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Texto escrito pelo Ir.'. Walter Jos Fachetti Nogueira para a "Tribuna
Livre". Ser disponibilizado no Site do GOB-ES.
Data: 06 de Outubro de 2007.
Embarquemos na nave do tempo para uma viagem fantstica atravs da lendria Grcia
com destino a Atenas. O sculo o V a. C., quando Pricles, por inspirao dos deuses
da Fora, da Sabedoria e da Beleza transformou Atenas no maior centro cultural e
intelectual do mundo grego.
Atenas, que tambm por inspirao dos deuses teve o privilgio de ser banhada pelo
mar Egeu. O mar dos muitos horizontes bero da civilizao e refgio dos deuses e
das musas.Estamos no ano de 387 a. C., ano da fundao da Academia de Plato.
Comecemos pelo prtico do Jardim de Academus. Vejam o que diz aquela placa j meio
desgastada pelo tempo: "Aqui no entre quem no souber geometria". Isso resqucio
da Escola de Pitgoras, da qual Plato recebera fortes influncias. Mas ns somos
Acadmicos, portanto, temos passagem livre! Vamos entrar!
Aqui neste santurio, entre os deuses e as musas, vive Plato e os seus discpulos. Este
o jardim de Academus o heri da mitologia grega. Vejam como esta paisagem de rara
beleza e o perfume exalado dos bosques nos harmonizam com a natureza e com o
Divino. Tudo aqui emblemtico, misterioso e contagiante...
Ali est o altar de Atena, a deusa da Sabedoria, ladeado por 12 oliveiras Sagradas
originrias da Acrpolis de Atenas.
Aqueles ali so os mais destacados discpulos da Academia: "Espeusipo, Xencrates e
Aristteles, o dileto discpulo de Plato". As aulas aqui so ministradas atravs do
dilogo, nada se escreve os discpulos e o mestre passeiam durante as aulas (aulas
peripatticas).
Na concepo de Plato, o mestre nada ensina aos seus discpulos; ajuda-os apenas a
relembrar os seus conhecimentos latentes, trazido do Mundo das Idias, onde vivemos
anteriormente. Aqui Plato desenvolve a sua dialtica e a teoria das Idias. Ele nos
assegura que o conhecimento uma reminiscncia; e que a felicidade est na
contemplao das idias.
A humanidade, diz Plato, bate-se na rea de um tringulo cujos vrtices so: a Verdade
(a busca pelo inatingvel). O Belo (a imitao do Real, do Divino) que apangio das
artes. Ele diz tambm que ns no amamos as coisas porque elas so belas, e sim, as
coisas so belas porque as amamos. E no pice do tringulo est a idia do Bem, a mais
sublime das Idias: a que nos aproxima da perfeio, razo da nossa existncia.