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Aula Aberta de Direito Constitucional I

«Regimes Políticos e Formas de Governo:


História e Tipologias»
10 Dezembro 2009, Salão Nobre da FDUP, com o Sr. Prof.
Doutor Carlos Leone

➢ “A República” de Platão:
○ Timocracia que degenera em Oligarquia,
Demagogia e Tirania;
○ Efectua uma análise da sucessão de regimes e o
modo como tal processo se opera;
○ Criticado por ser um “inimigo da liberdade”.

➢ “A Política” de Aristóteles:
○ Reconhece potencialidades da Democracia;
○ Analisa a polissemia do termo “democracia”;
○ Politeia como fenómeno ateniense;
○ Equilíbrio entre critérios de aferição de regimes e
ideal de justiça – critérios qualitativo e
quantitativo.

➢ Anaciclose Polibiana e Cícero


○ Políbio explica a ascensão de Roma, através da
composição de diversos factores, como a
existência de órgãos políticos (Senado) e de
magistraturas ordinárias (cônsules e tribunos da
plebe, na República Romana. A partir deste
período, entrou-se na sucessão de formas de
governo corruptas. Apresenta-nos, igualmente, o
espírito cívico romano;
○ Cícero efectua a distinção entre República
(conjunto de valores republicanos) e iniquidade,
detectável no último século da República (séc. I
a.C.):
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«"Se me perguntais o porquê desta iniquidade,
responderei: a necessidade de dinheiro dos juízes
e a sua falta de honradez.» (Cícero Ad Atticum I,
16).

➢ Pensamento Moderno da Teoria Política


○ Séculos XIV-XV
 Jean Bodin defende a legalidade da
liderança política, como privilégio analítico
ao Direito. Foi esta a opção das sociedades
modernas, que possibilitou a afirmação do
Direito;
• Estabelece o 1.º contrato social pré-
absolutista – passagem do estado de
natureza para o estado de liberdade,
Assume, por isso, importância
fundadora;
• Concebe uma figura política autónoma
de Governação – soberania;
• Apontado como precursor do
Absolutismo, sendo associado ao
cardeal de Richelieu (arquitecto do
Absolutismo em França);
• Diferenciação entre Direito e governo
legítimo.
 Maquiavel defende a liderança política como
critério, como privilégio do poder;
 Denota-se a importância crescente do poder
como pressuposto no estudo da Teoria
Política.

○ Século XVIII

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 Valorização do primado da Lei – apagamento
da soberania;
 Função legalista do Governo – teorias do 2.º
Contrato Social que conduzem ao
Liberalismo. Este 2.º Contrato Social integra
um conjunto de instituições que completam
o modelo abstracto do 1.º Contrato;
 Experiência política compõe-se de uma
positividade. Elementos tácitos que não se
diluem nesse positivismo;
 Teorias do 2.º Contrato Social –
diferenciação entre soberania e governo das
instituições;
 Desvalorização daquilo que é um bom
regime;
 Preocupação com a verdade efectiva das
coisas (Maquiavel);
 Expulsa-se a metafísica para o campo social
e valoriza-se a experiência empírica;

○ Século XIX até à actualidade


 Max Weber efectua a divisão entre 3 tipos
de dominação / poder legítimo:
• Tradicional – A autoridade tradicional
é imposta por procedimentos
considerados legítimos, porque sempre
teria existido, e é aceite em nome de
uma tradição reconhecida como válida.
O exercício da autoridade nos Estados
desse tipo é definido por um sistema
de status, cujos poderes são
determinados, em primeiro lugar, por
prescrições concretas da ordem
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tradicional e, em segundo lugar, pela
autoridade de outras pessoas que
estão acima de um status particular no
sistema hierárquico estabelecido. Os
poderes são também determinados
pela existência de uma esfera
arbitrária, aberta a critérios variados,
como os de razão de Estado, justiça
substantiva, considerações de utilidade
e outros. Ponto importante é a
inexistência de separação nítida entre
a esfera da autoridade e a competência
privada do indivíduo, fora da sua
autoridade. O seu status é total, na
medida em que seus vários papéis
estão muito mais integrados do que no
caso de um ofício no Estado racional-
legal.
• Carismática – A dominação
carismática é um tipo de apelo que se
opõe às bases de legitimidade da
ordem estabelecida e
institucionalizada. O líder carismático,
em certo sentido, é sempre
revolucionário, na medida em que se
coloca em oposição consciente a algum
aspecto estabelecido da sociedade em
que actua. Para que se estabeleça uma
autoridade desse tipo, é necessário que
o apelo do líder seja considerado como
legítimo pelos seus seguidores, os
quais estabelecem com ele uma
lealdade de tipo pessoal. Fenómeno
excepcional, a dominação carismática
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não pode estabilizar-se sem sofrer
profundas mudanças estruturais,
tornando-se, de acordo com os padrões
de sucessão que adoptar e com a
evolução do corpo administrativo, ou
racional-legal ou tradicional, em
algumas das suas configurações
básicas;
• Racional-legal – O tipo racional-legal
tem como fundamento a dominação
em virtude da crença na validade do
estatuto legal e da competência
funcional, baseada, por sua vez, em
regras racionalmente criadas. A
autoridade desse tipo mantém-se,
assim, segundo uma ordem impessoal
e universalista, e os limites de seus
poderes são determinados pelas
esferas de competência, defendidas
pela própria ordem. Quando a
autoridade racional-legal envolve um
corpo administrativo organizado, toma
a forma de estrutura burocrática,
amplamente analisada por Weber.

 Nesta distinção, Weber foca a questão das


formas de governo e a sua liderança;
 Weber influenciou o período compreendido
entre a segunda metade do século XIX e a
actualidade;
 Capacidade de diferenciação de realidades
permite retratar o mundo social;
 Estado de eterno presente: redescoberta de
novas formas;
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 Permitir que a Modernidade encontrasse um
paradigma diferente do aristotélico;
 Nova tipologia para encontrar uma
sociedade moderna – adopção de critérios
diferentes sobre o modo de organização da
sociedade;
 Redução ao silêncio sobre o 1.º Contrato
Social;
 Robert Dahl, professor emérito de Ciência
Política, estudou, na década de 60, o perfil
das lideranças políticas, desenvolvendo a
tipologia do “homem político”. Embora
tendo encontrado uma variedade infinita de
motivações individuais para a busca do
poder, o autor evidencia que os cientistas
sociais enfatizam cinco factores que
auxiliam uma classificação. São eles:
1) O carácter e/ou a personalidade do
indivíduo;
2) A cultura geral e política de cada um;
3) A forma de socialização política dos
indivíduos, entendida com a maneira
através da qual este adquiriu a sua
orientação inicial para a participação
política;
4) A situação de vida e as experiências e
circunstâncias que envolveram a trajectória
pessoal de cada indivíduo;
5) As situações particulares enfrentadas por
cada indivíduo em momentos históricos
específicos.

Partindo dessa classificação, Dahl identifica


indivíduos com inclinações democráticas e
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outros com inclinações despóticas,
indivíduos com perfil de agitadores e outros
com perfil de negociadores e, finalmente,
outros com inclinações pragmáticas
variadas. A divergência de pontos de vista
sobre essa polémica, relacionada com as
inclinações e aptidões dos homens pelo
poder, vem desde os filósofos gregos, como
Aristóteles.
Como constatamos, não ficou, desta sua
abordagem, uma tipologia dominante. Dahl,
neste estudo, cita Aristóteles e Weber;
 Primado da Lei nas sociedades modernas;
 Um regime político, autonomizado das
questões religiosas, é um “acordo social”,
um “contrato social” de carácter construído;
 Existe um número reduzido de regimes
políticos, distinguindo-os em função dos
valores defendidos:
• Republicano – igualdade de todos
perante a Lei, valorização da cidadania
e emanação do poder do povo para o
Chefe de Estado (governo de todos);
• Teocrático – a ordem política não se
distingue da ordem religiosa (governo
de um ou de vários, se se tratar de um
órgão colegial);
• Monárquico – não há igualdade entre
cidadãos: diferenciação entre monarca
e sua família e restante população
(governo do monarca).

 Na actualidade, o número de teocracias e


monarquias puras é reduzido. Revela-se
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importante, aqui, retomar David Hume
(1711-1776) e a sua distinção entre
monarquias puras (ou absolutas) e
monarquias limitadas. Pelo contrário,
prevalecem regimes republicanos;
 Verifica-se, neste período, um problema de
aplicabilidade das construções teóricas à
realidade social;
 A propósito do centenário da República
Portuguesa, que será comemorada no ano
de 2010, o Dr. Paulo Teixeira Pinto,
presidente da Causa Real, propôs a
mudança da designação da Lei Fundamental
de Portugal para “Constituição da
Democracia Portuguesa”. Tal proposta é
compreensível do ponto de vista político,
dado que a Democracia Portuguesa não
concretiza os ideais republicanos. Por outro
lado, entende-se que esta proposta constitui
uma tentativa de afirmação da causa
monárquica, visto que a Democracia é
compatível com Monarquia e República;
 Em Portugal, só se verificou um
cumprimento dos preceitos constitucionais a
partir do 25 de Abril de 1974;
 Tipologia dos Sistemas de Governo:
• Democráticos: implicam envolvimento
da comunidade;
• Autoritários: imposição da vontade
dos legisladores, não eleitos, à
comunidade.
 Durante o Estado Novo, verificou-se a
manutenção da forma constitucional
republicana. Todavia, ocorreu um desvio do
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sistema de governo (autoritário) que tornou
o regime político (República) inócuo. Deste
modo, entende-se a utilização da expressão
“constituição semântica”, introduzida no
léxico da Ciência Política pelo Dr. Adriano
Moreira, para caracterizar a Constituição de
1933: pretende com ela explicitar que, “no
estertor do regime do Estado Novo, a sede
real e efectiva do poder não coincidia com a
sua sede formal.”;
 Constituem realidades internas do sistema
de governo (ou subsistemas) o sistema
eleitoral e o sistema judicial;
 Não devemos confundir a pessoa que exerce
o cargo rotativamente com o órgão político
que permanece. Assim, os monarcas e
presidentes da República são agentes do
sistema de governo;
 Denota-se, nos últimos tempos, uma elisão
das formas soberanas do regime político;
 Deve-se promover o ideal de igualdade de
um modo abstracto ou na relação com a
ordem social?
 A distinção, não raras vezes efectuada,
entre parlamentarismo / presidencialismo /
semi-presidencialismo integra-se nos
diferentes tipos de sistemas de governo.

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