses do valor, de quantitativa com toda outra mercadoria A forma de valor relativa de uma mercadoria corresponde a forma equivalente de uma outra mercadoria. Assim, na expres~ sao de valor do pano, o casaco possui apenas forma equi- valente ou a forma de permutabilidade imediata com re- feréncia a este tipo singular de mercadoria, 0 pano. No entanto, a forma de valor singular passa por si mesma a uma forma mais completa. Por seu intermédio, © valor de uma mercadoria a sera, de fato, expresso em, apenas uma mercadoria de outro tipo. Mas é totalmen- te indiferente qual o tipo desta segunda mercadoria, se casaco, ferro, trigo ete. Conforme ela entre em uma rela- io de valor com esta ou aquela espécie de mercadoria,, surgem diversas expressdes de valor simples para uma € ‘mesma mercadoria.”*O numero de suas possiveis expres- ses de valor é limitado somente pelo niimero dos diver- sos tipos de mercadorias. Sua expressio de valor singula- la se transforma dai em série sempre prolongavel de suas diversas expressoes de valor simples. 8) Forma valor total ou desdobrada xmercadoria a = mercadoria B ou = v mercadoria cou = w mercadoria p ou = x mercadoria B ou = etc (20 varas de pano = 1 casaco ou = 10 libras de ché ou = 40 libras de café ou = 1 quarter de trigo ou = 2 oncas de ouro ou = % tonelada de ferro ou = ete.) 24, Noa da 2¢ ligt or exeraplo em Homo o valor de uma cna expresso ima serie de coisas diverse. 1.A forma valor relativa desdobrada O valor de uma mereadoria, o pano, por exemplo, agora expresso em um sem-ntimero de outros elementos do mundo das mercadorias. Qualquer outro corpo de valor sera espelho do valor do pano.” Assim, esse valor mes- ‘mo aparece verdadeiramente s6 como gelatina de traba- tho humano indistinto, Pois o trabalho que 0 forma s6 se apresenta expressamente como trabalho equiparado a qualquer outro trabalho humano, seja qual for a forma natural que ele possua, objetivando-se dai em casaco ou trigo ou ferro ou ouro etc. Mediante sua forma de valor, 6 pano se coloca agora em relagao social nao mais a um outro tipo singular de mercadoria, mas ao mundo das mercadorias. Como mercadoria, ela ¢ cidada deste mun- do, Ao mesmo tempo, na série infinita de suas expresses estd subjacente que ao valor das mercadorias é indiferen- tea forma particular do valor de uso em que ele aparece, 25. Fala-e por isso do valor-casaco do pano, quando se quer apres. ‘alorem easaco, de seu valor igo, quando se quer explo em cere lua de tas expresses quor dizer) “obo demurcadae' do camago dototo nto emai David Ricardo (1772: 1823}, ecnomista ino ipotcia dessa para cia do lar abaloe pro ‘curado demonstar ava per ht fab Sum obra ms Imporante 6 incor de Jo 1817 que anata a de Inbuipte do vl dnd read deconene, Sins Icha fram dosorolidae ‘reo aca ere a mastanbom former cada or averse eo lado nesta ota O por algo a macodo como dean Ricardo eo répioMar ov ext 0 oto 005 56 marx | ensatos commvranos > Passo tundament ue. «parte dn “a 6e% comecs ase conga arscessidade daeacto do Valor Quando a constr rsoxreeto dleminada ‘uaiuer de oc pode pa: rece oto quo nol pa roca um ext aor ue po hia tahes ard. as 2 roorapo das ode ne 1am exprossdes de valor aponta para sou aspect armanente 89 pogo er novo “acaso" que 0 mos no valor pares en fdas amo algo exatono per i mest, er vias do sa {se mereacesiae’ Co ‘postelomarse "mun ‘do dae merc’ Na primeira forma, 20 varas de pano = 1 casaco, pode ser algo casual que essas duas mercadorias sejam permu- taveis em uma proporgio quantitativa determinada. Na segunda forma, ao contrério, transparece logo um pano de fundo essencialmente diferente da manifestagio ca- sual, mas dela determinante. valor do pano permanece de igual magnitude, quer se apresente em casaco, ou em, café, ou em ferro etc., em imtimeras mercadorias diversas, pertencentes aos mais variados possuidores. A relagao casual entre dois possuidores individuais de mercadorias desaparece. Evidencia-se que nfo ¢ a troca que regula as, grandezas de valor da mercadoria, mas, ao contrario, éa grandeza de valor da mercadoria que regula suas rela- hes de troca, 2. A forma equivalente particular Cada mercadoria, casaco, chi, trigo, ferro etc., conta na expresso de valor do pano como equivalente ¢, assim, como corpo de valor. A forma natural determinada de cada uma dessas mercadorias € agora uma forma equi- valente particular ao lado de muitas outras. Do mesmo ‘modo, os miltiplos tipos de trabalho determinado, con- creto, titil, contidos nos diversos corpos de valor, contam agora como tantas outras formas particulares de reali- zagio efetiva ou de aparecimento do trabalho humano simplesmente. 43. Insuficiéncias da forma de valor total ou desdobrada Em primeiro lugar, a expressio de valor relativa da mer- cadoria esté incompleta, poisa série em que se apresenta nunca acaba. A corrente na qual uma equacio de valor se junta 4 outra permanece prolongivel sempre a cada novo tipo de mercadoria que surge e que fornece 0 ma- terial para uma nova expressio de valor, Em segundo lugar, ela forma um mosaico multicor de expresses de valor de diversos tipos desconexos. A insuficiéncia da forma de valor relativa desdobrada se reflete na forma equivalente que Ihe corresponde. Como a forma natural de todo tipo singular de mercadoria é aqui uma forma ‘equivalente ao lado de incontaveis outzas formas equiva~ lentes particulares, existem em geral apenas formas equi- valentes limitadas, das quais cada uma exclui as outras Do mesmo modo, o tipo de trabalho determinado, con- creto, titil, contido em cada equivalente particular das ‘mercadorias, é somente forma particular - portanto, nio exausliva ~ de aparecimento do trabalho humano. Este possui sua forma de aparecimento completa ou total, de fato, no ambito conjunto daquelas formas particulares de aparecimento. Mas assim este nio possui uma forma una de aparecimento. No entanto, a forma de valor relativa desdobrada consiste apenas de uma soma de expressées de valor re- lativas simples ou equagdes da primeira forma, como: 20 varas de pano = 1 casaco 20 varas de pano = 10 libras de cha etc. > Aceqiincin da eposieo passa aqui por ur momen to nega, em que cao Pct as “naulcéncos™ forma especcn em que ‘a oxroseao do valor se or conta, Eseancaknene, cine” decane ds prestoee de valor dnt els nto copletars ons que eampre acts D eomplaude @a conto recessive vido quando sesiperara raid prsateade lors gira lagen desu posit 58 marx | pysa qe una meresdoia cada por n outs, rreradoras ato wocades pels morcadoin A, Como ‘elaglo, om ver de ma ‘morris ra ois la Mas cada uma dessas equagdes contém retroativa- ‘mente a equagio idéntica: 1 casaco = 20 varas de pano 10 libras de cha = 20 varas de pano ete. De fato, quando um homem troca seu pano por mui- tas outras mercadorias, expressando dai seu valor em ‘uma série de outras mercadorias, também os muitos ou- tros possuidores de mercadorias devem necessariamen- te trocar suas mercadorias por pano ¢, assim, expressar 08 valores de suas diversas mercadorias em uma mesma terceira mercadoria, no pano. Se invertermos a série, en- tio: 20 varas de pano = 1 casaco ou = 10 libras de cha ou = etc. isto é, se expressarmos a relacio inversa implicita- ‘mente contida na série, obteremos: ¢) Forma valor geral 1 easaco = 10 libras de cha = 40 libras de café = 1 quarter de trigo = 2 ongas de ouro = ¥ tonelada de ferro = ao varas de pano xmereadoria 4 = etc. mercadoria = 1. Caréter modificado da forma de valor As mercadorias apresentam agora seus valores: 1, de ‘modo simples, porque em uma tinica mercadoria; 2. de modo unitério, porque na mesma mercadoria, Sua forma de valor é simples e comum, dai, geral. ‘As formas 1¢ 11 chegaram apenas a expressar o valor de uma mercadoria como algo diferente de seu proprio valor de uso ou de seu corpo de valor, ‘A primeira forma resultou em equagdes de valor como: 1 casaco = 20 varas de pano, 10 libras de cha = % tonelada de ferro etc. O valor do casaco foi expresso como um igual a pano, o valor do cha como um igual a0 ferro etc; mas essas expressbes de valor do casaco ¢ do cha ~ um igual a pano ou ao ferro ~ sio tio diversas quanto pano e ferro. Esta forma, na pritica, s6 ocorre manifestamente nos primeiros comegos, quando os pro- dutos de trabalho sio transformados em mercadoria por troca casual e ocasional, A segunda forma diferencia tao completamente quanto a primeira 0 valor de uma mercadoria do seu proprio valor de uso, pois 0 valor do casaco, por exem- , agora se defronta com a sua forma natural em todas eis, como um igual a pano, um igual a0 ferro, um igual ao ché, etc. como tudo © mais, s6 no como um igual ao casaco. Por outro lado, cada expres- so comum de valor das mercadorias é aqui diretamente exclufda, pois na expressio de valor de uma mercado- ria aparecem agora todas as outras mercadorias apenas na forma de equivalentes. A forma de valor desdobrada ocorre de fato pela primeira vez. quando um produto de trabalho, por exemplo, gado, é trocado com diversas ou- tras mercadorias nao excepcional, mas habitualmente, A forma recém-alcancada expressa os valores do mundo das mercadorias em uma e mesma espécie de * 0 ado 6 considerate teresa no ¢ shnplnren te anaueza para lem de ‘sn apropragte fecal ner tampouco a soiabliade com gue una medadn pola ute. 50 manx | wNsatos conmeranas carter “eaeun” 69 tron esaparvce por completo porque ecm por un mo: viento em que todas at rmevedorig, na forma re la, te define 0 seu equalente ger um movinento do “mar io das mereadoina” © gu Ao equlente gral As tufoenoas” aioe regia hs esto sperada: qua ‘quer mercado que ene ua eese "mundo" sn 05 "ebuace ua cone com © equivalente geal, cor Potandose o sistema, qe Hoot i om arto. isso porque agora ha tleo- exit ma psi mercadoria dele destacada, por exemplo, o pano, ¢ apre- senta assim 0 valor de todas as mercadorias por sua igualdade com 0 pano, Como um igual a pano, 0 valor de cada mercadoria agora no é apenas diferente do seu préprio valor de uso, mas de todo valor de uso, ¢, por isso ‘mesmo, expresso como aquilo comum a todas as mer- cadorias. Essa forma é a primeira a efetivamente referir as mercadorias umas is outras como valores, fazendo-as aparecer mutuamente como valores de troca. ‘Ambas as formas anteriores expressam o valor de uma mercadoria, seja em uma tinica mercadoria de tipo variado, seja numa série de muitas mercadorias dela di- versas. Em ambos os casos, por assim dizer, é um assunto privado da mercadoria singular conceder a si uma for- ‘ma de valor, ¢ ela 0 realiza sem a participacao das outras mercadorias. Diante dela, estas desempenham o papel ‘meramente passivo de equivalente. A forma de valor ge- 6 surge, a0 contrério, como obra comum do mundo das mercadorias. Uma mercadoria adquire expressio de valor geral s6 porque, simultaneamente, todas as outras ‘mercadorias expressam seu valor no mesmo equivalente, cada tipo de mercadoria recém-surgido deve imité-las. Evidencia-se com isso que a objetividade de valor das mercadorias, por sera mera “existéncia social” dessa coi- sa, também s6 pode ser expressa mediante a sua referén- cia social multilateral, devendo ser a sua forma de valor, portanto, forma socialmente valida. Na forma de algo igual a pano, todas as mercadorias aparecem agora nao sé como qualitativamente iguai valores em geral, mas ao mesmo tempo como grandezas, de valor quantitativamente compariveis. Porque elas es- pelham suas grandezas de valor em um eo mesmo ma- terial, em pano, essas grandezas de valor refletem-se mu- tuamente. Por exemplo, se 10 libras de cha = 20 varas de ano, € 4o libras de café = 20 varas de pano, entio, 10 li- bras de cha = 4o libras de café. Ou: uma libra de café traz embutida apenas % da substancia de valor, trabalho, de uma libra de cha. A forma de valor geral relativa do mundo das merca- dorias imprime a mercadoria equivalente, dele ex: ‘© pano, o carater de equivalente geral. Sua prépria forma natural éa figura de valor geral deste mundo e, portanto, © pano & imediatamente permutavel por qualquer outra mercadoria. Sua forma corpérea conta como encarna- Gao visivel, como a crisilida social geral de todo o traba- Iho humano. A tecelagem, trabalho privado que produz © pano, encontra-se ao mesmo tempo em forma social geal, a forma da igualdade com todos os outros traba~ Thos. As incontaveis equagdes em que consiste a forma de valor geral equiparam o trabalho efetivado no pano a série de trabalhos contidos nas outras mercadorias ¢, com isso, fazem da tecelagem a forma de aparecimento geral do trabalho humano como tal. Assim, o trabalho objetivado no valor das mercadorias se apresenta nio s6 negativamente, como o trabalho no qual todas as formas concretas e propriedades titeis dos trabalhos efetivos sio abstraidas, A sua natureza positiva prépria vem a tona. Ele é a redugdo de todos os trabalhos efetivos ao carster comum a eles de trabalho humano, a dispéndio de forca humana de trabalho. A forma de valor geral, que apresenta os produtos de trabalho como meras gelatinas de trabalho humano amancanons 6 finds una meres, bo valor do uo, tno wr ‘ales fades faicas deere corp Aqui ve eg 0 que Mir chamardecante deans do dnb. lo aie” do vor de haa oon ‘su ovalor om gt! apa a que nto se simpler rene neguive come abe vapto, ma poetvo, post ‘conctetamente um come ‘A motstera eeliiosa com “encamagaor de Devs at Cecio prepara nomente discusso doit 0 "mundo ds moresdo- ae 6 cones pol re la modoroa por Mare indiferenciado, mostra, mediante sua propria articula- «20, que ela é a expressio social do mundo das merca- dorias. Assim ela manifesta que, dentro deste mundo, 0 cariter humano geral do trabalho forma o seu carater social especifico. 2. Relacao de desenvolvimento da forma de valor relativa e da forma equivalente Ao grau de desenvolvimento da forma de valor relativa, corresponde o grau de desenvolvimento da forma equi- valente. Porém, e isso deve ser notado, 0 desenvolvimer to da forma equivalente ¢ apenas expressio ¢ resultado, do desenvolvimento da forma de valor relativa, A forma de valor relativa simples ou singularizada de uma mercadoria faz de uma outra mercadoria 0 equi- valemte singular. A forma desdobrada do valor relativo, esta expresso do valor de uma mercadoria em todas as outras mercadorias, cunha nelas a forma de equivalentes particulares de diversos tipos. Por fim, um tipo especial de mercadoria recebe a forma de equivalente geral por- que todas as outras mercadorias fazem dela o material de sua forma de valor unitéria, geval. ‘Mas no mesmo grau em que a forma de valor como tal se desenvolve, desenvolve-se também a oposi¢ao en tre 0s dois pélos, a forma de valor relativa ea forma equi- valente. Jé.a primeira forma ~ 20 varas de pano = 1 casaco — contém essa oposicao, embora nao a fixe. Conforme cesta equagao seja lida de frente para tras ou de tras para a frente, cada um dos dois extremos da mercadoria, como pano ¢ casaco, encontram.-se igualmente ora na forma de valor relativa, ora na forma equivalente. Ainda é preciso um esforco aqui para firmar esta oposigao polar, Na forma 11, apenas um tipo de mercadoria de cada vez pode desdobrar totalmente seu valor relativo, ou seja, © tipo mesmo possui forma de valor relativa desdobra- da, porque, e na medida em que, todas as outras merca- dorias se encontram diante dele na forma equivalente. Aqui nao se pode mais inverter os dois lados da equagao de valor ~ como 20 varas de pano = 1 casaco ou = 10 li- bras de cha ou = 1 quarter de trigo etc. ~ sem alterar 0 seu cariter conjunto ¢ transformé-la de forma de valor total em geral. A tiltima forma, a forma mi, da por fim ao mundo das ‘mercadorias a forma de valor relativa geral-social, por- que, ena medida em que, com uma tinica excecao, todas as mercadorias a ela pertencentes sao excluidas da forma equivalente geral. Uma mercadoria, 0 pano, encontra-se portanto na forma da permutabilidade imediata com to- das as outras mercadorias, ou, em forma social imediata, porque, € na medida em que, todas as outras mercado- rias ndo se encontram nela.* > Proudhon (1800-106 sarqasa fas do ol en Poo. Dupo tas feu com a perspectva Proudhon, ssocand Balan tian dom Prowdhon = prpasse ‘tore co js Bd acanx | nxsatos commyravos parsers possi produto morcntl com ‘Soho Ova ‘Ao contrario, a mercadoria que figura como equiva- lente geral é excluida da forma de valor relativa unitéria , dai, geral, do mundo das mercadorias. Se o pano, isto 6, uma mercadoria qualquer que se encontre na forma equivalente geral,tiver de participar também, a0 mesmo tempo, da forma de valor relativa geral, entio ela teria de servir de equivalente para si mesma. Obteriamos en- (Go: 20 varas de pano = 20 varas de pano, uma tautologia em que nem valor nem grandeza de valor sio expressos. Para expressar o valor relativo do equivalente geral, pre- cisarfamos antes inverter a forma 111. Ele [o valor relati- vo] nao possui forma de valor relativa em comum com ‘outras mercadorias, mas seu valor se expressa relativa- mente na série infinita dos outros corpos de mercadoria, Assim aparece agora a forma de valor relativa desdobra- da, ou forma n, como a forma de valor relativa especitica da mercadoria equivalente. 3. Transigao da forma de valor geral para a forma dinheiro A forma equivalente geral ¢ uma forma do valor como tal. Ela pode, portanto, ser atribuida a qualquer merca- doria. Por outro lado, uma mercadoria se encontra na forma equivalente geral (forma mi) apenas porque, ¢ na medida em gue, é excluida como equivalente por todas rho momento cert se introduz uma palav as outras mercadorias. E s6 a partir do instante em que essa exclusio se limita por fim a um tipo especifico de mercadoria é que a forma de valor relativa unitéria do mundo das mercadorias conquista firmeza objetiva e va- lidez social geral. O tipo de mercadoria especifico, entao, com cuja for- ‘ma natural forma equivalente se funde socialmente, tor- na-se a metcadoria dinheiro, ou funciona como dinheiro. ‘A sua fungao social especifica, e dai seu monopélio so- ial dentro do mundo das mercadorias, passa a ser o de desempenhar o papel de equivalente geral. Essa posicao privilegiada entre as mercadorias, que na forma 11 figu- ram como equivalentes particulares do pano ¢ na forma Iii expressam em comum seu valor relativo em pano, é conquistada historicamente por uma determinada mer- cadoria, 0 ouro. Coloquemos entio na for cadoria ouro no lugar da mereadoria pano, e obteremos: a mer- 0) A forma dinheiro 20 varas de pano = 1 casaco = 10 libras de cha = 40 libras de café = 1 quarter de trigo = % tonelada de ferro = x mercadoria a = 2 ongas de ouro Ocorrem alteragdes essenciais na transigdo da forma 1 para a forma 1, da forma 11 para a forma 111. Ao con- trario, a forma tv nao se diferencia em nada da forma 65 > Com a fnxag20 de una movado conn equvaen te goa arbi fra ro cut plo, a oma rei dor’. Ele ade, a= om quo j dose nc © GO sank | exsatos comnntanos Prim deco de "pe (o's 0 pag @, em ger adorn expessocom de ra No Liv 8 de © cap o2ea dating ini! sort rovsta por una diecussto ‘mais complea da tana ‘mapio" do valorem paca, feta modiant a coneantn Seni os capitis :m de que, no lugar do pano, 0 ouro que possui a forma de equivalente geral, O ouro éna forma 1v 0 que © pano era na forma 11 ~ equivalente geral. © progres- so consiste apenas em que a forma de permutabilidade imediata geral, ou a forma equivalente geral, funde-se agora finalmente & forma natural especifica da mercado- ria ouro mediante o costume social. © ouro s6 aparece diante das outras mercadorias como dinheiro porque antes jé se defrontava com elas como mercadoria. Igual a todas as outras mercadorias, dle funcionava também como equivalente, fosse como equivalente singular em atos singularizados de troca, fosse como equivalente especial ao lado de outras mer- cadorias-equivalente. Pouco a pouco, ele passou a fun- cionar em circulos mais estreitos ou mais amplos como equivalente geral, Tao logo ele conquistou o monopélio dessa posigio na expressio de valor do mundo das mer- cadorias, tornou-se mercadoria-dinheiro, ¢ s6 a partir do instante em que ele se tornou mercadoria-dinheiro, a forma 1v se diferenciou da forma ul, ou seja, a forma de valor geral se transformou em forma-dinheiro. A expressio de valor relativa simples de uma mer- cadoria, por exemplo, o pano, jé com uma mercadoria funcionando como a mercadoria-dinheiro, por exem- plo, 0 ouro, é a forma prego. A “forma preco” do pano 6, portanto: 20 varas de pano = 2 on¢as de ouro (Ou, se2 libras esterlinas assumem o nome mon 2 ongas de ouro, 2o varas de pano = 2 libras esterlinas, A dificuldade no conceito da forma dinheiro se mita a conceber a forma equivalente geral, ou seja, da forma de valor geral como tal, a forma ut. A forma 11t se resolve retroativamente na forma u, a forma de valor desdobrada, e seu elemento constituinte é a forma t: 20 varas de pano = 1 casaco, ou x mercadoria a = y merca- doria . A forma de valor simples é assim 0 embrito da forma dinheiro. 4, O cardter fetichista da mercad x A primeira vista, uma mercadoria parece uma coi- 8 seu segredo sa Obvia, trivial. De sua andlise resultou que cla € uma coisa muito complicada, cheia de sutileza ‘metafisica e de caprichos teol6gicos. Como valor de uso, nada ha de misterioso nela, tanto se eu a considerar do ponto de vista de que, por suas propriedades, ela satisfaz necessidades humanas, quanto de que ela adquire essas propriedades apenas como produto do trabalho huma- no. E claro que, por sua atividade, o homem modifica as formas das matérias naturais em modos titeis a ele. A forma da madeira, por exemplo, é modificada quando dela se faz uma mesa. Nem por isso a mesa deixa de ser madeira, uma ordindria coisa sensivel. Mas assim que ela irrompe como mercadoria, transforma-se em uma coisa sensivel supra-sensivel. Ela s6 mantém os pés no chido, mas se defronta de cabeca para baixo com todas as ou- tras mercadorias e desenvolve em sua cabega de madei- awareavonia 67 > Roromando 0 comega do tama nite wl e valor de 1, dl dosorvaivda nab sucess forms da or roi devaloratéchager soto da 5 era posse buscar & ‘a de seu poder soca om lm doe dois ator opoe 408 que formam ~ var de uno ou wal Maree ras dus possbidades 8 conal que nonhuma is riduamori, expt osco ear soci Sr 9 ope: que tw viento compan do botacso do deniro oxo pou na China, conecido nto conaonadora 6 eo gue do 1848 na Europe. ‘Aronia ¢ ave enquanta oF feuropeus passavam i ‘ra atngio 8 rigo © a ‘entmenos como ei tno, arevoligtona Chine de ‘atoms a is 3 nat rozn do eobrenatc, 0 sa como # quo mesas © ‘cas pode ser postae so paras pee oo: ra cismas muito mais prodigiosos do que se comecasse a dangar voluntariamente.” - Oatiter mistico da mercadoria)nao surge, portanto, do seu valor de uso. Tampouco surge do contetido das determinagdes de valor. Pois, primeiro, por mais diver- 808 que possam ser os trabalhos iiteis ou atividades pro- dutivas, é uma verdade fisiolégica serem eles fungaes do, organismo humano ¢ cada uma de tais funcdes, soja qual for seu contetido e sua forma, ser dispéndio essencial de cérebro, nervo, misculo, sentidos etc) Segundo, quanto a0 que est no fundamento da determinagdo da grande- zade valor, a duracdo daquele dispéndio oua quantidade de trabalho, a quantidade & distinguivel da qualidade até pelos sentidos. Sob todas as condigées, o tempo de traba- Iho que custa a produgio dos meios de vida deve interes- sar as pessoas, embora nao de modo igual em niveis de desenvolvimento diversos.* Por fim, tao logo as pessoas trabalhem umas para as outras de um modo qualquer, seu trabalho adquire uma forma social. De onde surge entio o carter enigmitico dos pro- dutos do trabalho assim que eles assumem a forma de mercadoria? Evidentemente, desta forma mesma. A igualdade dos trabalhos humanos adquire a forma coi- sificada da objetividade igual de valor dos produtos de remo-nos de ques China es mess comegaram a dangar quando todo pestgesoguintes, trabalho, a medida do dispéndio de forga humana de tra- balho pela sua duragao adquire a forma da grandeza de valor dos produtos de trabalho, ¢, fnalmente, as relagies dos produtores, que devem efetuar seus trabalhos den- tro daquelas determinagoes sociais, adquirem a forma de uma relacio social dos produtos de trabalho. - © O misterioso da forma mercadoria consiste, portan- to, simplesmente em que elas refletem aos homens as ca~ racteristicas sociais de seu préprio trabalho como carac- teristicas objetivas dos produtos mesmos do trabalho, como propriedades naturais sociais destas coisas e, dai reflete também as relagdes sociais dos produtores com 6 trabalho conjunto como uma relagdo existente fora deles, entre objetos. Por esse qtiiproqué, os produtos de trabalho se tornam mercadorias, coisas sensiveis supra- ‘Assim também a impressao lumi- nosa de uma coisa sobre o nervo dptico nao se apresenta como um estimulo subjetivo do préprio nervo éptico, mas como forma objetiva de uma coisa fora do proprio olho. Mas, ao olhar, de fato é langada a luz de uma coisa, um objeto externo, sobre uma outa coisa, 0 olho. E uma relacdo fisica entre coisas fisicas. Ao contrario, a forma devalor ea relagao de valor dos produtos de trabalho em que ela se apresenta nao tém absolutamente nada que ver com a sua natureza fisica e com as releréncias de coisa sensiveis, ou soci que surgem dessa iitima. F apenas a relagao social deter- minada dos proprios homens que assume aqui a forma fantasmagérica de uma relacdo entre coisas. Para encon- tear uma analogia, dai devemos escapar para a regio ne- bulosa do mundo religioso. Aqui os produtos da cabeca humana parecem dotados de vida propria, relacionando- Defi a cabal ovina ~ oe ovens pr coma prop. Na verdad ‘sev asrelicies soins dk pdpos homens que pn 88, Se alas 0 fazem, rom, n0 # por aces, me porque coro rligoos © "we 0 homers adquiream Ceca am que nao acone sense pl contato dos pr pias cosas, pala toca ck fei io 6, expres 0 lado soil do taba ‘40 208 propos prot ‘amore pv. Com ise cure un aupreauo' ur inverso ert pape soc daa coisas 0 ds pessoa 0 objeto «does, 70 wank | exsatos comrsranos > As rtorincine soci’ gulapwecon atin domed invert conan do agentes, mas ‘eon © que 30" A inverse do pape das coins ds poses iogsinplesmentaunai toque pudest seepage aperunaconsdtecs deo risen 0 in veut: dadours prites soci ob ta am que os agentes a|_—_ ‘roca soe encontam por ‘se uns com os outros e com os homens em figuras aut6- nomas. Assim se passa no mundo das mercadorias com 6s produtos da mao humana, Isto eu chamo de fetichis- ‘mo, que adere aos produtos do trabalho tio logo eles sao, produzidos como mercadorias, e que é inseparavel, por- tanto, da producéo de mercadorias. Esse cariter fetichista do mundo das mercadorias surge, como ja © mostrou a anilise precedente, do ca- riter propriamente social do trabalho que produ mer- cadorias. Os objetos de uso tornam-se geralmente mercadorias apenas porque so produtos de trabalhos privados exe- cutados independentemente uns dos outros. O comple- xo desses trabalhos privados forma o trabalho conjunto social. Como os produtores entram em contato social s6 com a troca de seus produtos de trabalho, as caracteris- ticas especificamente sociais de seus trabalhos privados também 36 aparecem nessa troca. Ou seja, os trabalhos privados efetuam-se realmente como membros do tra- balho conjunto social s6 através das referéncias em que a troca transplanta os produtos de trabalho e, por seu intermédio, os produtores, Para esses iltimos, as refe- séncias sociais de seus trabalhos privados aparecem, por isso, como 0 que sio, isto é ndo como relagdes sociais imediatas das pessoas em seus préprios trabalhos, mas antes como relacdes coisificadas das pessoas ¢ relaces sociais das coisas. $6 dentro de sua troca os produtes de trabalho ad- ‘causa due marcadorias quel qutirem uma objetividade de valor socialmente igual, se- tem do sor rocades, Nes sei, pods flr do parada de sua objetividade de uso, sensivel e diversifi- cada, Esta ciséo do produto de trabalho em coisa util e coisa de valor efetua-se apenas na pritica; tio logo a tro- caja tenha conquistado importancia e extensio suficien- tes, para que coisas titeis sejam produzidas para a troca €, portanto, o cariter de valor das coisas ja seja conside- rado na sua propria produgdo. A partir desse instante, 05 trabalhos privados dos produtores adquirem de fato um cariter social duplo:/por um lado, eles devem sat zet uma determinada nevessidade social como trabalhos Aiteis determinados, e assim se comprovar como mem- bros do trabalho conjunto, do sistema espontineo da divisio social do trabalho} Por outro lado, eles sé satis- fazem as miltiplas necessidades de seus prdprios produ- tores se cada trabalho privado itil particular for permu- tével por qualquer outro tipo de trabalho privado iti, ou seja, equivalhaa ele. A igualdade toto cozlo (completa) de trabalhos diversos s6 pode consistir em uma abstragio de sua desigualdade efetiva, na redugao ao carter co- ‘mum que eles possuem como dispéndio de forga huma- na de trabalho, de trabalho humano abstrato. O cérebro dos produtores privados espelha esse duplo cardter so- cial de seus trabalhos privados apenas sob as formas em que aparecem no intercimbio pritico, na troca de pro- datos: 0 cariter socialmente itil de seus trabalhos priva- dos, portanto, sob a forma em que o produto de trabalho deve ser titil e, na verdade, para outros; o cardter social da igualdade de trabalhos de tipo variado sob a forma do cardter de valor comum dessas coisas materialmente diversas, os produtos de trabalho, » Os homens nao referem seus produtos de trabalho uns aos outros como valores, portanto, por essas coi- sas contarem para eles como simples invdlucros coisi- Avncavonia 7 > Agu elomado oceaet vohurranto anert, e08r se eucoscin formas gio So ak be aespande um doo fon para 9 merce to ¢ »°0 treba dos procs tote prides” modo como 08 pb gents da produrzo e a toca peresbam o que 8 ap fazer, rftr esta sua putea rei orpac 2, O teeeante coer ‘ar qe les poor ax laverendo ou ni a8 deter rnaptee doses reads rmaveaidace. 72 sanz | exsatos compyravos shamans ntoceaban, ‘mas 0 fazem"; © mex ‘quando 9 eRbem, quan taza @“eoecebera ion ficados de trabalho humano de tipo igual. Ao contré- rio, Na medida em que equiparam mutuamente como valores os seus produtos de tipo variado na troca, eles. equiparam mutuamente seus diversos trabalhos como trabalho humano. Eles nao o sabem, mas o fazem.* Nao esta escrito na testa do valor, portanto, 0 que ele é An- tes,o valor transforma cada produto de trabalho em um hieréglifo social, Mais tarde, os homens tentam decifrar © sentido do hieréglifo, chegar ao segredo de seu pré- prio produto social, pois a definigao dos objetos de va- lor como valores é seu produto social tanto quanto a Jinguagem. A descoberta cientifica tardia de que os pro- dutos de trabalho, na medida em que sao valores, sio simples expresses coisificadas do trabalho humano despendido em sua produgao, faz época na histéria do desenvolvimento da humanidade, mas de modo algum, afugenta a aparéncia objetiva das caracteristicas sociais do trabalho. Aquilo que é vilido entdo para esta forma de produgio particular, a produgio de mercadorias, a saber, que 0 carter especificamente social dos trabalhos privados independentes uns dos outros consiste em sua igualdade como trabalho humano e assume a forma do cardter de valor dos produtos de trabalho, aparece para aqueles presos is relagdes da produgao de valor do mes- mo modo definitivo antes e depois da descoberta, assim como a decomposigio cientifica do ar em seus elemen- Modesna, Mil, 03 ) tos permite que perdure a forma do ar como uma forma corporea fisica ( que interessa na pratica, antes de tudo, a quem tro- ‘ca produtos, éa questio de quantos produtos estranhos ele vai adquirir com seu proprio produto, ou seja, em quais proporgées os produtos se trocam. Assim que essas proporcdes amadureceram para uma certa estabilidade estabelecida pelo costume, elas parecem surgi da natu- reza dos produtos do trabalho, de modo que, por exem- plo, 1 tonelada de ferro e 2 ongas de outo se equivalem, da mesma maneira que 1 libra de ouro e 1 libra de fer- 10 sio igualmente pesadas, apesar de suas distintas pro- priedades fisicas e quimicas. De fato, 0 cardter de valor dos produtos de trabalho s6 se firma com sua efetuagao ‘como grandezas de valor. Estas diltimas mudam constan- temente, independentemente da vontade, da previsio ¢ do agir dos permutadores. Seu movimento social pré- prio possui para eles a forma de um movimento de coi- sas, sob cujo controle eles esto, em ver de o controlar. E preciso uma producao de mercadorias completamente desenvolvida antes que da propria experiéncia brote a compreensao de que os trabalhos privados, exercidos in- dependentemente uns dos outros, mas, como membros espontineos da divisio social do trabalho, por toda parte dependentes uns dos outros, possam ser reduzidos pro- gressivamente & sua medida socialmente proporcional; porque, nas relacées de troca casuais e sempre oscilan- tes de seus produtos, o tempo de trabalho socialmente necessdrio para a sua produgao impée-se violentamen- te, como uma lei natural reguladora, mais ou menos a lei da gravidade, quando a alguém a casa desaba sobre > Formlagso mae des tarbem cs damian. £ exon porquo eto dae pe 5 co, que ttm 0.6 ter rail. Dat que 02 verso © que ex rea como uma nova 6 fm que omen @ dort do eae mercado ‘nodoindepercortours ‘uve, A ios mance: relicionar esses {e eous produ, pla 0 do sua mode” co alr a cabeca. Por isso, a determinagao da grandeza de va- lor pelo tempo de trabalho é um dos segredos ocultos sob 0s movimentos aparentes dos valores relativos das mercadorias. Sua descoberta ultrapassa a aparéncia da determinagio meramente casual das grandezas de valor dos produtos de trabalho, mas de modo algum sua f ma coisificada. A reflexdo sobre as formas da vida humana, ¢ assim também a sua anilise cientifica, segue em geral um ca- minho oposto ao do desenvolvimento efetivo, Comeca post festunt e com os resultados prontos do processo de desenvolvimento. As formas que marcam os produtos de trabalho como mercadorias e que sio pressupostas, dai, na circulagdo de mercadorias, possuem jé a firmeza de formas naturais da vida social, antes de os homens tenta- rem se dar conta ndo do cariter histdrico dessas formas, que valem para eles como jé imutaveis, mas do seu teor, Assim, foi apenas a anilise dos pregos das mercadorias que levou i determinagio da grandeza de valor, apenas a expresso comunitaria em dinheiro das mercadorias que fixou o seu carter de valor. Mas é justamente essa forma pronta do mundo das mercadorias ~ a forma dinheiro -, que disfarga em coisas 0 carater social dos trabalhos pri- vadlos e, da, as relagdes sociais dos trabalhadores priva- dos, em vez de revelé-los. Quando digo que casaco, botas tc, referem-se a pano como & corporificagao de trabalho 30." que se dove pensar de uma ‘lug peciodica? E mesmo una ‘dos participants” (Friedrich E Karl Mara Pate 1) humano abstrato, a loucura dessa expressao salta a vista. ‘Mas quando os produtores de casaco, botas etc. referem essas mercadorias a pano ~ ou a ouro ¢ a prata, o que em nada altera a questo - como ao equivalente geral, a referéncia de seus trabalhos privados ao trabalho con- junto social aparece para eles exatamente nessa forma enlouquecida. Formas desse tipo constituem até as categorias da economia burguesa. Sio as formas de pensamento so- cialmente vélidas e, portanto, objetivas, para as relagoes de produgio desse modo de producio social historica- mente determinado, a producto de mercadorias. Todo © misticismo do mundo das mercadorias, toda a magia € 0 fantasmagérico que enevoam os produtos do traba- Iho sobre a base da produgao de mercadorias, portanto, desaparece prontamente assim que nos refugiamos em coutras formas de produgao. Como a economia politica gosta de robinsonadas aparece primeiro Robinson em sua ilha. Apesar de mo- desto por criagao, ele tem de satisfazer necessidades de diversos tipos e deve entao realizar trabalhos ties de di- -versos tipos, fazer ferramentas, fabricar méveis, domes- ticar hamas, pescar,cagar ete. De oragdes e coisas seme- Ihantes nao falamos aqui, pois nosso Robinson encontra Now. pesca possuidores de mercadorss em ost Owen parecem se (Wael Mars, 2 so sto a8 “top ch deciinn que est paca que meri Tedd mca: 6 ot opera & iverto, J > he “tobias relete com a Fgura € ncan Cro. leodaporumaredee orparte dedi owen 1771-1858) romiate ings, ira tuna sociedad ope ox Wt (1822-1900) nisso seu prazer e considera atividades assim como re- pouso. Apesar da diversidade de suas fungdes produ- tivas, ele sabe que elas so somente formas diversas de ‘ocupagao do mesmo Robinson, ou seja, somente modos diversos do trabalho humano. A propria necessidade 0 obtiga a distribuir seu tempo precisamente entre as suas diversas fungées. Se uma delas toma mais e a outra, me- nos espaco em sua atividade total, depende da maior ow menor dificuldade que tem de superar para conseguir © efeito titil pretendido. A experiéncia Ihe ensina isso, ¢ ‘nosso Robinson, que salvou do naufrigio o relégio, o li- vro-razio, tinta e pena, comeca logo, como bom inglés, a escriturar a si mesmo, O seu inventario contém um in- dice de objetos de uso que ele possui, das diversas opera- Ges requeridas para a sta producao e, por fim, do tempo de trabalho que em média custam a ele quantidades de- terminadas desses diversos produtos. Todas as referén- cias entre Robinson e as coisas que formam a riqueza criada por ele mesmo sao aqui tao simples e transparen- tes que até o st. M. Wirth pode entendé-las sem especial esforgo intelectual. E, no entanto, ai estio contidas todas as determinagdes essenciais do valor: Desloquemo-nosagora da luminosa ilha de Robinson, para a tenebrosa Idade Média européia. Em lugar do ho- ‘mem independente, encontramos todos dependentes - servos e senhores feudais, vassalos e suseranos, leigos ¢ sacerdotes. A dependéncia pessoal caracteriza tanto as relagdes sociais da producto material quanto as esferas de vida construfdas sobre ela. Mas até porque relagoes de dependéncia pessoal formam a base social dada, produ- tos e trabalhos nao precisam adotar uma figura fantasti- iversa de sua realidade. Eles entram no mecanismo social como servigos naturais ¢ rendimentos naturais. A forma natural do trabalho, sua particularidade, e nado a sua generalidade, como sobre a base da produgio de mercadorias, é aqui sua forma social imediata. O traba- Iho servil é medido pelo tempo tanto quanto o trabalho produtor de mercadorias, mas qualquer servo sabe que é um quantum determinado de sua forca de trabalho pes- soal que ele despende no servico de seu senhor. O dizimo prestado ao padre é mais claro que a béngio do padre. Qualquer que seja a forma como se jul em que os homens se defrontam aqui, as relacdes sociais das pessoas em seus trabalhos aparecem de todo modo como suas préprias relagdes pessoais e nao disfarcadas de relagoes entre coisas, os produtos de trabalho. nas mascaras Para a investigagao do trabalho comum, isto é, ime- diatamente socializado, nfo temos de recuar para sua forma espontinea, tal como encontrada no limiar da historia de todos os povos civilizados. A indiistria pa- triarcal rural de uma familia campones: roduz, gros, gado, fio, pano, roupas para as prdprias necessida- des, forma um exemplo mais préximo. Essas coisas di- versas se defrontam & familia como produtos diversos de seu proprio trabalho familiar, mas nao a si mesmas reciprocamente como mercadorias. Os diversos traba- Ihos que geram esses produtos, lavoura, criago de gado, fiagio, tecelagem, alfaiataria, so fungdes socials em sua forma natural, porque fungdes da familia, que possui sua prépria ¢ espontanea divisio do trabalho tanto quanto a produgio de mercadorias. Diferengas de sexo ede idade, bem como as condigdes naturais do trabalho que mu- reveal capa or aga cous lagtes por relacone aparece a dimers ‘oral, ate os siversos membr lamba, oo staal, con serv aesbacos ua oe \eatos one coe e,ersocoma meres ‘veto mere cap TB man | even Ete doe rt 05 om quo Mars ox «ua concapede dua or Engi le deat oe pare ogudles que oremrex ‘ar oa orgerizago, ptatona, dam comas estagdes do ano, regulam a sua divisao entre a familia e 0 tempo de trabalho dos membros singulares da familia, Mas 0 dispéndio das forgas de trabalho indi- viduais, medidas pelo tempo de trabalho, aparece aqui desde 0 comego como determinagio social dos préprios trabalhos, pois as forcas de trabalho individuais atuam desde 0 comego como érgios da forca de trabalho co- mum da familia Imaginemos, por fim, para variar, uma associacao de homens livres, que trabalham com meios de produ- io comunitirios e despendem conscientemente suas muitas forgas de trabalho individuais como uma for- ma de trabalho social. ‘Todas as determinagées do tra- balho de Robinson se repetem aqui, s6 que social ¢ nao individualmente. Todos os produtos de Robinson eram exclusivamente seu produto pessoal e, por isso, imediata- _mente objetos de uso para ele. O produto conjunto da as- sociagio é um produto social. Uma parte desse produto servira novamente como meio de produgao. Ele perma nece social. Mas uma outra parte sera gasta como meio de vida pelos membros da associagao, Deve ser dividida entre eles, portanto. O tipo dessa divisio mudara com 0 proprio tipo particular de organismo de produgio social € 0 correspondente nivel de desenvolvimento social dos produtores. $6 como paralelo com a produgio de merca- dorias, suponhamos que a cota de meios de vida de cada produtor seja determinada por seu tempo de trabalho. O tempo de trabalho desempenharia, assim, um duplo papel. Sua divisao social planificada regula a proporsio entre as diversas funcdes de trabalho e as diversas ne- lades. Por outro lado, o tempo de trabalho serve ao mesmo tempo de medida da cota individual dos pro- dutores no trabalho conjunto e, dai, também na parte individualmente gasta do produto total. As referéncias sociais das pessoas a seus trabalhos e a seus produtos de trabalho permanecem aqui transparentes, tanto na pro- dugao como na distribuicao. [-—_ Pata uma sociedade de produtores de mercadorias, cuja relagdo de produgio social em geral consiste em comportar-se para com seus produtos como mercado- rias, ou seja, como valores, e em referir seus trabalhos privados uns aos outros sob essa forma coisificada como trabalho humano igual, o cristianismo & a religiao m ‘adequada, com seu culto do homem abstrato, especial- ‘mente, com seu desenvolvimento burgués, no protestan- tismo, no deismo etc. Nos modos de produgio da velha Asia ou da Antigiiidade, a transformagao dos produtos ‘em mercadoria, por isso, a existéncia dos homens como produtores de mercadorias desempenha um papel su- bordinado, que se torna mais significativo, porém, quan- to mais a comunidade entra no estigio de seu declinio. Povos propriamente comerciais existiam apenas nos in- termundos do mundo antigo, como os deuses de Epicuro ‘ou como os judeus nos poros da sociedade polonesa. Aqueles velhos organismos de producio sio extraordi- nariamente mais simples ¢ transparentes que o burgués, mas repousam seja na imaturidade do homem individu- al, que ainda nao havia se desprendido do cordao um- bilical do nexo natural com os outros do mesmo géne- ro, seja em relagdes imediatas de dominio e servidao. Eles sao condicionados por um nivel baixo de desen- volvimento das forcas produtivas do trabalho e relagdes: >is do que opine 1,0 fundaertal a Coadace # ransom dadimenstnsoosice bao enti po tmlssoaeralcona ‘ieeoto grep, core ‘ita cos deseo vidos honens. 80 Manx | snsatos conenranas jt oxre880 a pina ar tot, quando da odiagao da sosabidade oo iorcimbio de eis po, eater mua odo poder sonata cio 8 imanico pasa do ae tho © dt vids doe navi = 0 "contoleconscietee ‘walmart para find re Fox liao” nian dor bse da tae, sondo por isto concdorada “ly por Mane correspondentemente limitadas dos homens em seus processos materiais de produgio de vida, ou seja, uns com 0s outros e com a natureza. Essa restrigdo efetiva se espelha idealmente nas antigas religides naturais e popu- lares. O reflexo religioso do mundo efetivo s6 pode desa- parecer, em getal, quando as relagdes no mecanismo da vida prética cotidiana se apresentarem para os homens diariamente como referéncias transparentes e racionais de uns com os outros e com a natureza. A figura do pro- ccesso de vida social, isto &, do processo de produgio ma- terial, despiré o seu véu de névoa mistica apenas quando se colocar como produto de homens livremente sociabi- lizados ¢ sob seu controle consciente e planificado. Para isso, no entanto, é preciso uma base material para a so- ciedade ou uma série de condigdes de existéncia mate- rial, que sao, elas mesmas, o produto espontineo de uma historia de desenvolvimento longo e penoso. A economia politica analisou, de fato, embora de ‘modo incompleto,* o valor e a grandeza de valor e des- eso dois valores teas res cobriu o conteiido entranhado nessas formas. Ela jamais nem sequer propés a questao de por que esse contetido assume aquela forma, por que entio o trabalho se apre- senta no valor ea medida do trabalho pela sua duragio, na grandeza do produto de trabalho». Férmulas em cuja testa esté escrito que elas pertencem a uma formagio so- ial na qual o processo de produgio domina o homem, e ainda no homem o proceso de producio, valem para a sua consciéncia burguesa como uma necessidade io trabalho produtivo, natural tio dbvia quanto o proj Formas pré-burguesas do organismo de produgio social ho). para das outs mereadorias Ricardo ode modo qu no alor de roca, ¢ trabalho (emo valor do trabalho) ques presenta hah, expecso dt » Esta pascagamn 0 ne deadeo comes, made rtgooe eos ¥59 rita nots cia 7.1852), {0 ndo do Dost bos som porober be to nouns 80 batho torent, par sim das dimonet » Atom mai bat rea, erdoproduto de Aoesicioso,o¢a iscoo presente texto 82 stanx > nota 28, sio consideradas por ela, assim, do mesmo modo como 05 padres da Igreja consideram as religies pré-cristas. Quanto se ilude uma parte dos economistas pelo fe- mo aderido ao mundo das mercadorias, ow pela aparéncia objetiva das determinagées sociais de traba- Iho, demonstra, entre outras coisas, a tediosa disputa so- bre o papel da natureza na formagio do valor de troca, Como o valor de troca é um determinado estilo social de expressar o trabalho empregado em uma coisa, ele néio pode conter mais matéria natural do que, por exemplo, a cotacio do cambio. Como a forma de mercadoria é a forma mais geral e ndo-desenvolvida da producao burguesa, ¢ por isso rompe cedo, embora nao na mesma maneira dominante € caracteristica de hoje em dia, o seu cariter de fetiche parece ainda relativamente facil de penetrar. Em formas tic mais concretas desaparece mesmo essa aparéncia de uma invengio dos homens, enquanto asta prdpria seligitof uma reveagio > implicidade. De onde vém as ilusbes do sistema mone- tdrio? Ele nao considerava que, como dinheiro, no ouroe na prata se apresentava uma relacdo de produgao social, mas como forma de coisas naturais com propriedades sociais extravagantes. E a economia moderna, que des- denha altaneira do sistema monetitio, nfo é palpivel 0 seu fetichismo, tdo logo ela passa a tratar do capital? Faz muito tempo que desapareceu a ilusdo fisiocratica de que a renda da terra brota do solo e nao da sociedade? Contudo, para nao antecipar, é suficiente aqui um exemplo ainda referente & prépria forma mercadoria, Pudessem as mercadorias falar, elas diriam: “nosso valor de uso pode interessar is pessoas. Isso ndo nos compete como coisas. © que nos compete como coisas é 0 nosso valor, Nossa propria circulagio como coisas mercantis por muitos scculos Dar, eu tem dese reproduzi con eat -amerteano quando da pubicagto dem toma politica, em 1859. Ele dizis que a inha visio de que © modo de oui a cada vr correspond siamo do dea o capital, docdobe to do ftichime Jar ur compleidade isd itera gun bem em composed thro, cada ve me eros no comand € cans vera orlacse do star lord qu aguelnem que rormalente ele © dein co 6am pao a vada ‘Adimerasoccont rartra hit; 550 papel so so das como ‘dade, oo cr snto coin a examen com que demonstra-o, NOs nos referimos umas as outras apenas como valores de troca’. Escute-se entéo como 0 econo- mista proclama a alma da mercadoria: valor (valor de troca) é uma propriedade das coi- sas; a riqueza, dos homens. Nesse sentido, o valor implica necessariamente a troca; a riqueza (valor de troca), no.” A riqueza (valor de uso) é um atri- buto do homem, 0 valor é um atributo das merca- dorias. Um homem, ou uma comunidad, é ric ‘uma pérola, ou um diamante, é valiosa... Uma rola, ou um diamante, é valiosa como uma pérola ou diamante. descobriu valor de troca Até hoje nenhum qui em pérolas ou diamantes. Mas os descobridores econé- micos dessa substancia quimica, que reivindicam espe- cial profundidade critica, acham que o valor de uso das les ganhavama vida, 00 contri, esclarece por quel pl ‘mo, desempenhou o papel principal. preciso, ais, pouca coisas é independente das suas propriedades de coisa, e que, a0 contriio, o valor é atribuido a elas como coisas. © que se comprova aqui é a circunstincia estranha de que o valor de uso das coisas se realiza para os homens sem troca, ou seja, na relagao imediata entre coisa ¢ ho- mem; e que o seu valor, a0 contrario, s6 na troca, isto é, em um processo social. Quem nao se lembrara aqui do bom Dogberry ensinando 20 vigia Seacoal? Ser um homem de boa aparéncia é um dom das circunstancias, mas saber ler e escrever vem da natureza.”” Se er trsnsormad © isda aparénca, Se or rcardlanos € 6 porque nioen- exo intern entre contra na prio Ricardo ‘ore form de valor, ou valor de toes, ‘ade do "mundo ds ce apurccimentod see tine reaconad rasa bestncn dase apuecinorio do valor no moreaceria Se A colegao Ensaios Comentados traz textos fundamentals de Oiled eee eames Peirsol connec Cocuaf-o ge Mela ected eee Ni) ecuanieo Cea cun rs Cuetec tance de trabalho — que produz as mercadorias — constituir a base sobre a qual se constr6i o mundo capitalista. Nene boon sete scene rete in mean lecret roel sieek ues 1 oreromekeuenee ied rat ee eee Clini elute eet ye umn non or eWeek ence a Kea Gaeta satudsss geet Rep tenn eee tector Cet? Fiador, doutor er idado do Campinas, cor -doutorado na Uni eee oe Pee eee igo

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