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INTRODUÇÃO
Os parceiros sentaram-se em uma grande roda para discutir o trabalho e também visitaram os locais
onde acontecem as atividades do projeto. Duas reuniões foram realizadas com as equipes de mães-
cuidadoras e de agentes comunitários de educação: uma na zona urbana e outra na zona rural, na
comunidade de Monte Belo, com representantes da Petrobrás, do Centro Popular de Cultura e
Desenvolvimento (CPCD), da Prefeitura Municipal de Carbonita e do Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Para dar início às atividades do Cidade Educativa, nos reunimos com as comunidades e parceiros,
inclusive com o Projeto Semear Esperança de Carbonita (PROSESC), reafirmado a parceria iniciada no
ano anterior. Na reunião, avaliamos o trabalho realizado em 2006 e foram discutidas as propostas
para sanar os pontos negativos, combinando-se uma segunda reunião para fazer os acertos finais.
Os principais assuntos abordados nessas reuniões foram: apresentação do projeto Cidade Educativa,
parceria com o PROCESC, os objetivos (o que queremos?) e inscrições das crianças para o início das
atividades. As reuniões foram participativas e as pessoas se sentiram à vontade para expressar
opiniões e fazer questionamentos sobre os projetos.
Após as reuniões, iniciamos a atividade com as crianças nos bairros, com uma média de 243
participantes. O diagnóstico de aprendizagem está em fase de elaboração nos cinco bairros, o que
norteará as atividades futuras. Para avaliar a participação das crianças e adolescentes, podemos citar,
por exemplo, atitudes que mostram maior capacidade de comunicação, felicidade, aprendizado,
respeito e transformação.
As principais atividades desenvolvidas são: Bornal de Livros e Algibeira de Leitura, Bornal de Jogos de
Aprendizagem e Bornal de Jogos da Paz, biscoitada, oficinas comunitárias, passeios educativos,
brincadeiras educativas, pedagogia da roda e do brinquedo.
• Mães-cuidadoras e pais-cuidadores
O grupo de mães e pais-cuidadores está realmente preocupado com a educação e o aprendizado das
crianças e dos adolescentes do município. E o que nos mostra que o trabalho está realmente
contribuindo com o aprendizado e a educação é o planejamento e a execução das atividades, pois há
de fato interesse e empenho para que gerem educação.
A palavra “cuidadores” está sendo seguida ao pé da letra: pode-se perceber o carinho e o cuidado
que o grupo dedica às crianças e aos adolescentes, e isso faz com que o nosso público-alvo se sinta
bem à vontade e tenha prazer em participar das diferentes ações desenvolvidas pelo projeto.
Para aprimorar o seu trabalho, mães e pais estão sempre participando das capacitações oferecidas. A
cada reunião, o grupo leva o tema para a roda, refletindo sobre suas ações e buscando formas de
melhorá-las sempre.
A formação contínua dos agentes se dá por meio das rodas de conversas, nas quais sempre
procuramos levar uma atividade que gere discussão e de alguma forma interfira no bom desempenho
de nossas ações. Um aspecto positivo no trabalho realizado com os agentes comunitários de educação
é a empolgação que eles transmitem às crianças, contribuindo efetivamente para o protagonismo
juvenil.
Os agentes trabalharam bastante com a Carta da Terra, que proporcionou ao grupo grandes
discussões sobre o tema do meio ambiente. Cada grupo apresentou um trabalho sobre o assunto e daí
surgiram várias atividades, como visitas à Usina de Reciclagem e ao rio Curralinho. Além disso, foram
concebidos espetáculos de teatro e técnicas bem lúdicas, que proporcionaram ampla discussão sobre o
tema.
• Biblioteca
Uma experiência que tem mostrado resultados bem positivos são as oficinas de leitura realizadas com
os usuários, enquanto eles aguardam horários livres nos terminais. Todas os dias, o grupo propõe essa
atividade para as crianças e aos poucos elas passam a mostrar interesse também pelos livros e não
apenas pelos terminais de pesquisa.
Os bornais e as algibeiras são as principais ferramentas para desenvolver a leitura e a escrita das
crianças e dos adolescentes participantes das atividades do projeto. Vale a pena ressaltar a forma de
utilização dos bornais de livros e das algibeiras de leitura em cada local trabalhado: cada grupo criou,
de acordo com o público atendido, uma forma diferente e inovadora de trabalhar com os livros, como
oficinas de leitura, teatro, mural, criação de histórias, entre outras. Isso fez com que as crianças
gostassem de ler e aprendessem mais com os livros.
Essas são outras ferramentas que também chamam a atenção das crianças e dos educadores, pois se
mostram realmente eficazes. Em todos os locais onde desenvolvemos as nossas atividades, os bornais
de jogos são as atividades que mais despertam interesse, tanto de crianças e adolescentes como dos
adultos.
Os jogos ajudaram bastante no desenvolvimento escolar das crianças e adolescentes com os quais
trabalhamos. Comprovamos que as pessoas aprendem mais e mais rápido quando utilizam os jogos
do que pela forma convencional de ensino.
• Biscoitada
A biscoitada é mais uma tecnologia de aprendizagem que também se mostra muito eficaz dentro do
nosso objetivo. Todas as vezes que a biscoitada acontece, parece ser a primeira vez para os
participantes. É uma atividade literalmente gostosa de ser feita. Percebemos que as crianças estão
realmente aprendendo e que isso está chamando a atenção de seus pais e da comunidade. Todos
querem saber como se ensina fazendo biscoito.
O nosso principal objetivo com essas oficinas é promover o envolvimento comunitário, que é uma das
dimensões do nosso Plano de Trabalho e Avaliação. Dentro desses grupos, desenvolvemos maneiras
de diálogo, geração de “oportunidades” e de conhecimento, além do resgate da cultura, utilizando os
saberes e fazeres da comunidade. Nós do CPCD chamamos esse processo de Pedagogia do Sabão.
Com essas oficinas, despertamos na comunidade o interesse pela busca de soluções que possam
contribuir para o desenvolvimento local, a partir de pequenas ações que a própria comunidade possa
realizar. Pensamos que esse é um grande passo para a construção de uma Cidade Educativa.
Reconhecemos a importância das brincadeiras para a construção dos valores de um povo, assim como
a importância da brincadeira na infância. Pelo que observamos no nosso trabalho, algo que está
sempre em evidência são as brincadeiras educativas. Antes de iniciarmos qualquer atividade, fazemos
uma brincadeira e depois levamos o assunto para a roda e discutimos as lições que podemos tirar de
cada uma delas. Percebemos que isso permite desenvolver nas crianças, na comunidade e nos
educadores a capacidade de conviver em grupo, de respeitar uns aos outros e, sem dúvida, de
melhorar a expressão oral.
Algumas brincadeiras já foram adaptadas para trabalhar as quatro operações, a leitura e a escrita
junto aos participantes do projeto. Constatamos que elas estão realmente contribuindo para nos
aproximar cada vez mais do nosso objetivo. Também utilizamos a construção de brinquedos a partir
de materiais alternativos, como garrafas PET, papelão, caixas, latas, entre outras sucatas, e
aproveitamos isso para trabalhar questões ambientais com as crianças e os adolescentes.
• Pedagogia da Roda
A roda contribui muito para o desenvolvimento de todas as atividades: tudo o que fazemos passa antes
pela roda. Nela, sempre buscamos um consenso, discutimos, planejamos e avaliamos todas as nossas
ações. A roda é usada para o trabalho desenvolvido com as crianças, os adolescentes, as
comunidades, os educadores e com nossos parceiros. Algo que percebermos é que a roda já está
sendo incorporada em outros projetos.
O MPRA já foi aplicado em todas as áreas do nosso projeto, fazendo com que o grupo e a
coordenação parassem para analisar quais as correções de rumos deveríamos adotar, de forma a não
nos perder e nem deixar o grupo se perder dentro da busca para alcançar o nosso objetivo.
O MPRA fez o grupo parar para refletir sobre cada criança infreqüente ou desistente e procurar
maneiras de resgatá-la, incentivando-a a voltar a participar das atividades propostas pelo projeto,
além de buscar sempre inovar em nossas ações diárias.
• Permacultura
A Permacultura trabalha com três grandes temas interligados: o econômico, o social e o ambiental.
Também possui sua ética, que é baseada em três pontos fundamentais:
1.Cuidado com a Terra – nosso planeta e abrigo.
2.Cuidado com as pessoas e espécies - zelar pelo próximo sem subestimá-lo ou inferiorizá-lo.
3.Partilha de excedente - dividir o que sobra.
Observamos que há maior cuidado com a cobertura do solo, mantendo dentro das mandalas mais de
uma espécie de plantas e fazendo o próprio adubo com mato, restos de alimentos, esterco animal,
entre outros produtos fornecidos pela a natureza. Além disso, privilegiou-se o aproveitamento de
garrafas descartáveis, tijolos e outros materiais que poluíam a comunidade para a construção das
mandalas e das espirais de ervas.
Outra coisa que também podemos deixar em evidência é o respeito pelas espécies ali existentes, tanto
vegetais como animais. Inicialmente, toda planta ou bicho que ali aparecesse gerava preocupação,
mas agora já sabemos que a biodiversidade é muito positiva.
O trabalho com a horta alcançou mais uma dimensão do nosso Plano de Trabalho e Avaliação (PTA),
que é o envolvimento comunitário. As pessoas da comunidade levaram mudas, sementes, tijolos e
esterco para a preparação da nossa horta e, agora que ela já está produzindo verduras, as mães-
GERENCIAMENTO DO PROJETO
O projeto “Carbonita: Cidade Educativa” foi criado pelo Centro Popular de Cultura de
Desenvolvimento (CPCD), que é a entidade executora do projeto, a Petrobrás Distribuidora, órgão
financiador, a Prefeitura de Carbonita, por meio de suas secretarias de Educação, Cultura e Ação
Social e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Observa-se também que a equipe ainda está em processo de amadurecimento e que a cada dia evolui
mais, percebendo a importância desse projeto. Isso com certeza vai refletir no trabalho e resultar em
qualidade de aprendizado.
Em grande parte dos bairros de Carbonita, já estamos realizando oficinas comunitárias com membros
da comunidade, o que nos permite um envolvimento a cada dia maior com a população e maior
conhecimento de suas necessidades. Na comunidade de Monte Belo, as famílias também estão
Contamos com a participação de três escolas das comunidades de Monte Belo, Estiva e Abadia, que
estão diretamente ligadas ao projeto. Na comunidade Monte Belo, os professores já fizeram o
diagnóstico local. O grupo de mães-cuidadoras e de agentes comunitários de educação está
desenvolvendo atividades com as crianças e tem a proposta de desenvolver esporadicamente
atividades junto aos professores.
Em Estiva, os professores já preencheram a ficha de diagnóstico dos alunos. A escola permite que o
grupo de agentes comunitários de educação e de mães-cuidadoras utilize diariamente o espaço da
biblioteca para construir jogos, disponibilizando ainda o espaço para a exposição dos jogos
confeccionados.
Na comunidade de Abadia, os contatos com a escola foram menores, pois os grupos de mães e pais-
cuidadores e Agentes Comunitários de Educação são ainda recém-formados. Mas já sentimos alguma
abertura para as atividades do projeto, considerando que a escola sempre participa de alguma forma:
já fez doação de sucatas, de livros e de embalagens para que os membros do projeto utilizem na
confecção de jogos e brinquedos.
Vale a pena ressaltar que todas as mobilizações comunitárias feitas nessas três comunidades se dão a
partir do apoio dado ao projeto pela coordenação de cada uma das escolas.
Já efetivamos parcerias com o Projeto Semear Esperanças de Carbonita (PROCESC) e a partir delas
atendemos as crianças inscritas com atividades educacionais e de aprendizado. É uma troca
importante, pois juntos desenvolvemos e realizamos ações e mobilizações comunitárias. Estamos
afinando os nossos discursos e buscando falar a mesma língua, proporcionando assim resultados mais
palpáveis.
A cada dia, estamos procurando ampliar e reforçar essas parcerias, não somente com os parceiros
diretos, como a Prefeitura e suas secretarias, o CMDCA e a Petrobras, mas também no sentido de
mobilizar toda a aldeia, como o PROCESC e outras entidades locais.
Helbert Rodrigues - Educador
• Indicadores de Êxito
Índices qualitativos
• Indicadores de dificuldades
O Projeto “Carbonita: Cidade Educativa” vem ganhando, a cada dia, mais espaço dentro da
comunidade: as pessoas que ainda não conhecem o projeto buscam informações a respeito, enquanto
a nossa equipe empenha-se em levar o maior número possível de informações para as comunidades.
É possível perceber como nossos educadores estão melhorando a sua capacidade de raciocínio, assim
como a sua prática educativa. Aos poucos, estamos criando teias que estão unindo projetos, entidades
e a comunidade, caminhando rumo à tão desejada Cidade Educativa.
Agente
Pai- Mãe- Carga Coordenação
Nome / Comunidade comunitario
cuidador cuidadora horária local
de educacão
Comunidade: Abadia 01 07 06 14
01 Euflozina Corrêa Amaral X 20 h
02 Henrique Charmorro X - 20 h
03 Ivanete de Azevedo Ribeiro X 20 h
04 Luciana Lourenço X 20 h
05 Lucinéia Vieira da Silva X 20 h
06 Maria Geracina C. das Neves X 20 h
07 Maria Pedralina Corrêa X 20 h Helbert
08 Solange Vieira Monteiro X 20 h Rodrigues
09 Alexsandra Ribeiro Vaz X 20 h
10 Creuza Vieira da Silva X 20 h
11 Edvani Corrêa de Araújo X 20 h
12 Marilene Gomes de Araújo X 20 h
13 Odair Guedes Felício X 20 h
14 Ugleisom de P. Carvalho X 20 h
Comunidade: Estiva 08 06 14
15 Adelânia de C. Barral X 20 h
16 Ana Paula dos Santos X 20 h
17 Juliana Pereira X 20 h
18 Maria Andréia C. Pereira X 20 h
19 Maria Aparecida S. Duarte X 20 h
20 Maria Evangelista Santos X 20 h
21 Maria Stael Pereira X 20 h
22 Natalina de S. Arnaldo X 20 h Helbert
62 Osmarina de L. Oliveira X 20 h
63 Osvaldina Alves Teotônio X 20 h
64 Rosâgela Silva Azevedo X 20 h
65 Fabiana G. da Costa X 20 h
66 Francisca Alves de Souza X 20 h
Total Geral 43 24 67
Abril / 2007
Maio / 2007
02/05
8:00 às São Vicente Confecção de cartazes para Kátia Azevedo, Tiago dos
12:00 divulgação das reuniões nos Santos, Renata Azevedo e
bairros, confecção de jogos e Daiana.
material didático e documentação
Carbonita: Cidade Educativa 18
do trabalho executado.
Confecção de cartazes para
divulgação das reuniões nos
13:00 bairros, confecção de jogos e Equipe de mães-cuidadoras e
às São Vicente material didático e documentação agentes comunitários de
17:00 do trabalho executado. educação
Organização e catalogação dos
Bornais de Livros e Algibeiras.
Confecção de cartazes para
divulgação das reuniões nos
bairros, confecção de jogos e Equipe de mães-cuidadoras e
8:00 às
São Vicente material didático e documentação agentes comunitários de
12:00
do trabalho executado. educação
Organização e catalogação dos
Bornais de Livros e Algibeiras.
03/05
Confecção de cartazes para
divulgação das reuniões nos
13:00 bairros, confecção de jogos e Equipe de mães-cuidadoras e
São Vicente e
às material didático e documentação agentes comunitários de
Biblioteca
17:00 do trabalho executado. educação
Organização e catalogação dos
Bornais de Livros e Algibeiras.
Comunidade, Ana Alves,
Rosângela e Rita Porto,
Reunião com comunidade representante do Prosec
8:30 Simão
(Projeto Semeando a
Esperança de Carbonita) e
coordenadores do CPCD
04/05
Comunidade, Lidiane,
Luciene, Lourdes Souza,
Reunião com comunidade representante do Prosec
14:00 Simão
(Projeto Semeando a
Esperança de Carbonita) e
coordenadores do CPCD
8:00 às Início das atividades com crianças Maria Helena Martins/
07/05 Simão
12:00 e adolescentes Alexandra Oliveira/ Lourdes
Junho / 2007
1ª e 2ª Série
Leitura Matematização
19 18
20 20
15 15
10 10
5 0 0 5 1 0
0 0
1ª Diagnóstico (19 alunos) 1ª Diagnóstico (19 alunos)
3ª e 4ª Série
Leitura Matematização
10 8 8 7
6
5 4
2 1
0 0 0
0 0
1ª Diagnóstico (8 alunos) 1ª Diagnóstico (8 alunos)
5ª e 6ª Série
Leitura Matematização
30 30
21 21
20 20
10 10
0 0 0 0
0 0
1ª Diagnóstico (21 alunos) 1ª Diagnóstico (21 alunos)
1ª e 2ª Série
Leitura Matematização
80 68 80 64
60 60
40 19 40 19
11 15
20 20
0 0
1ª Diagnóstico (98 alunos) 1ª Diagnóstico (98 alunos)
3ª e 4ª Série
Leitura Matematização
60 48 80 58
40 31 60
14 40 21
20 14
20
0 0
1ª Diagnóstico (93 alunos) 1ª Diagnóstico (93 alunos)
Leitura Matematização
20 17 30
20
15 11 11 20 13
10
10 6
5
0 0
1ª Diagnóstico (39 alunos) 1ª Diagnóstico (39 alunos)
7ª e 8ª Série
Leitura Matematização
10 8 6 5
4 3
5
2
0 0 0
0 0
1ª Diagnóstico (8 alunos) 1ª Diagnóstico (8 alunos)
1ª e 2ª Série
Leitura Matematização
30 23 20 15 17
20 11 10 4
10 2
0 0
1ª Diagnóstico (36 alunos) 1ª Diagnóstico (36 alunos)
3ª e 4ª Série
Leitura Matematização
27
30 22 30
20 20
10 7
10 6 10 4
0 0
1ª Diagnóstico (38 alunos) 1ª Diagnóstico (38 alunos)
Leitura Matematização
36 28
40 30
30 20 13
20
10 4 10
1 0
0 0
1ª Diagnóstico (41 alunos) 1ª Diagnóstico (41 alunos)
7ª e 8ª Série
Leitura Matematização
30 30 23
20
20 20
9 8
10 2 10
0
0 0
1ª Diagnóstico (31 alunos) 1ª Diagnóstico (31 alunos)
1ª e 2ª Série
Leitura Matematização
15 12 13 20 17
9
10 8 9
10
5
0 0
1ª Diagnóstico (34 alunos) 1ª Diagnóstico (34 alunos)
3ª e 4ª Série
Leitura Matematização
19 18 18
20 17 20
15 15
10 10
5 2 5 2
0 0
1ª Diagnóstico (38 alunos) 1ª Diagnóstico (38 alunos)
Leitura Matematização
14
15 15
10 10 9
10 6 10
5
5 5
0 0
1ª Diagnóstico (30 alunos) 1ª Diagnóstico (24 alunos)
7ª e 8ª Série
Leitura Matematização
10 9
15 11
7
6 8
10
5
5 3
0 0
1ª Diagnóstico (22 alunos) 1ª Diagnóstico (22 alunos)
1ª e 2ª Série
Leitura Matematização
100 82 70 100 77
57 53
50 35 50
0 0
1º Diagnóstico Geral (187 alunos) 1ª Diagnóstico Geral (187 alunos)
3ª e 4ª Série
Leitura Matematização
75
80 63 100 81
60 39 50 46
40 50
20
0 0
1ª Diagnóstico Geral (177 alunos) 1ª Diagnóstico Geral (177 alunos)
100 80 80 60
60 42
50 29 40 29
22
20
0 0
1ª Diagnóstico Geral (131 alunos) 1ª Diagnóstico Geral(131 alunos)
7ª e 8ª Série
Leitura Matematização
40 40 34
29
30 23 30
19
20 9 20
8
10 10
0 0
1ª Diagnóstico Geral (61 alunos) 1ª Diagnóstico Geral (61 alunos)
Introdução
A comunidade de Abadia é banhada por dois rios, o Araçuaí e o Água Limpa (que possui esse nome
por causa de suas águas cristalinas), além de um pequeno riacho. Por esse motivo, o local possui
muitas espécies animais e vegetais, mas já se pode perceber o desmatamento nas margens dos rios.
A comunidade de Abadia também se destaca por sua religiosidade e devoção a Nossa Senhora de
Abadia. Além de uma igreja com seu nome, anualmente se realiza uma grande festa em homenagem
à santa, atraindo romeiros de diferentes partes do país, que vêm em busca de fazer e pagar
promessas.
Descrições e análise das atividades desenvolvidas no período, de acordo com o Plano de Trabalho e
Avaliação (PTA): objetivos e metodologia e contribuição para o desenvolvimento integral do público-
alvo
A primeira atividade desenvolvida foi a construção do crachá criativo. Cada participante deu-se uma
forma, cor, tamanho e formato e, na seqüência, pôde assinar o crachá e escrever uma qualidade que
iniciasse com a primeira letra do seu nome. Em seguida, cada um apresentou o seu crachá e disse o
que quis transmitir com ele, falando da qualidade que escreveu. Com essa atividade, tivemos a
oportunidade da saber um pouco de cada pessoa, identificando as tímidas, as mais alegres, as mais
comunicativas, as mais caladas, as pessoas mais sérias etc.
Essas foram as principais técnicas usadas nas várias dinâmicas de grupo. Elas contribuíram de forma
significativa para a formação das equipes, promovendo vivências e discussões sobre a importância do
trabalho em grupo para alcançarmos grandes resultados em tempos hábeis.
Trabalhamos muito com bornais de livros e algibeiras de leitura, oportunidade em que cada grupo
escolheu um livro e procurou uma forma inovadora e criativa para despertar nas pessoas a vontade de
lê-lo. Foram produzidos teatros inacabados, para que as pessoas tentassem buscar o final dentro do
livro, além de poesias e histórias. No encerramento, discutimos sobre todo o processo e se realmente
as pessoas foram convencidas a ler os livros.
Os grupos também tiveram a oportunidade de criar atividades e jogos para trabalhar as dificuldades
escolares das crianças, usando para isso o Bornal de Jogos de Aprendizagem e vários outros jogos.
Para essas capacitações, procuramos levar os nossos “CHA’s pedagógicos”, que reúnem
Conhecimento, Habilidade e Atitude.
Roda
A roda ajudou bastante nas discussões, pois criou a oportunidade de cada participante dar sua opinião
e contribuição em relação ao tema que estava sendo discutido. Observamos que todas as pessoas se
sentiram bastante à vontade para participar.
Avaliação
As avaliações contribuíram bastante para a correção de rumo e também para os avanços nas
atividades e discussões. As pessoas passaram a se conscientizar mais de suas ações, fazendo uma
auto-avaliação de suas posturas e até de sua participação dentro da oficina.
Cada participante contribuiu e se empenhou bastante para garantir o sucesso da oficina: os horários
foram seguidos pontualmente e cada atividade proposta foi realizada. O grupo mostrou-se bastante
preocupado com a qualidade e a estética de cada material produzido, percebendo-se também o
comprometimento de todos em relação aos compromissos.
• Indicadores de êxito
Índices qualitativos
Índices quantitativos
- 5 jogos criados
- 15 participantes
- 6 teatros
- 10 dinâmicas
- 8 histórias contadas
- 5 textos utilizados
- 7 pessoas selecionadas
Embora seja ainda bastante jovem, o grupo mostra-se muito preocupado com as questões
educacionais e ambientais de sua comunidade e já é possível observar grande avanço em relação à
qualidade das discussões.
A abertura do grupo para as coisas novas contribuiu bastante para que pudéssemos implantar a
metodologia, que rapidamente foi assimilada.
Helbert Rodrigues - Coordenador
• Relatório Técnico
Capacitação de educadoraes sociais
Introdução
Essa foi a segunda oficina destinada aos educadores e monitores dos projetos da Secretaria de Ação
Social. Procuramos fazer dessa segunda capacitação um processo que fosse avaliativo e ao mesmo
tempo informativo, no qual pudéssemos avaliar os avanços ocorridos na primeira capacitação e
também introduzir novos temas e reflexões.
O grupo foi composto pelas monitoras do Programas de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), pelas
monitoras do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), pelos coordenadores do PETI e do
CRAS, pela psicóloga do município e pela coordenação do projeto Agente Jovem.
Descrições e análise das atividades desenvolvidas no período, de acordo com o Plano de Ttrabalho e
Avaliação (PTA): objetivos e metodologia e contribuição para o desenvolvimento integral do público-
alvo
Como o grupo já era conhecido e conhecia a dinâmica utilizada, a apresentação serviu também para
relatar as expectativas dos participantes em relação à oficina. Iniciamos com uma apresentação
formal, momento em que a secretária de Ação Social deu as boas-vindas aos presentes e falou sobre o
projeto. Em seguida, falamos dessa segunda fase do projeto e foi entregue a cada participante uma
Uma atividade que provocou no grupo grande discussão foi a dinâmica “Fábrica de aviões”, que
proporcionou amplo debate sobre a qualidade dos trabalhos e grandes reflexões sobre o que é o
trabalho em grupo, além de uma avaliação da prática educacional.
Outro momento muito importante foi quando sorteamos, entre os grupos, papéis onde estavam
escritos alguns direitos da criança e do adolescente e pedimos que as pessoas criassem jogos ou
dinâmicas, trabalhando de maneira prazerosa esses direitos. Dos cinco grupos, quatro desenvolveram
uma dinâmica e alguns jogos com os temas. Avaliamos que a dinâmica e os jogo criados foram bem
positivos.
Alguns jogos receberam sugestões para que fossem melhorados, de forma a se tornar mais objetivos e
mais dinâmicos. Após avaliar a estética dos jogos e a criatividade de cada grupo, voltamos às equipes
e criamos as regras para que cada grupo pudesse reproduzi-los em seus locais de trabalho. As
dinâmicas contribuíram bastante para as discussões de grupo, gerando momentos de muita discussão
e de troca de informações e conhecimento.
A construção do Plano de Trabalho e Avaliação (PTA) foi uma das principais atividades realizadas e
para isso o grupo foi dividido em quatro equipes: Projeto Agente Jovem, Centro de Referência e
Assistência Social(CRAS), PETI zona urbana e PETI zona rural.
As discussões para a elaboração do PTA foram bem ricas: todos contribuíram dando suas opiniões e
idéias. Ao mesmo tempo em que iam construindo o PTA, faziam avaliações e reflexões sobre os
trabalhos realizados no ano anterior, analisando o que deixaram de fazer e os motivos pelos quais
não fizeram.
Com certeza, o grupo desenvolveu muito o lado reflexivo, buscando formas de fazer com que esse
trabalho contribuísse ainda mais com as crianças, os adolescentes e até mesmo com os próprios
educadores.
Percebe-se também que aumentou a criatividade e o cuidado com as minúcias em relação aos
materiais produzidos. Apesar de grande parte da equipe ser da zona rural, criando a necessidade de
ficar longe de casa durante uma semana, as pessoas souberam realmente aproveitar esse tempo e
procuraram aprender e contribuir da melhor forma possível com a oficina.
Indicadores de êxito
Índices qualitativos
Índices quantitativos
- 5 jogos criados
- 14 reproduzidos
- 12 dinâmicas utilizadas
Indicadores de dificuldades
Essas oficinas contribuem bastante para o desenvolvimento dos educadores, pois proporcionam
aprendizado, educação e troca de saberes, facilitando assim a propagação de ações que contribuem
para a eficácia do trabalho, gerando, conseqüentemente, bons resultados.
• Jogos
Objetivo:
Proporcionar às crianças e aos adolescentes o conhecimento de seus direitos dentro do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA).
Material:
- Um tabuleiro
- Dois marcadores de cores diferentes
- Um dado numerado escrito bônus uma vez, perguntas quatro vezes e prendas uma vez.
- Cartas com perguntas
- Cartas bônus
- Cartas com prendas
Sugestões de prendas:
Fale sobre um direito usando mímica, cante uma canção que fale dos direitos etc.
Regra:
Podem jogar dois jogadores ou duas equipes. O jogo se inicia tirando-se o par ou ímpar e quem
ganhar joga o dado primeiro. Se cair em pergunta, ele deverá pegar uma carta pergunta e, se
responder corretamente, avança uma casa; caso contrário, permanece na mesma casa. Se cair em
bônus, ele será gratificado e anda de acordo com o que estiver escrito na casa. Se cair em prenda, ele
só poderá andar a casa se cumprir a tarefa pedida.
Componentes:
Jane / Mariazinha / Gertrudes / Valdirene
Objetivo:
Trabalhar os direitos da criança e do adolescente e também a capacidade de memorização.
Material:
- 15 pares de cartas contendo desenhos que representem os direitos da criança e do adolescente.
Regra:
Joga-se com dois jogadores e até mesmo duas equipes. Inicia-se o jogo tirando-se par ou ímpar e o
vencedor tira uma carta e procura seu par. Se errar, passa a vez, deixando as cartas nos mesmos
lugares. Se acertar, o jogador deverá falar o direito ali representado pelo desenho; caso não acerte,
deverá voltar e deixar a carta na mesa, passando a vez para outro jogador ou equipe.
Componentes:
Eliete Vieira Bispo / Carlene Santos Loiola / Maria Alice Ribeiro / Maria Marlene Morais / Sirleia
Aparecida Gonçalves
Objetivo:
Trabalhar os direitos e deveres da criança e do adolescente de maneira alegre e prazerosa.
Material:
- 1 dado numerado
- 1 tabuleiro contendo tarefas, informações e perguntas sobre os direitos e deveres das crianças e dos
adolescentes.
- 4 marcadores de cores diferentes
Regra:
Jogam de 2 a 4 pessoas. A ordem de início pode se retirada por sorteio. O primeiro jogador lança o
dado e anda no tabuleiro a quantidade de casas indicada no número do dado. Se chegar a uma casa
com pergunta ou tarefa, deverá responder ou cumprir o que se pede e passar a vez para o próximo
jogador. Caso contrário, deverá voltar o número de casas sorteado no dado. Se cair em informação,
Caso esteja perto de terminar e o jogador retirar um número maior do que o necessário para chegar
ao final, ele contará as casas restantes para trás, até encontrar a quantidade exata para chegar ao
final do tabuleiro.
Componentes:
Maria aparecida Silva Ribeiro / Edna Ferreira / Márcia Maria Carvalho / Maria Aparecida Silva
Azevedo / Juliana Pereira
9 Jogo da alegria
Objetivo:
Trabalhar os direitos e o raciocínio das crianças e dos adolescentes de forma alegre e divertida.
Material:
- 1 tabuleiro vazado em formato de quebra-cabeça, contendo desenhos representando os direitos da
criança e do adolescente.
- Peças contendo os direitos das crianças e do adolescente em escrita e que se encaixem no tabuleiro
contendo a pontuação na parte inferior. Podem ser feitas algumas peças sobressalentes que não
possuem o direito desenhado no tabuleiro, para dificultar um pouco.
Regra:
Podem jogar duas pessoas ou dois grupos. Inicia-se com sorteio ou tirando-se par ou ímpar. O
vencedor começa a jogada observando o desenho e escolhendo uma peça que se encaixe nele. O
coordenador da atividade deve confirmar se realmente está correto. Caso acerte, ele observa o verso
da peça e anota a pontuação alcançada; caso erre, ele deverá explicar com suas palavras a
importância desses direitos, colocando-os em evidência na vida dele.
Objetivo:
Proporcionar reflexões e debates sobre os direitos das crianças e dos adolescentes.
Material:
- Som
- Cd contendo músicas que falem dos direitos da criança e do adolescente ou sobre a falta deles.
- Cópias da letra escolhida
Regra:
Entrega-se a cada participante a letra da música escolhida. Depois, coloca-se a música, pedindo a
todos que a acompanhem e a ouçam com bastante atenção. Em seguida, abre-se a discussão.
Componentes:
Deusdete / Ilma / Irene / Edna / Marlene / Jovita
Depoimentos
“Precisamos estudar mais para atender melhor às crianças. Realmente, acontece aquela troca de
saberes: o que sabemos ensinamos para as crianças e o que elas sabem ensinam para nós. Fui
ensinar uma operação para uma delas e ensinava do modo antigo como ‘tomar emprestado’. Ela
sabia de outra forma e me ensinou. A partir daí, comecei a ensinar aos outros da segunda forma e
eles aprendiam de forma mais rápida. No final do dia, três delas haviam aprendido.”
Joanira de Jesus - Mãe-cuidadora
“Da roda eu não gostava, achava chata. Agora gosto porque entendo a importância dela. Depois da
roda, o jogo funciona melhor e ninguém atrapalha mais. É um jeito de nos educarmos.”
Aline Moraes - Comunidade Monte Belo
“Não tinha paciência para escutar o Wilson, meu filho. Agora, faço o possível para dar mais atenção a
ele e observo a mudança no comportamento dele: está mais carinhoso e mais calmo, tem mais
facilidade de aprender e entender o que os outros falam.”
Maria da Luz - Mãe de Wilson
Comunidade Monte Belo