Disciplina: Português Professora: Margarida Rodrigues Escola Secundária Sá da Bandeira Padre António Vieira e os Índios
Ana Margarida Gaspar
TER 2 Nº2 Padre António Vieira e os Índios
Depois de Padre António Vieira ter perdido a estima do rei de Portugal e
de ter fracassado em algumas das suas iniciativas políticas, aumentou o numero de inimigos tanto na Igreja como na Corte. Tudo o que Vieira tinha feito tinha como objectivo o desenvolvimento de Portugal mas cometeu um grande erro: supôs que os outros eram dotados de tanta inteligência e compreensão como ele. Por outro lado ele era invadido de grande alegria pois tinha retornado a sua vocação de missionário e voltada a ilha de Maranhão, mas ao chegar lá apercebeu-se da corrupção das pessoas de Maranhão sobretudo dos Brancos que apenas se preocupavam com enriquecimento sem nenhumas regras, dissolutos. Os índios, por sua vez, viviam na miséria e a mercê dos colonos, por isso, Vieira escreve os seus primeiros sermões atacando violentamente os costumes e o odioso regime de escravatura denunciando assim também o rei. Como forma de proteger os indígenas, ele tenta uma incursão nas entradas do sertão conseguindo só o ódio das autoridades oficiais e dos colonos, tentou também mandar relatórios para Lisboa mas isso de nada adiantava. Mas continuando na sua luta, Vieira tenta diminuir o sofrimento dos mais infelizes, visita os presos, funda um hospital, reparte a sua alimentação, catequiza, fulmina o vício e a luxúria. Acaba um livro chamado Esperanças de Portugal que envia ao Bispo do Japão no qual fala sobre a questão do V império, imaginando, reformulando, adaptando as profecias. Embora a Companhia, ali no Brasil, o apoie, pouco pode contra os interesses instalados. O feudalismo rural, fundamento da estrutura económica do Brasil, estava a ser solidamente implantado e, para tal, os escravos seriam pedras basilares. António Vieira sabia que só conseguiria o seu propósito se voltasse de novo a Portugal, por pouco tempo. O tempo apenas necessário para, com a sua persistência, convencer o rei a ditar os decretos que ponham fim a escravidão no Brasil. Antes, porém, na catedral de S. Luís irá pronunciar o seu mais belo sermão, o de Santo António aos peixes - alusão parabólica ao estado das coisas na colónia. Embarca, às escondidas das autoridades e dos brancos, a 17 de Junho de 1654. Só assoma à capital em Novembro depois da mais tormentosa das viagens: próximo dos Açores a nau sofre terrível tempestade e o jesuíta julga chegado o último dos seus dias; salvo da borrasca, o navio é assaltado pelos piratas holandeses que tudo saqueiam e deixam Vieira e os companheiros, sem roupas e bens nas praias da Graciosa.
Neste trabalho falo sobre um fase da vida do Padre António Vieira em
que eu tenta libertar os colonos e abolir a escravidão. Foi este mesmo tema que o leva a escrever o Sermão de Santo António aos Peixes. http://2.bp.blogspot.com/_vGo6_ENXQmg/Sw1gYLYeCXI/AAAAAAAAAA0/KBpr JpjCCrw/s320/P_Antonio_vieira[1].jpg