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1) Marx analisou a Filosofia do Direito de Hegel e concluiu que as relações jurídicas e formas de Estado não podem ser explicadas por si mesmas, mas sim pelas condições materiais de existência da sociedade.
2) Marx estudou Economia Política e concluiu que a estrutura econômica da sociedade forma a base sobre a qual se constrói a superestrutura jurídica e política.
3) As forças produtivas da sociedade entram em contradição com as relações de produção
1) Marx analisou a Filosofia do Direito de Hegel e concluiu que as relações jurídicas e formas de Estado não podem ser explicadas por si mesmas, mas sim pelas condições materiais de existência da sociedade.
2) Marx estudou Economia Política e concluiu que a estrutura econômica da sociedade forma a base sobre a qual se constrói a superestrutura jurídica e política.
3) As forças produtivas da sociedade entram em contradição com as relações de produção
1) Marx analisou a Filosofia do Direito de Hegel e concluiu que as relações jurídicas e formas de Estado não podem ser explicadas por si mesmas, mas sim pelas condições materiais de existência da sociedade.
2) Marx estudou Economia Política e concluiu que a estrutura econômica da sociedade forma a base sobre a qual se constrói a superestrutura jurídica e política.
3) As forças produtivas da sociedade entram em contradição com as relações de produção
Poltica * O primeiro trabalho que empreendi, para resolver as dvidas que me assaltavam, foi uma reviso crtica da Filosofia do Direito, de Hegel, trabalho cuja introduo apareceu nos Anais Franco-alemes, publicados em Paris, em 1844. Minhas investigaes me conduziram ao seguinte resultado: as relaes jurdicas, bem como as formas do Estado, no podem ser explicadas por si mesmas, nem pela chamada evoluo geral do esprito humano; estas relaes tm, ao contrrio, suas razes nas condies materiais de existncia, em seu conjunto, condies estas que Hegel, a exemplo dos ingleses e dos franceses do sculo XVIII, compreendia sob o nome de "sociedade civil". Cheguei, tambm, concluso de que a anatomia da sociedade deve ser procurada na Economia poltica. Eu havia comeado o estudo desta ltima em Paris e o continuara em Bruxelas, onde eu me havia estabelecido, em consequncia de uma sentena de expulso ditada pelo Sr. Guizot contra mim. O resultado geral a que cheguei e que, uma vez obtido, serviu de guia para meus estudos, pode formular-se, resumidamente, assim: na produo social da prpria existncia, os homens entram em relaes determinadas, necessrias, independentes de sua vontade; estas relaes de produo correspondem a um grau determinado de desenvolvimento de suas foras produtivas materiais. O conjunto dessas relaes de produo constitui a estrutura econmica da sociedade, a base real sobre a qual se eleva uma superestrutura jurdica e poltica e qual correspondem formas sociais determinadas de conscincia. O modo de * Reproduzido de MARX, K . "Prefcio." In: Contribuio Crtica da Economia Poltica. Trad. por Florestan Fernandes. So Paulo, Ed. Flama, 1946. p. 30-32.
produo da vida material condiciona o processo de vida social, poltica
e intelectual. No a conscincia dos homens que determina a realidade; ao contrrio, a realidade social que determina sua conscincia. Em certa fase de seu desenvolvimento, as foras produtivas da sociedade entram em contradio com as relaes de produo existentes ou, o que no mais que sua expresso jurdica, com as relaes de propriedade, no seio das quais elas se haviam desenvolvido at ento. De formas evolutivas das foras produtivas, que eram, essas relaes convertem-se em seus entraves. Abre-se, ento, uma era de revoluo social. A transformao que se produziu na base econmica transtorna mais ou menos lenta ou rapidamente toda a colossal superestrutura. Quando se consideram tais transformaes, convm distinguir, sempre, a transformao material das condies econmicas de produo que podem ser verificadas, fielmente, com a ajuda das cincias fsicas c naturais e as formas jurdicas, polticas, religiosas, artsticas ou filosficas, em resumo, as formas ideolgicas, sob as quais os homens adquirem conscincia desse conflito e o levam at ao fim. Do mesmo modo que no se julga o indivduo pela ideia que de si mesmo faz, tampouco se pode julgar uma tal poca de abalos pela conscincia que ela tem de si mesma. preciso, ao contrrio, explicar esta conscincia pelas contradies da vida material, pelo conflito que existe entre as foras produtivas sociais e as relaes de produo. Uma sociedade jamais desaparece antes que estejam desenvolvidas todas as foras produtivas que possa conter, e as relaes de produo novas e superiores no tomam jamais seu lugar antes que as condies materiais de existncia dessas relaes tenham sido incubadas no prprio seio da velha sociedade. Eis por que a humanidade no se prope nunca seno os problemas que ela pode resolver, pois, aprofundando a anlise, ver-se-, sempre, que o prprio problema s se apresenta quando as condies materiais para resolv-lo existem ou esto em vias de existir. Esboados, em largos traos, os modos de produo asiticos, antigos, feudais e burgueses modernos, podem ser designados como outras tantas pocas progressivas da formao social econmica. As relaes de produo burguesas so a ltima forma antagnica do processo de produo social, antagnica no no sentido de um antagonismo individual, mas de um antagonismo que nasce das condies de existncia sociais dos indivduos; as foras produtivas que se desenvolvem no seio ila sociedade burguesa criam, ao mesmo tempo, as condies materiais paia resolver este antagonismo. Com esta formao social termina, pois, a pr-hisi iria da sociedade humana.