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50 craques da Propaganda
Os 50 profissionais homenageados nos trabalhos autorais dos fotógrafos do banco de imagens
SambaPhoto, que você verá nas páginas seguintes, foram escolhidos por jornalistas especializados. Nós,
da Propaganda, sabíamos de antemão o quanto é difícil listar somente meia centena de nomes “top”. Por
isso, pedimos aos colegas que levassem em conta, principalmente, o critério da representatividade de
cada um. Mesmo assim, ninguém se limitou à quantia preestabelecida. Muitos profissionais ficaram de
fora por uma margem mínima de votos. E como acontece com a seleção brasileira de futebol em ano de
Copa, não houve consenso sobre o nosso time ideal. Ficou apenas a certeza de que temos condições de
montar muitos esquadrões de 50 craques em comunicação.
Agradecemos a participação de Adonis Alonso, Armando Ferrentini, redação do jornal
Propaganda&Marketing, Marcio Ehrlich, Nelson Cadena, Francisco Alberto Madia de Souza e José
Roberto Whitaker Penteado.

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Adriana Cury
Líder criativa

Primeira mulher a ocupar um cargo de direção na


McCann--Erickson do Brasil, Adriana Cury é hoje uma das
profissionais mais reconhecidas da publicidade nacional.
Um dos talentos que surgiram na década de 90, Adriana
iniciou sua carreira na então MPM/Casablanca como
redatora e despontou quando assumiu a vice-presidência
nacional de criação da Colucci, oportunidade para mostrar
que, mais do que criar, já tinha potencial para lide-rar. Sob
seus cuidados, a Colucci, uma agência de médio porte,
totalmente brasileira, ganhou destaque entre as mais
criativas do país. Em meio a uma constelação
predominantemente masculina de publicitários, Adriana
passou a se destacar e foi convidada para ser jurada do
Festival de Cannes em 2001, na categoria Press&Poster.
Em 2002, outro desafio: implantar criatividade no perfil da
multinacional Ogilvy, onde assumiu a vice-presidência e
direção nacional de criação. Seu trabalho, reconhecido pelo
mercado, levou a McCann a convidá-la para assumir o
cargo de chairwoman e diretora-geral de criação. “A
McCann era a única grande agência que faltava buscar um
perfil mais criativo”, diz ela, que este ano volta a Cannes
como jurada, dessa vez para julgar a categoria
multidisciplinar Titanium.

Marcio Scavone começou a fotografar ainda criança, com


a Rolleiflex de seu pai. Aos 20 anos já dirigia o
departamento fotográfico da Almap. Estudou fotografia em
Londres, publicou livros sobre o tema e hoje clica fotos
publicitárias, editoriais e pessoais.

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Agnelo Pacheco

O valor de uma idéia

Autor de campanhas memoráveis, como a do tênis All Star, nos anos


80, com a cantora americana Tina Turner, ou “Tomou Doril a dor
sumiu”, Agnelo Pacheco transpira criatividade e ousadia desde criança.
Em Minas Gerais, onde nasceu, começou sua carreira escrevendo
contos policiais e novelas de humor para a TV Itacolomi, dos Diários
Associados. “Os textos não eram pagos, mas eu sempre incluía um
personagem com meu perfil para ser escalado para atuar, ganhar um
dinheirinho e ajudar a família”, lembra. Por suas idéias, foi convidado
a criar um comercial para uma lavadora de roupas. E foi aí que tudo
mudou. Criou um filme no qual quatro donas de casa interpretavam os
Beatles, cantando “Help”. “Foi um sucesso e levei um susto quando
me pagaram, porque não imaginei que uma idéia valia tanto.” Nascia
ali o publicitário Agnelo Pacheco, que nos 19 anos seguintes foi se
aperfeiçoando na agência Norton até fundar, em 1985, a própria
agência, que completa 21 anos em agosto.

Adi Leite começou como fotojornalista há 20 anos, colaborando com


as principais publicações brasileiras. É estudioso da arte de fotografar
e editor de fotografia do Estampa, encarte do jornal Valor Econômico.
Para clicar Agnelo Pacheco, utilizou a técnica do cromo recortado.

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Alexandre Gama
Perfil de ousadias

O grupo inglês BBH possui escritórios próprios em cinco dos


seis países em que atua. Menos no Brasil, onde preferiu se
associar à Neogama, agência de Alexandre Gama. John Hegarty,
CEO da BBH, explica o motivo: “Se fôssemos uma agência no
Brasil, seríamos a Neogama.” Quebras de paradigmas e ousadia
sempre marcaram a carreira do criativo Ale-xandre Gama, que
em 1999 trocou a posição de presidente e CEO da
Young&Rubicam para abrir seu próprio negócio. O publicitário,
que também atuou na Ogilvy e DM9 e foi sócio da Almap, levou
a Neogama a ser a primeira agência brasileira a ganhar um Leão
em Cannes em seu primeiro ano de existência. Também foi a
primeira do país a receber em um mesmo ano Leões de Ouro em
Filmes e Mídia Impressa (2003). Com 20 Leões em Cannes,
trabalhos publicados em anuários do mundo todo e inúmeros
cases na carreira (lançamento do Audi no país, construção da
marca Mitsubishi no Brasil, posicionamento do Bradesco como o
banco completo, entre outros), Gama liderou no ano passado a
arrancada da Neogama no ranking das agências, pulando da 22ª
para a 13ª posição segundo o Ibope Monitor.

Brasiliense de nascimento, mineira e carioca de coração, Ana


Paula Paiva é formada em jornalismo pela PUC-RJ, onde
começou a fotografar para revistas. Há quatro anos na IstoÉ
Dinheiro, ela ganhou em 2006 o Troféu Mulher Imprensa, da
revista Imprensa.

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Alex Periscinoto
Unanim idade

Se hoje a publicidade brasileira é uma das mais reco-nhecidas do


mundo, considerada exemplo de criação e, mais do que isso, eficácia
para os clientes, é por causa de pioneiros como Alex Periscinoto. Não
fosse ele e sua paixão por tudo que se referisse à propaganda,
principalmente sobre o que estava sendo feito na meca da atividade na
época, os Estados Unidos, quem será que teria trazido o modelo de
dupla de criação para as agências? Ou mostrado a importância da
criação dentro de um programa de comunicação para qualquer que
fosse o negócio? Ou, ainda, demonstrado a força da propaganda como
uma ferramenta real de vendas? Desde que entrou no ramo, no final da
década de 50, até hoje, como sócio da Sales, Periscinoto, Guerreiro,
Fontoura & Associados Consultoria (SPG&A), Alex Periscinoto
respira propaganda, o que o levou a se tornar um dos profissionais
mais reverenciados do mercado. Tanto que o nome dele apareceu em
primeiro lugar em todas as listas dos colaboradores que selecionaram
os 50 profissionais de destaque desta revista.

Com experiência tanto em jornais quanto em revistas, Ed Viggiani


conta em seu portfólio com o prêmio “The Mother Jones International
Fund for Documentary Photography”, da Califórnia, pelo ensaio
fotográfico “Irmãos de Fé”.

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Armando Strozenberg
O inquieto

Armando Strozenberg é detentor de um dos mais densos currículos


da propaganda e do jornalismo brasileiros. Começou na
publicidade em 1976. Em dezembro de 1983, com Mauro Matos e
José Antonio Calazans, fundou a Contemporânea, uma das 20
maiores agências do país.
Antes, foi repórter, redator, correspondente internacional e editor
do Jornal do Brasil durante 12 anos, cinco dos quais trabalhando
em Paris, onde se pós-graduou em sociologia da comunicação pela
Escola de Ciências Políticas da Universidade de Paris.
Inquieto por natureza, ele também se destaca pela sua atuação nas
entidades de classe da propaganda. Strozenberg é conselheiro da
ABP (Associação Brasileira de Propaganda), que presidiu de 2001
a julho de 2005, do Conar (Conse-lho de Auto-Regulamentação
Publicitária), onde também preside a 3ª Câmara de Ética, do
Conselho Consultivo do Caepm (Centro de Altos Estudos de
Propaganda e Marke-ting da ESPM) e da BrazilFoundation, com
sede em Nova York.

Guto Seixas estudou no Kent Institute of Art and Design, de


Rochester, Inglaterra. Já fotografou para DM9, DPZ e McCann,
entre outras grandes agências.

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Átila Francucci

Experimenta

A campanha “Experimenta”, criada em 2003 na Fischer América para


a Nova Schin, é um case e tanto na propaganda brasileira. Conquistou
share para a cerveja e pontos para a carreira de Átila Francucci. Ele já
havia passado pelas agências DPZ, AlmapBBDO e Young&Rubicam.
Foi jurado de Press&Poster no Festival de Cannes de 1998 e vice-
presidente de criação da Lowe Lintas. Mas foi a campanha
protagonizada por Zeca Pagodinho que mais repercutiu no seu
portfólio, principalmente porque quando entrou na Fischer, em 2002,
ele se recuperava da má fase vivida na condução da própria agência, a
Cápsula, que até se associou à TBWA, mas não decolou. Em 2004, co-
presidiu a J.W. Thompson, acumulando a vice-presidência de criação.
No ano seguinte, como chief creative officer, participou do
reposicionamento mundial do grupo JWT. Foi jurado de Film em
Cannes e trouxe quatro Leões, que se somaram aos únicos três da
história da agência no Brasil. No final de 2005 deixou a JWT e
resolveu reexperimentar o gosto de ter a própria agência. Fundou a
Famiglia, na qual cuida da criação, ao lado de Fernando Nobre. A
administração ficará com o também sócio e economista Francisco
Petros. E um cliente especial juntou-se à Famiglia: o Grupo
Schincariol.

Dadá Cardoso já publicou fotos nos principais jornais brasileiros,


algumas, republicadas no livro “Retratos”. Desde 2000 trabalha com
publicidade, moda e projetos pessoais. Está na edição 200 Best Ad
Photographers Worldwide, da revista Lürzer’s Archive.

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Boni

O perfeccionista

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, é um personagem


que virou sinônimo de qualidade na televisão brasileira. Seu
perfeccionismo com os mínimos detalhes da programação da
Rede Globo beirava a tirania, dizem admiradores e desafetos.
Chegou a quebrar a marretadas um equipamento que mandara
aposentar, mas que os operadores insistiam em usar. Começou a
trabalhar em televisão nos anos 50, na TV Tupi. Também foi
publicitário: passou pela Lintas e foi sócio e fundador da Proeme.
Mas sua paixão sempre foi a TV. Em 1966, voltou à Tupi. Mas
foi a parceria com Walter Clark na TV Globo a partir de 1967
que revolucionou sua carreira e a televisão brasileira. Na
emissora de Roberto Marinho a dupla teve carta branca para
implantar uma rede nacional de televisão. Em pouco tempo, a
emissora carioca tornou-se a terceira maior rede de televisão do
mundo. Boni assumiu o comando geral da Globo em 1977 e,
durante duas décadas, foi o mais poderoso profissional de
comunicação no Brasil. Atualmente, trabalha como consultor na
rede de TV Vanguarda, que pertence aos seus filhos.

Paralelamente ao trabalho para publicidade e capas de discos,


Milton Montenegro mantém uma produção autoral exibida em
diversas mostras individuais e coletivas. Esse trabalho foi
recentemente compilado no livro Camera Obscura.

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Celso Loducca

A química da propaganda

A paixão por escrever foi o que fez o professor de química e biologia


Celso Loducca trocar a lousa por pranchetas até chegar à presidência
da sua própria agência de publicidade. Começou a carreira como
redator da Standard (atual Ogilvy), em 1984. Trabalhou ainda na
Talent, W/Brasil e Young&Rubicam. Em 1992 aceitou o desafio de ser
vice-presidente da então pouco representativa FCB. Em pouco tempo
fez da agência a segunda mais premiada do país, com um faturamento
que crescia tanto quanto seu prestígio. Dois anos mais tarde, foi jurado
em Cannes e conheceu Frank Lowe, com quem fundou, em 1995, a
Lowe Loducca. A agência começou no flat do publicitário, em São
Paulo, e não parou mais. Em 2004, Loducca comprou as ações do
Grupo Lowe. Ganhou novos sócios brasileiros e durante alguns meses
usou a marca Loducca22, que deveria ser rebatizada, no futuro, apenas
de 22. A idéia foi abortada com a chegada do mais novo sócio, o Grupo
MPM. Como sempre, Loducca detém o controle da agência. E para
manter um pouco da veia acadêmica, ele ainda encontra tempo para
participar das atividades do centro cultural Casa do Saber, do qual
também é sócio.

Claudio Elizabetsky começou a fotografar em 1984, em Nova York.


Em 1986 mudou-se para o Brasil e abriu seu estúdio em São Paulo.
Presta serviços para as principais agências de publicidade do Brasil e
possui obras nos acervos Pirelli/Masp, MAM e The Bull Collection, de
Nova York.

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César Paim

Foco regional, visão global

Um homem de foco. Essa é uma das características mais comuns


citadas por amigos do publicitário César Paim. “Muito competente,
completamente voltado para o objetivo do negócio, a valorizacão
de marcas, focado no interesse do cliente e no retorno de qualquer
ação para todos”, completa Lairson José Kunzler, sócio de Paim
desde 2001. Há cerca de 30 anos atuando no mercado, Paim
começou a trabalhar nas áreas de atendimento, planejamento e
gestão de agências, ganhou know-how e hoje está à frente da sua
própria agência, uma das maiores empresas do setor do Rio Grande
do Sul. Antes disso, foi sócio e diretor da Escala Comunicação até
1988, de onde saiu para logo depois fundar a Paim Comunicação,
em 1991, onde conta, além de Kunzler, com os sócios João Paulo
Dias e o irmão Marcos Paim. Referência para o mercado sulista, a
Paim, porém, está atenta a todo o universo da propaganda,
resultado, entre outras coisas, de uma visão global com foco
preciso no interesse do cliente.

O autor de “Anjos Proibidos”, “Some Women” e “SLZ 48h”,


Fabio Cabral, já realizou dez exposições individuais e quatro
coletivas. O nu artístico e o glamour feminino são alguns dos
temas de sua obra, que se encontra em acervos privados, museus e
galerias.

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O " tio" que se deu bem

Os primeiros contatos de Claudio Carillo com a publicidade


Claudio Carillo aconteceram na infância, por meio do pai, o publicitário João Carillo,
que inspirou o filho no gosto pela profissão. Versátil, ele se tornou
redator, diretor de criação, compositor de jingles e diretor de cinema.
Trabalhou em grandes agências, como Almap, Denison, McCann-
Erickson, J.W.Thompson e Fischer&Justus, de onde saiu para fundar,
com Dalton Pastore, em outubro de 1995, a Carillo Pastore. Um ano
depois, a agência se associou à Euro RSCG e passou a se chamar
Carillo Pastore Euro RSCG. Colecionador dos principais prêmios da
publicidade brasileira e mundial, Carillo é membro do board criativo
mundial da Euro RSCG e autor de campanhas memoráveis, como os
personagens Garota e Tio Sukita, que aumentaram as vendas e o recall
do refrigerante e revelaram a mode-lo Michelly Machri e o ator
Roberto Arduin. O sucesso da campanha levou a marca para a capa das
revistas Playboy e Boa Forma, que se referiam à Michelly como a
Garota Sukita. E deixaram o “tio” Carillo e sua agência bem na foto.

Marcelo Uchôa cresceu vendo o pai fotografar com uma Rolleiflex.


Em 1980, o então estudante de comunicações conseguiu estágio como
assistente de um fotógrafo americano que fazia um trabalho no Brasil.
E não parou mais.

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Clovis Calia

Idéias luminosas

Criatividade, um sólido pensamento estratégico e eficiência na


comunicação. Na opinião do próprio Clovis Calia, fundador e
presidente da Calia Comunicações, esse é o tripé que formou a base de
toda sua trajetória na publicidade. Consi-derado um dos grandes
criativos da história da propaganda brasileira, a estante de Calia é
repleta de prêmios. São 14 Leões em Cannes, dois Grand Prix no
Festival de Londres, cinco Clios e medalhas de ouro no Festival de
Nova York. O currículo abriu ao criativo vagas como jurado nos
festivais de Cannes, Londres e Nova York. Redator de origem, Calia
iniciou sua carreira na Lince Propaganda, onde atuou com os diretores
Rui Agnelli e Sergio Graciotti. Passou ain-da por Proeme,
Salles/Publicis, Lintas, McCann-Erickson e Standard Ogilvy &
Mather, onde permaneceu por mais de dez anos e chegou ao cargo de
vice-presidente executivo e diretor nacional de criação. Criou para
importantes clientes, como Shell, Ford, Coca-Cola, Nestlé, Unibanco e
American Express. Dei-xou a Ogilvy para fundar a
CaliaAssumpção&Associado, hoje Calia Comunicações, onde atende
Sucos Del Valle e Santander Banespa, entre outras contas.

Fabio Ribeiro iniciou a carreira como assistente de fotografia no


antigo Estúdio Abril, em 1986. Passou pelo estúdio Fotoplano e ficou
na W/Brasil de 1991 a 98. Entre vários clientes, já clicou para Guaraná
Antarctica, Ministério da Saúde, Riachuelo, Vila Romana, Daslu e
BMW.

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Christina Carvalho Pinto

Quebrando paradigmas

Primeira mulher na América Latina a liderar um grupo multinacional


de comunicação - o Young & Rubicam, do qual foi sócia -, Christina
Carvalho Pinto é o modelo da profissional dinâmica. Começou como
redatora e diretora de criação e chegou a chairwoman das sete
empresas do Young & Rubicam e vice-chairwoman dos 26 escritórios
da holding na América Latina. Em 1996 fundou o Grupo Full Jazz de
Comunicação, formado por Full Jazz Propaganda, Full Tecno
(internet), Full Direct (marke-ting direto) e Full Jazz Comunidade
(desenvolvimento de marcas cidadãs). Ganhou muitos prêmios, como
o de Profissional de Propaganda do Ano (1989) e da Década (80) e de
Publicitária do Ano (1991) do Prêmio Colunistas. Foi eleita entre as 20
Persona-lidades Winners do Mundo pela revista Exame, em 1990, ano
em que foi jurada de Cannes. Esteve entre os destaques empresariais
femininos de 2000 apontados pelo Prêmio Femme D`Affaires, da
Vêuve-Clicquot, foi a mulher mais influente do Brasil em marke-ting e
publicidade, segundo a revista Forbes (2004) e um dos dez maiores
empreendedores brasileiros, da revista Empreendedor (2005). Participa
de vários conselhos e é embaixadora do Fórum Mundial da Mulher
para a Economia e Sociedade.

Formada em história da arte, artes plásticas e fotografia, a carioca


Claudia Jaguaribe mora e trabalha em São Paulo. Desde 1982
participa de exposições no Brasil e no exterior. Além da fotografia,
Claudia aposta em outros meios para mostrar sua arte, como o vídeo.

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Dalton Pastore

Planejar é preciso

Tranquilidade e senso de oportunidade para saber mudar a rota. Essa é


uma das lições que se pode tirar da trajetória profissional de Dalton
Pastore, que começou a carreira na redação publicitária, mas ganhou
reconhecimento no planejamento. O primeiro emprego como redator
foi na Fator, em 1972, passando depois pelas redações das agências
Propeg e Artplan. Sete anos mais tarde mudou para o atendimento e
planejamento da lendária Standard Ogilvy & Mather. Lá ficou 14 anos
e chegou à presidência, aos 39 anos. No topo da publicidade nacional,
mudou novamente, dessa vez para a Argentina, onde assumiu a
direção-geral do Grupo Abril por mais de um ano. Voltou ao Brasil
como diretor nacional de publicidade da Editora Abril. Em 1995
retomou a carreira em agências ao fundar, com Claudio Carillo, a
Carillo Pastore, que, um ano mais tarde, se associou ao grupo Euro
RSCG. Desde 2005, além de cuidar do atendimento e planejamento da
própria agência, Pastore dedica-se a todo o mercado publicitário como
presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade
(Abap), cargo que deve ocupar até abril de 2007.

Fotógrafo desde 1989, André François realizou vários documentários


sobre povoados e folclore no Brasil e no exterior. Publicou o livro
“São Thomé das Letras”, que incentivou doações à instituição local
“Viva Criança”. É fundador do projeto ImageMagica.

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Daniel Barbará

Sinônimo de mídia

Vice-presidente nacional da Associação Brasileira de Agências de


Publicidade (Abap) e membro dos conselhos consultivos do Grupo de
Mídia de São Paulo (o qual presidiu por oito anos), do Instituto
Verificador de Circulação (IVC - que presidiu por quatro anos), da
Associação Brasileira de Marketing e Negócios (ABMN) e do
Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp, onde também participa
da diretoria executiva). Participante de tantas entidades importantes do
mercado, Daniel Barbará é hoje uma das grandes referências na área de
negócios da propaganda brasileira e uma fonte importante para
assuntos do mercado. Sua trajetória na comunicação evoluiu com as
principais transformações do setor. Iniciou sua carreira em 1964, na
mídia da Record Propaganda, do Rio de Janeiro. Sempre na área de
mídia, passou pelos escritórios da McCann no Rio e em São Paulo até
ingressar na filial carioca da DPZ, em 1981. Em 1984 passou a ser o
diretor nacional de mídia da agência e, em 1988, diretor comercial,
cargo que ocupa até hoje.

O engenheiro mecânico André Brandão trabalhou dois anos como


consultor de alta gestão antes de pendurar o terno e a gravata para ser
assistente em estúdios. Fotografa profissionalmente para as principais
revistas e agências de publicidade, além de atender clientes diretos e
realizar projetos autorais.

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DorianTaterka

Amor pela profissão

Entender de cinema e da sua linguagem, ter talento e saber muito de


propaganda são os ingredientes fundamentais para a boa produção
publicitária. A afirmação é de Dorian Taterka, feita em 2002, quando
ele foi eleito pelo mercado publicitário um dos três melhores diretores
de cena da propaganda brasileira, em pesquisa feita por esta revista. As
características necessárias para a profissão ele foi adquirindo e
aprimorando ao longo da vida profissional. Começou trabalhando em
agência em 1969, na Norton Publicidade, passando por Proeme,
Cosi&Jarbas e Standard Ogilvy & Mather. Exerceu também funções
como direção de criação e arte, criação para TV, produção e RTVC.
Em 1981, fundou a produtora de comerciais TVC (Televisão e
Cinema), da qual é diretor-presidente. Ocupa o mesmo cargo na
Taterka Comunicações, também fundada por ele. Recebeu os
principais prêmios nacionais e internacionais da propaganda e
participou como jurado de festivais no Brasil e no exterior. É diretor
do Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária)
desde 1993, e, se tem um slogan capaz de descrever o que ele sente
pela profissão, é o do seu cliente McDonald’s: “Amo muito tudo isso”.

André Andrade começou fazendo documentários sobre a fauna e a


flora brasileiras. Em 1989 iniciou o trabalho em publicidade e moda
como free lance. Trabalhou na Europa, foi premiado na Itália e no
Brasil. Em 2005 inaugurou, com Bob Wolfenson, o Estúdio BIC.

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Eduardo Fischer

Criador de cases

Lembram-se da “Número 1”, para a cerveja Brahma? E do “Baby”, da


Telesp Celular? E mais: o “Experimenta”, da Nova Schin? Esses três
grandes cases da publicidade brasileira têm um ponto em comum:
todos foram coordenados por Eduardo Fischer. O publicitário é
detentor de centenas de prêmios em mais de 30 anos de carreira, entre
eles, cinco vezes o de Publicitário do Ano no Prêmio Colunistas,
Publicitário Latino-Americano em 1996 pela Associação Latino-
Americana de Agências de Pu-blicidade (Alap) e Líder Empresarial de
1999 pelo jornal Gazeta Mercantil. Hoje, ele preside a Fischer América
e o Grupo Total, holding que controla, entre outras empresas, a rede de
agências Fischer América, a única multinacional brasileira do setor,
com 16 escritórios entre agências próprias e acordos operacionais na
América Latina. Em 1997, Eduardo Fischer levou sua agência ao título
de quarta melhor do mundo, segundo a revista Advertising Age. Em
1999, foi a agência independente mais premiada do mundo no Festival
de Cannes.

O disparo da pólvora pelo disparo dos flashes. Ao trocar uma


espingarda Winchester por uma máquina fotográfica, nos anos 60,
Juvenal Pereira iniciou a carreira no fotojornalismo, realizando
também ensaios e pesquisa histórica. Atuou nos principais jornais e
revistas do país.

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Ercílio Tranjan

Carreira na ponte aérea

O santista Ercílio Tranjan é um raro profissional de criação que fez


carreira nas agências por onde passou. Em sua primeira empresa, a
Denison, ficou por 11 anos. Esteve também na MPM - do início da
década de 80 até depois da fusão com a Lintas, nos anos 90 - e Almap -
também nas duas décadas, sob o comandos de Alex Periscinoto e da
dupla Marcello Serpa e José Luiz Madeira. No ano 2000 mudou-se para
o Rio de Janeiro, onde assumiu a direção de criação da Pro-peg, agência
que depois mudou seu nome para Quê/Next (hoje Quê Comunicação).
Desligou-se da agência em meados do ano passado. Autor de campanhas
premiadas ao longo de sua carreira, como o recente lançamento da
empresa de telefonia Telemar, Ercílio continua transitando livremente
entre os mercados do Rio e de São Paulo. Até o fechamento desta edição
ele negociava com Ronaldo Conde e Gustavo Bastos a sua ida para a
recém-criada 11/21, agência que, até no nome, leva os prefixos das duas
principais cidades do país.

Fabio Heizenreder, 35 anos, é fotógrafo autodidata.Tem trabalhos


publicados em várias revistas do país. Foi assistente dos principais
fotógrafos em ação nos anos 80/90, como Miro e Pedro Martinelli.

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Mais do que criativo

O nome de Fábio Fernandes é quase sinônimo de criatividade. Não é


Fábio Fernandes para menos. Um dos publicitários mais premiados de sua geração, o
presidente da F/Nazca Saatchi&Saatchi já conquistou em sua carreira
os principais prêmios nacionais e internacionais da propaganda. Só em
Cannes foram 43 Leões. Alguns deles, conquistados no ano de 2001,
levaram sua agência ao degrau mais alto do festival para receber o
cobiçado título de Agency of the Year. Mas se engana quem pensa que
Fernandes é reconhecido só pelas suas idéias brilhantes. Em um
ranking publicado pela americana Ad Age Global, em 2002, ele foi
citado como um dos 100 melhores executivos de comunicação e
marketing do mundo. Antes disso, em 2000, já havia sido apontado o
melhor executivo de propaganda e marketing na primeira edição do
prêmio Executivo de Valor, do jornal Valor Econômico. Nascido no
Rio de Janeiro, Fernandes iniciou sua carreira como redator na MPM.
Logo aos 23 anos assumiu o cargo de diretor de criação da Artplan.
Mudou-se para São Paulo, onde atuou na Young&Rubicam até 1994,
quando fundou sua própria agência.

Marcelo Arruda já apresentou seu trabalho em várias exposições.


Possui obras no acervo do MAM de São Paulo e na coleção Pirelli, do
Masp. Desde 1993 atua na publicidade, com trabalhos para Age,
Fischer América, Leo Burnett, Loducca, MPM, Publicis e TBWA,
entre outras.

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Fernando Barros

O trator da Bahia

O seu jeito incansável e a obsessão de sempre manter o


nome da Propeg como a principal agência do
Norte/Nordeste rendeu a Fernando Barros a fama de
trator. A agência, fundada em 1965, já esteve entre as
maiores do Brasil, mas passou por um momento difícil
no final da década de 90. Há cerca de três anos, quando
Barros herdou de vez a marca que mantinha em
sociedade com o fundador, Rodrigo Sá Menezes, a
Propeg retomou os seus dias de glória, tanto em
lucratividade como na criação. Barros chegou à agência
em 1973, vindo na Norton, como executivo de
atendimento. Passou a diretor de atendimento e depois
a vice-presidente executivo, assumindo a presidência
em 1990. Durante todo esse tempo foi fundamental no
crescimento da agência, que ganhou fama pela
excelência no atendimento a contas públicas. Além dos
negócios pu-blicitários, Barros também cria cavalos e
ovelhas, e -ainda possui uma empresa do setor de
logística, comandada pelo seu filho mais velho.

Recifense, Eduardo Queiroga fotografa desde a


faculdade de jornalismo, nos anos 90. Passou pelo
Jornal do Commercio e, em 1995, fundou a Agência
Lumiar de Fotografia. Desenvolve trabalhos editoriais e
para publicidade e adora clicar comida e todo o seu
universo, de feiras a restaurantes.

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Flávio Conti

O cinéfilo

Pode-se dizer que se houvesse um longa-metragem


sobre a propaganda brasileira o diretor-geral da DPZ,
Flávio Conti, estaria entre os atores principais, não só
pela sua importância para a atividade no país, mas
também por ser um apaixonado pela sétima arte, a
ponto de ter feito em sua casa o Cine Conti, uma
verdadeira sala de projeção, com 14 poltronas bem
confortáveis. Nela seus convidados podem desfrutar até
de bonbonnière e pipoqueira. Conti diz que o cinema
influencia a propaganda como um todo, e ele aprendeu
bem a lição. Hoje é considerado um dos maiores nomes
do atendimento no mercado publicitário, tanto que em
1998 foi eleito Profissional de Propaganda do Ano pelo
Colunistas Brasil. Desde 1972 defende a bandeira da
DPZ, procurando mostrar aos clientes a importância de
uma agência criativa. Formado em ciências jurídicas
pelo Mackenzie, Conti foi parar na propaganda em
1966, onde era o res-ponsável pelo planejamento e
execução de campanhas de grandes clientes, como
Refinarias de Milho Brasil, Philips do Brasil e Colgate,
na agência CIN.

Fotógrafo desde 1993, Cristiano F. Burmester iniciou


sua carreira na área de reportagem de natureza, meio
ambiente e turismo. Produziu trabalhos na Ásia e
África sobre povos distantes, ecossistemas frágeis e o
meio marinho. Hoje ampliou seu trabalho para diversas
áreas, entre elas, a publicidade.

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Francesc Petit

O briguento

No final da década de 70, o publicitário Francesc Petit


comprou briga com todo o conselho da Bombril,
defendendo o seu novo personagem, o Garoto Bombril.
Apenas um membro da família Ferreira (Ronaldo
Ferreira), controladora da empresa, ficou ao seu lado e
não seguiu a opinião dos demais, que se incomodavam
com o jeito afeminado do personagem, interpretado
pelo ator Carlos Moreno. A propaganda, afinal, foi ao
ar. E o Garoto Bombril virou um ícone mundial. Petit
sempre brigou pelo que acha melhor,
independentemente de o anunciante gostar ou não. E de
marcas e personagens ele entende bem. É dele também
o “S” do Franguinho Sadia, os logos do Itaú e da Gol,
entre outros. Ex-estudante de arte em Barcelona, Petit
começou a trabalhar como office-boy na agência de seu
pai logo que mudou para o Brasil, na década de 50. Na
época, ouviu do próprio pai que não levava jeito para a
publicidade. Foi sua primeira briga vitoriosa na
carreira. Mas quem ga-nhou mesmo foi a propaganda
brasileira.

Arquiteto de formação, Eduardo Barcellos fotografa


desde 1976, atendendo principalmente escritórios de
design e clientes corporativos. Atualmente seu maior
volume de trabalho tem sido para grandes empresas,
como Danone, Kraft Foods, Grupo Odebrecht e
Unilever, entre outros.

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Italo Bianchi

Arte em foco

Italo Bianchi é um exemplo de que todo bom


publicitário tem um veio artístico. Na Itália, seu país de
origem, formou-se em história da arte e criou tipos de
letras para impressão. Em 1949 veio para São Paulo,
onde trabalhou no Teatro Brasileiro de Comédia e na
Cia. Cinematográfica Vera Cruz. Projetou estandes e
ajudou a montar o pavilhão da Itália na Exposição do
IV Centenário de São Paulo. Em seguida, mudou-se
para a Argentina, onde trabalhou com cenografia e
desenhou capas de discos e livros. De volta a São
Paulo, em 1956, assume a edi-toria técnica do
Suplemento Literário do jornal O Estado de --S. Paulo,
até 1961. Paralelamente, assina criações publicitárias e
projetos de marcas e embalagens como free-lance. De
1962 a 1967, ensina história da arte e teoria da
comunicação no IAD, fase em que também faz design
de móveis. Em 1968, monta, em Recife, um estúdio de
comunicação visual e criação pu-blicitária. Depois,
assume a direção de criação da Proene. Em 1971 funda,
com Alfrízio Melo, a Italo Bianchi Publicitários
Associados, da qual desliga-se em 1995 e retorna em
janeiro de 2005. Entre a inauguração e o retorno
dedica-se a pintura, publicação de crônicas e artigos e
consultoria de criação.

Geyson Magno fotografa desde os anos 80, quando


começou a trabalhar como repórter fotográfico em
Recife. Dispõe de um extenso banco de imagens
autorais feitas no Nordeste, que é utilizado pelos
mercados editorial e publicitário. É sócio da agência de
fotografia Lumiar.

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Jaques Lewkowicz

Bordões que marcaram

Sabe a “Lei de Gérson”? Foi imaginada em uma


criação do publicitário Jaques Lewkowicz. Não que o
sócio e diretor de criação da Lew,Lara goste de levar
vantagem em tudo. É que é dele o famoso bordão da
propaganda dos cigarros Vila Rica, protagonizada pelo
ex-craque da seleção brasileira Gérson e que virou uma
metáfora alusiva à malandragem em qualquer campo de
atuação. Esse filho de pai polonês e mãe russa, criado
no bairro do Bom Retiro, onde ficava boa parte da
comunidade judaica paulistana, tem no bordão, por
sinal, uma das suas marcas registradas, como a famosa
frase criada para a vodca Orloff na década de 80, o
chamado “Efeito Orloff”, que dizia “Eu sou você
amanhã”, alertando para uma eventual ressaca caso a
bebida consumida não fosse a Orloff. É justamente do
humor judaico, dos irmãos Marx a Woody Allen,
passando pelos próprios vizinhos de bairro, que
Lewkowicz tira muitas idéias para suas criações. Ao
lado de Luiz Lara, Lewkowicz fundou a Lew,Lara em
1992, agência que fechou o ano de 2005 na sexta
colocação no ranking das agências, segundo o Ibope
Monitor.

O pernambucano Pio Figueiroa trabalhou como


fotógrafo no Jornal do Commercio, na revista Veja, na
Editora Três e no jornal Valor Econômico. Hoje,
responde por toda a fotografia produzida para o Valor
Econômico, além de contar com diversos clientes
institucionais. É sócio da Cia de Foto.

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Jens Olesen

O mecenas

A lista de patrocínios incluiu nomes como Picasso,


Goya, Munch, Albert Eckhout, Bienal Internacional de
São Paulo, Balé Real da Dinamarca, e por aí vai...
Desde que chegou ao Brasil, há mais de três décadas, o
publicitário dinamarquês Jens Olesen tem se destacado
como um dos maiores mecenas do país. Até samba-
enredo da Imperatriz Leopoldinense já patrocinou. Na
McCann-Erickson entrou em 1965. Veio para o Brasil
em 1969, mas voltou para a Europa no ano seguinte. A
partir do retorno definitivo ao Brasil, em 1975, sua
história passa a se confundir com a própria trajetória da
agência nesse mesmo longo período. Foi presidente do
grupo McCann local de 1979 até 2005. Em 1985,
passou a comandar também os escritórios da agência na
América Latina e Caribe. No ano passado, foi
convidado pelo rei da Noruega para ser cônsul-geral
daquele país em São Paulo. Para sorte das artes no
Brasil (sorte nossa), ele agora também é consultor de
marketing cultural na sua empresa Experience
Consulting.

A foto e a grafia. A origem do trabalho fotográfico de


Gal Oppido vem do desenho. Seja arquitetura, faces,
artes cênicas ou cidades, ele sempre acreditou que atrás
do olho tem um olhar. Digital ou analógica? Não
importa a técnica, mas sim o que dizer com ela.

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João Daniel Tikhomiroff

O homem da produção

Com sobrenome russo, o brasileiro João Daniel


Tikhomiroff é referência no universo da produção
publicitária mundial. O presidente do Grupo Mixer é o
único diretor latino-americano citado entre os melhores
do mundo no livro “The Commercial Book”, do
anuário inglês D&AD, e o segundo mais premiado do
Festival de Cannes, de onde já trouxe 41 Leões, cinco
deles em 2005, quando a Jodaf Mixer, produtora de
publicidade do Grupo Mixer, foi pelo quarto ano a
brasileira mais premiada do festival. Um dos braços do
grupo é a Mixer Internacional, que produziu, em
parceria com a americana Hungry Man, o filme “Minni
Cooper”, Leão de Ouro em 2005 em Cannes e parte da
campanha que conquistou Leão de Titanium na
premiação. Feliz com a carreira que escolheu em 1970,
quando, aos 19 anos, fundou a Jodaf, Tikhomiroff, no
entanto, não pára de sonhar nem tampouco de realizar.
Basta olhar para as empresas que a cada dia se somam
ao grupo Mixer: Jodaf, Radar, Grifa, R-Digital, Pizza,
Luz, Channels, Mobile... e que vão permitindo a
realização de sonhos, como trabalhar com
teledramaturgia.

Pablo Di Giulio, pintado por Ivald Granato, trabalha


com artes plásticas desde 1983. Fotografou em vários
países. Tem obras nos acervos do Masp, MAM,
Pinacoteca do Estado de São Paulo e Museo Nacional
de Bellas Artes de Buenos Aires. Há dez anos fotografa
pessoas no verão do Rio de Janeiro.

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José Dionísio Rodrigues

Reconhecimento nacional

Quando o mercado publicitário começava a falar de


interatividade e comunicação integrada, José Dionísio
Rodrigues já atuava mesclando ferramentas e ações de
comunicação. Formado em jornalismo, em 1970, ele
iniciou a carreira já no primeiro ano de faculdade
trabalhando no jornal Estado do Paraná e depois na
Gazeta do Povo, onde simultaneamente atuava também
na Rede Paranaense de Comunicação, afiliada da Rede
Globo. “Nessa épo-ca, comecei a me interessar por
outras formas de comunicação”, conta Dio-nísio, que
em 1969 foi convidado pelo amigo também jornalista
Rafael de Lala para montar a assessoria ADM Serviços
de Imprensa, que se tornou a base da agência de
publicidade Soma Propaganda. “Como tinha outra
empresa com o mesmo nome, mudamos para Opus, que
em 1986 se fundiu com a Múltipla. A partir daí,
Dionísio passa a dividir a sociedade com o artista
gráfico Desidério Pansera (hoje aposentado) e Gilberto
Ricardo dos Santos. Daí por diante, a agência vem
sempre buscando soluções para as necessidades dos
clientes, o que a tem feito ampliar cada vez mais o
leque de atividades de comunicação. “Estamos
construindo aqui um centro de excelência em
comunicação integrada e o meu sonho é que em breve
isso se torne uma referência nacional”, completa.

Edu Lyra possui um estúdio fotográfico em


Florianópolis, onde atende as principais agências da
região. Fotografou diversas regiões do Brasil,
documentando variados aspectos culturais e paisagens
naturais. Atualmente registra o patrimônio histórico
urbano da região sul.

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José Luiz Madeira

O estrategista

Há alguns anos, a AlmapBBDO lançou uma campanha


que tinha como mote mostrar de onde vem o sucesso da
agência. Os títulos das peças traziam “Criação +
Planejamento = AlmapBBDO”. O lado criativo da
Almap todos conhecem, já que a agência é a mais
premiada do Brasil nos últimos anos.
Mas esses prêmios só foram conquistados porque na
retaguarda da criação há um planejamento consistente e
eficaz. É aí que entra a excelência do trabalho de José
Luiz Madeira, sócio e diretor de planejamento e
serviços a clientes da Almap. Desde 1993 na agência,
Madeira é responsável ainda por todo o controle
operacional. Antes da Almap, nos dois primeiros anos
da DM9 (fundada em 1999), foi ele um dos
responsáveis pelos planos estratégicos que resultaram
na conquista de grandes clientes. Formado em
administração de empresas, com extensão em
marketing, Madeira passou também por outras
importantes empresas do mercado, como Denison,
MPM, J.W.Thompson e Standard Ogilvy&Mather,
onde ocupou a vice-presidência.

Marcos Piffer é fotógrafo desde 1989, com vários


trabalhos publicitários, mas tem o foco em seus ensaios
pessoais, com ênfase em questões sociais e no meio
ambiente. Atualmente se dedica ao seu quarto livro,
“Coffea”, que irá retratar os trabalhadores das lavouras
de café.

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Julio Ribeiro

O mestre do planejamento

Até os anos 80, a propaganda brasileira era reconhecida


apenas pela excelência criativa. Quando Julio Ribeiro
fundou a Talent, em 1980, impulsionou o uso de uma
ferramenta que era praticamente uma novidade entre
nossas agências: o planejamento estratégico. Isso fez de
Ribeiro o mestre do planejamento no Brasil. Mas ele
tem outro pioneirismo na carreira: como redator,
ganhou o primeiro prêmio brasileiro no Festival de
Cannes, em 1971, conquistando um Leão de Prata para
o comercial da mortadela Swift. Formado em direito
pela Universidade de São Paulo, com cursos de admi-
nistração em Harvard e de criatividade na Universidade
de Nova York, Ribeiro iniciou sua carreira em 1958, na
McCann-Erickson. Até fundar a Talent passou pela
Caterpillar Tratores, Denison, Alcântara Machado e
Julio Ribeiro Mihanovich, sua primeira agência, que
mais tarde se transformou na MPM Casa-branca. É
autor de quatro livros sobre técnicas de pu-blicidade e
marketing.

Um dos fotógrafos brasileiros mais requisitados no


exterior, Paulo Fridman morou em Nova York de 1980
a 1986, estudando no International Center of
Photography. Já fez mais de 300 capas de algumas das
principais revistas do mundo, além de participar de
exposições no Brasil e no exterior.

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Luis Grottera

Ele é multidisciplinar

A extensa carreira profissional, que vai do marketing


em TV à presidência de agência, ajuda a explicar o
porquê do conceito multidisciplinar ter sido implantado
no Brasil por Luis Grottera. Em julho de 1985, fundou
a Grottera, que nos anos 90 tornou-se pioneira nessa
disciplina no Brasil. Antes, ele passou pelo marketing
nacional do SBT, foi VP de planejamento e marketing
da FCB/Siboney, diretor de planejamento da
Salles/DMMB e de mídia da Salles Interamericana de
Publicidade, gerenciou a mídia da J.W.Thompson e
coordenou a mesma área na Mauro Salles
Interamericana, foi professor da Madia Mkt Master,
ESPM e FMU/FIAM. É co-autor dos livros
“Publicidade ao Vivo” e “Causos da Propaganda” e
publisher e editor do livro “História da Propaganda
Brasileira”. Escreveu o prefácio da obra “Além da
Disrupção”, do CEO da TBWA, Jean-Marie Dru, que
lança oficialmente a técnica do Disruption usada pela
rede, entre outras publicações. Foi Publicitário do Ano
(1989) do Colunistas Brasil e, em 2001, por São Paulo.
Em 2004, a APP o elegeu pela me-lhor Contribuição
Profissional de Planejamento do ano.

Ricardo de Vicq começou a fotografar no Rio de


Janeiro, na década de 70. Nos anos 80 mudou-se para
São Paulo e passou a clicar para grandes agências,
como DPZ, Talent, McCann-Erickson, Taterka e
W/Brasil, e para as revistas Marie Claire, Vogue e Carta
Capital.

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Lula Vieira

O rádio sempre foi uma das predileções do publicitário


Lula Vieira, especialmente os jingles. É dele um dos
mais famosos jingles da propaganda brasileira, cantado
na antiga propaganda de Natal do extinto Banco
Nacional (“Quero ver, você não chorar, não olhar pra
trás, nem se arrepender do que faz...”). Atualmente
Vieira seleciona antigos comerciais de rádio para seu
programa “Jingles Inesquecíveis”, da rádio CBN. Sua
paixão e conhecimento do meio rádio fez dele o
primeiro jurado brasileiro de Cannes da categoria Radio
Lions, instituída na edição passada do festival. Aliás,
essa paixão é antiga. Um de seus sonhos de
adolescência era ser locutor esportivo, mas iniciou
mesmo sua carreira como redator do jornal Última
Hora, em São Paulo, sua cidade natal. Do jornalismo
migrou para a publicidade, onde ocupou o cargo de
redator e diretor de criação na JMM, J.Walter
Thompson e Lintas. Em 1982, já no Rio de Janeiro,
fundou sua atual agência, a V&S, em sociedade com
Valdir Siqueira. Contador de histórias, Vieira também
assina uma coluna semanal no jornal
Propaganda&Marketing.

Gente, especialmente mulheres, e objetos. Essas são as


predileções do fotógrafo André Arruda, que pretende
viabilizar dois projetos: uma exposição sobre nus
femininos e o livro “100 Coisas que Cem Pessoas não
vivem sem”.

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Marcello Serpa

De causar inveja

GGK e RG Wiesmeir, ambas na Alemanha (onde


estudou artes gráficas e visuais), DPZ, DM9 e, desde
1993, AlmapBBDO, onde divide a sociedade com José
Luiz Madeira. Esse currículo de Marcello Serpa é de
fazer inveja a qualquer publicitário. E mais ainda
quando se soma a quantidade de prêmios, nacionais e
internacionais, que ele já ganhou. Considerado um dos
me-lhores diretores de arte do mundo, é dele o primeiro
Grand Prix da América Latina no Festival de Cannes,
em 1993. Também foi o primeiro latino a presidir o júri
de filmes em Cannes, no ano 2000, além de ser o mais
jovem presidente da história do festival. Presidiu ainda
júris no Clio, London Festival, D&AD, entre outros. É
o brasileiro mais premiado no Art Directors Club de
Nova York, tem dois GPs no Festival de Nova York e
venceu por diversas vezes vezes o Prêmio Abril, o mais
importante festival da mídia impressa do país. Serpa
ainda criou duas capas da revista alemã Archive, uma
das principais referências da propaganda mundial. Em
2005 a AlmapBBDO foi a primeira agência do mundo a
liderar o ranking de premiação anual do Gunn Report
por dois anos consecutivos. E é, obviamente, a agência
mais premiada do Brasil nos últimos anos.

Feco Hamburger iniciou sua carreira no Laboratório


SP. Em 1991 virou assistente de Bob Wolfenson, com
quem ficou até montar seu estúdio, quatro anos depois.
Atua para as principais revistas e agências do país.

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Mauro Salles

Comunicação, carros & rima

Mauro Salles é personagem histórico na propaganda


brasileira. Mas sua fama, ou melhor, sua carreira,
começou no jornalismo. Pernambucano de nascimento,
trabalhou no Rio de Janeiro, onde foi diretor de redação
de O Globo e participou ativamente na fundação da TV
Globo. Na década de 60, criou a Mauro Salles
Publicidade, hoje Publicis Brasil, uma das maiores
agências do mercado brasileiro. Menos conhecida, mas
muito reconhecida por quem é do ramo, é sua carreira
de poeta. Ela é autor dos seguinte livros de poesia:
“Coisas de Crianças”, “O Gesto”, “Reisen” e
“Recomeço”. Atualmente, é consultor na empresa
Interamericana, da qual é um dos sócios, e escreve uma
coluna sobre carros antigos - outra de suas paixões - na
revista Quatro Rodas.
É patrono do Prêmio Mauro Salles de Reconhecimento
Profissional, outorgado pelas Faculdades Oswaldo
Cruz, de São Paulo, para homenagear profissionais que
contribuem na comunicação social.

Penna Prearo é membro da Cooperativa dos Artistas


Visuais do Brasil. Possui um trabalho bem
diversificado, que vai de capas de discos até imagens
para livros e catálogos. Fotografou para importantes
revistas e jornais do país e já expôs em dezenas de
mostras coletivas e individuais.

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Neil Ferreira

O pai do Baixinho

Neil Ferreira nunca foi dono de agência, mas sua


criatividade é cobiçada pelas maiores delas. Dois filmes
do início da década de 80 premiados com Leão de Ouro
no Festival de Cannes exemplificam essa atração. O
primeiro é o comer-cial “Morte do Orelhão”, para a
Telesp, contra o vandalis-mo nos telefones públicos; o
outro é o filme “Banhei-ro”, que marcou a estréia do
inesquecível Baixinho da Kaiser. Personagem criado
por Ferreira, além de quebrar a hegemonia de ingleses e
americanos em Cannes nos comerciais de cerveja,
recebeu um elogio do diretor mais premiado da história
do festival, Joe Pytka, que declarou ser aquela a melhor
idéia que já tinha visto na categoria. Ambos foram
criados quando Ferreira estava na DPZ, agência em que
trabalhou durante 17 anos (12 seguidos). Vindo do
jornalis-mo, onde passou pelos jornais Diário da Noite
e Folha de S.Paulo, Ferreira entrou para a publicidade
na década de 60, na CIN. Além da DPZ, também atuou
na Standard, Almap, Norton, SGB e Salles.

Seu avô, fotógrafo amador, tinha um laboratório P&B


em casa. E foi ali que Caio Ferrari conheceu a magia
da imagem no papel. Em 1990, nos Estados Unidos,
redescobriu sua paixão de infância ao trabalhar com
Ernie Dobbins. Hoje é colaborador de revistas e faz
trabalhos para publicidade.

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Nizan Guanaes

"Não seja morno"

Mais do que em qualquer currículo ou perfil


profissional, a segredo da vitoriosa carreira de Nizan
Guanaes pode ser encontrado nos seguintes trechos do
discurso de paraninfo que fez na Faap:
“Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro.
Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o
melhor. Seja fascinado pelo realizar que o dinheiro virá
como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro
geralmente não o ganha, porque é incapaz de sonhar.
Pense no seu País, porque pensar em todos é a melhor
maneira de pensar em si. Afinal, é difícil viver numa
nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre
de medo.
Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu o
vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao
tédio. O escândalo, ao vazio. Faça, erre, tente, falhe,
lute. Mas por favor, não jogue fora, se acomodando, a
extraordinária oportunidade de ter vivido, tendo
consciência de que cada homem foi feito para fazer
história. Que todo homem é um milagre e traz em si
uma revolução.”

Interagindo trabalhos publicitários,editoriais e pessoais,


Angelo Pastorello possui um modo diferenciado na
iluminação, texturas e direção de cena da fotografia
P/B.

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Octávio Florisbal

O super-homem da Globo

O estilo ponderado, traduzido nos gestos tranqüilos e na


voz calma, não combina com a imagem que se costuma
ter de alguém que ocupa uma posição de tanto poder e
responsabilidade como Octávio Florisbal, diretor-geral
da Rede Globo de Televisão.
Numa entrevista dada ao jornal O Globo, logo que
assumiu o comando do maior grupo de comunicação da
América Latina, ele atribuiu seu jeito de ser aos pais:
“Sempre estiveram ao meu lado. Avicultor na periferia
de São Paulo, meu pai sempre me en-sinou como as
coisas acontecem no seu devido tempo; minha mãe,
espiritualista, suave, sempre se interessou em manter
comigo inte-ressantes diálogos em voz baixa.”
Seu tio, o famoso publicitário Renato Castelo Branco,
foi quem o incentivou a deixar a farda da Marinha para
entrar no mundo da comunicação, na JW Thompson.
De lá, foi para a Lintas, onde cuidou de duas das
maiores contas do país: Gessy-Lever e
Johnson&Johnson. Foi convidado para trabalhar no
departamento comercial da Globo em 1982. Em 2003,
assumiu interinamente como superintendente-geral,
cargo que mudou de nome para diretor-geral quando
Florisbal foi efetivado no comando da Globo.

Para Sergio De Divitiis fotografar é o que interessa.


Pode ser retrato, still, moda, decoração...Como ele
mesmo diz: “Quando inicio um trabalho, entro de
corpo, alma... coração, dou o meu melhor.”

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Orlando Mota

Bodas de prata

Hoje com 25 anos de profissão, quando fundou a Mota


Comunicação, em agosto de 2002, Orlando Mota estava
atingindo a maioridade como publicitário. Ele começou
na Abaeté Propaganda, de Recife. Depois, além de
dirigir a criação, foi sócio de importantes agências do
Ceará. Fez uma joint venture com a Italo Bianchi e
fundou a For4 Comunicação. Ainda muito jovem, aos
28 anos foi eleito Profissional do Ano no Prêmio
Colunistas de 1989, título que conquistou novamente
em 2004, tornando-se o único cearense a vencer o
prêmio por duas vezes. E esta não foi a única
premiação a reconhecer o potencial para a direção
criativa e o comando de agências de Mota: no total,
conquistou mais de 300 dos principais prêmios
nacionais e internacionais da publicidade. Mota fundou
e foi o primeiro presidente do Clube de Criação do
Ceará. Como palestrante, ultrapassou as fronteiras do
Ceará, chegando ao berço dos principais talentos do
país: São Paulo e Rio de Janeiro, entre outros estados.

O pernambucano Gilvan Barreto fotografa


regularmente par as revistas National Geographic
(Brasil, Holanda e Alemanha), Veja, Exame, Você S.A.,
Info, SuperInteressante, Trip, IstoéDinheiro, Quatro
Rodas, Marie Claire e para o jornal El País, da
Espanha.
É sócio da agência de fotografia Lumiar.

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Oscar Colucci

Workaholic por paixão

Trabalhar demais não é problema para Oscar Colucci,


que desde os 16 anos se dedica à publicidade como
quem se entrega a uma grande paixão. Ele começou a
carreira na área comercial da extinta revista Visão.
Trabalhou na Thompson e passou por outras revistas,
como as também extintas Manchete e Realidade, além
de Claudia, Veja, Quatro Rodas e Placar. Em 1973
fundou a própria agência, que batizou com seu
sobrenome. Desde o início planejou a Colucci
Propaganda exatamente como ela é hoje, 33 anos após
sua fundação: uma agência de médio porte, prestadora
de serviços variados de comunicação e com capacidade
para atender bem um número reduzido de clientes, com
a política de que eles sejam sempre vencedores. A ética
na relação de respeito com os clientes, os colaboradores
e o mercado e a preocupação em realizar trabalhos de
valorização da cultura e de projetos sociais também
estão no DNA da Colucci. Mesmo sem ser foco do
trabalho da empresa, os prêmios fazem parte da história
da agência e de seu fundador, que foi, por exemplo,
duas vezes o Profissional do Ano na premiação
realizada pela Rede Globo.

Rafael Jacinto começou a fotografar em 1997 para


revistas de skate e surfe. Trabalhou nos jornais Notícias
Populares e Valor Econômico. É sócio da Cia de Foto,
que produz fotos editoriais, corporativas e publicitárias
e fotografa pescadores brasileiros para o projeto
“Vende-se peixe”.

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Oswaldo Mendes

Liderança no Norte

São raríssimas as agências de publicidade com capital


100% nacional que ultrapassaram os 40 anos de idade.
A Mendes Publicidade, de Belém do Pará, é uma delas.
Fundada em 1961 por Oswaldo Mendes, a agência é a
mais premiada da Região Norte do Brasil. Tão
premiada quanto seu fundador. Criativo de formação,
Oswaldo Mendes já foi por três vezes o Publicitário do
Ano no Prêmio Colunistas. Em outras duas ocasiões,
em 1997 e 2000, foi eleito Publicitário Latino-
Americano pela Associação Latino- Americana de
Publicidade, que organiza o Festival de Gramado.
Também já foi escolhido como um dos líderes da
propaganda brasileira pelo jornal Gazeta Mercantil.
Mendes já presidiu e é membro de várias entidades,
como a Associação Paraense de Propaganda, o
Sindicato das Agências de Propaganda do Pará, a
ADVB/Pará e o capítulo paraense da Abap, todas
fundadas por ele. Por três anos consecutivos, na década
de 80, fez parte do júri do Festival de Nova York.
Também já foi jurado do Clio Awards, Festival
Brasileiro do Filme e Prêmio Profissionais do Ano.

Recifense, Eduardo Queiroga fotografa desde a


faculdade de jornalismo, nos anos 90. Passou pelo
Jornal do Commercio e, em 1995, fundou a Agência
Lumiar de Fotografia. Desenvolve trabalhos editoriais e
para publicidade e adora clicar comida e todo o seu
universo, de feiras a restaurantes.

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Paulo Giovanni

Do dial para a criação

O rádio foi o veículo que primeiro fez a fama de Paulo


Giovanni. Ele começou no dial em 1968, na Rádio
Imperial, de Petrópolis. Tornou-se popular nos 17 anos
em que ficou na Rádio Globo, do Rio, onde obtinha
grandes audiências apostando em ídolos populares.
Também foi apresentador nas TVs Globo, Bandeirantes
e Manchete. Em 1973, criou, como atividade paralela, a
Giovanni Comunicações. Em 1988, inaugurou a filial
de São Paulo e, em 1989, a de Brasília. Nos anos 90
passou a se dedicar integralmente à publicidade. Com
sua capacidade e talento, logo colocou a Giovanni entre
as maiores agências do Brasil, contando com grandes
clientes, como Nivea, Kaiser e Pirelli. Em 1998,
associou-se ao grupo FCB e acumulou a presidência da
agência com a função de chairman do Grupo FCB no
Brasil, que incluiu também Datamídia, FCBi e Mix
Comunicação Integrada. Foi Publicitário do Ano em
1995, 2002 e 2005, presidente da Associação Brasileira
das Agências de Propaganda no Rio de Janeiro;
conselheiro da Associação Brasileira de Marketing e da
Riotur e é membro do Conselho Superior da ESPM.
Considerado um gentleman, tem duas paixões: o time
do Vasco e a família. Nas horas vagas, além de jogar
golfe, gosta de navegar.

Thomas Kremer começou a fotografar como hobby.


Filho de alemães, foi assistente de importantes
fotógrafos na Alemanha. De volta ao Brasil, em 1991
abriu um estúdio para trabalhos editoriais, mas migrou
depois para fotos conceituais, publicitárias e de design.

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Paulo Salles

Talento além-fronteiras

Filho de peixe... voa longe. Pode parecer estranho, mas


a carreira de Paulo Salles é assim. Do "peixe", quer
dizer, do pai, Mauro Salles, herdou o gosto e o talento
pela publi-cidade. Tinha tudo para ficar apenas tocando
a grande agência que o pai e o tio criaram, mas quis
mais. E aí voou longe. Talvez seja o publicitário
brasileiro que chegou aos postos mais altos em um
grupo publicitário mundial. Hoje ele é Latin America
Regional Chairman e CEO da Publicis Worldwide, e
controla a participação do grupo francês no Brasil e em
outros 16 países da América Latina. Conhecido pela
incansável capacidade de trabalho, Salles é formado em
economia pela PUC. Fez carreira na Salles D’Arcy,
onde ingressou em 1974, tendo passado pelas áreas de
atendimento, administração, finanças, planejamento e
operações, antes de presidi-la por dez anos. Em 1997,
agregou às suas responsabilidades na agência brasileira
o comando das operações latino-americanas da D’Arcy,
se tornando presidente e CEO da D’Arcy Americas,
cargo em que ficou até a fusão da agência com o Grupo
Publicis.

Antonio Rodrigues iniciou sua carreira em 1986, no


estúdio da Editora Abril. Em 1996 chefiou o estúdio da
DPZ, assinando campanhas para seus principais
clientes. Desde 1998 atua como free lance na área
editorial e publicitária, especializando-se em
gastronomia e natureza morta.

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Pedro Cabral

O visionário

Se nos cursos de teatro e cinema Pedro Cabral aprendeu


que as técnicas podem facilitar a comunicação e a
interpretação, na faculdade de engenharia de sistemas e
no mestrado e doutorado em tecnologia e ciência da
computação começou a perceber que os computadores
poderiam servir como um importante elo entre as
marcas e os consumidores. Isso há 25 anos. Suas idéias
foram transmitidas em salas de aula na Universidade
Federal da Bahia e na PUC do Rio de Janeiro. Depois
de participar em Las Vegas, em 1989, do lançamento do
Windows, que trazia as primeiras possibilidades
multimídia, fundou a Midialog, em 1991. Na própria
empresa foi responsável pela criação do sistema
homônimo, utilizado ainda hoje pelas agências para
gerenciar informações. Quatro anos mais tarde, Cabral
voltou-se para a internet, que acabava de chegar ao
Brasil. Em 1999 vende a Midialog para o Ibope e cria,
em sociedade com PJ Pereira, Ana Maria Nubié e Abel
Reis, a AgênciaClick, agência interativa brasileira mais
premiada do Festival de Cannes. Pelo pioneirismo e
conhecimento, ocupa a cadeira de marketing de
tecnologia da Academia Brasileira de Marketing.

Com um extenso currículo de documentários, o


paraense Rogério Assis começou a fotografar em 1988.
Foi correspondente em Nova York, onde formou-se
pelo International Center of Photography. Trabalha para
publicações nacionais e internacionais e agências de
publicidade.

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Petrônio Corrêa

Espírito de liderança

O gaúcho Petrônio Cunha Corrêa comandou a agência


que durante mais tempo liderou o setor publicitário no
país até hoje: a MPM Propaganda. Fundada em 1957,
em Porto Alegre, por Luiz Macedo, Antônio Mafuz e
ele, a MPM tornou-se a maior agência do país no ano
de 1975, permanecendo nessa posição durante 15 anos
consecutivos. Chegou a ter 900 funcionários em 13
capitais brasileiras, até ser vendida para o Grupo
Interpublic, em 1991. Porém, não foi na publicidade
que Corrêa deu seus primeiros passos na comunicação.
Estreou em 1948 como jornalista. Cinco anos depois,
assumiu a gerência de publi-cidade do jornal A Nação,
na capital gaúcha. Em 1954, atuou como gerente na
Grant Advertising, onde ficou até fundar a sua agência.
Atual presidente do Conselho Executivo das Normas-
Padrão (Cenp), órgão que fundou em 1999, Corrêa
também já presidiu a Associação Brasileira de Agências
de Publicidade (Abap) entre 1979 e 1981, e o Conselho
Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária
(Conar), outra entidade que fundou, no ano de 1981.

Durante uma viagem pela Ásia, em 1995, Kiko Ferrite


começou a fotografar. Ao voltar ao Brasil, trabalhou
nas principais editoras do país. Atualmente colabora
para as revistas Mitsubishi, Daslu, Trip e Terra. SNBB
e JWT são dois de seus clientes.

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Roberto Duailibi

Fonte de inspiração

Em sua obra “Duailibi das Citações”, escrita após o


lançamento da série de livros intitulados “Phrase
Book”, Roberto Duailibi seleciona mais de 12 mil
frases de pessoas das mais diversas áreas, locais e
épocas da história. Frases sempre serviram de
inspiração para os textos do publicitário, considerado
um dos mais brilhantes redatores da história da
propaganda brasileira. Quando dirigia a redação da
J.W.Thompson, na década de 60, chegava a escrever
mais de 30 anúncios por dia. Nessa mesma época,
passou também pela C&N, McCann-Erickson e
Standard. Uniu-se a Francesc Petit e José Zaragoza em
1968, para fundar a DPZ, agência considerada como
uma escola da publicidade do país. Não é à toa:
profissionais como Washington Olivetto, Nizan
Guanaes e Marcello Serpa foram revelados lá. O
publicitário também é um dos profissionais do setor
mais solicitados para palestras no Brasil e no exterior,
mostrando cases que fizeram a DPZ sempre figurar
entre as maiores agências do país durante seus quase 40
anos - isto com capital 100% nacional, um fato raro na
propaganda atual do país.

Formado em desenho industrial, Pedro Dimitrow


iniciou sua carreira na Companhia de Cinema, em
1997, como produtor de filmes publicitários. De 2000 a
2005 foi assistente dos fotógrafos Luis Crispino, André
Schiliró e Maurício Narras. Hoje, tem seu próprio seu
estúdio.

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Roberto Justus

Showman da publicidade

Como apresentador do reality show “O Aprendiz”, na


Rede Record, Roberto Justus mostrou ao público seu
perfil empresarial que o fez conhecido na publicidade
desde 1981, quando fundou com E-duardo Fischer a
Fischer,Justus Comunicação. Ele participou da
associação e desassociação da agência com a
Young&Rubicam e da formação do Grupo Total, a
partir da aquisição de participações em agências latino-
americanas. Mas em 1998 deixou a sociedade para
fundar a Newcomm Comunicação Integrada. Depois, se
associou à Bates Worldwide, dando origem ao Grupo
NewcommBates e à agência de publicidade Bates
Brasil, que fez das Casas Bahia um dos maiores
anunciantes do país. Em 2003 o WPP Group adquire o
Grupo Cordiant, detentor do Bates Worldwide, e
determina a junção da agência de Justus a uma velha
conhecida: a Young&Rubicam. Com a união a Bates
torna-se Y&R. Em 2004, Justus reformula o Grupo
Newcomm, hoje formado pelas agências Y&R e Dez
Brasil (publicidade), Wunderman (marketing direto),
Ação Produções Gráficas (serviços gráficos) e Maestro
(promoção e marketing imobiliário). Desde o final de
2005 acumula o cargo de CEO do grupo ao de
presidente da Y&R, deixado por Silvio Matos.

Há 30 anos Armando Prado fotografa para


publicidade, moda e jornalismo. Também tem
desenvolvido trabalhos autorais com Polaroids sx70,
alguns expostos no Masp (Museu de Arte de São
Paulo), em 2004, e que entraram para o acervo
permanente do museu. Finalização 337 Laboratório
Digital.

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Ruy Linderberg

O homem da palavra

Jurado de Press no Festival de Cannes deste ano, Ruy


Lindenberg é autor de campanhas inesquecíveis, como
a do personagem “Fernandinho”, para as camisas
USTop, e a do cachorrinho da Cofap. Mostrou o poder
criativo da sua redação em importantes agências, como
DPZ, W/Brasil e Talent. É responsável pelo livro “Tem
gente achando que você é analfabeto e você nem
desconfia”, que a W/Brasil publicou em resposta aos
mais de 400 e-mails recebidos por leitores em 15 dias
após a veiculação de um anúncio com o mesmo título
no jornal Valor Econômico. Em sua passagem como
diretor de criação da Young&Rubicam, a agência
brasileira foi apontada como a segunda mais criativa do
grupo no mundo. Atualmente, Lindenberg é vice-
presidente de criação da Leo Burnett Brasil, onde fez
campanhas como “2004”, para Visa. O texto que
escreveu para o cartão de Natal do cliente proliferou-se
na internet, incentivando a Visa a transformá-lo em
comercial. A mensagem do comercial da Visa em
homenagem aos 450 anos de São Paulo, escrita por
Lindenberg, também ganhou fama na web e mídia
espontânea até em programas globais, como o “Mais
Você”.

Tony Genérico é conhecido por seus “splashes” (fotos


em alta velocidade). Estudou em Nova York com o
retratista Philippe Halsman, homenageado na foto que
fez de Ruy Lindenberg com algumas de suas criações.
A manipulação digital é de Roosevelt Goldenberg.

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Sérgio Amado

O tilintar da caixa

“Nós fazemos propaganda que vende, que faz a caixa


registradora tilintar.” A frase do lendário David Ogilvy,
exposta ao lado de uma caixa registradora no hall de
entrada da sede da Ogilvy em São Paulo, é seguida à
risca pelo presidente da agência no país, o baiano
Sérgio Amado. Mais do que um presidente, Amado não
fica apenas em sua cadeira coordenando os negócios da
agência, pois também desempenha funções técnicas nas
áreas de atendimento e planejamento, além de sair em
busca de novos clientes. Afinal, sem eles o caixa não
abre. Quando assumiu a presidência do Grupo Ogilvy,
em 1997, a agência não estava entre as 10 maiores do
país. Cinco anos depois, em 2002, fechou o ano na
liderança do setor. Além da Ogilvy&Mather, que cuida
do negócio publicitário, Amado lidera também as
outras empresas do grupo: OgilvyOne (marketing
direto), OgilvyInteractive (internet), OgilvyHealthcare
(área de saúde), OgilvyActivation (promoção e
eventos) e DataSearch, empresa de inteligência.
Bacharel em jornalismo, ciências sociais e história,
Amado também é membro do board mundial da Ogilvy
Worldwide.

O paulistano Tuca Reinés teve o interesse pela


fotografia despertado nos anos 70. Tem trabalhos
editados em vários países e já fez capas para algumas
das principais revistas do mundo. Colaborou com 22
livros e atualmente coordena a obra “Oscar Niemeyer”,
projeto da Editora Taschen, da Alemanha.

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Sergio Valente

Baiano arretado

Engenheiro civil e administrador de formação, o


soteropolitano Sergio Valente foi fisgado pela
publicidade aos 20 anos, em 1984, quando conseguiu o
primeiro estágio na pequena agência baiana D&E. Um
ano depois já era redator contratado da Propeg. Aos 28
anos trocou Salvador por São Paulo e virou dupla de
Jaques Lewkowicz na Lew,Lara. Dois anos mais tarde
foi para a DM9, sem imaginar que um dia seria
presidente da agência. Em 1991, o inquieto e inovador
Valente trocou a direção de criação da DM9 pela vice-
presidência de criação da Salles D`Arcy, implantando
um perfil mais criativo à agência que se tornaria
Publicis. Em 2002, ele volta à DM9DDB como vice-
presidente de criação e seu trabalho arrojado coloca
novamente a agência entre as mais premiadas do país.
Em 2 de janeiro de 2005, depois de ter passado a virada
de ano trabalhando, é nomeado presidente. Sob seu
comando a DM9DDB foi a Agência Interativa de 2005
no Festival de Cannes, de onde trouxe um Grand Prix e
oito Leões, e a Agência do Ano do Colunistas São
Paulo. Além das premiações, os resultados financeiros
comprovam a capacidade de inovação e o arrojo
empresarial do criativo também na administração.

Em sua fotografia, Alan Nielsen constrói imagens


testando processos com filmes, filtros, com as
intervenções químicas da revelação e manipulações
digitais. Para ele, fotografar exige momentos de
reflexão e compreensão por meio do olhar subjetivo.

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Silvio Matos

Menino prodígio

Aos 16 anos, depois de ouvir escondido as idéias de


Mauro Matos, o pai, publicitário, Silvio Matos
desenhou uma campanha para a loja de calçados
Sopasso. Flagrado, teve sua criação aprovada. Aos 18,
começou a trabalhar na Contemporânea. Passou por
outras agências do Rio de Janeiro, como a V&S e a
McCann-Erickson. Aos 23, trouxe seu primeiro Leão de
Ouro de Cannes e foi eleito presidente do Clube de
Criação do Rio de Janeiro. Um ano depois, foi o jurado
mais jovem da história do Festival de Cannes. Em
1991, foi para Paris estudar cinema, história e literatura,
e fez estágio na Pu-blicis francesa. De volta ao Brasil,
mudou-se para São Paulo e assumiu a direção criativa
da Fischer América, onde chegou à vice-presidência.
Depois, fez uma breve passagem pela Giovanni,FCB
São Paulo, sendo o mais jovem CEO da FCB no
mundo. De lá, virou presidente da Bates Brasil e fez
das Casas Bahia o mais importante anunciante
brasileiro. Participou da transformação da Bates em
Y&R, que presidiu até o final de 2005, quando fundou
a Matos Grey em sociedade com o WPP Group. Sua
carreira prodígio lhe rendeu três títulos de Profissional
de Propaganda no Prêmio Colunistas.

Moacir Sitibaldi começou trabalhando com Willy


Biondani. Desde 1986 dedica-se a fotos publicitárias,
editoriais e autorais. Trabalhou nas publicações Revista
da Criação, Vogue e Criativa, e nas agências Talent,
W/Brasil, Grey Brasil, Fischer América e
Young&Rubicam.

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Washington Olivetto

O cara

Os 1226 toques de espaço para escrever este texto sobre


Washington Olivetto não foram suficientes sequer para
citar os i-números títulos desse publicitário nascido em
São Paulo, mas que passaria tranqüilamente por um
americano, italiano, francês, inglês ou qualquer outro
cidadão do mundo. De universitário desinteressado
pelos ares acadêmicos ele se tornou um dos
profissionais mais premiados do mundo em menos de
uma década. Começou aos 19 anos, quando "deu uma
oportunidade” a Juvenal Azevedo, da agência HGP -
Publicidade, de contratá-lo. “O meu pneu não fura duas
vezes no mesmo lugar”, disse ele a Azevedo, quando
entrou no local, onde inicialmente pensava apenas em
pedir ajuda para resolver o problema do carro. Daí em
diante foi para DPZ, virou o “golden boy” da
publicidade brasileira, chamou a atenção do mundo
para o que se fazia no país, ganhou todos os prêmios e
homenagens da profissão e alguns fora dela, abriu sua
própria agência, a WBrasil, revelou outros talentos,
continua sendo referência como profissional, é
solicitado para escrever diversos artigos sobre
publicidade, viagem, gastronomia, a vida em geral,
plantou uma árvore, teve filhos, escreveu um livro,
enfim, é o cara.

Reconhecido por suas fotos aéreas, Cassio


Vasconcellos iniciou sua trajetória em 1981, na escola
Imagem-Ação. Participou de 120 exposições em 15
países, além de integrar o grupo “Blink - 100
photographers, 10 curators, 10 writers”.

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Zaragoza

Publicidade e arte

A carreira do espanhol José Zaragoza é dividida entre a


publi-cidade e as artes. Formado pela Escola de Belas
Artes de Barcelona, estreou como publicitário logo que
chegou ao Brasil, em 1952, quando entrou para a
J.W.Thompson. Trabalhou também na Thompson de
Nova York e no estúdio Metro 3, em sociedade com
Francesc Petit. Em 1968, em sociedade com o próprio
Petit e com Roberto Duailibi, fundou a DPZ. Na
agência formou uma dupla famosa com o criativo Neil
Ferreira, que conquistou vários prêmios e lançou
conceitos e personagens, como o Baixinho da Kaiser.
Zaragoza é um dos fundadores e o primeiro presidente
do Clube de Criação de São Paulo. Já como artista
plástico, Zaragoza participou da Bienal de São Paulo
por duas vezes e também realizou diversas exposições
no Brasil e no exterior. Recentemente, lançou o livro
“Zaragoza - Meio Século - Revisão”, originado de uma
exposição homônima e que traz os 50 anos de sua
carreira como artista plástico. Pouco antes havia
lançado a obra “Zaragoza - Layoutman”, onde registra
o mesmo período de sua carreira, mas como
publicitário.

Klaus Mitteldorf é fotógrafo e cineasta profissional


desde 1981. Seu trabalho pode ser visto nas coleções
permanentes do MAM de São Paulo, Pinacoteca do
Estado de São Paulo, MASP e Itaú Cultural, ou nos
seus seis livros publicados, os dois últimos, lançados
este ano.

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