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1) O documento discute as ideias de Durkheim sobre a divisão social do trabalho e como ela gera solidariedade entre os membros da sociedade.
2) Durkheim distingue entre solidariedade mecânica, encontrada em sociedades tradicionais, e solidariedade orgânica, presente em sociedades industriais complexas.
3) A divisão do trabalho pode gerar não só solidariedade, mas também desintegração social em certas circunstâncias anômicas.
1) O documento discute as ideias de Durkheim sobre a divisão social do trabalho e como ela gera solidariedade entre os membros da sociedade.
2) Durkheim distingue entre solidariedade mecânica, encontrada em sociedades tradicionais, e solidariedade orgânica, presente em sociedades industriais complexas.
3) A divisão do trabalho pode gerar não só solidariedade, mas também desintegração social em certas circunstâncias anômicas.
1) O documento discute as ideias de Durkheim sobre a divisão social do trabalho e como ela gera solidariedade entre os membros da sociedade.
2) Durkheim distingue entre solidariedade mecânica, encontrada em sociedades tradicionais, e solidariedade orgânica, presente em sociedades industriais complexas.
3) A divisão do trabalho pode gerar não só solidariedade, mas também desintegração social em certas circunstâncias anômicas.
Em Durkheim, a diviso social do trabalho a fonte principal da
solidariedade. Essa ideia aparece com fora em sua obra Da diviso do trabalho social (1893), poca marcada por intensas mudanas sociais, que afetam inevitavelmente as relaes de trabalho. Analisando a evoluo das sociedades, Durkheim divide a solidariedade em solidariedade mecnica e solidariedade orgnica. A solidariedade mecnica corresponde s sociedades tradicionais, prcapitalistas, marcadas por uma homogeneidade social muito grande. Nelas, os indivduos se parecem. As culturas tradicionais partilham de crenas e valores comuns, cujos controles e padres morais so fornecidos pela religio, sendo fundadas no consenso, havendo pouco espao para a divergncia. Nessas culturas, v-se uma baixa diviso de trabalho, diferente nas sociedades que comeam a se industrializar e urbanizar. A harmonia possvel graas semelhana de valores entre os indivduos. O processo de transio para a industrializao e urbanizao trouxe o colapso da solidariedade mecnica e, medida que crescia a especializao das tarefas e a diferenciao social, uma nova solidariedade nomeada de orgnica, se estabelece. A solidariedade orgnica, portanto, prpria da sociedade capitalista. Supe uma complexidade social maior, em que os indivduos so diferentes. Durkheim est preocupado com a coeso social. A coeso social ou a sua ausncia resultado da tenso entre dois conceitos: o da solidariedade e da anomia. A solidariedade interna da sociedade, solidariedade agora qualificada como orgnica, funda-se sobretudo na interao de cada um na diviso do trabalho social. A anomia manifestao, de desregramento torna precria a vida e corta laos sociais. Na ordem capitalista, tm-se a ampliao da diviso social do trabalho, cuja funo seria produzir solidariedade e criar um sistema de direitos e deveres. A diviso do trabalho em Durkheim parte do pressuposto de que o mesmo pode gerar consensos e ser portador de um pacto de convivncia. Os indivduos aceitam o lugar social que lhes dado desde que impere uma ordem social que leve justia a todos os seus membros. A sociedade durkheimiana uma sociedade regida pela negao do conflito. Neste sentido, ela no comporta o diferente. No entanto, nem sempre a diviso do trabalho social um fenmeno normal. A diviso do trabalho pode ser fonte no somente de solidariedade, mas tambm de desintegrao social. O enfraquecimento da conscincia coletiva um fenmeno prprio e normal em sociedade de solidariedade orgnica. Nem por isso pode ser considerado patolgico. Durkheim elucida trs formas de diviso do trabalho anmica. Isso ocorre porque normalmente a diviso do trabalho produz a solidariedade social, mas h momentos em que tem resultados totalmente diferentes ou mesmo opostos. As anomias surgem quando a diviso do trabalho no produz contatos suficientemente eficazes entre os indivduos nem regulaes adequadas das relaes sociais.
Uma primeira forma patolgica a diviso do trabalho anmica. Num
contexto de fortes mudanas sociais, novos contextos vo surgindo e que no so regrados. A segunda forma a coao. Para Durkheim, a vida social se organiza com certa espontaneidade quando os indivduos interiorizam a sociedade e aceitam os contratos. Quando essa espontaneidade rompida, ocorre a coao, que necessita de um assentimento expresso por parte dos indivduos. A terceira forma anormal se d quando no h uma regularidade do trabalho. A solidariedade depende estreitamente da atividade funcional das partes especializadas. As funes tornam-se mais ativas quanto mais contnuas forem, dessa forma acarretando no aumento da solidariedade. Durkheim valoriza muito o trabalho em corporaes (renovadas) [mediao entre Estado e sociedade]. Para ele as associaes de profissionais de trabalho foram capazes de fornecer um cdigo de tica e uma identidade corporativa aos artesos e profissionais, desde a era romana at a Revoluo. Embora no seja explicito, Durkheim considera que o trabalho significante e satisfatrio unicamente quando feito em um meio regulamentado e normativo, marcado pela solidariedade entre os trabalhadores (associaes de profissionais do trabalho). No se trata de estabelecer uma estrutura idntica das corporaes e das guildas do Ancien Rgime. As novas corporaes deveriam aumentar seu porte e estender a estrutura de sua organizao para se tornarem corporaes nacionais. O grupo social, ancorado na situao profissional, serve de autoridade moral que igualmente fonte de calor e de simpatia que refreia todo egosmo. Durkheim sugere ainda que as corporaes poderiam servir de nova base vida poltica, visto que, no passado, elas eram a pedra angular das comunidades urbanas. O autor d a entender que a corporao renovada poderia estabelecer-se como a unidade poltica de base do Estado moderno. Referncia: DURKHEIM, mile. De la division del trabajo social. Uruguay: Shapire Editor, 1967. TIRYAKIAN, Edward A. O trabalho em mile Durkheim. In: MERCURE, D.; SPURK, J. (Orgs.). O trabalho na histria do pensamento ocidental. Petrpolis (RJ): Vozes, 2005, p. 215-234.
Categoria Trabalho. Quadro comparativo entre os autores
Para Durkheim as tenses, os conflitos sociais, movimentos de ruptura so anormais e devem ser submetidos a uma espcie de 'terapia sociolgica' para justa harmonizao, para a reinstaurao da eunomia, j para Marx os conflitos sociais e suas derivaes so fatos inerentes sociedade e so os conflitos que produzem a histria. As diferenas entre Marx e Weber Weber, ao contrrio de Marx, no v o capitalismo com um poder das relaes sociais, que surge por fora dos meios de produo. Segundo Weber, o capitalismo se tornou uma 'fora' porque j estava presente e havia se desenvolvido no 'modo de vida' da sociedade. Trata-se de uma atitude frente vida (individual e coletiva) - a racionalidade - que o ocidente desenvolvera e foi o facilitador do triunfo capitalista.