0 evaluări0% au considerat acest document util (0 voturi)
27 vizualizări2 pagini
INQUÉRITO CIVIL nº 06.2015.00002046-5 com a finalidade de apurar a ocorrência de desvio de função pela designação de policiais civis, com prejuízos do desempenho de suas atribuições de polícia judiciária, para desempenhar a função de vigilância/guarda patrimonial dos prédios que abrigam as delegacias de polícia da Capital, causando sérios prejuízos à segurança pública, notadamente à persecução penal, determinando, desde logo, as seguintes providências:
INQUÉRITO CIVIL nº 06.2015.00002046-5 com a finalidade de apurar a ocorrência de desvio de função pela designação de policiais civis, com prejuízos do desempenho de suas atribuições de polícia judiciária, para desempenhar a função de vigilância/guarda patrimonial dos prédios que abrigam as delegacias de polícia da Capital, causando sérios prejuízos à segurança pública, notadamente à persecução penal, determinando, desde logo, as seguintes providências:
INQUÉRITO CIVIL nº 06.2015.00002046-5 com a finalidade de apurar a ocorrência de desvio de função pela designação de policiais civis, com prejuízos do desempenho de suas atribuições de polícia judiciária, para desempenhar a função de vigilância/guarda patrimonial dos prédios que abrigam as delegacias de polícia da Capital, causando sérios prejuízos à segurança pública, notadamente à persecução penal, determinando, desde logo, as seguintes providências:
70 PROMOTORIA DE JUSTIA DE NATAL - INVESTIGAO CRIMINAL
IC - Inqurito Civil n06.2015.00002046-5 PORTARIA N0003/2015/70PMJ O MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, por meio de seus Representantes subscritos, no desempenho de suas atribuies legais, com fulcro no art. 129, II e VI, da Constituio da Repblica, no art. 26, I, da Lei Federal n 8.625/93, no art. 84, III, da Constituio do Estado do Rio Grande do Norte e no art. 68, I, da Lei Complementar Estadual n 141/96, e CONSIDERANDO que incumbe ao Ministrio Pblico zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pblicos e dos servios de relevncia pblica aos direitos assegurados na Constituio Federal, promovendo as medidas necessrias a sua garantia, na forma dos artigos 129, II, da Carta Magna; CONSIDERANDO que a segurana pblica dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, devendo ser exercida para a preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio, nos moldes do art. 144 da Carta de Outubro; CONSIDERANDO que o direito segurana pblica tem caracterstica predominante de direito ou interesse difuso, por ser de natureza transindividual, indivisvel, de titularidade dispersa entre pessoas indeterminadas e ligadas por circunstncias de fato no interesse geral de recebimento de proteo fornecida pelo Estado na preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio; CONSIDERANDO que aportaram notcias a esta Promotoria de Justia de que, aps a extino da guarda patrimonial, agentes da polcia civil (policiais) teriam sido desviados de suas funes investigativas para desempenhar o papel de vigilncia dos prdios que abrigam as delegacias, causando srios e profundos prejuzos s investigaes e, consequentemente, segurana pblica, sendo mais um fator a concorrer para a baixa resolutividade de crimes; CONSIDERANDO que, nos termos do art. 4, do Cdigo de Processo Penal, incumbe a polcia judiciria, no territrio de sua respectiva circunscrio, a apurao das infraes penais e da sua autoria; CONSIDERANDO que, a teor do art. 144, 4, da Constituio Federal, s polcias civis, dirigidas por delegados de polcia de carreira, incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais, exceto as militares; CONSIDERANDO que, malgrado seja imprescindvel a ininterrupta guarda/vigilncia das delegacias, j que nas suas dependncias encontram-se armas, munies, inquritos, materiais apreendidos (a exemplo de entorpecentes), tal atividade no se confunde com as atribuies da polcia judiciria e no devem, pois, ser cometidas a policiais civis, sob pena de desvio de funo e prejuzos graves combalida persecuo penal; CONSIDERANDO que incumbe a esta 70 Promotoria de Justia de Natal, em matria cvel, no mbito judicial e extrajudicial, a defesa dos direitos segurana pblica e especialmente a fiscalizao das polticas de segurana pblica desenvolvidas pelo Estado do Rio Grande do Norte, inclusive no acompanhamento de questes envolvendo a compatibilidade, a adequao e a regularidade dos quadros de pessoal das instituies de segurana pblica inclusive quanto ao recrutamento e treinamento de servidores; CONSIDERANDO que o Inqurito Civil, institudo pela Lei 7.347/85, o meio procedimental adequado para angariar dados e informaes, assim como elementos probatrios destinados a instruir eventual ao civil pblica voltada para a tutela de direitos difusos a ser defendidos pelo Ministrio Pblico; RESOLVE instaurar INQURITO CIVIL n 06.2015.00002046-5 com a finalidade de apurar a ocorrncia de desvio de funo pela designao de policiais civis, com prejuzos do desempenho de suas atribuies de polcia judiciria, para desempenhar a funo de vigilncia/guarda patrimonial dos prdios que abrigam
as delegacias de polcia da Capital, causando srios prejuzos segurana pblica, notadamente
persecuo penal, determinando, desde logo, as seguintes providncias: 1.Autue-se e registre-se no livro prprio desta Promotoria de Justia; 2.Oficie-se Secretaria de Estado da Segurana Pblica requisitando que, no prazo de 10 (dez) dias teis, informe a esta 70 Promotoria de Justia qual a alternativa que ser adotada (especificando prazo e modo de implementao) para garantir a vigilncia/guarda patrimonial das delegacias de polcia, sem incorrer os policiais civis em desvio de funo; 3.Oficiem-se s Autoridades Policiais das 1 a 15 Delegacia de Polcia de Natal e especializadas (DEHOM, DEFUR, DEFD, DAME, DEAM, DEICOT, DEICOR, DCA, DEA, DENARC, DEATUR, DEPREMA) requisitando que informem, no prazo de 10 (dez) dias teis, como e por quem realizado o servio de vigilncia/guarda patrimonial dos prdios que abrigam s delegacias, notadamente se existem policiais civis desempenhando essa funo, quantos e qual a escala, bem como quantos agentes deixaram de realizar atividades de polcia judiciria para exercer essa vigilncia; 4.Outrossim, oficiem DEGEPOL e a DPCIN requisitando, tambm no prazo de 10 (dez) dias teis, que informem como realizado esse servio de guarda/vigilncia patrimonial das delegacias da grande Natal e do interior do Estado, principalmente se existem policiais civis desempenhando essa funo, quantos e qual a escala, assim como policiais deixaram de realizar atividades tpicas de polcia judiciria para se dedicar a essa vigilncia; 5.Comunique-se, por correio eletrnico, a instaurao deste Inqurito Civil, atravs de correio eletrnico, ao CAOP Criminal, remetendo-lhe cpia desta portaria; 6.PROCEDA-SE A PUBLICAO DESTA PORTARIA NO DIRIO OFICIAL DO ESTADO, NA FORMA DETERMINADA NO ART. 4, VI, DA RESOLUO N 23/2007 - CNMP; CUMPRA-SE. Natal, 24 de maro de 2015. MRCIO CARDOSO SANTOS Promotor de Justia Substituto EMANUEL DHAYAN BEZERRA DE ALMEIDA Promotor de Justia Substituto