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O objetivo deste trabalho é tentar compreender a dispersão
presente no campo psicológico, explicando porque orientações e práticas tão diversas
se sustentam, seja através de um conjunto de práticas sociais, seja através
das transformações no campo dos saberes modernos.
O objetivo deste trabalho é tentar compreender a dispersão
presente no campo psicológico, explicando porque orientações e práticas tão diversas
se sustentam, seja através de um conjunto de práticas sociais, seja através
das transformações no campo dos saberes modernos.
O objetivo deste trabalho é tentar compreender a dispersão
presente no campo psicológico, explicando porque orientações e práticas tão diversas
se sustentam, seja através de um conjunto de práticas sociais, seja através
das transformações no campo dos saberes modernos.
Ana Luiza de Britto Silva Felipe Alves Fonseca Paula Rego-Monteiro Marques Vieira Sara Costa Cabral Mululo Paulo Cardoso Ferreira Pontes Arthur Arruda Leal Ferreira Palavras-chave: Histria da Psicologia, Prticas Sociais, Filosofia da Psicologia. INTRODUO: Duas questes podem ser colocadas quando se busca demarcar a histria da Psicologia: Qual seria sua origem histrica? Em que perodo ela se constituiria como saber? Historiadores clssicos, vo privilegiar uma constituio remota da Psicologia, no sculo XIX, onde sua histria se confundiria com a prpria histria do pensamento ocidental. Uma outra perspectiva pensa a Psicologia, irrompendo desde o sculo XVI, a partir de mltiplas razes entrelaadas de experincias, que levariam busca de uma natureza na interioridade e na individualidade humanas. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho tentar compreender a disperso presente no campo psicolgico, explicando porque orientaes e prticas to diversas se sustentam, seja atravs de um conjunto de prticas sociais, seja atravs das transformaes no campo dos saberes modernos. METODOLOGIA: Utilizamos para isto a anlise de fontes primrias (textos clssicos da psicologia) e secundrias (autores que entendem a psicologia a partir de um conjunto de experincias e prticas sociais). RESULTADOS: Entendemos, portanto, que a psicologia teria surgido de vrias orientaes e experincias diversificadas, que, reordenadas, formariam o mosaico que constitui o campo psicolgico. Estas experincias foram tomadas aqui a partir de dois eixos principais: 1) A experincia que constitui uma regio de interioridade nos indivduos, existente desde as prticas de confisso crists, e que a partir do sculo XIXpassa a ser fundamentada por um transcendental
Este trabalho foi apresentado no IV CONPSI (Congresso Norte-Nordeste) em maio de 2005
Salvador-Bahia.
Graduandos do Instituto de Psicologia da UFRJ.
Professor do Instituto de Psicologia da UFRJ, Doutor em Psicologia Clnica pela PUC-SP,
pesquisador financiado pela FAPERJ e FUJB (UFRJ), orientador do trabalho. Residente na Rua do Riachuelo 169/405. Centro - Rio de Janeiro - RJ. CEP: 20.230-014. E-mail: arleal@superig.com.br
Revista do Departamento de Psicologia - UFF, v. 19 - n. 1, p. 269-276, Jan./Jun. 2007
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incognoscvel. A psicologia passaria a estabelecer uma relao entre o sujeito
emprico (nossas experincias conscientes) e um sujeito transcendental (conceitos emprestados de outros saberes). Ora partindo das experincias uma explicao transcendental, ora chegando experincia consciente atravs de um conceito de outro saber; 2) A experincia de individualizao, que constri, no sculo XVI, um indivduo autnomo, sendo fonte contratual dos Estados modernos; e um indivduo enquanto objeto disciplinado, sendo alvo do cuidado dos Estados contemporneos. Esta experincia marcaria toda a prtica psicolgica, oscilando entre a busca da autonomia e do controle de seus sujeitos. Outras experincias modernas, estariam articuladas construo de um espao de interioridade e de uma individualidade nos sujeitos. Seriam experincias variadas, como a que se opera entre corpo e mente (sugerida por Descartes e discutida pela psicologia do sculo XVIII), Razo e Loucura (descrita por Foucault em A Histria da Loucura), idade adulta e infncia (desenvolvida por Philippe ries, na Histria Social da Criana e da Famlia), e domnio pblico e privado (Norbert Elias, O processo civilizador). Uma ltima questo merece ser colocada: como se d a cientifizao destas experincias? Para Foucault em As Palavras e as Coisas, foram necessrias para isto, uma srie de transformaes no conhecimento que possibilitaram o surgimento de uma cincia do homem no sculo XIX. O homem como ser emprico descortinado como objeto natural pelas cincias empricas e reduplicado em sujeito como fundamento pelas filosofias antropolgicas, e a psicologia surgiria do cruzamento destes movimentos. CONCLUSO: Seriam, ento, estas hibridaes entre os conceitos cientficos, os conceitos filosficos e as prticas sociais descritas, que possibilitaram a constituio do campo fragmentado da psicologia. Agncias Financiadoras: FAPERJ e FUJB.
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