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Noções Gerais:
- O Mundo da Natureza e O Mundo da Cultura
- O que é Direito?
- Qual é a finalidade do Direito?
- Acepções da palavra Direito
- Direito Natural x Direito Positivo
- Direito Objetivo e Direito Subjetivo
- Ordem Jurídica
Mundo da Natureza
É tudo aquilo que nos foi dado. Existe independente da atividade
humana.
Trata-se de realidade natural. Aqui existem as leis físico-matemáticas que
são regidas pelo princípio da causalidade, ou seja, são leis cegas aos valores.
São meramente indicativas.
Ex: a Terra é um planeta.
Princípio da causalidade: na natureza nada ocorre por acaso. Cada
fenômeno tem sua explicação em uma causa determinante. Esse princípio
corresponde ao nexo existente entre a causa e o efeito de um fenômeno.
Mundo da Cultura
É tudo aquilo que vem sendo construído pelo homem ao longo da
história.
Trata-se de realidade humano-cultural-histórica.
É aqui que se situa o DIREITO.
O homem produz as leis culturais, que são normas imperativas – “dever
ser”.
Ex: O homem deve ser honesto.
O pai e a mãe devem alimentar seus filhos.
O devedor deve pagar o credor.
Não se deve matar ninguém.
O que é Direito?
Máxima em Direito:
“NINGUÉM PODE ALEGAR DESCONHECIMENTO DA
LEI” (art.3°, do Decreto-Lei n° 4657/42)
Ordem Jurídica
Introdução ao Direito
Aula 2
Ementa:
- Noções gerais de Norma Jurídica
- Diferenças entre Direito, Moral, Regras de Trato Social e Religião
- conceito de lei:
- Direito e Religião
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Dto x Religião = a causa final de ambos integra a idéia do BEM, que no Dto é a justiça.
Direito Religião
Coexistência harmônica e Atingir a Finalidade de orientar os homens na
justiça busca e conquista da felicidade eterna
Concebe a justiça dentro de um valor Justiça em sentido amplo com relação
social estipulado na norma jurídica aos deveres do homem com Deus
A sanção jurídica atinge a liberdade A sanção limita-se ao plano espiritual
(prisão) ou o patrimônio
Norma jurídica Estabelece uma escala de valores a ser
cultivada e dispõe a conduta. Ex: 10
mandamentos
Convivência pacífica Instrumento de harmonia e
solidariedade entre os homens
(caridade)
1ª # Estrutural: Alteridade é essencial, Alteridade não essencial, pois é o
pois a idéia do próximo é um diálogo do homem com Deus - bem
elemento necessário ao Dto
2ª # Estrutural: tem por meta a Aqui é revelada a fraqueza e a
segurança a partir da certeza insegurança humana – questões
ordenadora transcendentais
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Um exemplo de ordália é a prova da cruz – por ela, quando alguém fosse morto em rixa, escolhiam-se
sete rixadores, que eram levados à frente de um altar. Sobre este punham-se duas varinhas, uma das quais
marcada com uma cruz, e ambas envolvidas em pano. Em seguida tirava-se uma delas: se saía a que não
tinha marca, era sinal de que o assassino não estava entre os sete. Se, ao contrário, saía a assinalada,
concluía-se que o homicida era um dos presentes. Repetia-se a experiência em relação a cada um deles,
até sair a vara com a cruz, que se supunha apontar o criminoso”.
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Direito e Moral
Direito # Moral
Tem origem no Estado Origem nos costumes e valores
É coercitivo (ex:prisão) Externamente
É apenas coercitiva internamente
Bilateral, nasce de um acordo de Unilateral, apenas dada ao indivíduo.
vontades É um ato de liberdade
Sanção já prefixada em lei Sanção é incerta e sofrida pelo
indivíduo na reprovação de seu ato
pela sociedade, amigos, parentes –
meio social
Obriga independente da vontade das As pessoas agem por vontade própria
pessoas
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RESUMÃO
Introdução ao Direito
Aula 03 e 04
Ementa:
- O que é Moral; - Ordem Jurídica; - Noções históricas do Direito Romano
- Direito Público e Direito Privado; - Sistemas jurídicos; - Codificação
MORAL
(texto com base na obra “Direito, Justiça, Virtude Moral e Razão” de Moacyr
Motta da Silva, Editora Juruá, 2003)
O QUE É MORAL Segundo: Platão, Aristóteles, Hobbes, Kant, Hegel, Scheler e Hartmann.
VIRTUDE MORAL:
Designa forma de vida justa e honrada.
Regra de convivência em sociedade balizada pela honra e justiça.
Tem início na família – aqui são construídos os princípios da VM.
Ex: respeito pela família, obediência hierárquica, cidadão x Estado.
É a boa vontade que nasce no homem a partir da educação voltada a esse
fim.É o aperfeiçoamento que vocaciona o homem ao bem.
VIRTUDE POLÍTICA:
Segundo a teoria da educação, é o ensino de princípios, de condutas
destinadas a formar o cidadão para a administração do Estado.
=ADMINISTRAR O ESTADO COM JUSTIÇA=
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EXCELÊNCIA INTELECTUAL:
Nasce da instrução, experiência e tempo.
Há pessoas que são boas por natureza, pelo hábito ou pelo ensino –
enquanto educação que ensina o bom, o útil, a garantia da ordem e a justiça.
EXCELÊNCIA MORAL:
Nasce do hábito, dos costumes, da inteligência de discernir entre o bem
e o mal. É concretizada através da ação humana que deve buscar o bem através
da utilidade. A ação, os meios e os fins – devem ser morais, para que a ação seja
considerada MORAL.
O maior bem da EM é a justiça. O homem, ser racional, desenvolve a
idéia do bem, do justo e passa a formar uma tábua de valores éticos.
VALOR MORAL:
O conceito de valor moral parece ter origem na consciência do ser
espiritual, como fenômeno de Natureza existencial. O ser espiritual elege o
valor moral a partir de sua realidade histórica. Trata-se de juízo de valor que o
ser desenvolve como processo existencial.
RAZÃO:
Esse conceito apóia-se no conhecimento do ser. A razão como faculdade
do intelecto opera como a memória, a imaginação. Constitui a razão a baliza
que orienta os impulsos, as emoções, sejam no sentido positivo ou negativo.
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(introdução para entender sistemas jurídicos, diferença entre Dto Público e Dto Privado
e fontes do Direito)
(Obra base: Direito Civil, Parte Geral. Silvio de Salvo Venosa. 5ª ed. 2005. Ed. Atlas.
São Paulo)
O Dto Romano nunca morreu. Suas instituições revelaram-se como uma arte
completa e uma ciência perfeita. Sempre almejou uma cultura jurídica superior.
IUS CIVILE
O romano é prático e submete-se à lei na medida de sua utilidade. A
utilidade é para o espírito romano a fonte verdadeira e suficiente para justificar
o direito.
Os pontífices, juristas canônicos interpretam o direito divino FAZ. Os
juristas leigos vão interpretar o direito dos homens IUS.
Compreendia tanto o Dto Público como o Dto privado.
Entende-se que o dto não é infalível nem imutável devendo atender às
necessidades sociais. Predomina o formalismo.
Fontes: costumes e a lei das XII Tabuas.
Roma parte para a lei escrita quando percebe que a incerteza do costume
já não satisfaz a suas necessidades.
Nunca a codificação foi responsável por uma estagnação no direito.
IUS GENTIUM
O “ius civile” convinha a uma cidade de estreitos confins.
À medida que o estado romano trava contato com outros povos,
aumentando os contatos com estrangeiros, o excessivo formalismo do “ius
civile” torna-se insuficiente e inconveniente.
Roma deixa de ser uma cidade essencialmente agrícola para tornar-se um
centro de atividade comercial.
Surge um dto mais elástico apropriado aos estrangeiros e ao comércio -
+- um dto internacional.
Esse sistema tinha muita relação com o direito natural inspirado no bom,
justo e eqüitativo.
Com o “ius gentium” o “ius civile” ameniza-se, torna-se menos
formalístico.
O centro político do império transfere-se ao Oriente (Constantinopla)
enquanto Roma cai nas mãos dos bárbaros.
CODIFICAÇÃO DE JUSTINIANO
CÓDIGO – CODEX
Feito em 2 anos.É obrigatório como lei do império.
Começa com uma invocação a Cristo. Fontes do dto. Dto de asilo.
Funções dos agentes imperiais. Processo. Dto privado. Dto penal. Dto
administrativo e Dto fiscal.
DIGESTO
É obra mais completa que o Código e ofereceu maiores dificuldades em
sua elaboração.
Nunca houve um trabalho assim antes.
Codificou e reuniu todo o dto clássico.
INSTITUTAS
São um breve manual de estudo.
NOVELAS
A maioria foi editada em língua grega e contém reformas fundamentais
como no direito hereditário e no direito matrimonial.
A história de nosso dto está ligada a Portugal, que por sua vez
recepcionou o Dto Romano, assim como França, Alemanha, Espanha, Itália e
qse todos os países do Ocidente.
Em Portugal, temos: 1446 Ordenações Afonsinas
Início do séc. XVI Ordenações Manuelinas
1603 Ordenações Filipinas
Código Civil 1867
Melhor será considerar como direito público o direito que tem por
finalidade regular as relações do Estado, dos Estados entre si, do Estado com
relação a seus súditos, quando procede com seu poder de soberania.
EX: D. Constitucional (base), Penal, Administrativo, Financeiro,
Internacional Público, Internacional Privado, Processual.
Teorias:
SISTEMAS JURÍDICOS
------------------------------------------------------------------------------------------------
ROMANO-GERMÂNICO
COMMON LAW
SOCIALISTAS
FILOSÓFICOS OU RELIGIOSOS
CODIFICAÇÃO
Códigos da Antiguidade:
Códigos Modernos:
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Introdução ao Direito
Aula 05, 06 e 07.
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Fontes do Direito:
COSTUMES
JURISPRUDÊNCIA ---------------------------------->> fontes indiretas
DOUTRINA JURÍDICA
PROCEDIMENTOS DE INTEGRAÇÃO: ANALOGIA
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO
EQUIDADE
b) quanto à fonte:
- legislativas: são as normas jurídicas escritas, corporificadas nas leis,
medidas provisórias, decretos.
-consuetudinárias: são as normas não-escritas, elaboradas
espontaneamente pela sociedade. Para que uma prática social se caracterize
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d) quanto à hierarquia:
- constitucionais: originais da Constituição Federal ou de Emendas.
Condicionam a validade de todas as outras normas e tem o poder de revogá-las.
Assim, qualquer norma jurídica de categoria diversa, anterior ou posterior à
constitucional, não terá validade caso contrarie as disposições desta.
- complementares: na ordem jurídica brasileira há normas que se
localizam em leis complementares à Constituição e se situam hierarquicamente
entre as constitucionais e as ordinárias. A aprovação de normas
complementares se dá de acordo com o art.69 da CF, por maioria absoluta.
- ordinárias: localizam-se nas leis, medidas provisórias, leis delegadas.
- regulamentares: estão contidas nos decretos.
- individualizadas: testamentos, sentenças judiciais, contratos, etc.
e) quanto à sanção:
- perfeitas: quando prevê a nulidade do ato, na hipótese de sua violação.
- mais do que perfeitas: quando prevê além da nulidade, uma pena para
os casos de violação.
- menos do que perfeita: determina apenas penalidade quando
descumprida.
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f) quanto à qualidade:
- positivas: permitem a ação ou omissão.
- negativas: as que proíbem a ação ou omissão.
IV – SANÇÃO:
Presidente: 15 dias para sancionar ou vetar. a sanção pode ser tácita: qdo
o prazo escoa sem manifestação ou expressa: qdo declara concordância no
prazo.
se VETAR, o Congresso Nacional tem 30 dias para apreciar.
Para REJEITAR O VETO: CN deve ter voto da maioria absoluta dos
deputados e senadores.
É indispensável para que a lei entre em vigor e deverá ser feita por órgão
oficial. A conseqüência natural da vigência da lei é sua obrigatoriedade, que
dimana do caráter imperativo do Direito.
Aplicação da Lei:
Lei Costume
Autor Poder Legislativo Povo
Forma Escrita Oral
Obrigatoriedade Vigência - promulgação A partir da efetividade
Criação Reflexiva Espontânea
Positividade Validade que aspira Efetividade que aspira
efetividade validade
Condições de Validade Cumprimento de formas Ser admitido como fonte
e respeito à hierarquia e respeito à hierarquia
das fontes das fontes
Legitimidade Quando traduz os Presumida
costumes e valores
sociais
Valor: Lei é a principal fonte do Direito, mas entre nós há certo valor
costumes de direito comercial, direito trabalhista, internacional público.
JAMAIS será aplicado no Direito Penal : não há crime nem pena sem lei
anterior.
Espécies:
“secundum legem” (qdo corresponde à lei. É o costume interpretativo,
pois expressando o sentido da lei a prática social consagra um tipo de aplicação
da norma. Já foi erigido em lei, portanto perde a característica de costume
propriamente dito),
Jurisprudência e Costume:
==A formação de ambos exige a pluralidade de prática: enquanto o
costuma necessita da repetição de um ato pelo povo, a jurisprudência requer
uma série de decisões judiciais sobre determinada matéria de Direito.
## enquanto o costume é obra de uma coletividade a jurisprudência é
produto de um setor da organização social;
##Costume é criado no relacionamento comum entre as pessoas e a
jurisprudência forma-se diante de conflitos que são julgados pelos tribunais;
## o costume é criação espontânea, enquanto a jurisprudência é criação
intelectual, reflexiva.
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1- A livre estimação:
Norteada pelo idealismo de justiça esta corrente preconizou ampla
liberdade aos juízes que poderiam aplicar o dto com base nos princípios de
equidade.
Buscam possibilitar a justiça do caso concreto independentemente do
ditame legal – Ex: direito alternativo
Visando tornar o direito positivo mais racional e adequado aos valores
éticos, o princípio da razoabilidade e proporcionalidade pelo qual as normas jurídicas
devem ser entendidas como fórmulas lógicas e justas para a realização de
determinados fins, tem sido atualmente consagrada pela doutrina e pelos juízes.
2- Limitação à subsunção:
Aqui o juiz opera apenas com os critérios rígidos das normas jurídicas,
com esquemas lógicos, sem possibilidade de contribuir com a sua experiência,
na adaptação do ordenamento à realidade emergente.
Com essa orientação se evitaria o subjetivismo e o arbítrio nos
julgamentos, ao mesmo tempo em que se preservaria a integridade dos códigos.
- Súmula Vinculante.
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-------------------------------DOUTRINA JURÍDICA---------------------------------
Funções da doutrina
Argumento de autoridade
------------------------------------
ANALOGIA--------------------------------------------
Conceito de analogia
Fundamento
Conceito
“São postulados que fundamentam o sistema jurídico de modo geral, embora não
necessariamente estejam explicitados no direito positivo.” (João Batista Nunes
Coelho)
Funções
---------------------------------------EQUIDADE-----------------------------------------
A LICC é omissa, mas o CPC no art. 127 dispõe que o juiz só decidirá por
equidade nos casos previstos em lei.
Importância:
§3º Se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores
começará a correr da nova publicação.
§4° As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que
outra a modifique ou revogue. Trata da vigência temporal da norma.
§2° A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
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§3° Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter
a lei revogadora perdido a vigência. REPRISTINAÇÃO: só ocorre por
expresso!
Lei publicada => presunção de que todos a conhecem (ficção jurídica) ou,
conveniência de que seja conhecida (segurança jurídica).
LOGO, o magistrado não poderá eximir-se de sentenciar, alegando que
não conhece a lei.
PORÉM, quando for provado que houve ERRO DE DIREITO, e este foi
causa determinante, motivo único e principal a determinar a vontade na
celebração de um negócio jurídico (ex: contrato), pode haver anulação.
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DE NORMAS EM CASO DE
LACUNAS.
LACUNAS: 1. existência
2. constatação
3. preenchimento
Constatação e Preencimento:
Art. 5° Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se
dirige e às exigências do bem comum. CRITÉRIOS DE HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO.
Fim social: não há lei que não contenha uma finalidade social imediata. O
princípio da finalidade da lei norteia toda a tarefa interpretativa. A aplicação da
lei seguirá a marcha dos fenômenos sociais, receberá, continuamente, vida e
inspiração do meio ambiente e poderá produzir a maior soma possível de
energia jurídica.
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TÉCNICA JURÍDICA
b.4.2) A cláusula de revogação consiste na cláusula que a lei faz aos atos
legislativos que perderão a sua vigência.
Ex: ficam revogadas as disposições em contrário.
b.5) fecho: indica o local e a data da assinatura, bem como os anos que
são passados da Independência e da Proclamação da República.
Ex: Brasília, 21 de julho de 2004; 182° da Independência e 115° da
República.
- Parágrafo: §
- Inciso, alínea e item:
dura mas é lei); interpretatio cessat in claris (a interpretação cessa diante da clareza); testis unus testis
nullus (uma só testemunha é nenhuma testemunha).
São exemplos de expressões ricas: ad impossibilia nemo tenetur (ninguém é obrigado a fazer coisas
impossíveis), iuris praecepta sunt haec: honeste vivere, alterum non laedere, suum cuique tribuere (os
preceitos do direito são os seguintes: viver honestamente, não prejudicar o próximo e dar a cada um o seu
direito).
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dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum
credor”.
b.2)- Relativa (juris tantum): até onde o direito permite. Admite
prova em contrário. Ex: art. 1321 do CC-2002: “o domínio presume-se exclusivo e
ilimitado, até prova em contrário”.
b.3) - Mista : a lei estabelece uma presunção que, em princípio,
não admite prova em contrário, salvo mediante um determinado tipo por ela
previsto.
1.4.2.5) Ficções : é um instrumento de técnica legislativa para transportar
o regulamento jurídico de um fato para fato diverso que, por analogia de
situações ou por outras razões, se deseja comparar ao primeiro.
Ex: os acessórios de um imóvel, são móveis por natureza, mas recebem o
tratamento jurídico próprio dos imóveis.
Se a analogia não for factível porque sequer lei existe, então se buscará o
costume para o preenchimento da lacuna.
Se não houver lei nem jurisprudência, pode haver costume, e este valerá
para a solução do caso concreto.
O direito romano foi obra do povo romano através da lei; dos pretores
pelos seus editos; e dos jurisprudentes pelo esforço doutrinário.
Por essa razão, a Revolução Francesa, que tudo repele ao antigo regime,
passa a buscar o direito nacional como expressão da vontade do povo,
substituindo assim pelo direito novo qualquer resquício da antiguidade.
A lei não é mais direito do que a sentença. Sob certo aspecto esta é mais
direito pois é o direito em ação, em movimento, tornado vivo e concreto.
E seus métodos:
1.Gramatical: foi o primeiro admitido pelo positivismo legalista. O
primeiro passo foi admitir uma interpretação restrita à linguagem, ao sentido
das palavras e de suas funções na oração.
Referências Bibliográficas:
RELAÇÕES JURÍDICAS
-Personalidade Jurídica
O dto pode ser considerado dos pontos de vista estático e dinâmico.
Estático: conjunto de regras abstratas que orientam a conduta social.
Dinâmico: projeta-se no quadro das relações sociais para definir,
concretamente, os direitos e deveres de cada pessoa.
Todo fato regulado por norma jurídica constitui sempre um vínculo entre
pessoas.
SUJEITO ou TITULAR: é o portador de dtos ou deveres em uma relação
jurídica.
-Pessoa Jurídica
Conceito: é uma construção elaborada pelo dto, em decorrência da
necessidade social de criação de entidades capazes de realizarem determinados
fins, que não alcançados normalmente pela atividade individual isolada.
Princípios:
1- a pessoa jurídica não se confunde com a pessoa natural.
2- o que a pessoa jurídica deve, os indivíduos que a integram não devem.
3- a personalidade jurídica da pessoa coletiva garante-lhe em princípio
iguais direitos e obrigações das pessoas naturais.
4- a administração dos interesses das pessoas jurídicas é feita por pessoas
naturais.
PESSOAS JURÍDICAS DE DTO PRIVADO (art. 44) – Existência legal: art. 45,
com a inscrição do ato constitutivo no registro.
- ASSOCIAÇÕES (art. 53-61): são entidades que visam a fins culturais,
beneficentes, esportivos, religiosos, sem finalidade de lucro.
- FUNDAÇÕES (art. 62-69): caracterizam-se pela existência de um acervo
econômico, instituído como instrumento ou meio para realização de
determinado fim.
- SOCIEDADES (livro II – Do direito de empresa): são pessoas jurídicas que
objetivam fins lucrativos.
- ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
- PARTIDOS POLÍTICOS
2. Relação Jurídica
-Conceito
-Formação
-Elementos ( Sujeitos, Vínculo, Objeto)
-Conceito
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Savigny: “um vínculo entre pessoas, em virtude do qual uma delas pode
pretender algo a que a outra está obrigada”. – elemento material: relação social
e elemento formal: determinação jurídica do fato.
-Formação
As relações de vida formam-se em decorrência de determinados fatores
que aproximam os homens e os levam ao convívio.
A necessidade que o homem possui de suprir as suas várias carências é
que o induz à convivência.
As relações jurídicas formam-se pela incidência de normas jurídicas em
fatos sociais.
Em sentido amplo, os acontecimentos que instauram, modificam ou
extinguem relações jurídicas são denominados fatos jurídicos.
Então, quando ocorre um determinado acontecimento regulado pelas
regras de Direito, instaura-se uma relação jurídica.
É a política jurídica que indica ao legislador as relações sociais que
necessitam de regulamentação jurídica.
Sujeitos:
Entre os caracteres das relações jurídicas há a chamada ALTERIDADE,
que significa a relação de homem para homem (outro).
Nesse vínculo intersubjetivo, cada qual possui uma situação jurídica
própria.
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Relação jurídica:
-simples: envolve apenas duas pessoas.
-plurilateral: em que mais de uma pessoa apresenta-se na situação
jurídica ativa ou passiva.
Vínculo de Atributividade:
Miguel Reale: “é o vínculo que confere a cada um dos participantes da
relação o poder de pretender ou exigir algo determinado ou determinável”.
Tem origem na lei ou no contrato.
Objeto:
É sobre o objeto que recai a exigência do sujeito ativo e o dever do sujeito
passivo.
Recai sempre sobre um bem. Pode ser patrimonial ou não-patrimonial,
conforme apresente valor pecuniário ou não.
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Introdução ao Direito.
FATO JURÍDICO
O direito é um fato social. Porém, não é qualquer fato que lhe interessa.
Em decorrência de sua participação na vida social, as pessoas mantêm
entre si uma pluralidade de relações jurídicas.6
Conceito:
O ato jurídico é fruto de uma vontade livre. Para o direito não importa
tanto a explicação psicológica da vontade quanto a sua manifestação, desde que
livre de fatores que a viciam.
Para o direito, não basta que a vontade exista, mas que venha expressa
de alguma forma, mesmo tacitamente, quando isso for admitido. É preciso
lembrar que o silêncio constitui uma maneira de manifestar a vontade.
Diz o art. 159 do CC que aquele que por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano.
Logo, os atos ilícitos também são atos jurídicos.
Referências:
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NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro: Forense, 30ª ed. 2008.
Relembrar:
FATO JURÍDICO: acontecimento independente da vontade humana que
produz efeitos jurídicos – cria, extingue ou modifica relação jurídica. Pode ser:
stricto sensu, ordinário ou extraordinário.
ATO JURÍDICO: é todo o ato que depende da vontade humana e produz efeito
jurídico. Pode ser: em sentido estrito, negócio jurídico ou ato ilícito.
ATO ILÍCITO:
É a conduta humana violadora da ordem jurídica.
A ilicitude implica sempre a lesão a um direito pela quebra do dever
jurídico.
Para a configuração do ilícito concorrem os elementos:
CONDUTA: sempre humana
ANTIJURIDICIDADE: a ação praticada é proibida pelas normas jurídicas
IMPUTABILIDADE: responsabilidade do agente pela autoria do ilícito
Art. 186 CC : Ato ilícito é aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral.
CATEGORIAS:
Há duas categorias de ilícito: civil e penal.
CIVIL: o descumprimento do dever jurídico, contratual ou
extracontratual, contraria normas de Direito Privado e tem por conseqüência a
entrega de um bem ou de uma indenização.
69
EXCLUDENTES DO ILÍCITO:
Art. 188 CC:
LEGÍTIMA DEFESA: esta medida é de natureza especial e extraordinária,
pois o caminho natural para a defesa dos direitos é a via judicial. A reação
moderada, a título de defesa, além de direito, é dever moral. Ex: quando o
proprietário se vê privado da posse de qualquer bem.
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO RECONHECIDO: o direito
subjetivo é para ser exercitado. A sua utilização normal, de acordo com a sua
finalidade, não caracteriza qualquer ilícito. Ex: proprietário que ajuíza ação de
despejo contra uma empresa, não tem responsabilidade pelo tempo e dinheiro
perdidos durante a paralisação temporária.
ESTADO DE NECESSIDADE: apresenta-se um conflito entre direitos
pertencentes a titulares distintos. Para tutelar o direito próprio, alguém destrói
ou inutiliza o bem jurídico de outrem. É ação ilícita apenas se exceder os limites
indispensáveis à remoção do perigo. REQUISITOS: PERIGO ATUAL E
INEVITÁVEL, NÃO PROVOCADO PELO AGENTE e QUE O SACRIFÍCIO DO
BEM AMEAÇADO COMPENSE A DESTRUIÇÃO DA COISA ALHEIA.
ABUSO DO DIREITO:
TEORIAS DA RESPONSABILIDADE:
NEGÓCIO JURÍDICO:
CLASSIFICAÇÃO:
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ERRO OU IGNORÂNCIA
DOLO
COAÇÃO --------------------------- Anuláveis
ESTADO DE PERIGO
LESÃO
FRAUDE CONTRA CREDORES
-----------------------------------------------------------------------------------
ERRO OU IGNORÂNCIA: Ignorância é a ausência de conhecimento total
ou parcial. Erro é a manifestação de uma vontade que se forma sob
pressupostos falsos.
73
Introdução ao Direito
Antinomia imprópria:
"Não é por outra razão que, após duas horas acaloradas de debates, o
Superior Tribunal de Jusdiça tomou uma decisão inédita no Brasil. Negou o
cancelamento do registro de paternidade, mesmo após um exame de DNA
comprovar que um pediatra de Goiás não era o pai biológico de uma criança. A
razão: a sentença já havia transitado em julgado.
O STJ optou por manter a sentença para preservar a "segurança jurídica"
no campo do Direito Civil.
A ação foi julgada em primeira instância em 1993 e a decisão, à base de
provas testemunhais, foi pelo reconhecimento da paternidade.
Em segunda instância, manteve-se a decisão.
E, em grau de recurso, chegou o caso ao STJ, que não julgou a ação por se
tratar de matéria de prova (é conveniente lembrar que o STJ só tem competência
para julgar matéria de direito).
Só depois de vencidos os prazos legais em que podia recorrer, o pediatra
entrou com uma ação de negação de paternidade, exigindo o exame de DNA e
pedindo o cancelamento do registro civil.
O exame provou que não era ele o pai. Mas aos olhos da lei era tarde
demais.
Prevaleceram no STJ os argumentos de que a matéria julgada deveria ser
preservada, sob pena de abrir um precedente que determinaria a possibilidade
de reavaliação constante de ações já julgadas, fazendo, desta feita, pois,
prevalecer o princípio de segurança jurídica sobre o valor da justiça, como valor
axiológico básico inerente ao Direito, considerando, sobretudo, a natureza não
penal do Direito Processual vertente à hipótese". – o direito não socorre a quem
dorme -
Maria Helena Diniz trata tal antinomia como algo aceitável ou tolerado
para o aplicador: "não podendo ser removida pela ciência do direito, mas deve
constituir um estímulo ao aplicador para ver se ela pode ser eliminada por meio
de técnica interpretativa".
SEGURANÇA JURÍDICA
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<=(TAREFA: texto de no máximo 3 páginas com o tema “Justiça x Segurança Jurídica”, haverá
debate em sala sobre o tema )=>
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
FUNDAMENTOS DO DIREITO
DIREITO NATURAL:
O motivo fundamental que canaliza o pensamento ao DN é a
permanente aspiração de justiça que acompanha o homem. Este, em todos os
aspectos e lugares não se satisfaz apenas com a ordem jurídica existente.
Filosofia do Direito (positivismo jurídico e jusnaturalismo)
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NORMATIVISMO JURÍDICO
Hans Kelsen – divisor de águas ( 1881-1973) +- 1920.
Teoria Pura do Direito reduz a expressão do Direito à norm jurídica.
Aqui o direito passa a ser uma ciência por si.
Seu intento maior foi o de criar uma teoria que impusesse o dto como
ciência e não mais como uma seção da Sociologia.
Essa teoria se refere exclusivamente ao DP.
HK rejeitou a idéia da justiça absoluta. Admitiu, porém como conceito de
justiça a aplicação da nj ao caso concreto.
As normas jurídicas formam uma pirâmide: constituição, lei, sentença,
atos de execução. Acima da constituição acha-se a norma fundamental, ou
grande norma, ou norma hipotética, que pode ser uma constituição anterior ou
uma revolução triunfante.
Isolou o fenômeno jurídico de todos os demais fatos sociais.