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JULIO EDUARDO BORTOLINI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

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Concedente: E.E.B. Giovani Pasqualini Faraco

Supervisor: Mário Heleno Calegari

Orientador: Luciano Camargo Martins

Curso de Licenciatura Plena em Física

Universidade do Estado de Santa Catarina

Joinville (SC), dezembro de 2003.

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PARA MEUS PAIS,

OSNY E MARIA

E PARA MINHA NAMORADA,

DENISE.

AGRADECIMENTOS.

- À minha namorada, que sempre ofereceu ajuda e compareceu quando

necessário.

- À minha querida mamãe, que sempre esteve ao meu lado apoiando e

incentivando.

- Ao meu querido papai, que sem ele não conseguiria chegar até aqui.

- Ao meu orientador, professor Luciano, pelas discussões e sugestões que

engrandeceram o nosso trabalho.

- Ao professor Mário, pela dedicação e atenção prestada à minha pessoa.

- Aos alunos que colaboraram de forma direta e indireta na realização das

atividades.

- Demais professores que contribuíram para o nosso sucesso.

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ÍNDICE

RESUMO 05

1. INTRODUÇÃO

06

2. APRESENTAÇÃO DA CONCEDENTE

07

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

08

3.1 ATIVIDADES DE OBSERVAÇÃO E ANÁLISE

08

3.1.1 Recursos Físicos 08

3.1.2 Recursos Materiais 11

3.1.3 Recursos Financeiros 11

3.1.4 Recursos Humanos 11

3.1.5 Integração Escola – Comunidade 12

3.1.6 O Projeto Político Pedagógico 12

3.2 ATIVIDADES DE REGÊNCIA

12

3.2.1 Acompanhamento de Aulas 12

3.2.2 Preparação de Aulas 13

3.2.3 Apresentação de Aulas 14

3.3 ATIVIDADES DE PARTICIPAÇÃO

14

3.3.1 Atendimento aos Alunos

14

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3.3.2 Projeto: “Feira de Ciências”

15

3.3.3 Reuniões de Órgãos Colegiados

15

4. ANÁLISE DO NOSSO CURSO

17

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

19

ANEXOS 20

ANEXO I – PLANOS DE AULA 21

ANEXO II – AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO PELA ESCOLA 62

ANEXO III – AVALIAÇÃO INDIVIDUAL DAS AULAS 65

ANEXO IV – DIRETRIZES PARA A FEIRA DE CIÊNCIAS 69

ANEXO V – ROTEIROS EXPERIMENTAIS 70

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 92

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RESUMO

O estágio supervisionado é um processo de grande aprendizagem. Este foi

realizado na Escola de Educação Básica Giovani Pasqualini Faraco.

Foram realizadas várias observações no estabelecimento de ensino a fim de obter

a maior quantidade de informações relevantes ao estágio. Com essas observações foi

possível conhecer um pouco da realidade da escola.

Também analisamos o Projeto Político Pedagógico (PPP).

Acompanhamos as aulas do professor supervisor, aprendendo algumas técnicas

novas. Planejamos nossas aulas com base não só em nosso conhecimento mas, também,

nas observações feitas e nas aulas assistidas.

Por fim, realizamos uma feira de eletricidade e eletromagnetismo com duas

turmas de 6a fase para aproximar os alunos da experimentação física. O material gerado

pela feira foi doado à escola.

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1. INTRODUÇÃO

Somente conhecimento teórico não basta para um professor. O estágio

supervisionado é um processo de grande aprendizagem. Ele vem preencher uma lacuna

em nosso curso superior.

As atividades desenvolvidas giraram principalmente em torno da sala de aula. A

observação foi fundamental para a elaboração e execução das atividades de regência.

Investigamos toda estrutura escolar, desde os recursos financeiros e materiais até o

Projeto Político Pedagógico (PPP). Com isso, geramos o conhecimento básico de como

funciona o estabelecimento escolar e como o trabalho deveria ser encaminhado,

resultando nos projetos e nas aulas elaboradas para a escola.

Para as atividades de regência, procuramos elaborar aulas compatíveis com o

nível geral de cada turma e com as necessidades da escola.

Nas atividades de participação, desenvolvemos um projeto de auxílio às

disciplinas de Física e Matemática. Também, elaboramos e executamos uma Feira de

Ciências com os conteúdos de eletricidade e eletromagnetismo, bem como participamos

de reuniões de conselhos.

Com todas as atividades desenvolvidas, completamos mais uma etapa de

aprendizagem do curso. Esta etapa foi somada ao conhecimento já adquirido

anteriormente.

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2. APRESENTAÇÃO DA CONCEDENTE

A Escola de Educação Básica Giovani Pasqualini Faraco, situa a rua Dona

Francisca nº. 4957, bairro Santo Antônio, em Joinville. A escola que é mantida pelo

governo estadual atende à comunidade há 65 anos, foi fundada no dia 15 de fevereiro de

1938, recebendo o nome de Escola Desdobrada Dona Francisca Km 5, passando mais

tarde a denominar-se: Escola Reunida, depois Grupo Escolar, em seguida Escola Básica

e finalmente em 1994 transforma-se em Colégio, por implantar o 2º grau, hoje o Ensino

Médio. O nome da escola foi em homenagem ao professor Giovani Pasqualini Faraco,

nascido em Florianópolis, no dia 05 de abril de 1915, num dia de Páscoa. Além de

trabalhar no Departamento Estadual de Estatística, Giovani Pasqualini Faraco foi

professor de várias disciplinas em vários estabelecimentos particulares e tinha um

grande pendor pela música, tendo composto várias partituras. Mas, na década de 1950

sua vida foi perturbada por uma hipertensão arterial, o que provocou seu falecimento na

manhã de 10 de novembro de 1960.

A escola que funciona nos períodos matutinos, vespertino e noturno oferece à

comunidade a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio e o Ensino

Supletivo, atendendo, em média, oitocentos e sessenta e oito alunos matriculados no

Ensino Regular e duzentos e cinqüenta e um alunos no Ensino Supletivo, totalizando

cerca de um mil cento e dezenove alunos. Apesar de a escola estar localizada em um

bairro que possui uma boa infra-estrutura, dispondo de comércios, indústrias, ruas

pavimentadas, saneamento básico e acesso rápido ao centro da cidade, os alunos

caracterizam-se por serem de famílias predominantemente pertencentes à classe média

baixa.

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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Tudo o que fizemos durante o período do estágio está descrito a seguir.

Procuramos fazer observações e análises a respeito dos recursos disponíveis na escola,

executar atividades de regência como, acompanhamento das aulas do professor

supervisor, preparação e apresentação de aulas e, por fim, acompanhar as atividades

extra-classe por nós promovidas e também pela a escola.

Estas atividades darão ao futuro professor uma visão da realidade presente no

estabelecimento de ensino tornando-o apto a trabalhar com as técnicas adequadas,

utilizando os recursos disponíveis atendendo as necessidades dos alunos.

3.1 ATIVIDADES DE OBSERVAÇÃO E ANÁLISE

Verificamos as condições de trabalho tais como a disponibilidade de recursos

físicos, materiais, financeiros e humanos. Também, observamos a integração da escola

com a comunidade e analisamos o Plano Político Pedagógico (PPP).

Esta etapa torna-se importante no momento em que o estagiário ainda não

conhece o estabelecimento de ensino e o pleno funcionamento escolar.

3.1.1 Recursos físicos

A EEBGP Faraco possui um espaço físico amplo, com 1.175,15 m2 de área

construída (somente o prédio) e 101.568,37 m2 de área livre (incluindo campo de

futebol, quadra poli-esportiva e ginásio de esportes, que está em construção),

totalizando 102.743,52 m2 de espaço físico. Vemos isto como um ponto positivo pois,

os alunos podem desfrutar de um espaço enorme para a prática de atividades físicas. E,

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se a escola necessitar, no futuro, expandir seu espaço predial, pode fazer sem grandes

preocupações.

As instalações prediais apresentam-se (praticamente todas) em reformas, o que

acreditamos prejudicar o desempenho e rendimento dos alunos e também de alguns

professores. A divisão do espaço físico está distribuída em:

15 (quinze) salas de aula com capacidade máxima de 40 (quarenta) alunos para

cada.

Sala de Professores;

Laboratório de Biologia, Química e Física (em construção e indisponível);

Sala de Informática (em construção e indisponível);

Biblioteca (em reforma mas, disponível);

Sala de Artes (em construção e indisponível);

Sala de vídeo (em reformas e indisponível);

Quadra Poli-esportiva e Campo de futebol (em reformas);

Ginásio de esportes (está em construção);

Sala de Direção;

Secretaria informatizada;

Sala da Supervisão;

Sala de Administração;

Sala de Orientação;

Cozinha com depósito para merenda.

Sala para Grêmio Estudantil (sem sala disponível);

As salas de aula, nem sempre contém o número necessário de carteiras. Isto causa

um transtorno enorme ao professor de outra sala, que é interrompido para que o aluno

pegue uma carteira, e ao professor da própria sala do aluno, pois o aluno, que também

não tem culpa, geralmente faz barulhos involuntários (e, às vezes, voluntários) e/ou

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atrapalha seus companheiros para conseguir um espaço para colocar sua carteira e

acomodar-se.

Todas as salas possuem um ventilador e janelas nas duas laterais da sala. O

ventilador é acionado por uma chave distante da sala de aula e nem todas as janelas do

lado do corredor possuem vidros. A pouco tempo atrás as salas de aula estavam sem

portas e sem vidros nas janelas. Não há cortinas nas janelas mas, isso não prejudica o

ensino noturno.

A sala dos professores é coletiva com armários individuais para cada professor

(efetivo e temporário – ACT) e atualmente está em um local provisório (futura sala de

vídeo). Ela possui quatro sofás, duas mesas grandes com cadeiras, um computador com

impressora matricial, dois retroprojetores, dois mimeógrafos (um velho e outro um

pouco mais novo), dois murais para recados, um mural de aniversários, uma televisão e

biscoitos a vontade. Com as atuais reformas a sala está servindo para a armazenagem de

outros materiais e equipamentos que acreditamos que não deveriam estar ali. Os

observados são: vários arquivos de diários de classe, fichas de professores e estatísticas

escolares, máquina de xerox, vários instrumentos musicais (por causa do Dia da

Independência e atualmente retirados), alguns trabalhos escolares (esquecidos pelos

professores), diversos mapas, um aparelho de som do tipo “toca-discos” (não instalado),

um armário porta bandeiras, e uma geladeira que seria propriedade da cantina. Esses

materiais que consideramos como excedente na sala de professores deveriam ser

encaminhados para seus locais de origem, para que a sala dos professores ficasse mais

funcional e confortável, visto que muitos deles estão sobre as mesas ou sobre os sofás,

impedindo que o professor descanse tranqüilo nos intervalos.

Na sala de Direção só cabem duas mesas de escritório com cadeiras. O local é

muito apertado e por isso alguns materiais que deveriam estar ali, não estão. Como

exemplo, citamos o porta bandeira com as bandeiras. Cremos que o espaço diminuto

não interfira muito no trabalho das Diretoras. Está sendo preparada uma nova sala para

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a direção, onde as diretoras poderão atender os pais, alunos e outros mais

confortavelmente.

A secretaria está atuando em seu lugar definitivo. Possui dois computadores com

impressora, uma matricial e uma jato de tinta para documentos especiais. Ali trabalham

a secretária e a diretora administrativa da escola e também em cada turno tem um(a)

estagiário(a).

O local disponível para o laboratório de ciências ainda está em construção, sendo

assim, vedada a sua utilização, bem como a utilização noturna do campo de futebol, da

quadra poli-esportiva e da quadra do ginásio, por causa da precária iluminação.

A biblioteca, que também está sob reformas e encontra-se em um local provisório,

atende aos alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Supletivo. Nela trabalham

duas bibliotecárias, uma atende no período matutino e outra no período vespertino e

noturno (até 21:00h).

É permitido aos alunos retirarem livros, o que pode reduzir os prejuízos causados

pela não adoção do mesmo em sala de aula (como veremos na análise das aulas

assistidas). Cada aluno possui sua carteirinha que é utilizada como controle para a

retirado do livro.

A organização da biblioteca está muito longe do ideal; os livros estão empilhados

em prateleiras de estantes e também sobre as mesas de estudo, deixando o espaço de

leitura muito limitado.

A bibliotecária do período noturno nos pareceu bastante ativa, interessada e

preocupada com a leitura e a baixa procura da biblioteca. Várias vezes, ela seleciona

livros e indica a leitura ao professor. Nós recebemos algumas indicações.

3.1.2 Recursos materiais

Com muitas dificuldades, a escola disponibiliza alguns recursos materiais. O

essencial, giz (somente branco) é oferecido sem grande restrição. Cada sala tem o seu

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quadro e apagador. É fornecido “papel carta” para impressão de provas, trabalhos e

exercícios para os alunos sem limite para o professor.

Como já citado, a escola possui alguns recursos áudio-visuais, que muitas vezes

são disputados pelos professores. Assim, criou-se uma lista de reserva para a TV e

vídeo.

Também pode-se contar com a biblioteca, que possui mais de 2.350 títulos e mais

de 5.000 exemplares. De conteúdos da física ela possui mais de 90 exemplares.

Matriz para mimeógrafo e transparência para retroprojetor não são fornecidas.

3.1.3 Recursos financeiros

A Escola de Educação Básica Giovani Pasqualini Faraco é mantida pelo Governo

de Santa Catarina. O estabelecimento conta com a autonomia financeira, porém são

necessários boletins orçamentários para a execução de quaisquer investimentos. Nesses

boletins devem constar o custo e a necessidade dos gastos. Este boletim também deve

ser aprovado pelo governo.

3.1.4 Recursos humanos

A escola conta com a colaboração de cinqüenta e um professores, sendo dois

professores de Física devidamente habilitados (um trabalha no período matutino e o

outro no noturno). É um privilégio para a escola contar com professores de Física

habilitados.

Conta ainda com uma Diretora geral, uma diretora pedagógica, uma secretária que

acumula o cargo de administradora financeira, duas supervisoras, uma orientadora

educacional, seis serventes, um vigia e três alunos bolsistas.

3.1.5 Integração escola-comunidade

A unidade escolar conta com a APP (Associação de Pais e Professores), Clube de

Mães (Doce Vida) e o CDE (Conselho Deliberativo Escolar), formado por professores,

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pais e alunos. Mesmo assim, a escola enfrenta sérios problemas com a baixa freqüência

dos pais e a ausência dos que possuem filhos em dificuldade na aprendizagem ou

indisciplinados. Também, notamos a baixa participação dos pais na vida escolar e a falta

de comprometimento com a escola.

3.1.6 O projeto político pedagógico (PPP)

O PPP constitui-se num documento norteador das ações pedagógicas e

administrativas da unidade escolar. Sua elaboração atende à Lei de Diretrizes e Bases.

De acordo com o Projeto Político Pedagógico, o qual está sendo atualizado, é

objetivo da Escola de Educação Básica Giovani Pasqualini Faraco criar condições e

mecanismos que possibilitem a democratização e a socialização do saber como

resultante do esforço de garantir o acesso e a permanência à escolarização básica, a

superação da ação individual face à necessidade de engajamento em projetos de

produção coletiva. A escola promoverá a convivência dos educandos, visando a

superação de preconceitos e discriminações. Por isso, em hipótese alguma se usará a

carência do educando para justificar seu insucesso na escola.

3.2 ATIVIDADES DE REGÊNCIA

As atividades de regência compreendem os seguintes itens:

3.2.1 Acompanhamento de aulas

O professor de Física do período noturno – com quem trabalhamos – não exige

que os alunos adquiram livro didático de Física ou qualquer apostila. Ele utiliza, na

maioria das vezes, o livro Física Fundamental – volume único, do Bonjorno[1] como

referência. Este livro é muito interessante pois, consegue resumir os pontos mais

importantes dos conteúdos não prejudicando-os e nos fornece uma grande variedade de

exercícios. A não utilização de livro didático acarreta em algumas dificuldades ao

professor e aos alunos. Primeiramente, porque o aluno não possui uma fonte de leitura

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básica (livro) que pode lhe estimular nos estudos e segundo, porque o professor perde

muito tempo em tentar lhe fornecer os conteúdos e exercícios de tarefa.

Mesmo assim, sempre que possível o professor procura trazer elementos que

demonstram o fenômeno físico em estudo, ou então fornece aos alunos um exemplo do

seu cotidiano, algo que ele vivencia quase que diariamente.

Como estímulo, muitas vezes, foram feitas perguntas aos alunos, que nem sempre

eram respondidas imediatamente. Também foram dadas “questões problemas” para o

aluno, que muitas vezes, nunca parou para pensar.

Ao longo do estágio, observamos que os alunos não alteram muito seu

comportamento. Desde o início do semestre vemos alunos atendendo celulares dentro da

sala de aula, saindo para fumar (sabendo que é proibido), jogando papéis uns nos outros,

conversando assuntos irrelevantes às atividades escolares e sequer dando atenção ao

professor. Esse comportamento é mais elevado nas turmas maiores, onde há falta de

respeito entre os próprios alunos combinados com a falta de interesse resultando em

distração geral da turma. Acreditamos que isso ocorre em turmas maiores por causa do

desconforto sentido pelos alunos. Até mesmo nós, ás vezes, resistíamos em entrar em

salas muito cheias.

Também percebemos que os alunos não colaboram nem com o professor e nem

consigo mesmo. Sabendo de suas dificuldades, eles mesmos não mudam de atitude para

reverte-las. Há muitas conversas durante a explicação do professor e enquanto o

professor está escrevendo no quadro, o tumulto aumenta.

Outro grande problema observado é a falta de conhecimentos matemáticos e a

dificuldade de resolver operações algébricas. Em algumas discussões com professores,

tanto de Matemática, como de Química e Física, chegamos a conclusão de que o

problema inicia-se nas séries iniciais e aumenta como uma “bola de neve” nas séries

seguintes. Com isso, o professor de Física sempre fica condicionado a rever a

matemática do problema, algumas vezes em casos muito simples.

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3.2.2 Preparação de aulas

O plano de aula é fundamental para que o professor não cometa erros grosseiros

ou se perca entre os conteúdos. Ele é a parte de maior detalhamento do projetos de

ensino. Para a elaboração dos planos levamos em conta as observações feitas no

estabelecimento de ensino. Com isso, sabíamos quais os recursos disponíveis e que não

era possível contar com um laboratório de Ciências.

Alguns planos foram planejados de um dia ao outro, refletindo bem a realidade da

escola pública estadual. Eles possuem um formato estudado na própria faculdade.

O formato ficou assim:

- título;

- tempo;

- turma;

- objetivos;

- conteúdos;

- estímulo;

- metodologia;

- avaliação;

- tarefas;

- observações; e

- anotações.

3.2.3 Apresentação de aulas

Foram ministradas aulas em todas as turmas do ensino médio. Houve uma

preocupação em dar continuidade à aulas anteriores, fazendo uma ponte de ligação.

Sempre estávamos preocupados com que o aluno se sentisse estimulado a estudar. Por

isso, fizemos muitas perguntas induzindo-os à obterem as respostas certas e relacionar a

teoria demonstrada com a vivência do aluno. Todas as aulas foram continuações dos

conteúdos que o professor da disciplina estava trabalhando.

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3.3 ATIVIDADES DE PARTICIPAÇÃO

3.3.1 Atendimento aos alunos

Este trabalho foi disponibilizado aos alunos do Ensino Médio e também aos

alunos do supletivo na disciplina de Matemática. Sinto em dizer mas, a procura foi

baixa e quando houve, a dificuldade quase sempre foi nos conteúdos de Matemática.

Com a ajuda do professor de Matemática do supletivo, lecionamos algumas aulas

nas turmas de 6ª a 8ª séries. Tentamos fazer as aulas mais interessantes e mostrar a

importância da Matemática em suas vidas.

Os resultados não foram muito bons mas, pela análise do professor da disciplina,

não foi por causa do possível despreparo do estagiário e sim, da grande despreocupação

dos alunos com o ensino.

3.3.2 Projeto: “Feira de Ciências”.

Em meados de outubro, pôs-se em prática um projeto de “feira de ciências” (as

diretrizes do projeto estão no anexo IV). Na realidade, este projeto foi imposto aos

alunos das 6ªs fases 02 e 03, como condição para a progressão nos estudos. Em termos

gerais, nós elaboramos vinte e duas experiências de fácil montagem e que utilizam

materiais de fácil acesso (os roteiros experimentais estão contidos no anexo V) sobre os

conteúdos de eletricidade e eletromagnetismo. Isso resultou em um trabalho individual

para cada aluno.

Em data determinada, sorteamos os trabalhos entre os alunos para não cometer

injustiças privilegiando alguns e prejudicando outros.

Cada trabalho deveria ser entregue em forma escrita e em forma de apresentação

do experimento. Estavam em jogo três notas: uma pelo trabalho escrito, uma pelo

simples funcionamento e aspecto aparente da montagem experimental e a última era a

apresentação aos colegas de outras fases e séries.

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Foram disponibilizadas cerca de dez aulas para a montagem da experiência e

elaboração do trabalho escrito e apresentação. Em todas elas, estávamos auxiliando e

fornecendo informações úteis para a execução do projeto.

A apresentação ocorreu no dia 19 de novembro de 2003 nas dependências da

escola. Cada aluno possuía uma carteira simples para montar sua apresentação. Cada

turma permaneceu em sua sala de aula, não prejudicando as apresentações da feira.

O resultado final foi muito bom, tivemos uma boa participação dos alunos e de

certa forma todos os professores sentiram-se orgulhosos da capacidade que a escola tem

para desenvolver atividades como esta. Acreditamos também, que foi uma experiência

inesquecível para os alunos.

3.3.3 Reuniões de órgãos colegiados.

A primeira reunião que participamos foi um conselho de classe relativo ao

semestre anterior. Neste conselho, bem como no último visto, a direção de ensino lê o

nome dos alunos e as disciplinas que eles estão com notas baixas, então, o professor da

disciplina se manifesta aprovando ou deixando em exame ou mesmo reprovando o

aluno dependendo da situação do mesmo. O último conselho visto foi no dia 24 de

novembro de 2003.

Neste primeiro conselho, também foi solicitado aos professores a fazerem uma

auto-análise, com o auxílio de um questionário. Não foi dado um fechamento positivo

ao teste, pois não foram discutidos os resultados.

Na segunda semana de aula, foi realizada uma reunião de emergência para refletir

sobre o caso de um aluno que não tinha sido aceito no colégio. O aluno não se

esforçava, “agitava” a turma e não tinha um bom desempenho escolar. O aluno foi

convocado a esclarecer o motivo do retorno, justificar-se de seus atos anteriores e

comprometer-se a ser mais responsável, mantendo um caderno de estudo, não

tumultuando as aulas e a estudar mais para obter melhores resultados. Ele já tivera

obtido uma segunda chance outra vez e, esta, seria a última.

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Três semanas passaram-se e, infelizmente, o aluno cometeu um delito, foi detido e

acabou por desistir dos estudos nesta escola.

Outras reuniões de menor importância foram realizadas e que não irão prejudicar

nosso trabalho não relatando-as.

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4. ANÁLISE DO NOSSO CURSO

Aqui cabe, fazer uma avaliação do curso de Licenciatura Plena em Física. Do meu

ponto de vista, o curso não está formando nem professores para o ensino médio e nem

bacharéis. Até acredito que este nível de conhecimento é excelente mas, o nível de

cobrança é precário.

Existem no curso, professores que não conseguem transmitir seus conhecimentos

ao aluno e muito pior, não são capazes de fornecer-lhe condições para que sua disciplina

possa ser transferida ao ensino médio. Grande parte destes professores não sabem

avaliar. Ou cobra um conteúdo muito básico, ou cobra reprodução de texto e reprodução

de contas, ou então, cobra problemas muito além da capacidade dos alunos.

Por que nosso curso deve aceitar professores com capacidade questionável?

Temos o caso de um professor do departamento de matemática que não conseguiu obter

êxito no nosso curso e agora, depois de formar-se em um curso “magíster” é aceito

como professor. Quero dizer: “Para aluno o indivíduo não serve mas, para professor ele

serve.” Se continuarmos assim, todas as “tralhas” virão dar aulas no curso. Posso

seguramente dizer que se a disciplina de EBA continuar sendo ministrada da forma que

está sendo ministrada, muitos alunos continuarão com todas as suas dúvidas em

eletrônica. Se você perguntar o que o aluno aprendeu nesta disciplina, logo que

terminou-a, certamente ele te responderá que não aprendeu nada. O colegiado tem que

aprender a dizer não para esses maus professores.

Outro ponto crítico em nosso curso é a falta de empenho de alguns professores em

fazer o curso crescer. Parece que estes professores estão engajados em um fanatismo

político ou ideologia ultrapassada que os impedem de conversar com a direção

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solicitando melhorias no curso. Muitas vezes, penso que a culpa do nosso curso não

evoluir como outros é de total responsabilidade de alguns professores do departamento

de Física. Enquanto isso, faltam laboratórios melhor estruturados (por exemplo de FEX-

D), faltam livros para leitura na biblioteca, falta sala com recursos audio-visuais (muito

importante para o professor moderno), faltam projetos de extensão universitária para

promover o conhecimento e divulgação do curso entre outros. E mais, a sala com

computadores para os bolsistas ou alunos do curso onde está? E, por que precisamos de

uma sala para instrumentação para o ensino de física e uma sala para prática do ensino

de física? Por causa de brigas pessoais? Essas disciplinas tem um contexto muito

parecido (produzir projetos de ensino e materiais de laboratórios para aplicá-los em sala

de aula) e não necessitaria de uma sala para cada uma.

Nosso curso até pode, possuir um grau de conhecimento maior mas, se não nos

modernizarmos, seremos passados para trás no mercado de trabalho.

Esses são alguns dos problemas que rondam nosso curso.

Então, resumindo minha avaliação, o curso tem um nível de informações bom

mas, um nível ruim de transmissão dessas aos alunos.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Das discussões apresentadas neste relatório, não podemos classificar nenhuma

como mais importante. Todas são de grande relevância ao estagiário porque são práticas

diárias de um professor.

A teoria e prática muito utilizadas (lecionei em uma escola estadual e no projeto

de extensão “Entendendo a Física para o Vestibular) durante a vida acadêmica, foram

melhoradas. A prática docente foi aperfeiçoada com o auxílio de vários professores,

principalmente do Professor Supervisor Mário e do Professor Orientador Luciano.

A escolha da escola foi certeira pois, visto as dificuldades que quase todas as

escolas públicas e gratuitas possuem, possibilitou ao estagiário, uma efetiva participação

nas atividades escolares, sem restrições. Os alunos, na sua maior parte, tratavam-te

como um professor formado e capaz.

Foi gratificante ver nos olhos dos professores o orgulho da escola quando

apresentamos a Feira de Eletricidade e Eletromagnetismo. Esta foi uma pequena

semente lançada por nós que, num futuro bem próximo, deverá desenvolver-se e render

vários frutos.

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