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Attico I. Chassot Licenciado em qumica,
doutor em educao. Departamento de Qumica,
Universidade Luterana do Brasil, Canoas - RS
A separao entre a alquimia e a qumica mais profunda que o simples avano tcnico.
Alquimiando a Qumica
N 1, MAIO 1995
H diferenas
significativas em
termos de energia no
arrombar um cofre e
ao abr-lo quando se
conhece o segredo
Como em muitos momentos da
histria da humanidade, a alquimia est
hoje muito presente, mais uma vez, nas
discusses e questionamentos das
pessoas. Podem ser feitas pelo menos
trs leituras da alquimia, decorrentes
estas das diferentes representaes
sociais que se tem sobre a alquimia. Em
outro texto (Chassot, 1994b), apresento
de forma mais extensa as seguintes
leituras possveis:
i) uma ctica, que apresenta a
alquimia como uma prtica eivada de
charlatanismo e destituda de qualquer
significado cientfico, mas qual se concede, no sem um certo desprezo,
algumas contribuies acidentais;
ii) uma histrica, que faz uma releitura
crtica de perodos mais distantes da
histria, em especial do medievo,
contextualizando a alquimia e os alquimistas nesses perodos;
iii) uma que admite um certo realismo-fantstico, que no sinnimo de
fantasia, mas que tem muito de incrvel
ou ainda inexplicvel. Nesta leitura no
apenas se aceita como possvel ter
havido transmutaes alqumicas, como
tambm se colocam figuras singulares
como Newton na galeria dos que operaram esses feitos.
Poderia estender-me por vrias
pginas relatando experimentos atravs
dos quais alquimistas alegam ter realizado aquilo que modernamente classificamos como transmutao de elementos. Sabemos que so as transmutaes que ensejam que em modernssimos laboratrios se sintetizem, por
exemplo, os elementos localizados
depois do urnio na tabela peridica. Se
aceitarmos a hiptese de que vegetais
e animais podem realizar transmutaes, podemos tambm reconhecer
Alquimiando a Qumica
Referncias bibliogrficas
CHASSOT, A.I. A cincia atravs dos
tempos. So Paulo, Moderna, 1994a,
193p.
-. Alquimia: em busca
de um sincretismo com a qumica
moderna. Episteme (n 1, ano 1), no
prelo.
ENGELS, FRIEDRICH. El papel del
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GOTTFRIEND, R S. La muerte negra
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HATHAWAY, D. Patentes, alimentos,
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N 1, MAIO 1995